Olá Fábio.Fábio Machado escreveu: ↑Sáb Out 28, 2023 8:06 pmOi FC.FCarvalho escreveu: ↑Sex Out 27, 2023 8:38 pm Os turcos já iniciaram o processo de desenvolvimento para novos motores nacionais para o T-130 Atak II, bem como para outros modelos de desenho nacional. Os motores ucranianos são apenas uma paliativo para tirar o helo do chão e completar o seu desenvolvimento. Os modelos de produção seriada devem utilizar os novos motores nacionais.
Protótipos e produção em baixa escala devem utilizar o motor ucraniano, com fins de permitir o desenvolvimento total do helo, de forma que a produção em alta cadência já será com os novos motores turcos.
Isso só deve acontecer na próxima década. Então, eles não vão nos oferecer nada que não tenham já dominado e que esteja de preferência debaixo do escrutínio da indústria do país.
A ver.
Acho que a Turquia tem coisa melhor e mais consolidada para nós oferecer do que esses helicópteros. Eu não confio nessas "engines" turcas, menos ainda nas ucranianas. Se for para fazer um acordo industrial para esse equipamento, prefiro que se faça com a helibras. Agora, existem uma infinidade de coisas que o Brasil e a Turquia podem trabalhar juntas, por exemplo, drones é uma delas.
Em termos de BIDS, não tem nem como comparar Brasil e Turquia, nós perdemos para eles de lavada, a não ser no caso da Embraer, onde temos paridade tecnológica e produtiva com indústria deles. Em termos práticos não temos nada aqui que eles já não possuam agora ou estão desenvolvendo para suas forças armadas em casa. O negócio seria partir para outros aspectos industriais onde se possa achar alguma complementaridade.
Em todo caso, como o nosso vazio material e tecnológico na área de defesa é gigantesco e só cresce, estamos em uma situação de dependência da boa vontade deles em negociar o que mais lhes interessar. O setor de engenharia da Turquia hoje em dia é muito avançado, e os novos motores que eles estão projetando por agora não devem nada em termos de desempenho e componentes tecnológicos aos similares. É questão de tempo para ver in loco o que eles estão fazendo. E dinheiro não tem faltado até recentemente.
Na lista que expus acima tomei como base os programas em andamento, mas há muito mais coisas ainda para FAB e MB, também. A lista é muito grande para colocar tudo o que precisamos e não temos, e nem vamos desenvolver.
E sim, o setor de VANT turco é bem atrativo, mas como disse antes, para tornar esta relação o mais equilibrada possível temos de buscar setores onde haja alguma complementação entre os dois países, ou nem vamos conseguir sequer propor negócios para eles, vide a nossa incipiência no setor de defesa industrial.
É mais fácil eles venderem tudo o que está ali descrito do que nós vendermos para eles qualquer coisa. É o preço que nós pagamos pela indiferença e irresponsabilidade com a Defesa no Brasil. Quem sempre vai estar com o pires na mão somos nós em qualquer negócio com eles. Viva-se com isso.