César escreveu:Clermont escreveu:O cargo tem de ser de caráter civil, fora da linha hierárquica militar. Mas pode ser ocupado por um militar da reserva, mas que seja dotado de grande capacidade administrativa e habilidade no jogo político, para lidar com o Congresso.
Por exemplo, esse almirante poderia dar mais recursos ou priorizar projetos da MB em detrimento das outras forças.
Sim, tal risco existiria. No hipotético caso do Alte Flores, seria muito diminuto, dado o seu elevadíssimo gabarito como intelectual e estrategista. Por exemplo, ele demonstra muitas reticências sobre a posse de porta-aviões pela Marinha do Brasil, enquanto muitos marinheiros são obcecados por esse tipo de armamento.
Mas os riscos sempre existirão, seja quem for o escolhido. O elemento indispensável é a coragem moral e decisão firme do presidente da República (seja quem for) de impor sua autoridade e não demonstrar medo de impor a autoridade de seus votos perante os comandantes militares.
Um exemplo pode se constatar no relacionamento do atual presidente com o Comandante do Exército. Este oficial-general, há dois anoa atrás, publicou uma polêmica ordem do dia, pela comemoração do Golpe de 1964. Por causa disso, o ministro da defesa, ao não contar com o firme apoio do Presidente da República, se viu desprestigiado e pediu demissão. Há pouco mais de um mês, este mesmo oficial-general se viu envolvido em outra polêmica, no caso do avião de passageiros. Embora ele pudesse ter alguma razão (ou até, toda a razão) sua ação acarretou propaganda negativa para a Corporação.
Ontem, de novo, ele emitiu outra ordem do dia, em comemoração ao Golpe de 64, provocando nova polêmica pública com o recém-empossado ministro da defesa.
Ora, diante de tudo isso, se o presidente Lula honrasse o cargo para o qual foi eleito (que piada eu acabei de digitar!) ele demitiria esse general, imediatamente.
Infelizmente, o governo do senhor Presidente Lula, foi uma decepção completa, em relação aos assuntos militares. O presidente é tão inepto que chegou, mesmo, ao absurdo de pensar em colocar o Comandante do Exército como superior hierárquico da Marinha e da Força Aérea, ao ocupar o cargo de ministro da Defesa. E, isso tudo ainda na seqüencia da ridícula escolha do nosso boquirroto Vice-Presidente para uma função tão importante.
Depois que Lula passar a faixa presidencial para Alckmin, em janeiro de 2007, o que vai ficar da experiência do primeiro presidente de esquerda na condução da política de defesa nacional é:
Incompetência; covardia; irresponsabilidade e mentira.