UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Texto interessante, retirado do O Globo. Merece a leitura.
Blogueiro por um dia
O novo governo, a PEC 300 e a criminalização da polícia
Por Fábio F. Figueiredo, Inspetor de Polícia, especial para o Blog Repórter de Crime
Defina CRIME: “É todo o ato realizado em pecado, ou seja, cometido de propósito ou conscientemente para prejudicar alguém ou obter um proveito ilegítimo ou irresponsável” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime).
Quando consideramos a questão da segurança pública no Brasil e em especial no Estado do Rio de Janeiro, verificamos que existe uma percepção coletiva de que o profissional que desempenha essa atividade “na ponta”, na “linha de frente” deveria ser prestigiado, bem remunerado e amparado para que possa COLOCAR EM RISCO o seu bem maior, qual seja a sua própria vida, na defesa da sociedade.
Paradoxalmente é comum ouvir das mesmas pessoas que assim entendem (quando os sindicatos representantes das classes policiais defendem uma maior remuneração para seus representados), que aqueles profissionais SABIAM quanto iriam receber quando realizaram o concurso público para o cargo ou função, não sendo razoável que “agora” venha demandar dos gestores públicos e da sociedade uma remuneração mais elevada, como necessária para conferir-lhes dignidade e segurança para seus familiares na eventualidade de sua morte em razão do exercício regular da profissão.
Policiais estão colocados na categoria de “funcionários públicos”, quando na realidade não o são porque a sua práxis diária exige destes homens e mulheres muito mais do que é exigido de qualquer outro “funcionário” público. Dizemos em nossas reuniões que somente o Agente de Autoridade (o policial) SANGRA e MORRE pelo serviço público, por isso entendemos que somos SERVIDORES públicos e não apenas FUNCIONÁRIOS públicos, como a maioria.
“Funcionários públicos” possuem horário de entrada e saída, não fazem hora extra, mas se o fizessem certamente receberiam pelas horas extras trabalhadas. Fazem juz a férias anuais, a licença prêmio e não carecem de autorização superior para se ausentar do estado ou do país, além de ser permitido que exerçam outras atividades remuneradas ou que tenham mais de uma matrícula, como no caso de médicos, professores, etc.
Aos policiais é exigida DEDICAÇÃO INTEGRAL ao trabalho, acatamento às convocações (antes esporádicas e há anos cada vez mais freqüentes) para participar de Operações, Escalas de Reforço, permanência em serviço em suas unidades ATÉ QUE ESTEJA CONCLUÍDO o procedimento de autuação ou investigação em andamento, não sendo ainda permitido àqueles que se encontram “na ponta” o gozo de férias em meses de “pico de demanda” como Dezembro, Janeiro e Fevereiro ou em ocasiões festivas para a cidade e o estado onde o afluxo de turistas e visitantes diversos se multiplica (Panamericano, Copa do Mundo, Olimpíadas, etc).
O segundo emprego, buscado por muitos para complementar sua renda e ofertar dignidade às suas famílias é ILEGAL, mas deixa de ser fiscalizado pelos SUPERIORES e CHEFES IMEDIATOS pela impossibilidade de confrontar os “infratores” com os vencimentos indignos oferecidos pelo estado a estes profissionais. E, assim o fazendo, evitam o arrefecimento dos ânimos dentro daquele substrato profissional, que levaria a movimentos paredistas legítimos e necessários ao aperfeiçoamento das relações institucionais e à profissionalização das polícias.
Mas onde fica o NOVO GOVERNO, a PEC 300 e a CRIMINALIZAÇÃO DA POLÍCIA neste contexto? E porque nos referimos a certo PROBLEMA DO COMPLEXO DO ALEMÃO?
Analistas políticos, sociólogos, jornalistas e economistas destacam há meses que as contas do Governo Federal e as previsões de aumento das despesas para o NOVO GOVERNO não fecham, condenando o país a uma espiral perversa que impediria que as metas de Superávit Primário fossem alcançadas e/ou mantidas. E desta forma as promessas de campanha da candidata e a votação da PEC 300 vão sendo TORPEDEADAS pelas Lideranças Políticas na Câmara, tentando de todas as maneiras inculcarem no imaginário popular que o recrudescimento da violência no Rio de Janeiro NADA TEM a ver com o reconhecimento de uma MELHORIA SALARIAL para os profissionais da área.
O líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), comentou que não “há vinculação de um tema com o outro”. E disse que a PEC 300 está num impasse devido à rejeição da matéria pelos governadores eleitos, visivelmente PASSANDO A BOLA e o ônus político para os estados.
Já o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), por sua vez, disse que colocar a PEC 300 em pauta devido à violência no Rio deixaria transparecer a impressão que as facções criminosas estão pautando o Legislativo.
“Não se pode fazer oportunismo mórbido. A segurança precisa de um debate amplo. Votar daria sinal que estamos sendo pautados pela violência, por traficante”, disse.
Porém as mesmas “LIDERANÇAS” governamentais desejam ardentemente colocar em votação a questão da legalização dos BINGOS, sem ter o mesmo “escrúpulo” quanto ao fato de estarem sendo “pautados” por outras instâncias criminosas, como vazou recentemente para a sala de imprensa pelos próprios microfones e alto-falantes da casa.
Deste modo tais “lideranças” Legislativas, somam esforços ao Executivo Estadual e Federal em um esforço conjunto para CRIMINALIZAR as legítimas demandas dos Agentes de Autoridade por um reconhecimento digno em seus contracheques que faça juz ao empenho e sacrifícios demandados em nome da Segurança Pública Nacional.
Enquanto isso o Judiciário e o Ministério Público, que fingem NADA TER A VER com os orçamentos ou os destinos da Segurança Pública (e na prática, dentro do modelo atual não têm mesmo), tratam de encaminhar suas demandas por melhores vencimentos ao Congresso, promovendo o aumento a Juízes e também Promotores, que de forma idêntica, nos mesmos moldes do proposto pelo STF (fixado em 14,79%), elevam o TOPO DA PROFISSÃO (Procurador-Geral da República) a míseros R$ 30.675,48 com vigência a contar de janeiro de 2011, refletindo-se em todas as categorias inferiores do Judiciário e do Ministério Público.
Então, por essa “lógica governamental criminosa” somos nós, os POLICIAIS (em razão do nosso grande efetivo nacional), que seríamos os responsáveis pelo DÉFICIT orçamentário projetado e não o SACO DE BONDADES distribuídas a aliados políticos ou os aumentos projetados para o Executivo, Legislativo, Judiciário e o Ministério Público.
Faz sentido.
Afinal, nós, os policiais, somos DESCARTÁVEIS. Somos utilizados e acordo com as conveniências políticas do momento, consoante a pauta da mídia e da imbecilidade do crime organizado (?) que ainda não percebeu o que os bicheiros perceberam décadas atrás quando assumiram o controle do carnaval, pautando as agendas municipais e estaduais às suas conveniências.
E, ao que parece ninguém dentre os “çábios” do Executivo, Legislativo, do Ministério da Justiça ou da Secretaria Nacional de Segurança Pública assistiu ao filme Tropa de Elite 2, porque se o tivessem feito perceberiam o risco tremendo para a democracia que representam as milícias que são, salvo engano, nada mais do que uma “evolução perversa” da segurança privada promovida pelos policiais aos empresários, ricos e bem nascidos nos “bicos”, nos segundos empregos. Segurança privada essa que agora é estendida criminosamente aos substratos mais frágeis da população.
Quanto ao PROBLEMA DO COMPLEXO DO ALEMÃO, para o desespero dos políticos nacionais, a sociedade teve o vislumbre (ainda que pálido) do que representaria ter uma polícia eficiente, precisa e livre das amarras das agendas de conveniência momentâneas.
Livres da escravidão, bafejados pelos ares da liberdade e da paz, até mesmo o homem médio, o cidadão mais humilde, percebe que existe OUTRA REALIDADE que pode ser alcançada e vivenciada, não sendo mais possível um retrocesso aos descasos públicos de alhures, mesmo passadas as agendas da Copa do Mundo e das Olimpíadas.
E como explicar a este mesmo cidadão que temos um sistema Jurídico que possui uma POLÍCIA MAL PAGA atuando na investigação, na coleta da PROVA (indícios de materialidade autoria), enquanto o Ministério Público (Promotores, Analistas e Técnicos) e o Judiciário (Juízes, Analistas e Técnicos) desfrutam de excelentes vencimentos e diversos benefícios negados àqueles que lhes oferecem a MATÉRIA PRIMA para as denúncias e julgados?
A quem interessa uma POLÍCIA mal paga, fragilizada pelo abandono e ausência de benefícios indiretos concedidos a outras categorias funcionais composta igualmente por Operadores do Direito?
Certamente que não interessa ao cidadão comum e muito menos ao País ou ao Estado de Direito Democrático.
E apesar dos problemas e das críticas que podem ser feitas à Operação Avalanche, como “batizaram” os caveiras, o SUCESSO obtido até aqui com a LIBERTAÇÃO da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão parecem apontar para a NECESSIDADE de que sejam “sacrificados” os POUPUDOS AUMENTOS do Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público em prol de um reconhecimento mais expressivo às categorias Policiais Civis, Militares e Bombeiros Militar.
E seria bom que esse desprendimento e “espírito cívico” fossem propostos pelas LIDERANÇAS destes poderes constituídos, antes que o cidadão brasileiro comece a fazer contas, verificando que R$ 30.000,00 (Trinta mil Reais) mensais, fora os benefícios indiretos, pagariam vencimentos melhores a 10 (Dez) Policiais Civis, Militares e Bombeiros.
Termino parafraseando um anuncio veiculado tempos atrás pela Ordem dos Advogados do Brasil que dizia que “Sem advogado não existe justiça” o que efetivamente é uma verdade, porém SEM POLÍCIA NÃO EXISTE SOCIEDADE e agora a escolha está nas mãos dos cidadãos deste estado e desta nação.
Por fim, mas não menos importante, reproduzo (sem autorização formal, mas certo da autorização tácita de nossa amizade) um e-mail postado por um colega e amigo em um Grupo de Discussão de Policiais Civis cariocas e fluminenses que dá bem O TOM de nosso desespero, inconformismo, desgosto e descrédito para com o Estado Brasileiro, representado pelos Governos Federal e Estadual.
Segue o texto do referido e-mail postado pelo colega Luiz:
“Em recente entrevista concedida à apresentadora Marília Gabriela em seu programa do GNT, o desembargador Walter Maierovitch, presidente da Fundação Giovanni Falconni, foi diretíssimo ao ponto, citando o próprio Giovanni Falconni, Juiz italiano que combateu a máfia, diga-se de passagem, com muito êxito sendo, porém assassinado quando a máfia explodiu o seu carro e todos os demais que estavam na ponte que foi também explodida.
Mas, vamos à frase que me impressionou tanto e que acho que deveria ser o lema de nossas campanhas por melhores salários, melhores condições de trabalho e mais dignidade:
"Quando o Estado abandona seus servidores, deixando-os à mercê do outro lado, é porque, muito provavelmente, o Estado está do outro lado!"
Simplesmente GENIAL !!!
Estive, ao longo destes já muitos anos de grupo PCERJ, pensando nisso; exatamente nisso, mas jamais consegui sintetizar o que pensava em uma frase, mas agora eu tenho a frase.
Não é por acaso que ganhamos pouco, não é por caso que não temos um decente plano de carreiras, não é por acaso que não temos plano de saúde ou hospital decente, não é por acaso que somos tratados como capitães-do-mato, (caçadores de negros fujões), não é por caso que somos vítimas de assédio moral de chefes e delegados, não é por acaso que sofremos as punições geográficas, não é por acaso que todas estas coisas acontecem. Elas, estas coisas, pretendem abater o nosso moral, para poder comprar a nossa moral!
Uma pessoa abatida, sofrida, humilhada, com dificuldades, acaba, depois de muita luta, por se acostumar com isso.
Grita muito no primeiro dia, grita no segundo, fala alto no terceiro, fala no quarto, sussurra no quinto, se cala no sexto dia.
É nisso que apostam os nossos "donos", se o Leblon e a Barra forem muito bem, que se dane Vigário Geral.
Sempre fui moderado e conciliador, mas hoje acredito firmemente que não há mais como fingir que não percebemos isso.
O Estado é "meu" inimigo!
O que serve ao Estado não me serve.
Certamente os donos do estado não estão pensando em como eu vivo e como vive a minha família e a de todo policial. Que continuemos morrendo na folga, que morramos nas batalhas dos morros, que ganhemos pouco para que a nossa corrupção seja bem baratinha, afinal de contas todo cidadão tem direito de fumar um baseado, de comprar droga, de comprar peças de carros roubados, de vender sem nota-fiscal, de transitar com seus caminhões com mercadoria sem nota fiscal, de receber propina para aprovar obras, de receber propina para não fiscalizar, de receber propina para votar a favor do dono do estado, e ao final de tudo dizer: como é corrupta a nossa polícia.
Chega!
Para mim, o estado está do outro lado!”
Blogueiro por um dia
O novo governo, a PEC 300 e a criminalização da polícia
Por Fábio F. Figueiredo, Inspetor de Polícia, especial para o Blog Repórter de Crime
Defina CRIME: “É todo o ato realizado em pecado, ou seja, cometido de propósito ou conscientemente para prejudicar alguém ou obter um proveito ilegítimo ou irresponsável” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime).
Quando consideramos a questão da segurança pública no Brasil e em especial no Estado do Rio de Janeiro, verificamos que existe uma percepção coletiva de que o profissional que desempenha essa atividade “na ponta”, na “linha de frente” deveria ser prestigiado, bem remunerado e amparado para que possa COLOCAR EM RISCO o seu bem maior, qual seja a sua própria vida, na defesa da sociedade.
Paradoxalmente é comum ouvir das mesmas pessoas que assim entendem (quando os sindicatos representantes das classes policiais defendem uma maior remuneração para seus representados), que aqueles profissionais SABIAM quanto iriam receber quando realizaram o concurso público para o cargo ou função, não sendo razoável que “agora” venha demandar dos gestores públicos e da sociedade uma remuneração mais elevada, como necessária para conferir-lhes dignidade e segurança para seus familiares na eventualidade de sua morte em razão do exercício regular da profissão.
Policiais estão colocados na categoria de “funcionários públicos”, quando na realidade não o são porque a sua práxis diária exige destes homens e mulheres muito mais do que é exigido de qualquer outro “funcionário” público. Dizemos em nossas reuniões que somente o Agente de Autoridade (o policial) SANGRA e MORRE pelo serviço público, por isso entendemos que somos SERVIDORES públicos e não apenas FUNCIONÁRIOS públicos, como a maioria.
“Funcionários públicos” possuem horário de entrada e saída, não fazem hora extra, mas se o fizessem certamente receberiam pelas horas extras trabalhadas. Fazem juz a férias anuais, a licença prêmio e não carecem de autorização superior para se ausentar do estado ou do país, além de ser permitido que exerçam outras atividades remuneradas ou que tenham mais de uma matrícula, como no caso de médicos, professores, etc.
Aos policiais é exigida DEDICAÇÃO INTEGRAL ao trabalho, acatamento às convocações (antes esporádicas e há anos cada vez mais freqüentes) para participar de Operações, Escalas de Reforço, permanência em serviço em suas unidades ATÉ QUE ESTEJA CONCLUÍDO o procedimento de autuação ou investigação em andamento, não sendo ainda permitido àqueles que se encontram “na ponta” o gozo de férias em meses de “pico de demanda” como Dezembro, Janeiro e Fevereiro ou em ocasiões festivas para a cidade e o estado onde o afluxo de turistas e visitantes diversos se multiplica (Panamericano, Copa do Mundo, Olimpíadas, etc).
O segundo emprego, buscado por muitos para complementar sua renda e ofertar dignidade às suas famílias é ILEGAL, mas deixa de ser fiscalizado pelos SUPERIORES e CHEFES IMEDIATOS pela impossibilidade de confrontar os “infratores” com os vencimentos indignos oferecidos pelo estado a estes profissionais. E, assim o fazendo, evitam o arrefecimento dos ânimos dentro daquele substrato profissional, que levaria a movimentos paredistas legítimos e necessários ao aperfeiçoamento das relações institucionais e à profissionalização das polícias.
Mas onde fica o NOVO GOVERNO, a PEC 300 e a CRIMINALIZAÇÃO DA POLÍCIA neste contexto? E porque nos referimos a certo PROBLEMA DO COMPLEXO DO ALEMÃO?
Analistas políticos, sociólogos, jornalistas e economistas destacam há meses que as contas do Governo Federal e as previsões de aumento das despesas para o NOVO GOVERNO não fecham, condenando o país a uma espiral perversa que impediria que as metas de Superávit Primário fossem alcançadas e/ou mantidas. E desta forma as promessas de campanha da candidata e a votação da PEC 300 vão sendo TORPEDEADAS pelas Lideranças Políticas na Câmara, tentando de todas as maneiras inculcarem no imaginário popular que o recrudescimento da violência no Rio de Janeiro NADA TEM a ver com o reconhecimento de uma MELHORIA SALARIAL para os profissionais da área.
O líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), comentou que não “há vinculação de um tema com o outro”. E disse que a PEC 300 está num impasse devido à rejeição da matéria pelos governadores eleitos, visivelmente PASSANDO A BOLA e o ônus político para os estados.
Já o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), por sua vez, disse que colocar a PEC 300 em pauta devido à violência no Rio deixaria transparecer a impressão que as facções criminosas estão pautando o Legislativo.
“Não se pode fazer oportunismo mórbido. A segurança precisa de um debate amplo. Votar daria sinal que estamos sendo pautados pela violência, por traficante”, disse.
Porém as mesmas “LIDERANÇAS” governamentais desejam ardentemente colocar em votação a questão da legalização dos BINGOS, sem ter o mesmo “escrúpulo” quanto ao fato de estarem sendo “pautados” por outras instâncias criminosas, como vazou recentemente para a sala de imprensa pelos próprios microfones e alto-falantes da casa.
Deste modo tais “lideranças” Legislativas, somam esforços ao Executivo Estadual e Federal em um esforço conjunto para CRIMINALIZAR as legítimas demandas dos Agentes de Autoridade por um reconhecimento digno em seus contracheques que faça juz ao empenho e sacrifícios demandados em nome da Segurança Pública Nacional.
Enquanto isso o Judiciário e o Ministério Público, que fingem NADA TER A VER com os orçamentos ou os destinos da Segurança Pública (e na prática, dentro do modelo atual não têm mesmo), tratam de encaminhar suas demandas por melhores vencimentos ao Congresso, promovendo o aumento a Juízes e também Promotores, que de forma idêntica, nos mesmos moldes do proposto pelo STF (fixado em 14,79%), elevam o TOPO DA PROFISSÃO (Procurador-Geral da República) a míseros R$ 30.675,48 com vigência a contar de janeiro de 2011, refletindo-se em todas as categorias inferiores do Judiciário e do Ministério Público.
Então, por essa “lógica governamental criminosa” somos nós, os POLICIAIS (em razão do nosso grande efetivo nacional), que seríamos os responsáveis pelo DÉFICIT orçamentário projetado e não o SACO DE BONDADES distribuídas a aliados políticos ou os aumentos projetados para o Executivo, Legislativo, Judiciário e o Ministério Público.
Faz sentido.
Afinal, nós, os policiais, somos DESCARTÁVEIS. Somos utilizados e acordo com as conveniências políticas do momento, consoante a pauta da mídia e da imbecilidade do crime organizado (?) que ainda não percebeu o que os bicheiros perceberam décadas atrás quando assumiram o controle do carnaval, pautando as agendas municipais e estaduais às suas conveniências.
E, ao que parece ninguém dentre os “çábios” do Executivo, Legislativo, do Ministério da Justiça ou da Secretaria Nacional de Segurança Pública assistiu ao filme Tropa de Elite 2, porque se o tivessem feito perceberiam o risco tremendo para a democracia que representam as milícias que são, salvo engano, nada mais do que uma “evolução perversa” da segurança privada promovida pelos policiais aos empresários, ricos e bem nascidos nos “bicos”, nos segundos empregos. Segurança privada essa que agora é estendida criminosamente aos substratos mais frágeis da população.
Quanto ao PROBLEMA DO COMPLEXO DO ALEMÃO, para o desespero dos políticos nacionais, a sociedade teve o vislumbre (ainda que pálido) do que representaria ter uma polícia eficiente, precisa e livre das amarras das agendas de conveniência momentâneas.
Livres da escravidão, bafejados pelos ares da liberdade e da paz, até mesmo o homem médio, o cidadão mais humilde, percebe que existe OUTRA REALIDADE que pode ser alcançada e vivenciada, não sendo mais possível um retrocesso aos descasos públicos de alhures, mesmo passadas as agendas da Copa do Mundo e das Olimpíadas.
E como explicar a este mesmo cidadão que temos um sistema Jurídico que possui uma POLÍCIA MAL PAGA atuando na investigação, na coleta da PROVA (indícios de materialidade autoria), enquanto o Ministério Público (Promotores, Analistas e Técnicos) e o Judiciário (Juízes, Analistas e Técnicos) desfrutam de excelentes vencimentos e diversos benefícios negados àqueles que lhes oferecem a MATÉRIA PRIMA para as denúncias e julgados?
A quem interessa uma POLÍCIA mal paga, fragilizada pelo abandono e ausência de benefícios indiretos concedidos a outras categorias funcionais composta igualmente por Operadores do Direito?
Certamente que não interessa ao cidadão comum e muito menos ao País ou ao Estado de Direito Democrático.
E apesar dos problemas e das críticas que podem ser feitas à Operação Avalanche, como “batizaram” os caveiras, o SUCESSO obtido até aqui com a LIBERTAÇÃO da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão parecem apontar para a NECESSIDADE de que sejam “sacrificados” os POUPUDOS AUMENTOS do Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público em prol de um reconhecimento mais expressivo às categorias Policiais Civis, Militares e Bombeiros Militar.
E seria bom que esse desprendimento e “espírito cívico” fossem propostos pelas LIDERANÇAS destes poderes constituídos, antes que o cidadão brasileiro comece a fazer contas, verificando que R$ 30.000,00 (Trinta mil Reais) mensais, fora os benefícios indiretos, pagariam vencimentos melhores a 10 (Dez) Policiais Civis, Militares e Bombeiros.
Termino parafraseando um anuncio veiculado tempos atrás pela Ordem dos Advogados do Brasil que dizia que “Sem advogado não existe justiça” o que efetivamente é uma verdade, porém SEM POLÍCIA NÃO EXISTE SOCIEDADE e agora a escolha está nas mãos dos cidadãos deste estado e desta nação.
Por fim, mas não menos importante, reproduzo (sem autorização formal, mas certo da autorização tácita de nossa amizade) um e-mail postado por um colega e amigo em um Grupo de Discussão de Policiais Civis cariocas e fluminenses que dá bem O TOM de nosso desespero, inconformismo, desgosto e descrédito para com o Estado Brasileiro, representado pelos Governos Federal e Estadual.
Segue o texto do referido e-mail postado pelo colega Luiz:
“Em recente entrevista concedida à apresentadora Marília Gabriela em seu programa do GNT, o desembargador Walter Maierovitch, presidente da Fundação Giovanni Falconni, foi diretíssimo ao ponto, citando o próprio Giovanni Falconni, Juiz italiano que combateu a máfia, diga-se de passagem, com muito êxito sendo, porém assassinado quando a máfia explodiu o seu carro e todos os demais que estavam na ponte que foi também explodida.
Mas, vamos à frase que me impressionou tanto e que acho que deveria ser o lema de nossas campanhas por melhores salários, melhores condições de trabalho e mais dignidade:
"Quando o Estado abandona seus servidores, deixando-os à mercê do outro lado, é porque, muito provavelmente, o Estado está do outro lado!"
Simplesmente GENIAL !!!
Estive, ao longo destes já muitos anos de grupo PCERJ, pensando nisso; exatamente nisso, mas jamais consegui sintetizar o que pensava em uma frase, mas agora eu tenho a frase.
Não é por acaso que ganhamos pouco, não é por caso que não temos um decente plano de carreiras, não é por acaso que não temos plano de saúde ou hospital decente, não é por acaso que somos tratados como capitães-do-mato, (caçadores de negros fujões), não é por caso que somos vítimas de assédio moral de chefes e delegados, não é por acaso que sofremos as punições geográficas, não é por acaso que todas estas coisas acontecem. Elas, estas coisas, pretendem abater o nosso moral, para poder comprar a nossa moral!
Uma pessoa abatida, sofrida, humilhada, com dificuldades, acaba, depois de muita luta, por se acostumar com isso.
Grita muito no primeiro dia, grita no segundo, fala alto no terceiro, fala no quarto, sussurra no quinto, se cala no sexto dia.
É nisso que apostam os nossos "donos", se o Leblon e a Barra forem muito bem, que se dane Vigário Geral.
Sempre fui moderado e conciliador, mas hoje acredito firmemente que não há mais como fingir que não percebemos isso.
O Estado é "meu" inimigo!
O que serve ao Estado não me serve.
Certamente os donos do estado não estão pensando em como eu vivo e como vive a minha família e a de todo policial. Que continuemos morrendo na folga, que morramos nas batalhas dos morros, que ganhemos pouco para que a nossa corrupção seja bem baratinha, afinal de contas todo cidadão tem direito de fumar um baseado, de comprar droga, de comprar peças de carros roubados, de vender sem nota-fiscal, de transitar com seus caminhões com mercadoria sem nota fiscal, de receber propina para aprovar obras, de receber propina para não fiscalizar, de receber propina para votar a favor do dono do estado, e ao final de tudo dizer: como é corrupta a nossa polícia.
Chega!
Para mim, o estado está do outro lado!”
Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
É nisso que apostam os nossos "donos", se o Leblon e a Barra forem muito bem, que se dane Vigário Geral.
Muito bom, muito bom mesmo.Certamente os donos do estado não estão pensando em como eu vivo e como vive a minha família e a de todo policial. Que continuemos morrendo na folga, que morramos nas batalhas dos morros, que ganhemos pouco para que a nossa corrupção seja bem baratinha, afinal de contas todo cidadão tem direito de fumar um baseado, de comprar droga, de comprar peças de carros roubados, de vender sem nota-fiscal, de transitar com seus caminhões com mercadoria sem nota fiscal, de receber propina para aprovar obras, de receber propina para não fiscalizar, de receber propina para votar a favor do dono do estado, e ao final de tudo dizer: como é corrupta a nossa polícia.
Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Sim, dê uma olhada no outro tópico.brasil70 escreveu:Zero4, você chegou a andar por aqui depois da ocupação?
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Sperofff, excelente texto! muita das coisas que eu venho falando a tempos. Enquanto tem forista, que talvez por não viver a realidade, acha que o RJ tem uma política de segurança séria, não tinha noção que o nosso desGovernador foi um dos que foi à Brasília para tratar da questão da PEC 300!
Enquanto valorosos policiais estavam há 08 dias sem verem suas famílias em razão do cerco a Penha e ao Alemão, o nosso desGovernador estava lutando contra eles. Quando o nosso desGovernador inaugura UPPs a torto e a direito, sem nenhum planejamento, sem nenhuma estrutura, obrigando soldados que fizeram prova para trabalharem no interior e que hoje percorrem muitos kms para trabalhar, está lutando contra eles tbm.
Fico triste pois a sociedade não cobra, parece que não entende e nem quer entender. É aquele negócio, que se DANE o que os políciais estão passando, teve gente que fez pouco caso aqui quando eu disse que UPPs estavam sendo inauguradas sem água, sem alojamentos e o pior... disse que a política de segurança do RJ e que tudo estava planejado...
O chato é que vai passando o tempo e a vibração vai diminuindo cada vez mais e quem perde com isso é a sociedade que conta com policiais desmotivados por essas questões. Infelizmente o texto está correto, o Estado é nosso inimigo, só esqueceu de dizer que a Sociedade não está nem ai para nós ou para os nossos problemas.
[]s
Enquanto valorosos policiais estavam há 08 dias sem verem suas famílias em razão do cerco a Penha e ao Alemão, o nosso desGovernador estava lutando contra eles. Quando o nosso desGovernador inaugura UPPs a torto e a direito, sem nenhum planejamento, sem nenhuma estrutura, obrigando soldados que fizeram prova para trabalharem no interior e que hoje percorrem muitos kms para trabalhar, está lutando contra eles tbm.
Fico triste pois a sociedade não cobra, parece que não entende e nem quer entender. É aquele negócio, que se DANE o que os políciais estão passando, teve gente que fez pouco caso aqui quando eu disse que UPPs estavam sendo inauguradas sem água, sem alojamentos e o pior... disse que a política de segurança do RJ e que tudo estava planejado...
O chato é que vai passando o tempo e a vibração vai diminuindo cada vez mais e quem perde com isso é a sociedade que conta com policiais desmotivados por essas questões. Infelizmente o texto está correto, o Estado é nosso inimigo, só esqueceu de dizer que a Sociedade não está nem ai para nós ou para os nossos problemas.
[]s
As GATs e RPs estão em toda cidade!
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Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Infelizmente a sociedade brasileira ainda não aprendeu a cobrar qualidade nos serviços públicos, pensam só em quantidade. Só interessa que haja hospitais, VTRs bonitas rodando, escolas bonitas mas nunca se preocupam em cobrar melhores condições de trabalho para aqueles que fazem todo esse sistema funcionar. De que adianta ter um hospital bonito se nao tem médicos e enferemeiros suficientes para atender os pacientes, de que adianta ter uma escola linda se os professores são praticamente semi-analfabetos e de que adianta ter VTRs rodando as cidades 24h por dia se os policiais que estão dentro estão totalmente desmotivados?! O resultado disso tudo é um serviço publico ruim!ZeRo4 escreveu:Sperofff, excelente texto! muita das coisas que eu venho falando a tempos. Enquanto tem forista, que talvez por não viver a realidade, acha que o RJ tem uma política de segurança séria, não tinha noção que o nosso desGovernador foi um dos que foi à Brasília para tratar da questão da PEC 300!
Enquanto valorosos policiais estavam há 08 dias sem verem suas famílias em razão do cerco a Penha e ao Alemão, o nosso desGovernador estava lutando contra eles. Quando o nosso desGovernador inaugura UPPs a torto e a direito, sem nenhum planejamento, sem nenhuma estrutura, obrigando soldados que fizeram prova para trabalharem no interior e que hoje percorrem muitos kms para trabalhar, está lutando contra eles tbm.
Fico triste pois a sociedade não cobra, parece que não entende e nem quer entender. É aquele negócio, que se DANE o que os políciais estão passando, teve gente que fez pouco caso aqui quando eu disse que UPPs estavam sendo inauguradas sem água, sem alojamentos e o pior... disse que a política de segurança do RJ e que tudo estava planejado...
O chato é que vai passando o tempo e a vibração vai diminuindo cada vez mais e quem perde com isso é a sociedade que conta com policiais desmotivados por essas questões. Infelizmente o texto está correto, o Estado é nosso inimigo, só esqueceu de dizer que a Sociedade não está nem ai para nós ou para os nossos problemas.
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Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Já se ouve boatos de alguns pontos de vendas de drogas por alguns becos e vielos do complexo e de costume, claro, já sente-se o cheiro de coco de cavalo queimando por alguns locais da comunidade, como também vi ontem 3 vagabundos desentocando e preparando a bosta pra fumar ... o raça desgraçada que não morre!
Como foram prazerosas as 2 semanas sem drogas e vagabundos por aqui ...
Como foram prazerosas as 2 semanas sem drogas e vagabundos por aqui ...
"O que tem que ser feito, tem que ser bem feito, tem que ser perfeito.
Uma vez PE, sempre PE!"
_________________
Uma vez PE, sempre PE!"
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Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Normal, isso acontece em TODAS as UPP, talvez a única exceção seja o Batan que era anteriormente ocupado por Milicianos.brasil70 escreveu:Já se ouve boatos de alguns pontos de vendas de drogas por alguns becos e vielos do complexo e de costume, claro, já sente-se o cheiro de coco de cavalo queimando por alguns locais da comunidade, como também vi ontem 3 vagabundos desentocando e preparando a bosta pra fumar ... o raça desgraçada que não morre!
Como foram prazerosas as 2 semanas sem drogas e vagabundos por aqui ...
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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- wagnerm25
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Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Aliás, isso acontece por todo o Brasil e nunca vai acabar. O que não pode acontecer é grupos andando de fuzil pelas vielas ditando regras sobre vida e morte dos moradores do local.ZeRo4 escreveu:Normal, isso acontece em TODAS as UPP, talvez a única exceção seja o Batan que era anteriormente ocupado por Milicianos.brasil70 escreveu:Já se ouve boatos de alguns pontos de vendas de drogas por alguns becos e vielos do complexo e de costume, claro, já sente-se o cheiro de coco de cavalo queimando por alguns locais da comunidade, como também vi ontem 3 vagabundos desentocando e preparando a bosta pra fumar ... o raça desgraçada que não morre!
Como foram prazerosas as 2 semanas sem drogas e vagabundos por aqui ...
Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Eu ia escrever o mesmo, mas fiquei receoso de ser taxado de ser anti-policiais, anti-isso e aquilo e de ser chamado de alienado e blá, blá, blá.
Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Não... isso acontece em todos os lugares do Brasil onde não há a densidade de Policiais que há nas UPPs, retiram-se policiais das ruas para colocar nas comunidades e as coisas continuam como antigamente... acho muito pouco dizer que é legal não ter traficantes andando armados de fuzis. Até concordo, mas a UPP pode e deve render mais.wagnerm25 escreveu:Aliás, isso acontece por todo o Brasil e nunca vai acabar. O que não pode acontecer é grupos andando de fuzil pelas vielas ditando regras sobre vida e morte dos moradores do local.ZeRo4 escreveu: Normal, isso acontece em TODAS as UPP, talvez a única exceção seja o Batan que era anteriormente ocupado por Milicianos.
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Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
Pois é, isso é "aceitável" em locais como Três Corações (ou Varginha, onde eu estou morando agora), com menos de 100 policias nas ruas por turno pra tomar conta de uma cidade com quase 100 mil habitantes, além de outras cidades (com Pelotões e Destacamentos).
Aí é normal existirem locais que a polícia não vai todo dia, e em alguns pontos surge as "bocas" mas a bandidagem não ostenta armas, nem a droga em sí, desentocando a droga na hoa que surge o cliente.
Agora, pelo que a gente vê daqui, as UPPs são um efetivo meio grandinho pra ÁREA a ser coberta, tudo bem que tem suas peculiaridades, mas a área por UPP não parece ser gigantesca. Daí o esperado era que pelo menos o consumo fosse totalmente "entocado" (em casa, por exemplo, onde a polícia não pode entrar à noite).
Se já está ocorrendo na rua é porque tem alguma coisa muito errada!
Aí é normal existirem locais que a polícia não vai todo dia, e em alguns pontos surge as "bocas" mas a bandidagem não ostenta armas, nem a droga em sí, desentocando a droga na hoa que surge o cliente.
Agora, pelo que a gente vê daqui, as UPPs são um efetivo meio grandinho pra ÁREA a ser coberta, tudo bem que tem suas peculiaridades, mas a área por UPP não parece ser gigantesca. Daí o esperado era que pelo menos o consumo fosse totalmente "entocado" (em casa, por exemplo, onde a polícia não pode entrar à noite).
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- brasil70
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Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
E o receio de muita gente aconteceu ou talvez sejam só boatos ...
Pessoas estão comentando sobre à atuação de milicias no Complexo do Alemao, mas especificamente na comunidade Nova Brasilia. Certos tipos de coisas como campo de futebol, que depois da ocupação não tinha que pagar mais, agora novamente, tem que ser pago para os "policiais", e falam até da volta da "tv a gato".
Acho estranho o Exército não ter conhecimento das pequenas bocas de fumo que ocorrem novamente, andando pelo morro você encontra alguns individuos vendendo o intorpecente a 50 mts de soldados do Exército. Além disso, usuarios e até alguns ex-traficantes andam e fumam na rua como se nada tivese acontecido. UPP boa essa, não?
Pessoas estão comentando sobre à atuação de milicias no Complexo do Alemao, mas especificamente na comunidade Nova Brasilia. Certos tipos de coisas como campo de futebol, que depois da ocupação não tinha que pagar mais, agora novamente, tem que ser pago para os "policiais", e falam até da volta da "tv a gato".
Acho estranho o Exército não ter conhecimento das pequenas bocas de fumo que ocorrem novamente, andando pelo morro você encontra alguns individuos vendendo o intorpecente a 50 mts de soldados do Exército. Além disso, usuarios e até alguns ex-traficantes andam e fumam na rua como se nada tivese acontecido. UPP boa essa, não?
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Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
E pra lembrar, o Complexo de São Carlos vai ser ocupado amanhã, mas os traficantes estão sendo avizados a mais de uma semana, mas foi na quarta-feira que confirmaram o dia da ocupação. Sendo que, à 2 dias antes da ocupação, a policia bota um único caveirão do choque em só uma entrada de um total de 9 comunidades. Os traficantes devem estar amando, não? Vão sair das comunidades com a maior tranquilidade do mundo e vão passar o domingo na praia enquanto se arma o circo pra população com a policia subindo os morros com o apoio da Policia Federal, Rodoviaria e novamente com o apoio logistico da Marinha.
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Re: UPP - Unidades de Polícia Pacificadora
wagnerm25 escreveu:Aliás, isso acontece por todo o Brasil e nunca vai acabar. O que não pode acontecer é grupos andando de fuzil pelas vielas ditando regras sobre vida e morte dos moradores do local.ZeRo4 escreveu: Normal, isso acontece em TODAS as UPP, talvez a única exceção seja o Batan que era anteriormente ocupado por Milicianos.
Isso acontece no mundo inteiro, a função da UPP NÃO É ACABAR COM O CONSUMO DE DROGAS, nem mesmo acabar com o tráfico, a função é terminar com o controle de território e o uso de armamento de guerra. E isso está sendo feito com total sucesso.
[]´s