Chutei qualquer um e não é que o cara morre um dia depois? Eu devia jogar na Mega-Sena!

Moderador: Conselho de Moderação
Bolovo escreveu:Pô, ontem a noite fiquei na maior dúvida em votar no Fidel ou no Pinochet.
Chutei qualquer um e não é que o cara morre um dia depois? Eu devia jogar na Mega-Sena!
Mariana Toledo escreveu:Voltando ao assunto.... Realmente meu querido Gal.Pinochet foi faleceu nesse domingo. Que Deus o tenha e que ele possa de onde estiver intercerder pelos brasileiros se livrarem dessa raça que nos governa desde 2003
Bárbara Leite escreveu:Brincadeiras à parte, como espiritualista, apenas lamento que Pinochet não tenha aproveitado esta encarnação para aprimoramento de sua alma...Apenas oro para que tenha esclarecimento espiritual, e retorne para corrigir e expiar seus errores. Todos merecem uma chance aos olhos do Criador. Depois de todas as brincadeiras, devemos todos agora ter um pouco de piedade de quem não soube usar sua vida terrena para o bem de seu próximo...E este é um ser digno de pena.
morcego escreveu:Charlie Golf escreveu:Salvador Allende e Victor Jara, ......................
Azar o deles, entraram para historia como PERDEDORES.Charlie Golf escreveu:e tantos outros milhares de chilenos perseguidos pela "Caravana da Morte" e "Operação Condor"... a esses jamais lhes foi dada a oportunidade de viverem até aos 91 anos.
Na guerra não tem romance, é matar ou morrer para os dois lados, sempre existe injustiça mas é dos dois lados.
Charlie Golf escreveu:morcego escreveu:Charlie Golf escreveu:Salvador Allende e Victor Jara, ......................
Azar o deles, entraram para historia como PERDEDORES.Charlie Golf escreveu:e tantos outros milhares de chilenos perseguidos pela "Caravana da Morte" e "Operação Condor"... a esses jamais lhes foi dada a oportunidade de viverem até aos 91 anos.
Na guerra não tem romance, é matar ou morrer para os dois lados, sempre existe injustiça mas é dos dois lados.
Engraçado seu conceito de perdedor. Para a história, tanto Allende como Jara ficaram conotados como vítimas de um sanguinário ditador que, infelizmente e mais uma vez, teve a mão cúmplice dos Estados Unidos a bater-lhe no ombro.
Charlie Golf escreveu:Sempre existe injustiça para os dois lados? Outro conceito engraçado que você empregou. Quando existe um lado opressor e repressor, que "afasta" todos quantos odeia, o incomodam ou são contrários aos seus ideiais, quais são as possíveis injustiças que o lado oprimido poderá cometer? Resistir?
tulio escreveu:Pois é, CG véio...
Eu nem ia falar mas, por aquela linha de raciocínio, os Judeus que morreram sob Hitler também o fizeram como 'perdedores', e daí? Bem feito? Credo...
Os camponeses que morreram sob Stálin?
O post que citaste peca pela apologia a algumas das menos recomendáveis práticas humanas...
Mas é como diz o Aiatolá véio: melhor ler isso do que ser cego...![]()
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Pinochet já vai tarde. Posso viver sem um ditador para chamar de "meu". E a esquerda? Pode?
Eu já disse ontem — ainda se pode ler abaixo — o que penso da morte de Pinochet. Mais ainda: como não estou amarrado a nenhum partido ou ente de razão, fico feliz de poder cuspir na memória do general. Ele era anticomunista. Eu também sou. Ele mandava matar pessoas que já não podiam reagir e que estavam sob a guarda do Estado. Eu acho isso uma barbaridade e, pois, o desprezo. Como a outros ditadores. Leitores antiesquerdistas indagam se o comunismo não teria matado mais do que ele — fala-se em três mil pessoas — se tivesse chegado ao poder no Chile, conforme estava nos planos dos aloprados. É claro que teria. O comunismo tem larga experiência no morticínio em massa. No Chile não teria sido diferente. Mas isso não justifica o que se fez lá.
Se considero que é moralmente aceitável que se mate a torto e a direito “os inimigos” porque comungam de uma doutrina que considero homicida, acabo por legitimar que eles façam o mesmo contra mim e os meus aliados. Afinal, os comunistas acreditavam — e os que existem acreditam ainda — que o capitalismo é que é homicida... Síntese: Pinochet conferia verossimilhança à fantasia esquerdista de que a sua luta era contra o mal, e não para impor o mal. Arremato: gente como o general é só o outro lado da tara assassina da esquerda. Ditador é lixo, não importa o pretexto. Não importa a ideologia.
Agora vamos às fantasias. A esquerda, claro, está em festa, inclusive nos jornais brasileiros. Não há uma só análise decente sobre o governo de Salvador Allende, que chegou ao poder pela via legal, institucional, e lançou o país na desordem. Claro! Era uma contradição em termos. Não se constrói socialismo nas urnas. Na Folha de hoje, o historiador Luiz Felipe de Alencastro concede uma entrevista a Rafael Cariello (clique aqui). Fala do trauma que a queda de Allende representou também para a esquerda européia — parte dela buscou aliança com os conservadores, outra optou pelo terrorismo —, mas não diz palavra sobre os erros do líder socialista. Mais. Fantasia que ele era um esquerdista à moda Mitterrand. Alencastro finge ignorar que a extrema esquerda armada estava dentro do governo e que foi ela que o conduziu ao caos.
Os artigos vão se espalhando. Clovis Rossi considera “uma agradável” coincidência que Pinochet tenha morrido quando se fecha “um dos mais suculentos ciclos eleitorais do subcontinente”. Não sei o que ele chama de “suculento”: vai ver é a reeleição de Lula no Brasil, a de Chávez na Venezuela, a eleição de Evo Morales na Bolívia e de um filhote do chavismo no Equador. Depois desanda a descer o pau no Chile porque um dos primeiros a aderir ao Consenso de Washington, com aumento da desigualdade. Huuummm... Eu adoro esse papo de desigualdade. Porque faz supor que Cuba, por exemplo, é um país melhor para os cubanos do que o Chile “neoliberal” para os chilenos. É verdade! Segundo a ONU, o Chile é hoje mais desigual do que a Guatemala...
Em suma, a esquerda, sob o pretexto de ser anti-Pinochet (ah, queridos, também sou!) ignora as óbvias ameaças que pesam contra a democracia na América Latina — e a corrupção, como é o caso do Brasil, é uma forma de fraudar o regime democrático —, para ver na emergência de formas variadas de populismo, ou coisa pior do que isso, o que seria um grande momento, em contraste com aqueles tempos sombrios.
Sem essa. Pinochet desce tarde aos infernos, como já disse. Se Deus tiver pena de sua alma, que o livre da danação eterna, depois de algumas exigências que não me atrevo a sugerir ao Divino. Mas não me venham santificar agora as maluquices de Allende ou enxergar em delinqüentes políticos contemporâneos os símbolos de um novo tempo. Ah, eu sou de direita? Talvez. Mas consigo viver sem um ditador para chamar de meu. A esquerda não pode dizer o mesmo.
morcego escreveu:Pinochet já vai tarde. Posso viver sem um ditador para chamar de "meu". E a esquerda? Pode?