EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Acho que o próximo passo seria um avião que juntasse a capacidade do E-99 com o R-99, uma única plataforma que fizesse ambas as missões, nem que para isso fosse necessária uma plataforma maior, mais capaz e com mais autonomia.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- FCarvalho
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
A área ISR na FAB a meu ver tem que ser repensada dos pés à cabeça em virtude dois fatores: IA e drones.
Se até outro dia usávamos vários vetores para missões que podemos dizer, eram complementares, hoje pode-se fazer praticamente quase tudo a partir de uma única plataforma. Leia-se drones. Ao menos no espectro das missões ISR.
Tudo vai depender do tamanho da capacidade que se quer ter.
No caso da FAB, como se pode notar, começamos com 8 aviões, e dificilmente vamos passar disso, mesmo após mais de 40 anos de uso e sua aposentadoria lá para a década de 2030.
Um exemplo prático são os Learjet de reconhecimento que forma aposentados sem um substituto. Assim também os RA-1 vão encontrar seu fim sem um substituto direto, apesar de que os Gripen E\F farão, também, esta missão dos A-1. Mas são caças polivalentes, e não vão atuar somente como reconhecedores. Isso ficou para trás.
Um avião que faça ambas missões do E\R-99 me parece ser o ideal. É o que os suecos fizeram com o GlobalEye agora.
O P-600 da Embraer apresenta uma série de características que possibilitam seu emprego de várias formas além de AEW. Um caminho parecido é o que deve ser visto nesta nova empreitada junto com a FAB.
A meu ver, com a total operacionalização do SISFRON e SISGAZ, junto ao SISDABRA, a operação de VANT em diversas categorias nas missões ISR tende a crescer e aparecer no Brasil, por mais que os militares sejam resistentes a ideia.
O que falta saber é como vamos operacionalizar e integrar tudo isso.
Atualmente a FAB possui apenas um único esquadrão dedicado a missões ISR em Anápolis na forma do Esquadrão Guardião. E ficamos por aí.
Me parece ser uma boa hora para rediscutir até onde vale a pena manter apenas um esquadrão ISR quando as demandas, e necessidades nesta área só crescem a nível mundial a olhos vistos.
Penso que é o momento para se elevar a outro patamar a questão ISR na FAB, a começar pelos COMAR e sua capacidade de prover tais missões sem depender de um único esquadrão, ou de meios de outras forças.
Se até outro dia usávamos vários vetores para missões que podemos dizer, eram complementares, hoje pode-se fazer praticamente quase tudo a partir de uma única plataforma. Leia-se drones. Ao menos no espectro das missões ISR.
Tudo vai depender do tamanho da capacidade que se quer ter.
No caso da FAB, como se pode notar, começamos com 8 aviões, e dificilmente vamos passar disso, mesmo após mais de 40 anos de uso e sua aposentadoria lá para a década de 2030.
Um exemplo prático são os Learjet de reconhecimento que forma aposentados sem um substituto. Assim também os RA-1 vão encontrar seu fim sem um substituto direto, apesar de que os Gripen E\F farão, também, esta missão dos A-1. Mas são caças polivalentes, e não vão atuar somente como reconhecedores. Isso ficou para trás.
Um avião que faça ambas missões do E\R-99 me parece ser o ideal. É o que os suecos fizeram com o GlobalEye agora.
O P-600 da Embraer apresenta uma série de características que possibilitam seu emprego de várias formas além de AEW. Um caminho parecido é o que deve ser visto nesta nova empreitada junto com a FAB.
A meu ver, com a total operacionalização do SISFRON e SISGAZ, junto ao SISDABRA, a operação de VANT em diversas categorias nas missões ISR tende a crescer e aparecer no Brasil, por mais que os militares sejam resistentes a ideia.
O que falta saber é como vamos operacionalizar e integrar tudo isso.
Atualmente a FAB possui apenas um único esquadrão dedicado a missões ISR em Anápolis na forma do Esquadrão Guardião. E ficamos por aí.
Me parece ser uma boa hora para rediscutir até onde vale a pena manter apenas um esquadrão ISR quando as demandas, e necessidades nesta área só crescem a nível mundial a olhos vistos.
Penso que é o momento para se elevar a outro patamar a questão ISR na FAB, a começar pelos COMAR e sua capacidade de prover tais missões sem depender de um único esquadrão, ou de meios de outras forças.
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- FCarvalho
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Um exemplo de como devemos, e podemos, melhorar e ampliar nossas capacidades na área de ISR é o que está previsto no SISGAAZ, onde aviões e VANT irão conviver lado a lado compondo diferentes missões e respectivos pacotes.
Os VANT serão usados principalmente para ISR e C4I enquanto os aviões serão usados em patrulha marítima, com todos os elementos e sistemas de apoio necessários.
Mesmo não estando previsto no momento, aeronaves AEW&C partindo de terra devem ser acrescidas ao SISGAAZ, já que não teremos por aqui Nae tão cedo.
Aeronaves SAR também podem ser usadas em missões complementares de SIGINT, ELINT e COMINT, além de EW propriamente, se for o caso. A maioria destes sistemas hoje em dia está miniaturizado e em crescente escala de potência e alcance de uso. É o caso dos sistemas israelenses adotados nos P-600 da Embraer.
No SISFRON em menor escala talvez, o exército irá dispor de vários tipos de VANT para compor missões ISR, e também, as outras na área de EW e C4I, de forma que não podemos abrir mão de pensar hoje como integrar todas estas plataformas e seus respectivos sistemas.
Creio que podemos começar com isto aqui:
E chegar até este nível:
Espaço e necessidade existe e já faz muito tempo.
Os VANT serão usados principalmente para ISR e C4I enquanto os aviões serão usados em patrulha marítima, com todos os elementos e sistemas de apoio necessários.
Mesmo não estando previsto no momento, aeronaves AEW&C partindo de terra devem ser acrescidas ao SISGAAZ, já que não teremos por aqui Nae tão cedo.
Aeronaves SAR também podem ser usadas em missões complementares de SIGINT, ELINT e COMINT, além de EW propriamente, se for o caso. A maioria destes sistemas hoje em dia está miniaturizado e em crescente escala de potência e alcance de uso. É o caso dos sistemas israelenses adotados nos P-600 da Embraer.
No SISFRON em menor escala talvez, o exército irá dispor de vários tipos de VANT para compor missões ISR, e também, as outras na área de EW e C4I, de forma que não podemos abrir mão de pensar hoje como integrar todas estas plataformas e seus respectivos sistemas.
Creio que podemos começar com isto aqui:
E chegar até este nível:
Espaço e necessidade existe e já faz muito tempo.
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- Strike91
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Dos mesmos criadores....
Na minha modesta opinião o melhor vetor da classe
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Em minha opinião a FAB deveria planejar a substituição dos EMB 145 AEW&C utilizando o E 190 E2 ou o 195 E2, além de ampliar a utilização de SARP de emprego estratégico. O dimensionamento da quantidade de aeronaves sempre deveria levar em consideração a tal dimensão 22.
Sds
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- FCarvalho
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Vai haver uma concorrência na Europa para a substituição dos AEW 707 da OTAN. Hoje há mais alternativas do que quando de sua adoção, e os números são prósperos em termos quantitativos.
A SAAB vai com o seu AEW&C Globaleye, enquanto a Boeing deve concorrer com alguma versão do seus 737-700 AEW. A AIRBUS tem o C-295 AEW, ou pode oferecer também uma versão AWACS do A330, o que parece ser a tendência. Os israelenses podem oferecer o seu AEW também baseado no modelo vendido para a força aérea italiana. Quem sabe Raytheon, NorthropGrumam e LM também não se animam com alguma plataforma da Boeing.
A Embraer tem várias opções de aviões para oferecer, mas depende sobretudo dos requisitos que a OTAN irá dispor para este novo modelo. Não creio que o P-600 se adeque ao que eles vão querer, mas, como temos aqui os E-2, podemos dispor de uma plataforma maior e mais adequada ao que se pede. A questão é com quem ficaria a parceria para oferecer os radares e sistemas anexos. Os israelenses já mostraram que podem oferecer bem mais do que temos hoje empregado no Praetor, é só questão de definir custos, parâmetros operacionais e apoio pós venda. E isso a Embraer é craque junto com os custos bem mais acessíveis que as empresas israelenses podem oferecer. Mas como é na Europa, isso não será, por agora, um problema.
Com base na Dimensão 22, a meu ver a FAB tem necessidade real para ao menos 15 a 18 aeronaves AEW&C. Mas estes são números inimagináveis para a pauperridade dos planejamentos institucionais. E iria "meter medo" os vizinhos, claro. E ninguém quer isso, não é mesmo...
Aliás, a MB pode entrar nesta conta sem maiores problemas, já que mesmo com 18 aviões a FAB ainda assim não daria conta de cobrir na íntegra o território terrestre e marítimo ao mesmo tempo. E a esquadra não vai a lugar algum, mesmo dentro da ZEE sem cobertura aérea, que por óbvio, também a FAB não pode e nem consegue oferecer. Viva-se com isso.
A SAAB vai com o seu AEW&C Globaleye, enquanto a Boeing deve concorrer com alguma versão do seus 737-700 AEW. A AIRBUS tem o C-295 AEW, ou pode oferecer também uma versão AWACS do A330, o que parece ser a tendência. Os israelenses podem oferecer o seu AEW também baseado no modelo vendido para a força aérea italiana. Quem sabe Raytheon, NorthropGrumam e LM também não se animam com alguma plataforma da Boeing.
A Embraer tem várias opções de aviões para oferecer, mas depende sobretudo dos requisitos que a OTAN irá dispor para este novo modelo. Não creio que o P-600 se adeque ao que eles vão querer, mas, como temos aqui os E-2, podemos dispor de uma plataforma maior e mais adequada ao que se pede. A questão é com quem ficaria a parceria para oferecer os radares e sistemas anexos. Os israelenses já mostraram que podem oferecer bem mais do que temos hoje empregado no Praetor, é só questão de definir custos, parâmetros operacionais e apoio pós venda. E isso a Embraer é craque junto com os custos bem mais acessíveis que as empresas israelenses podem oferecer. Mas como é na Europa, isso não será, por agora, um problema.
Com base na Dimensão 22, a meu ver a FAB tem necessidade real para ao menos 15 a 18 aeronaves AEW&C. Mas estes são números inimagináveis para a pauperridade dos planejamentos institucionais. E iria "meter medo" os vizinhos, claro. E ninguém quer isso, não é mesmo...
Aliás, a MB pode entrar nesta conta sem maiores problemas, já que mesmo com 18 aviões a FAB ainda assim não daria conta de cobrir na íntegra o território terrestre e marítimo ao mesmo tempo. E a esquadra não vai a lugar algum, mesmo dentro da ZEE sem cobertura aérea, que por óbvio, também a FAB não pode e nem consegue oferecer. Viva-se com isso.
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- FCarvalho
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Pergunta que não quer calar: quantos aviões AEW&C a FAB precisará no futuro a médio e longo prazo após a retirada de serviço dos E\R-99
Os modelos atuais foram comprados dentro do processo de desenvolvimento do SIVAM nos anos 1990, o que justificou e providenciou os recursos necessários à sua aquisição. Ponto. O hoje CINDACTA IV está em pleno funcionamento e integrado em todas as suas múltiplas funções, mas não há aviões AEW operando na região norte, com os E\R-99 baseados em Brasília, atendendo o país inteiro.
Isto dito, quais fatores devem influenciar a decisão da FAB por um novo vetor do mais complexo ao mais simples de resolver:
1. recursos orçamentários;
2. recursos tecnológicos;
3. recursos humanos;
4. recursos logísticos;
5. recursos operacionais;
6. recursos doutrinários.
Considerações:
1. recursos orçamentários - não há mais um SIVAM da vida para justificar o investimento em novos AEW na FAB. Portanto, deve-se buscar outras justificativas que sensibilizem o governo de plantão de forma a amparar a substituição dos E\R-99; no momento não há nada de concreto que diga ao setor político que vale a pena investir em tais vetores para a FAB e o que ele ganha com isso na prática.
2. recursos tecnológicos - a FAB tem em suas mãos o planejamento estratégico que vislumbra o desenvolvimento de vários tipos de radares para sua utilização, entre eles um radar aerotransportado; o presente plano chega a termo em 2027, e não se tem até agora sequer a proposta de início do desenvolvimento deste radar e nem de qualquer outro apontado neste planejamento.
3. recursos humanos - a FAB não dispõe hoje de recursos humanos em quantidade e qualidade para operar vetores C4ISR, visto o número limitado de aviões que opera, e as vagas referentes à OM que abriga os mesmos; para o futuro é preciso decidir com antecedência quantos e quais vetores a FAB demandará a si, de forma que se possa iniciar o processo de formação com antecedência. Formar pessoas, e torná-las proficientes, leva muito tempo e investimento financeiro. Algo que não temos sobrando.
4. recursos logísticos - a atual organização da FAB em relação a seus vetores AEW atende apenas aos 8 E-145 que operam na base aérea de Anápolis; a demanda para novos vetores tem que ser estabelecida, assim como os recursos humanos com antecedência a fim de estabelecer as necessidades logística que devem ser assistidas. Novamente, logística é algo que não se pode arrumar a troco de caixa e levianamente.
5. recursos operacionais - os componentes do 2o\6o Gav que formam o núcleo dos vetores AEW\ISR da FAB talvez sejam suficientes para tempos de paz, mas, em situações de conflito, em grande, pequena e média escala é preciso pensar e debater se são condizentes ou não; as lições da guerra aérea na Ucrânia precisam ser levadas em conta, olhando não apenas para o lado, mas buscando antever se nossa capacidade operacional é suficiente para darmos conta de situações que escapem ao cotidiano das vigias contra papa-tangos nas fronteiras, e encarar ameaças realmente sérias.
6. recursos doutrinários - a doutrina evolui com os seu vetores, e neste ponto a FAB tem bastante experiência; a modernização dos E\-99 trará novas capacidades que oferecerão novidades em termos de operacionalidade e capacidades, assim como referencias para a atualização doutrinária. Mas é preciso ver aonde e como esta doutrina está em acordo com os conflitos modernos e a inserção de novos vetores na guerra aérea, e de que forma o setor AEW pode e deve evoluir a fim de fazer frente aos mesmos. quais as capacidades necessárias e como justifica-las e operacionalizar tudo isso considerando a onipresente escassez de recursos e meios humanos e materiais.
Os E\R-99 duram mais uns 15 anos, se muito. A partir de 2040 temos que entrar nesta nova década já sabendo com qual capacidades iremos combater em termos de vetores C4ISR.
Pode até parecer faltar muito tempo para pensar em tais decisões, mas, deixar para o último minuto nunca foi e continua não sendo uma opção racional e lógica.
A experiência ucraniana não me deixa mentir.
Os modelos atuais foram comprados dentro do processo de desenvolvimento do SIVAM nos anos 1990, o que justificou e providenciou os recursos necessários à sua aquisição. Ponto. O hoje CINDACTA IV está em pleno funcionamento e integrado em todas as suas múltiplas funções, mas não há aviões AEW operando na região norte, com os E\R-99 baseados em Brasília, atendendo o país inteiro.
Isto dito, quais fatores devem influenciar a decisão da FAB por um novo vetor do mais complexo ao mais simples de resolver:
1. recursos orçamentários;
2. recursos tecnológicos;
3. recursos humanos;
4. recursos logísticos;
5. recursos operacionais;
6. recursos doutrinários.
Considerações:
1. recursos orçamentários - não há mais um SIVAM da vida para justificar o investimento em novos AEW na FAB. Portanto, deve-se buscar outras justificativas que sensibilizem o governo de plantão de forma a amparar a substituição dos E\R-99; no momento não há nada de concreto que diga ao setor político que vale a pena investir em tais vetores para a FAB e o que ele ganha com isso na prática.
2. recursos tecnológicos - a FAB tem em suas mãos o planejamento estratégico que vislumbra o desenvolvimento de vários tipos de radares para sua utilização, entre eles um radar aerotransportado; o presente plano chega a termo em 2027, e não se tem até agora sequer a proposta de início do desenvolvimento deste radar e nem de qualquer outro apontado neste planejamento.
3. recursos humanos - a FAB não dispõe hoje de recursos humanos em quantidade e qualidade para operar vetores C4ISR, visto o número limitado de aviões que opera, e as vagas referentes à OM que abriga os mesmos; para o futuro é preciso decidir com antecedência quantos e quais vetores a FAB demandará a si, de forma que se possa iniciar o processo de formação com antecedência. Formar pessoas, e torná-las proficientes, leva muito tempo e investimento financeiro. Algo que não temos sobrando.
4. recursos logísticos - a atual organização da FAB em relação a seus vetores AEW atende apenas aos 8 E-145 que operam na base aérea de Anápolis; a demanda para novos vetores tem que ser estabelecida, assim como os recursos humanos com antecedência a fim de estabelecer as necessidades logística que devem ser assistidas. Novamente, logística é algo que não se pode arrumar a troco de caixa e levianamente.
5. recursos operacionais - os componentes do 2o\6o Gav que formam o núcleo dos vetores AEW\ISR da FAB talvez sejam suficientes para tempos de paz, mas, em situações de conflito, em grande, pequena e média escala é preciso pensar e debater se são condizentes ou não; as lições da guerra aérea na Ucrânia precisam ser levadas em conta, olhando não apenas para o lado, mas buscando antever se nossa capacidade operacional é suficiente para darmos conta de situações que escapem ao cotidiano das vigias contra papa-tangos nas fronteiras, e encarar ameaças realmente sérias.
6. recursos doutrinários - a doutrina evolui com os seu vetores, e neste ponto a FAB tem bastante experiência; a modernização dos E\-99 trará novas capacidades que oferecerão novidades em termos de operacionalidade e capacidades, assim como referencias para a atualização doutrinária. Mas é preciso ver aonde e como esta doutrina está em acordo com os conflitos modernos e a inserção de novos vetores na guerra aérea, e de que forma o setor AEW pode e deve evoluir a fim de fazer frente aos mesmos. quais as capacidades necessárias e como justifica-las e operacionalizar tudo isso considerando a onipresente escassez de recursos e meios humanos e materiais.
Os E\R-99 duram mais uns 15 anos, se muito. A partir de 2040 temos que entrar nesta nova década já sabendo com qual capacidades iremos combater em termos de vetores C4ISR.
Pode até parecer faltar muito tempo para pensar em tais decisões, mas, deixar para o último minuto nunca foi e continua não sendo uma opção racional e lógica.
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
A IAF após muita labuta e investimento pesado do governo indiano tem o seu AEW equipado com radar e sistemas autóctones made in Índia. E isto se refitirá certamente nos custos e no desenvolvimento tecnológico do país com mais esta compra.
Em terras brasilis, até o momento, apenas pensamos no assunto...
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- Pablo Maica
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Se houvesse um esboço de projeto para um E-175/190 AEW, poderia ser uma excelente oportunidade para uma primeira venda, mesmo usando aeronaves usadas ou E2 novinhas. Mas enfim... só sei que não vejo muito futuro naquele AEW de bolso do P600.
Um abraço e t+
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
É improvável que a Embraer lance um E-2 AEW sem a encomenda da FAB ou de outra força aérea. Mas este é um tema que só deve começar a ser debatido efetivamente daqui uns dez anos, vide a modernização dos E-99.Pablo Maica escreveu: ↑Dom Out 08, 2023 11:00 pm Se houvesse um esboço de projeto para um E-175/190 AEW, poderia ser uma excelente oportunidade para uma primeira venda, mesmo usando aeronaves usadas ou E2 novinhas. Mas enfim... só sei que não vejo muito futuro naquele AEW de bolso do P600.
Um abraço e t+ :
O P-600 apesar de ainda não ter sido encomendado, vejo nele um potencial muito bom para a aviação naval, mesmo operando de terra, já que o avião possui sistemas que o capacitam a realizar diversas tarefas ar-sup ao mesmo tempo em que faz o AEW com o radar da Elta. E as capacidades dele na área de EW são bem altas. Seria um vetor adequado para a marinha operar em apoio ao seu até agora único esquadrão de caça.
Talvez, se no futuro próximo houver um acordo entre as partes, FAB e MB, se possa conseguir inserir recursos dentro do SISGAAZ (o SIVAM da marinha) a fim de dispor dos vetores aéreos que o sistema demanda em seu planejamento, fazendo com que os E-2 possam servir para as tarefas que se espera deles dentro do sistema da marinha. E tem espaço tanto para eles como para os Praetor P-600.
Vai que cola.
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- arcanjo
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Embraer entrega quinto jato E-99 modernizado à FAB
Aeronave é a primeira entregue com Full Operational Capability
https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... -e-99.html
abs.
arcanjo
Aeronave é a primeira entregue com Full Operational Capability
https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... -e-99.html
abs.
arcanjo
- FCarvalho
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Mais 15 anos de operação. Vamos até 2040 com os E-99. Depois a gente pensa no que fazer.
Carpe Diem