Fórum Defesa Brasil

Difícil qualquer investigação desse tipo, só ver o inferno que virou quando a receita quis colocar a mulher do Gilmar Mendes na malha fina.

Pablo Maica escreveu: ↑Qua Jan 26, 2022 11:20 pm

gabriel219 escreveu: ↑Qua Jan 26, 2022 7:01 pmAliás, salvo engano, um dos saco de bosta emitiu um "decreto judiciário" impedindo investigar as contas de ONG's.

E o risco de aparecerem registros de depósitos para uma galera do judiciário e da política?


Um abraço e t+

Não é nem um pouco difícil de você ver decisões no AM em favor de ONG's, madeireiros e grileiros ilegais na região, basta abrir os despachos.

O que o Exército aprende na região e é liberado depois, vocês não tem ideia. Inclusive na contagem de corpos, pois é bem comum trocas de tiro na região, especialmente próximo ao Rio Javari.

J.Ricardo escreveu: ↑Qui Jan 27, 2022 9:57 am Difícil qualquer investigação desse tipo, só ver o inferno que virou quando a receita quis colocar a mulher do Gilmar Mendes na malha fina.

Desde então o ilibado conselheiro do TCU Bruno Dantas, amigo de Gilmar Mendes, vem sistematicamente batendo na RFB.

https://www.oantagonista.com/brasil/car ... politicos/

https://crusoe.com.br/edicoes/196/para- ... -com-lula/

https://www.terra.com.br/economia/lixo- ... kgqt9.html

'Lixo do mundo': o gigantesco cemitério de roupa usada no deserto do Atacama

Roupas descartadas por Estados Unidos, Europa e Ásia são enviadas ao Chile para serem revendidas.

J.Ricardo escreveu: ↑Ter Jan 18, 2022 3:22 pm Então, cadê o governo que não fiscaliza?

Melhor não fiscalizar na nossa atual situação pelo visto... 1) justamente pelo já bem explicado por todos na questão do judiciário e legislativo, além, é claro, da possível repercussao social e psicologica que isso possa gerar na sociedade. Imagine so.. já não basta o descrédito do nosso judiciário atualmente perante a opinião pública interna, se o Ibama, RF, executivo como um todo vai lá regulamentar, cobrar ou fiscalizar, de que adianta se o judiciário e o legislativo barram? Só ia aumentar o descontentamento, o que em termos de custo-benefício psicossocial é PESSIMO 2) as finanças por aqui não favorecem isso... não vale o custo-benefício em nenhum sentido, em termos prioritários.

Com todo devido respeito, acho que isso ocorre em muito por conta da mentalidade "bunda limpinha" dos milicos daqui... Mais especificamente dos generais que reproduzem isso p casernas... Os europeus e americanos, mesmo financiando isso aí, ainda nos ameaçam descaradamente e os bundalecos nada fazem... Pelo contrario, quando se alerta algo, ainda têm a cara de pau de brincar falando que na "amazônia é p esquecer pq só tem cachorro grandão la" pqp. São esses os generais que nos protegerão em caso de conflito ou crise?! Os mesmos que estão comendo picanha enquanto o povo come sopa de osso de galinha? E o famoso exemplo arrasta?!

O Gabriel e o Túlio são um dos mais lúcidos daqui, porque é precisamente isso o que ocorre... não é intervenção militar, n é ogiva nuclear e etc, mas é postura...

O único meio de suprimir o que existe na região Amazônica é levar desenvolvimento e tentar refazer o judiciário na região. A maioria de quem desmata e polui são pessoas que vivem na miséria, você ir falar pra essa pessoa para de cortar madeira pra comer no final de dia em nome de um bem maior é simplesmente ridículo.

Porém, pra levar desenvolvimento, precisa refazer o judiciário, vide o que ocorreu quando tentaram gerar empregos através da extração sustentável e até mesmo aquele crime que é a Reserva Yanomani e a Raposa Serra do Sol, algo que até os próprios índios se revoltaram. Quem já foi a Roraima e conversou com nativo, exceto aqueles que praticamente vivem em coleira com ONG's estrangeiras, sabe do que digo.

Quanto a parte dos Generais, sinceramente não entendi o que quis dizer não. O Exército combate como pode na região, inclusive o CMA parece até um Exército a parte, aqueles caras ODEIAM alguns estrangeiros, especialmente Franceses.

gabriel219 escreveu: ↑Qui Fev 03, 2022 4:47 am O único meio de suprimir o que existe na região Amazônica é levar desenvolvimento e tentar refazer o judiciário na região. A maioria de quem desmata e polui são pessoas que vivem na miséria, você ir falar pra essa pessoa para de cortar madeira pra comer no final de dia em nome de um bem maior é simplesmente ridículo.

Não é bem assim. Quem "pilota" a moto-serra e os tratores são pessoas pobres. Mas quem está por de trás são verdadeiros empreendedores, fazendeiros que são praticamente senhores feudais das localidades em volta. Esses caras desmatam ou para expansão da própria fronteira agrícola, ou para lotear entre compradores menores.

Então há o caráter social da coisa, e não acho que vá resolver simplesmente metendo bala no cara que está lá em cima do trator, ou dos loteados nessas terras, que estão numa situação que se assemelha a uma favela rural.

Desmatamento, e aqui não estou falando do subsistente que joga fogo para "limpar o terreno", tem característica de crime organizado, gente poderosa, corruptora e que usa de escudo a população pobre ao redor em loteamentos ilegais apenas para justificar a expansão das próprias terras.

É caso de identificar e tirar de circulação esses coronéis, e onde/como for possível, legalizar as propriedades dos pequenos com projetos estruturados, com oportunidade para desenvolvimento e incentivos à preservação.

Pra quem não tá sabendo, tacaram fogo em helicópteros a serviço do IBAMA em Manaus. E não foram garimpeiros trabalhadores pobrezinhos que precisam sobreviver de alguma forma. E sim, peixe-grande, do centro-oeste, que empreende em atividades ilegais na Amazônia.

Cuidado com essa narrativa de desmatador/garimpeiro pobre tentando tocar a vida com o meio que a vida lhe deu oportunidade. São formigas, e sempre há um dono, um investidor bancando o obra toda. É uma lógica de crime organizado, tanto quanto o tráfico, que também se emprega de gente humilde para girar a conta de quem realmente manda e tem o dinheiro.

Empresário de GO é preso suspeito de ordenar incêndio em helicópteros do Ibama no AM
Na semana passada, Polícia Federal já havia prendido os outros cinco envolvidos. Empresário teria buscado vingança após operações contra garimpo ilegal. G1 ainda não conseguiu contato com a defesa do empresário.
Por g1 AM

O empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos, foi preso pela Polícia Federal por suspeita de ordenar o ataque que incendiou dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Manaus.

Ele foi preso em uma casa de alto padrão, em um condomínio de luxo de Goiânia (GO), na tarde desta quarta-feira (2). O ataque contra as aeronaves aconteceu no dia 24 de janeiro. Outras cinco pessoas foram presas.

O g1 ainda não conseguiu contato com a defesa do empresário.

Segundo o superintendente da PF no Amazonas, Leandro Almada, investigações constataram o vínculo do empresário com atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Boa Vista (RR).


"A motivação do crime foi o prejuízo que ele sofreu em ações de fiscalização tanto do Ibama, com utilização dessas aeronaves, quanto da Polícia Federal, no decorrer de 2021", disse.

A prisão ocorreu dentro da Operação Acauã, que tem como objetivo de apurar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa, que acarretaram na destruição total de uma aeronave e parcial de outra.

https://g1.globo.com/am/amazonas/notici ... o-am.ghtml

Brasileiro escreveu: ↑Qui Fev 03, 2022 11:00 am

gabriel219 escreveu: ↑Qui Fev 03, 2022 4:47 am O único meio de suprimir o que existe na região Amazônica é levar desenvolvimento e tentar refazer o judiciário na região. A maioria de quem desmata e polui são pessoas que vivem na miséria, você ir falar pra essa pessoa para de cortar madeira pra comer no final de dia em nome de um bem maior é simplesmente ridículo.

Não é bem assim. Quem "pilota" a moto-serra e os tratores são pessoas pobres. Mas quem está por de trás são verdadeiros empreendedores, fazendeiros que são praticamente senhores feudais das localidades em volta. Esses caras desmatam ou para expansão da própria fronteira agrícola, ou para lotear entre compradores menores.

Então há o caráter social da coisa, e não acho que vá resolver simplesmente metendo bala no cara que está lá em cima do trator, ou dos loteados nessas terras, que estão numa situação que se assemelha a uma favela rural.

Desmatamento, e aqui não estou falando do subsistente que joga fogo para "limpar o terreno", tem característica de crime organizado, gente poderosa, corruptora e que usa de escudo a população pobre ao redor em loteamentos ilegais apenas para justificar a expansão das próprias terras.

É caso de identificar e tirar de circulação esses coronéis, e onde/como for possível, legalizar as propriedades dos pequenos com projetos estruturados, com oportunidade para desenvolvimento e incentivos à preservação.

Mas é exatamente o ponto em que eu falei, quem põe a mão na massa é gente miserável, se oferecer uma vida melhor para essas pessoas, quem comanda as operações não terá tão fácil mão de obra e ai que se cometem os erros e você encontra mais facilmente.

Entendi, gabriel219.

Suponhamos que haja um grande programa de legalização das terras atuais, principalmente para esses pequenos assentados. O que deveria ser feito para que estes não só se desenvolvam, como também se coíba o desmatamento?

Por exemplo, você pode criar um programa de incentivo a exportação ou fornecimento a grandes empresas, e sei lá, tipo um SIMPLES rural. Mas se for comprovado desmatamento injustificado naquela área, ou em nascentes, além das consequências previstas, fica excluído dos benefícios..

E tem que ser feito com muito cuidado para não cair na armadilha de criar uma lógica de "bom, então vamos desmatar um pouco mais ali, lotear e prometer que também vão nos legalizar no futuro, já que fizeram até aqui". Precisa ser uma mão dupla.

Brasileiro escreveu: ↑Qui Fev 03, 2022 11:43 am Entendi, gabriel219.

Suponhamos que haja um grande programa de legalização das terras atuais, principalmente para esses pequenos assentados. O que deveria ser feito para que estes não só se desenvolvam, como também se coíba o desmatamento?

Brasileiro escreveu: ↑Qui Fev 03, 2022 11:43 am Por exemplo, você pode criar um programa de incentivo a exportação ou fornecimento a grandes empresas, e sei lá, tipo um SIMPLES rural. Mas se for comprovado desmatamento injustificado naquela área, ou em nascentes, além das consequências previstas, fica excluído dos benefícios.

Brasileiro escreveu: ↑Qui Fev 03, 2022 11:43 am E tem que ser feito com muito cuidado para não cair na armadilha de criar uma lógica de "bom, então vamos desmatar um pouco mais ali, lotear e prometer que também vão nos legalizar no futuro, já que fizeram até aqui". Precisa ser uma mão dupla.

Aqui ficou ininteligível, talvez o @gabriel219 consiga decifrar.

Mas o desenvolvimento do que estou falando não significa simplesmente desmatamento legal. Um exemplo, mais uma vez, é quanto a Roraima. A produção de arroz na região era altíssima, além de outros tipos de cultura e até mineração. Daí um imbecil declarou como reserva indígena, vimos um estado morrer, se tornando um dos mais pobres e o crescimento avassalador de mineração ilegal na região, inclusive, curiosamente, com mineradores criminosos ligados a partidos políticos.

Existem muitos tipos de negócios que podem ser feitos na região Amazônia. Aliás, o primeiro passo seria urbanizar as comunidades ribeirinhas, que vivem em estado de miséria. A incidência de doenças em comunidades ribeirinhas é avassaladora, parecendo cidades Européias no auge da peste negra. Com a urbanização, já se tem comércios, que já trás logística e entre outros. Negócios voltados a agricultura e mineração regulamentada e entre outros.

Túlio escreveu: ↑Qui Fev 03, 2022 12:24 pm

Divertido vai ser escolher QUEM decide qual desmatamento é justificado ou não, e com base em QUE CRITÉRIOS.

Entenda justificado o que couber na situação de "permitido", conforme lei 9605 de 98, ou outra de efeito semelhante.
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente


Em seguida, "mão dupla" me refiro a por um lado oferecer a possibilidade de legalizar uma terra, por outro lado exigir o cumprimento de certos parâmetros para que não seja meramente um desmatou/ganhou terra. Existe o risco de políticas do gênero acabarem por estimular o crime.

Brasileiro escreveu: ↑Qui Fev 03, 2022 9:06 pm

Em seguida, "mão dupla" me refiro a por um lado oferecer a possibilidade de legalizar uma terra, por outro lado exigir o cumprimento de certos parâmetros para que não seja meramente um desmatou/ganhou terra. Existe o risco de políticas do gênero acabarem por estimular o crime.

Bom, pelo menos agora eu entendi.

Existem culturas que hoje estão crescendo na amazônia que simplesmente incentivam a preservação, como o cacau.
Tem muitas possibilidades na Amazônia, aquilo era para ser muito mais desenvolvido, só o que se perde em turismo mal explorado é uma fábula.