Ameaça REAL ao Brasil
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Não sei se já foi postado no fórum.
Brazil auctions parts of Amazon for logging
CNN) -- Brazil has begun to auction parts of its rainforest to private companies for logging.
One million hectares are being made available as logging concessions this year, expected to rise to 11 million hectares within five years.
Eventually, up to 10 percent of Brazil's 280 million hectares of public forest could be managed by logging companies, with the land remaining publicly owned.
While this may sound like an environmentalist's worst nightmare, the Brazilian government claims it will reduce demand for illegal logging and make sure the forests are managed in a sustainable way.
So could the policy help save the Amazon rainforest, or does it simply legitimize its destruction?
CNN spoke to Marcus Alves, one of the directors of the Brazilian Forestry Service, and Daniel Nepstad, a leading environmental scientist who has studied the Amazon for 25 years and is director of the Amazon Environmental Research Institute's international program, to get their views.
Won't it mean more damage to the Amazon?
The problem in the Amazon is not so much logging per se, but illegal logging, according to both Nepstad and the Brazilian government.
The concessions will allow companies to take only 25 cubic meters of timber -- about four to six trees -- per hectare, and make sure they do not damage surrounding trees, said Alves.
"They can't return to the same hectare again for 30 years, allowing the forest to recover and grow again," he added.
Nepstad said: "Properly done, logging can be a very good way of reconciling the need for jobs and revenue with conservation of the forest. If you do it well, you can pull down three or four trees per hectare without damaging any others, and within a few years, you wouldn't notice the difference.
"There's huge potential to use logging as part of the Amazonian economy while keeping the carbon in the trees, and the biodiversity."
Alves said there were 25 million people living in the Amazon who need to earn a living.
Logging can be a very good way of reconciling the need for jobs with conservation of the forest.
--Daniel Nepstad, Amazon Environmental Research Institute
Is logging a major factor in Amazon deforestation?
The biggest drivers of deforestation are clearance for cattle grazing, growing soy beans, illegal roads and small-scale slash and burn for subsistence use, according to both Nepstad and Alves.
Both agree that selective logging does not contribute to deforestation if only small numbers of trees are removed responsibly.
Deforestation has reduced significantly in Brazil in recent years, down from nearly 13,000 square kilometers in 2007-8 to 7,000 square kilometers in 2008-9, according to the Brazilian government.
Alves claims the reduction as a victory for the concessions policy.
"These concessions are just beginning, but already we have a dramatic reduction in the rate of deforestation," he said.
Nepstad disagrees that concessions have reduced deforestation, but does believe that working with industry will help.
He said: "I believe deforestation in the Amazon could be ended by 2020, while logging continues. Industry is part of the solution as well as the main cause of the problem. Without industry at the table it would be hard to end deforestation in a place like the Amazon."
How big a problem is illegal logging?
Nepstad estimates logging is currently taking place on one million hectares of private forest -- feeding 2,000 saw mills -- the majority of it illegally.
"There are some responsible operators working on private land, but many do it in a sloppy way, yanking down trees and causing a lot of damage," he said.
"The government has been able to eliminate a lot of illegal logging with tighter controls, but much of it is still going on."
Alves said: "Our expectation is that in the long term, concessions will supply 80 percent of the timber to the market, reducing demand for unregulated timber from private forests."
Can Brazil's concessions work?
"It sounds great on paper, but very few countries have been able to pull it off," said Nepstad.
"Forest policies that feature logging concessions to private companies on publicly owned lands have had a dismal history in most of the world's tropical nations, plagued by graft, cronyism, and royalties that miss the mark. But if any country can make this work, Brazil can."
What do environmentalists think of Brazil's policy?
"We believe you can get further by favoring the responsible loggers," said Nepstad. "In some areas it is best not to use any natural resources, but you have to look at what is good for the Amazon as a whole."
"When the policy was first proposed, some environmental groups were opposed to any economic activity in the forest, but that resistance has subsided as their attention has moved to the main causes of deforestation, such as agriculture and cattle ranching."
Denisa Morariu contributed to this report.
http://edition.cnn.com/2010/WORLD/ameri ... tml?hpt=T2
Fonte: CNN
- Boss
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Tem algo problemático nisso ?
Creio que não afeta nossa soberania.
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- Sterrius
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
dependendo como é fiscalizado e se usar funcionarios brasileiros na verdade aumentaria ja que espalharia as pessoas por essa area que deixariam de ser totalmente desertas.
- Boss
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Sterrius escreveu:dependendo como é fiscalizado e se usar funcionarios brasileiros na verdade aumentaria ja que espalharia as pessoas por essa area que deixariam de ser totalmente desertas.
De fato. Não creio que vão usar empresas estrangeiras nessa. Se limitaram a posse de terra para estrangeiros, não vai ser na Amazônia que eles terão vez.
Eu já vi algo sobre isso, acho que a empresa no caso era um consórcio paulista que iria para lá. Vamos ver depois quais vão...
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- Crotalus
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Por incrível que possa parecer, precisamos povoar com qualidade a amazônia. A Dilma (já que o estupro tá sendo feito vamos gozar..) deveria executar projetos de incentivo econômico e técnico para que milhares de pequenas propriedades de atividades agrárias típicas da região, pudesse absorver boa parte dos desempregados do país. Assim sendo, estariamos resolvendo vários problemas: ocupação legítima da amazônia, distribuição e terras, desemprego, etc... Sem a participação de qualquer ONG!!
Save the Amazon!! Burn an english!!!
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Novamente venho a alertar sobre a questão do Nióbio no Brasil.Com o vazamento das informações sigilosas do Governo Americano pelo site WikiLeaks fica cada vez mais claro para a população em geral da importância estratégica deste valiosos minério.Desprezado pela maior parte de nossos políticos que deveriam ter a obrigação moral com o País de protege-lo.Nas jazidas de Catalão e Araxá - citada no site-o Nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares e representa sozinha 75% do Nióbio Mundial.As jazidas Brasileiras alcançam mais de 90% do estoque mundial.Sem ele param as industrias nucleares, aeronáutica, espacial, ótica, parte da joalheria, tubulações de líquidos.Por ser estratégico ao extremo para nosso País deveria ser tratado com lupa e não com o desdém atual.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Na produção atual as reservas do Brasil duram apenas +50,8 anos. (2,9 milhões consumidos a 57mil toneladas por ano).
- Centurião
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
O que o governo poderia fazer é subir o imposto sobre a extração mineral. Além de ser considerado relativamente baixo, esse imposto poderia minimizar o corte de gastos em áreas estratégicas que está sendo planejado para o próximo ano.varj escreveu:Novamente venho a alertar sobre a questão do Nióbio no Brasil.Com o vazamento das informações sigilosas do Governo Americano pelo site WikiLeaks fica cada vez mais claro para a população em geral da importância estratégica deste valiosos minério.Desprezado pela maior parte de nossos políticos que deveriam ter a obrigação moral com o País de protege-lo.Nas jazidas de Catalão e Araxá - citada no site-o Nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares e representa sozinha 75% do Nióbio Mundial.As jazidas Brasileiras alcançam mais de 90% do estoque mundial.Sem ele param as industrias nucleares, aeronáutica, espacial, ótica, parte da joalheria, tubulações de líquidos.Por ser estratégico ao extremo para nosso País deveria ser tratado com lupa e não com o desdém atual.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Tenho uma opinião mais radical.Devido ao fato de sua extrema raridade, pequeno estoque e necessidade na tecnologia atual o Governo deveria restringir a exportação e utilizá-lo como moeda de troca para adquirir tecnologia sensível, cotas agrícolas etc.Nós temos a faca e a manteiga na mão.
- Crotalus
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Sou mais pela tua opinião Varj. Afinal o nióbio é nosso ou não é??
Outra coisa: não vamos muito atrás do que o wikileaks diz. Desde alguns dias vanho analizando as informações ditas "secretas" e todos nós já sabíamos de quase tudo!! Parece mais um "canto do quero-quero" do departamento de estado dos states... Tô desconfiando que não devemos aceitar tàcitamente o que o wiki... diz. CAUTELA!!
Outra coisa: não vamos muito atrás do que o wikileaks diz. Desde alguns dias vanho analizando as informações ditas "secretas" e todos nós já sabíamos de quase tudo!! Parece mais um "canto do quero-quero" do departamento de estado dos states... Tô desconfiando que não devemos aceitar tàcitamente o que o wiki... diz. CAUTELA!!
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Concordo, porem faço uma ressalva : precisamos ter as FA bem equipadas para podermos fazer isso.varj escreveu:Tenho uma opinião mais radical.Devido ao fato de sua extrema raridade, pequeno estoque e necessidade na tecnologia atual o Governo deveria restringir a exportação e utilizá-lo como moeda de troca para adquirir tecnologia sensível, cotas agrícolas etc.Nós temos a faca e a manteiga na mão.
- varj
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Com o Nióbio podemos ter um real aliado que em troca deste precioso minério nos fornecerá todo apoio que necessitamos.O mundo atual para sem o Nióbio e o vendemos a preço de água suja.Quem estipula o preço de venda?Existe algum pagamento complementar que fica no exterior?Paro as questões somente nestas.Hezekiah escreveu:Concordo, porem faço uma ressalva : precisamos ter as FA bem equipadas para podermos fazer isso.varj escreveu:Tenho uma opinião mais radical.Devido ao fato de sua extrema raridade, pequeno estoque e necessidade na tecnologia atual o Governo deveria restringir a exportação e utilizá-lo como moeda de troca para adquirir tecnologia sensível, cotas agrícolas etc.Nós temos a faca e a manteiga na mão.
Somente com ele poderíamos alçar vôos mais altos na política mundial.Mas parece que nossos políticos e claro a imprensa estão estão se fazendo de cegos no assunto.Vejam que são os principais sócios em Araxá.
Viva o BRASIL.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
No caso do Nióbio não sou a favor de sobretaxa ou qualquer outro tributo.Este deveria ser 100% estatizado. E tratado como item de Segurança Nacional.Nossos primos do norte já identificaram este gargalo e tem nossas jazidas como item essencial ao país.E nós?
- Marino
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Inforel:
Indígenas e Relações Internacionais
08/12/2010 - 16h41
Suyá Paladino
Desde setembro de 2007 a temática sobre o direito internacional dos povos indígenas ocupa maior espaço no debate acadêmico sobre política internacional.
Isso se deve à aprovação da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, ocorrida nessa época, que representa o desfecho de duas décadas de negociações e inaugura novo momento no direito internacional.
O Direito Internacional dos Povos indígenas nasce como uma ramificação dos Direitos Humanos, fato que vem provocando um dilema ideológico entre forças do direto internacional: uma corrente diz respeito aos direitos humanos e outra, a restituições com relação aos danos e perdas sofridos devido aos processos “civilizatórios”.
O fato é que são destinatários de direitos internacionais na medida em que incorporam e vivenciam uma identidade cultural determinada.
A tendência de que os povos indígenas viverão cada vez menos como seus antepassados é uma realidade difícil de ser enfrentada.
A imagem dos indígenas fora da floresta, e não como aparecem tradicionalmente em nosso imaginário deve tornar-se cada vez mais presente.
Os indígenas agora se organizam e lutam por direitos e melhorias. Existem, inclusive, líderes indígenas que obtiveram conquistas na política, tornando-se atores sociais e ativistas no processo de negociação com os Estados-nações, aos quais pertencem.
Como exemplo, temos o aumento na participação de líderes aborígenes (principalmente no Canadá) na política, além da criação e consolidação de laços internacionais entre eles.
Por outro lado, a maior parte das administrações indigenistas dos governos ainda está nas mãos de funcionários não-indígenas, o que não é privilégio do Brasil, pois em países como Canadá e Austrália, também podemos encontrar a mesma assimetria.
Os três países possuem populações indígenas que constituem uma pequena minoria se comparado a população total.
Talvez, por esses motivos ocorra ao longo da história o processo de aculturação e apropriação dos indígenas por parte da maioria dominante, que em muitos casos continua, ainda assim, a enxergá-los como os “outros” e não como parte do todo.
A mobilização das associações indígenas foi o fator fundamental que levou os Estados-nações a modificar suas políticas indigenistas, através de reformas constitucionais que deram voz a estes povos ao reconhecê-los como importantes atores sociais. Estas mudanças caracterizam uma tendência internacional na política indigenista.
Vale ressaltar que os povos indígenas não possuem perspectiva de tornarem-se nações-indígenas, separadas dos Estados-nações dos quais fazem parte. Não representam, portanto, nenhum risco à soberania nacional.
No caso do Brasil, colaboram com a sociedade na medida em que, através das suas práticas ancestrais, incentivam a preservação da fauna e da flora e desenvolvem práticas de medicina alternativa e de resignificação das relações com a natureza.
Possuem sim, um claro desejo de serem ouvidos, respeitados como grupos sociais, tendo direito à autonomia ou autogoverno nas questões relacionadas a seus assuntos internos e locais, dispondo dos meios para financiar suas funções autônomas.
Suyá Paladino é estudante do quarto período do curso de graduação em Relações Internacionais, IH-UCAM e faz parte do PIC – Programa de Iniciação Científica. Do IH no CEAs, é membro do GT III - Prevenção e Resolução De Conflitos Armados, do Grupo de Análise de Prevenção de Conflitos Internacionais, sob a Coordenação do prof. Clóvis Brigagão.
Indígenas e Relações Internacionais
08/12/2010 - 16h41
Suyá Paladino
Desde setembro de 2007 a temática sobre o direito internacional dos povos indígenas ocupa maior espaço no debate acadêmico sobre política internacional.
Isso se deve à aprovação da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, ocorrida nessa época, que representa o desfecho de duas décadas de negociações e inaugura novo momento no direito internacional.
O Direito Internacional dos Povos indígenas nasce como uma ramificação dos Direitos Humanos, fato que vem provocando um dilema ideológico entre forças do direto internacional: uma corrente diz respeito aos direitos humanos e outra, a restituições com relação aos danos e perdas sofridos devido aos processos “civilizatórios”.
O fato é que são destinatários de direitos internacionais na medida em que incorporam e vivenciam uma identidade cultural determinada.
A tendência de que os povos indígenas viverão cada vez menos como seus antepassados é uma realidade difícil de ser enfrentada.
A imagem dos indígenas fora da floresta, e não como aparecem tradicionalmente em nosso imaginário deve tornar-se cada vez mais presente.
Os indígenas agora se organizam e lutam por direitos e melhorias. Existem, inclusive, líderes indígenas que obtiveram conquistas na política, tornando-se atores sociais e ativistas no processo de negociação com os Estados-nações, aos quais pertencem.
Como exemplo, temos o aumento na participação de líderes aborígenes (principalmente no Canadá) na política, além da criação e consolidação de laços internacionais entre eles.
Por outro lado, a maior parte das administrações indigenistas dos governos ainda está nas mãos de funcionários não-indígenas, o que não é privilégio do Brasil, pois em países como Canadá e Austrália, também podemos encontrar a mesma assimetria.
Os três países possuem populações indígenas que constituem uma pequena minoria se comparado a população total.
Talvez, por esses motivos ocorra ao longo da história o processo de aculturação e apropriação dos indígenas por parte da maioria dominante, que em muitos casos continua, ainda assim, a enxergá-los como os “outros” e não como parte do todo.
A mobilização das associações indígenas foi o fator fundamental que levou os Estados-nações a modificar suas políticas indigenistas, através de reformas constitucionais que deram voz a estes povos ao reconhecê-los como importantes atores sociais. Estas mudanças caracterizam uma tendência internacional na política indigenista.
Vale ressaltar que os povos indígenas não possuem perspectiva de tornarem-se nações-indígenas, separadas dos Estados-nações dos quais fazem parte. Não representam, portanto, nenhum risco à soberania nacional.
No caso do Brasil, colaboram com a sociedade na medida em que, através das suas práticas ancestrais, incentivam a preservação da fauna e da flora e desenvolvem práticas de medicina alternativa e de resignificação das relações com a natureza.
Possuem sim, um claro desejo de serem ouvidos, respeitados como grupos sociais, tendo direito à autonomia ou autogoverno nas questões relacionadas a seus assuntos internos e locais, dispondo dos meios para financiar suas funções autônomas.
Suyá Paladino é estudante do quarto período do curso de graduação em Relações Internacionais, IH-UCAM e faz parte do PIC – Programa de Iniciação Científica. Do IH no CEAs, é membro do GT III - Prevenção e Resolução De Conflitos Armados, do Grupo de Análise de Prevenção de Conflitos Internacionais, sob a Coordenação do prof. Clóvis Brigagão.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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