Marino escreveu:Antes de postar a notícia abaixo, pergunto se alguem consegue copiar a coluna do Anselmo Góis de hoje, no Globo.
Nela está escrito algo assim: a viagem do NJ a Rússia, foi como uma visita as Casas Bahia. Preço baratinho, financiamento a perder de vista, mas transferência de tecnologia ... NADA.
===============================================
COLUNA LUÍS NASSIF
A lógica dos acordos militares
Hoje em dia, as listas de discussões pela Internet e os Blogs têm sido uma excelente fonte de consulta sobre temas relevantes. Tome-se o caso da tentativa de acordo militar entre Brasil e Rússia e Brasil e França.
Vamos conferir a partir de duas visões, de uma brasileira que trabalha no programa espacial russo; e de uma francesa naturalizada brasileira – personagens que não habitam o mundo da mídia, e que tem voz graças às novas tecnologias.
O acordo com a Rússia
A Rússia já tem um acordo com o Brasil para transferência de tecnologias em foguetes. Tem vários acordos com a Índia e China, com a Coréia do Sul, entre outros países menos votados.
Nenhum país gosta de transferir tecnologia para outro. O interesse russo é que, se quiserem manter ou ampliar mercado, precisarão ceder algumas tecnologias estratégicas. Esta é a lógica de um possível acordo com transferência de tecnologia.
Mesmo assim, esse acordo terá que ser muito bem analisado por outras razões. Uma delas é que a FAB (Força Aérea Brasileira) não tem conhecimento nem cultura operacional para assimilar a troca de fornecedores cativos, diz o engenheiro.
Por isso mesmo, o caça ideal para o Brasil seriam os F-16, dos Estados Unidos, ou o Mirage-2000 (de segunda mão), modelos mais simples. Aviões mais sofisticados – como o Su-35, Rafale, EF-200, F-18 ou Gripen – significariam apenas esbanjamentos de dinheiro.
O acordo com a França
Algumas versões iniciais do acordo com a França passavam a impressão de que o Brasil poderia ser uma espécie de gendarme da França contra Hugo Chávez. Principalmente devido ao princípio de que aviões brasileiros poderão sobrevoar a Guiana Francesa.
A Guiana francesa sempre foi um enclave, totalmente isolada do resto da América do Sul e deixará de sê-lo a partir de 2010, com a inauguração da ponte entre Saint-Georges e Oiapoque, graças ao Decreto nº 6.250, de 06 de novembro de 2007 que consolidou o Acordo entre os governos brasileiros e francês para a Construção de uma Ponte Rodoviária sobre o Rio Oiapoque ligando a Guiana Francesa e o Estado do Amapá, celebrado em Paris, em 15 de julho de 2005), diz ela.
Teoricamente, Brasil e França dividem 800 km de fronteira. Só teoricamente porque a floresta não permite nenhuma espécie de ligação maior. A partir de 2010, os dois países têm interesse em cooperar para vigiar um arco setentrional, de Tabatinga até a fronteira com a Colômbia; do Amapá até sua fronteira com a Guiana.
A vulnerabilidade da região, não é em relação a Chávez ou à Bolívia, mas ao tráfico de drogas, contrabando de armas. O relevante da história é que a Guiana francesa é território da União Européia na Amazônia. Assim , a ponte sobre o rio Oiapoque será o marco da entrada da União Européia no mercado sul americano.
Continua a análise da francesa: uma cooperação militar entre ambos os países abrange obviamente interesses muito mais amplos do que a defesa da Guiana pelo exercito brasileiro.
A Europa tem um imenso interesse em desenvolver parcerias de cunho sócio-econômico com o Brasil e nunca escondeu sua intenção, esta passa a ser a melhor porta de entrada.
"Por isso mesmo, o caça ideal para o Brasil seriam os F-16, dos Estados Unidos, ou o Mirage-2000 (de segunda mão), modelos mais simples. Aviões mais sofisticados – como o Su-35, Rafale, EF-200, F-18 ou Gripen – significariam apenas esbanjamentos de dinheiro."
Estranho....Será que uma engenheira brasileira que trabalha no programa espacial russo diria uma coisa dessas?
Agora temos é que convencer o Chávez a trocar seus SU-30MKII por modelos mais simples.... talvez o MIG-21 Bis. Melhor, vamos tornar a AS uma "Zona de Baixa Tecnologia", pois assim poderemos voltar para a floresta, de onde nunca deveríamos ter saído.
Tenha a SANTA PACIÊNCIA!!!....
[ ]´s
Adriano
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
(Fernando Pessoa)