Coronavirus
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Re: Coronavirus
E vou dizer de novo:
NÃO SE METAM COM A VEIARADA!!!
SENÃO...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Coronavirus
ATENÇÃO - LIBERADA A LISTA DE PESSOAS NATURALMENTE IMUNES A QUALQUER VÍRUS:
Creio estar incompleta, tem ainda:
19 - O politiqueiro que nos explora;
20 - O jorna que nos mente;
21 - O trafica que vende o "recreativo" aquele;
22 - Demais BANDIDOS.
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Re: Coronavirus
Pois é. A crise de 29 não foi resolvida com políticas de austeridade. A crise de 2008 também não. E nem essa será.ramme escreveu: ↑Sex Mar 27, 2020 11:25 am Túlio, meu caro.
Não é simplesmente se trancar e que se exploda a economia. Os serviços essenciais não cessam.
Há CONSENSO entre os economistas que o governo deve injetar dinheiro, arcar com parte dos salários e conceder crédito.
Vc está ignorando basicamente o que eu e Bourne falamos aqui no tópico. Citamos e o Schwartsman, que inclusive é ferrenho defensor da austeridade.
Mas se um não chega, basta abrir a página do Estadão. Só hoje tem o Pastore, o Samuel Pessoa, o Pedro Fernando Nery...
Para além disso, basta olhar para o que as principais economias do mundo estão fazendo: criando renda básica emergencial pra população e injetando dinheiro nas pequenas, médias e grandes empresas.
Vc está negando a ciência. Tanto econômica, quanto médica-sanitária.
Até onde sabemos, o confinamento não significa parar toda a economia. Significa diminuir as interações sociais em um certo nível para achatar a curva de contágio e diminuir a probabilidade de colapso do sistema de saúde e diminuir o número de mortes.
Muitas atividades pararam e isso vai contrair o PIB (no mundo todo!), mas muitas outras atividades continuam a funcionar, a exemplo de distribuição de energia, saneamento e água, telecomunicações, agricultura, industria de alimentos e seus insumos, setor de medicamentos e seus insumos, industria química, de plásticos, de embalagens, combustíveis, setor de distribuição e logística, manutenção, supermercados e mercados, setor de serviços on line (mercado bancário e financeiro, restaurantes etc etc). Se não fosse assim, o PIB teria uma redução de 100% e não de 1%, 5%, 10% ou 20% (a depender de quem faz a previsão).
Com relação ao financiamento dos gastos extra que serão impostos ao país, agora, na minha opinião, seria o momento para se falar em algo como CPMF, impostos sobre dividendos, sobre heranças dos multimilionários (como nos EUA, Israel, Europa etc), aumentar as alíquotas de IR de quem ganha muito (como nos EUA, Israel, Europa etc), aumentar os impostos sobre lucros exorbitantes de certos setores (como o bancário e outros). Se isso acontecesse, a recuperação econômica seria muito mais rápida.
Pitaco: no mundo pós-COVID-19, a automatização, robotização, serviços on line, transformação digital, descentralização produtiva e impressão 3D será muito acelerada.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Coronavirus
Fome e desemprego não é e nem nunca foi novidade nesse país, vamos parar de hipocrisia pois eles não estão nem se lixando para isso. Os mesmos políticos que dizem se importar com a fome são aqueles que falam que quem recebe bolsa família é preguiçoso e vagabundo, contrariando estudos econômicos das principais universidades do mundo. Os mesmos que dizem se importar com a fome só estão apenas preocupados com o números da economia para fins de votos em 2022.A ESCALADA DOS ENTERROS DAS VÍTIMAS SUSPEITAS DE CORONAVÍRUS NO MAIOR CEMITÉRIO DE SP
Mesmo casos não confirmados de morte por infecção têm sepultamentos com caixão lacrado e velório de dez minutos, sem tempo para despedida
Ullisses Campbell
27/03/2020 - 03:00 / Atualizado em 27/03/2020 - 11:28
Desde o dia 1º de março, uma letra e um número colocados no alto da folha da declaração de óbito podem significar a diferença entre uma despedida digna e um enterro expresso na cidade de São Paulo, a mais atingida no Brasil até agora pela pandemia do novo coronavírus. À dor da perda, soma-se a tragédia de não não poder sequer dizer adeus. Todos os casos confirmados de morte pela doença e também aqueles em circunstâncias que indiquem essa possibilidade, como pessoas acima de 60 anos com problemas respiratórios, recebem a sigla D3 no atestado do serviço funerário municipal, o que se traduz num protocolo que prevê velório de no máximo dez minutos, ao ar livre, com limite de até dez pessoas, e caixão totalmente lacrado. Apenas em uma manhã de quarta-feira, ÉPOCA contabilizou 19 casos com esse desfecho no Cemitério Vila Formosa, o maior da América Latina, na Zona Leste paulistana. No dia anterior, o Ministério da Saúde atestara 12 novas mortes confirmadas pelo novo coronavírus em todo o país.
“Morreu com mais de 60 anos e teve como causa do falecimento insuficiência respiratória, a gente já carimba D3”, disse um funcionário do Serviço Funerário do Município de São Paulo. A vestimenta dos coveiros também mudou na esteira da crise. As luvas simples e uniformes comuns deram lugar a trajes especiais, completamente vedados, com máscaras para o rosto e luvas duplas — por baixo das antigas, os profissionais utilizam outras, cirúrgicas, para reforçar a precaução contra o contato.
A transformação mais dramática se dá para quem perdeu pai, mãe, amigo. “O caixão de meu pai estava fechado, sem visor para vermos seu rosto. A madeira estava lacrada como se ele oferecesse risco de contaminação. Isso é desolador. Queríamos pelo menos dar um beijo em seu rosto, fazer um carinho de despedida, pois ele foi um homem muito bondoso para toda a família”, contou a comerciante Jandira Fonseca Santos, de 51 anos, o rosto coberto por uma máscara e a 1 metro de distância do caixão do pai.
“À DOR DA PERDA NA HORA DA MORTE, SOMA-SE A TRAGÉDIA DE NÃO PODER SEQUER DIZER ADEUS; SEGUNDO PSICÓLOGOS, A SITUAÇÃO AGRAVA O LUTO DE QUEM FICA E PODE TER EFEITOS MUITO DURADOUROS”
A cena daquela manhã havia começado a se desenrolar na madrugada do domingo 22, quando Ignácio Fonseca Santos, de 81 anos, já doente, sentiu uma dor no peito e dificuldade para respirar. Jandira o levou ao pronto-socorro, a médica deu orientações para o confinamento e prescreveu um exame para coronavírus. Na noite de segunda-feira, a filha sentiu uma brisa entrando pela janela e resolveu vestir uma camisa no pai. Jandira percebeu que as pernas e os braços do idoso estavam muito frios, gélidos, na verdade. Mas ele garantiu estar bem. Ela foi até a cozinha passar um café quente. Quando voltou ao quarto do pai com uma xícara, Ignácio já estava morto. O resultado do exame não chegou a ficar pronto, mas o atestado de óbito indicava a possibilidade de morte pelo novo coronavírus, o que se refletiu naquele desfecho. Ignácio, portanto, está fora das estatísticas do Ministério da Saúde.
O velório durou apenas dez minutos marcados no relógio, conforme o previsto. Além de Jandira, acompanhava o corpo apenas sua irmã, Maria de Fátima Fonseca. Quando faltavam dois minutos para o ritual se encerrar, um funcionário do cemitério foi até as filhas de Ignácio avisar que o carro estava pronto para levar o corpo. O enterro na cova rasa, em meio à terra vermelha e fofa, foi ainda mais rápido que o velório.
A estação do metrô deserta depois da ordem de não sair de casa em São Paulo. Foto: Edilson Dantas / Agência O GloboA estação do metrô deserta depois da ordem de não sair de casa em São Paulo. Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
Em razão da escassez de testes no Brasil, apenas pacientes que apresentam sintomas graves da doença, como dificuldade para respirar (a chamada Síndrome respiratória aguda grave), e tenham tido contato com pessoas infectadas estão sendo submetidos a exames. O governo já prometeu ampliar a capacidade, como fizeram outros países, e mais de 20 milhões de testes estão sendo aguardados para as próximas semanas. Essa dinâmica, contudo, provoca uma escalada dos casos suspeitos, e a hipótese de subnotificação de pessoas realmente infectadas. Desde a quinta-feira 19, o Ministério da Saúde deixou de divulgar a quantidade de possíveis infectados, mas algumas secretarias estaduais de Saúde seguem monitorando os números. Em Minas Gerais, por exemplo, havia 12 mil casos suspeitos e apenas 153 confirmados até a tarde de quinta-feira. No mesmo dia, no Brasil, os casos confirmados beiravam 3 mil, e as mortes 77, em números que crescem dia após dia. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou em coletiva à imprensa na quarta-feira que já é esperada uma escalada rápida nos números assim que os novos testes chegarem.
As irmãs Jandira e Maria de Fátima Fonseca foram as únicas presentes no enterro do pai, Ignácio, que morreu com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. Foto: Ullisses Campbell
A sigla D3 no alto da certidão de óbito não significa um atestado formal de que a pessoa foi vítima do novo coronavírus. Há casos que foram confirmados pelos hospitais e outros em que simplesmente as circunstâncias indicam a possibilidade, mesmo sem um exame, o que recomenda cautela dos profissionais que vão fazer o enterro. É uma padronização administrativa do Serviço Funerário de São Paulo, sem validação médica, o que pode gerar distorções. Procurada para explicar os critérios que levam à classificação de morte suspeita, a prefeitura de São Paulo, responsável pelo serviço, afirmou que o código D3 “é usado para a segurança dos funcionários que realizam os manejos dos corpos com suspeitas ou casos confirmados da Covid-19” e que não é “parâmetro estratégico sobre os óbitos” decorrentes da doença. Ainda segundo a prefeitura, não há contabilização sobre o número de declarações de óbito expedidas sob o código D3 em São Paulo desde o início da pandemia.
“EM UMA ÚNICA MANHÃ, NUM CEMITÉRIO EM SÃO PAULO, ÉPOCA CONTABILIZOU AO MENOS 19 ENTERROS-RELÂMPAGO EM QUE OS ATESTADOS DE ÓBITO TINHAM A SIGLA D3, QUE INDICA A POSSIBILIDADE DE MORTE POR INFECÇÃO DE CORONAVÍRUS”
Os enterros-relâmpago não distinguem classe social nem fronteira. No Rio de Janeiro, o empresário Christiano Bandeira de Mello, filho da empresária Mirna Bandeira de Mello, morta na segunda-feira após uma semana internada com o novo coronavírus, enterrou a mãe sem um amigo ou parente sequer. “Tive de sepultar minha mãe sozinho. Se fosse em condições normais, ela teria milhões em seu enterro”, afirmou Christiano ao colunista de ÉPOCA Guilherme Amado, numa conversa por telefone, pouco antes de desligar para participar de uma missa on-line em memória da mãe. “É um vírus letal para quem não está com uma saúde perfeita. Pode acontecer com qualquer pessoa. Infelizmente foi com minha mãe”, lamentou.
O equipamento dos coveiros também mudou, com macacões especiais, luvas duplas e máscaras no rosto, para diminuir o risco de contaminação. Foto: Ullisses Campbell
Mesmo quando não há suspeita de coronavírus como causa da morte, a recomendação para evitar aglomerações leva ao cancelamento de velórios e a enterros restritos a poucos parentes, se tanto. Na semana passada, no enterro de Affonso Arinos de Mello Franco, acadêmico da Academia Brasileira de Letras (ABL), que morreu aos 89 anos, de infarto, não houve velório — para complicar, a maioria dos integrantes da ABL faz parte do grupo de risco em razão da idade.
Na Itália, que contabiliza centenas de mortos a cada dia pelo novo coronavírus, os funerais foram banidos. “Essa pandemia mata duas vezes. Primeiro, te isola de quem você ama logo antes da morte. Depois, não te permite um fecho”, disse um funcionário de uma funerária em Milão à BBC. Histórias assim já se repetem na Espanha e nos Estados Unidos, novos epicentros da doença que já deixou mais de 15 mil mortos pelo mundo todo desde que surgiu, no final de dezembro passado, na China.
Maria Francisca, de 61 anos, também foi sepultada no Cemitério Vila Formosa com suspeita do novo coronavírus. Com medo da doença, nenhum parente compareceu ao velório durante os dez minutos reservados em uma tenda ao ar livre para o último adeus. Na hora de levar o corpo para a cova, por volta das 9h40 de quarta-feira, um funcionário gritou “quem está acompanhando o corpo de Maria Francisca?”. Não houve resposta. Deu-se início a um dilema. O que fazer com o caixão? Um funcionário da administração telefonou para o nome que aparecia na guia do cadáver, e uma hora e meia depois surgiu no cemitério Fernanda Gusmão, de 63 anos, amiga de Maria Francisca.
“Os parentes estão todos confinados com suspeita de coronavírus. Não podem sair de casa. Irei acompanhar o enterro”, anunciou. Fernanda usava máscara e luvas de látex. Seguiu o caixão da amiga a pelo menos 10 metros de distância e não chegou perto da cova em que Maria Francisca foi enterrada sem qualquer flor. “Faço parte do grupo de risco. Só estou aqui porque ninguém merece ser enterrado feito indigente”, disse, quando saía às pressas.
Em alguns casos, já há velórios "virtuais", em que a despedida se dá pela internet. Foto: Thomas Kronsteiner / Getty ImagesEm alguns casos, já há velórios "virtuais", em que a despedida se dá pela internet. Foto: Thomas Kronsteiner / Getty Images
Na manhã que ÉPOCA passou na Vila Formosa, até uma criança de 6 anos foi sepultada sob essa classificação. Quando a mãe viu o caixão todo lacrado com fita adesiva e sem o visor de vidro, entrou em desespero. Os parentes guardavam uma certa distância do caixão, mas ela não; tentava forçar a abertura para colocar flores em volta do filho. Foi preciso o diretor do cemitério ir até ela para explicar que, se o caixão fosse aberto, todos no local correriam risco de contaminação. Ela insistia: “Poxa, só uma florzinha. Deixa, por favor. Nunca mais vou ver meu menino. Deixa...”. O apelo dramático não surtiu efeito. O filho foi velado em dez minutos e enterrado em menos de cinco. “O que poderia consolar o coração de uma mãe que não consegue fazer um velório decente para seu filho?”, questionou Lourival Panhozzi, presidente da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário.
O ritual da despedida e do luto é um passo relevante na aceitação da perda e posterior superação da dor, dizem psicólogos e psicanalistas. Quando essa cerimônia é negada a quem fica, os efeitos podem ser duradouros. “Geralmente um parente aceita completamente a perda em um ano. Mas, se não houver uma oportunidade de despedida, essa aceitação pode durar uma vida”, pontuou a psicóloga Júlia Catani. Ela afirma que há alternativas para tentar tornar a não despedida menos dolorosa. “Pode-se fazer um ritual dentro de casa com um encontro de amigos e parentes ou orações mesmo sem o corpo.”
“‘O QUE PODERIA CONSOLAR O CORAÇÃO DE UMA MÃE QUE NÃO CONSEGUE FAZER UM VELÓRIO DECENTE PARA SEU FILHO?’, QUESTIONOU O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS E DIRETORES DO SETOR FUNERÁRIO, QUE CONTESTA AS RESTRIÇÕES ATUAIS”
Apesar das restrições severas em vigor no Brasil e em boa parte do mundo, não há casos de contágio do novo coronavírus por meio de cadáveres. Um dos problemas é que mesmo depois da morte o vírus pode permanecer nas roupas e objetos ainda por várias horas, o que tem levado às medidas de lacração quase imediata do caixão.
Até por isso, não há um consenso em relação aos procedimentos para o sepultamento. Uma portaria assinada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), no dia 21 de março determina que os parentes não podem tocar os corpos dos mortos durante o velório. Em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (DEM) proibiu qualquer tipo de velório e funerais por três meses.
A doença se espalhou pelo planeta. Num enterro na Bolívia, o caixão é carregado por pessoas protegidas por máscaras. Foto: David Mercado / Reuters
O Ministério da Saúde publicou no dia 23 de março um documento de 16 páginas com diretrizes também rigorosas para manejo de corpos durante a pandemia. Em época de isolamento social, por exemplo, o governo federal não recomenda que os corpos de pessoas com teste positivo para Covid-19 e até mesmo de suspeitos de contaminação sejam velados. Isto é, os corpos devem seguir do hospital ou de casa para o Instituto Médico Legal (IML), de lá diretamente para a funerária e depois direto para a cova.
“NO MUNDO TODO, MAIS DE 15 MIL PESSOAS JÁ MORRERAM POR CAUSA DA ATUAL PANDEMIA; EM MUITOS PAÍSES, COMO ESPANHA E ESTADOS UNIDOS, OS NÚMEROS AINDA NÃO DÃO SINAIS DE CAIR”
Na contramão dessa tendência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou no dia 24 um guia de orientação aconselhando que os corpos das vítimas da nova doença sejam velados normalmente. “Até agora não há evidências de pessoas que tenham sido infectadas pela exposição aos corpos de pessoas que morreram da Covid-19”, disse a OMS. Em outro trecho, a entidade internacional afirmou que “a dignidade dos mortos, sua cultura, religião, tradições e principalmente seus familiares devem ser respeitados”. A recomendação para evitar aglomerações em velórios e que eles sejam feitos em local aberto, entretanto, continua mantida.
“Acho um exagero o que está sendo feito no Brasil. O coronavírus é um organismo poderoso, mas ele não perfura vidros e madeira. Todo mundo tem o direito de se despedir com dignidade de seus familiares, independentemente do que tenha sido o motivo da morte”, disse Lourival Panhozzi, da entidade do setor funerário.
https://epoca.globo.com/sociedade/a-esc ... p-24331182
Vocês falam de fome e desemprego como se isso aqui fosse a Noruega. Nada disso é novo sob o sol da liberdade em raio fúlgidos. São males que castigam essa sociedade há 520 anos e com os quais o povo sabe lidar muito bem.
O que é novidade é enterrar um filho de 06 anos por uma causa desconhecida sem poder sequer deixar uma flor junto ao corpo, usando os coveiros roupas especiais para não se contaminarem do que supostamente "não existe". Isso sim é novidade.
Faço como Pôncio Pilatos, lavo minhas mãos desse sangue inocente. Que os próximos 30 dias exerçam o inexorável juízo de valor sobre quem está certo e quem está errado.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: Coronavirus
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Carlo M. Cipolla
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Re: Coronavirus
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Re: Coronavirus
Brasileiro XUXA foi pra FINLÂNDIA viver x XONHX. Acordou pê da cara e se foi à web:
Mas tá, erradx e negaxionistx é FAXIXTX...
EDIT - Ah, se acham que o print é montagem, aqui a série original de tweets; vejam o cara falando com OUTROS na Europa sobre a cara bonitinha do welfare state quando a maionese desanda, é pua ni todo mundo!
Mas tá, erradx e negaxionistx é FAXIXTX...
EDIT - Ah, se acham que o print é montagem, aqui a série original de tweets; vejam o cara falando com OUTROS na Europa sobre a cara bonitinha do welfare state quando a maionese desanda, é pua ni todo mundo!
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Re: Coronavirus
números de casos do Brasil são uma piada de mal gosto.
Brasil ta com mesmo casos da Suécia (mesmo tendo 15x a população) e com Menos mortes! (Com sistema de saúde pior).
Quem realmente acredita nisso?
Brasil ta com mesmo casos da Suécia (mesmo tendo 15x a população) e com Menos mortes! (Com sistema de saúde pior).
Quem realmente acredita nisso?
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Re: Coronavirus
Qualquer um que saiba a média etária de Brasileiros e Suecos e qual temperatura faz lá e aqui nesta época do ano.
Mas aos de sempre eu digo, não se desapontem, tigrada, mais uns meses e esfria DE VERDADE aqui no Sul, dae morre bastante gente véia e vai dar pra dizer "eu avisei" até ter calo no dedo...
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Re: Coronavirus
@P44 , tu que vive em Portugal, como você achar que ficará a União Europeia depois que essa pandemia passar?
A mesma coisa? Talvez ameaça de alguns países saírem? Mais forte?
A mesma coisa? Talvez ameaça de alguns países saírem? Mais forte?
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Re: Coronavirus
Aqui vou por info sobre cloriquina de um colega de forum que é médico e ta no front.
Ele ta meio cansado de explicar de novo e de novo e estava respondendo pela 11414 vez sobre a Cloriquina pra um user teimoso.
Mas a mensagem é clara e ajuda a explicar porque mta gente ta reticente com a propaganda toda do remédio.
Ele ta meio cansado de explicar de novo e de novo e estava respondendo pela 11414 vez sobre a Cloriquina pra um user teimoso.
Mas a mensagem é clara e ajuda a explicar porque mta gente ta reticente com a propaganda toda do remédio.
É um pouco complicado mesmo pra entender, mas acho que você consegue.
Remédio no mundo real não funciona como nos filmes.
Estudos pequenos sugerindo benefício pra remédios existem aos montes. Pra todos os remédios, pra todas as doenças do mundo. Milhares deles. Por si só não querem dizer nada. São sugestões de coisas que devem ser mais bem estudadas depois.
A enorme maioria desses remédios, quando bem estudados, não mostra benefício nenhum. Pra cada remédio que mostra benefício, centenas ou milhares de outros tiveram que ser testados e se mostraram inúteis. Por isso demora anos, décadas, pra conseguirem estudar remédios e finalmente descobrir que um deles funciona.
Em uma doença normal levaria anos e anos estudando centenas de remédios pra encontrar um que preste. Qual a chance de um remédio específico, o primeiro que ficou famoso, funcionar? A probabilidade maior é que não funcione mesmo. Se funcionar, já seria uma cagada enorme.
Se uma analogia ajudar, pensa que você está vendo uma peneira de clube de futebol na periferia. A mãe de um moleque jogando bola te diz que o filho dela é craque e vai ser o melhor jogador do mundo. E aí só com essa previsão, sem mais nada pra embasar o que ela falou, você está querendo comprar o passe dele por milhões e milhões de dólares.
Você entende que a chance de fazer besteira sem ter mais dados é alta? Entende que de todos os moleques em peneiras no mundo a maior parte nunca vai chegar nem a se sustentar como profissional, muito menos ser o melhor do mundo? Que as mães podem te dizer o que quiser, não tem como apostar em um moleque específico só com essa informação?
E já vi que não ficou claro o que quer dizer um remédio “funcionar”.
Principalmente em doentes críticos, a maioria dos remédios faz muito pouca diferença. Mesmo os que comprovadamente fazem bem.
O mais normal em doentes críticos é um remédio reduzir tempo de internação em dois dias, tempo de ventilação mecânica em um dia, melhorar a performance em uma escala cognitiva aplicada seis meses depois etc. É muito raro demonstrar que um remédio reduz mortalidade sozinho em doentes críticos.
Pra você ter uma noção, te digo que se saísse um trabalho ano passado mostrando um remédio que reduz sozinho mortalidade em 10% em doentes críticos, os autores ficariam famosos no mundo inteiro. Seria o trabalho do ano. As ações da farmacêutica que produz o remédio subiriam pra caralho. 10% a menos de mortalidade seria considerado um sucesso incrível pra qualquer remédio pra qualquer doença. Seria o trabalho da vida de qualquer cientista.
Como você pode ver, mesmo emendando duas coisas muito improváveis (funcionar pra alguma coisa e ainda por cima reduzir mortalidade), o que você pode esperar é um efeito nesse patamar. Poucos % de redução de mortalidade. Essa é a previsão mais otimista que podemos ter.
Seria ótimo, mas não salvaria o mundo.
Se você olhar o que é mais provável (lembra da peneira?), o mais provável é que não tenha benefício mesmo. Se tiver benefício, o que já seria muita sorte nossa, o mais provável seria que fosse um benefício modesto, como o de quase todos os outros remédios do mundo. Fazer muita diferença e mudar o cenário é a coisa menos provável disparada. Pode acontecer? Pode, mas seria praticamente um milagre.
Enquanto isso sempre existe a chance de um remédio fazer mal. Matar mais. Dar um remédio pra milhões de pessoas vai gerar efeitos colaterais em muita gente. Existe uma chance de matar mais gente e não é uma chance negligenciável.
No momento existem estudos grandes avaliando não só a cloroquina mas vários outros remédios. Vamos torcer pra algum deles se mostrar útil, torcer por um milagre. Só que não dá pra apostar que vai acontecer um milagre.
Deu pra entender?
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Re: Coronavirus
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Re: Coronavirus
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