Fórum Defesa Brasil

gabriel219 escreveu: ↑Sex Set 27, 2019 9:32 pm Não dá pra aproveitar o corpo do míssil pra absolutamente nada. É um Exocet MkII e só.

O MAR é muito mais promissor e tem mais opções de transformá-lo em outra coisa

Da para aproveitar o corpo como plataforma universal de testes de sensores, pelo menos. O corpo de um MTC deve ser pelo menos 10 vezes mais caro por conta do tipo de propulsão.

Mas ainda assim o MANSUP continua sendo relevante. Em uma batalha nem sempre pode ser necessário usar um caríssumo missil de cruzeiro de 300km para atacar o inimigo. Se por ventura, no contexto da batalha, o inimigo estiver no raio de alcance do MANSUP é preferível usar ele. Ter variedade de armas não seria problema não fosse o eterno perrengue orçamentário em que vivemos. O MANSUP só se torna um problema na medida em que, considerando o orçamento, esse dinheiro seria melhor empregado no MTC naval.

Como eu disse, o Manup, goste-se dele ou não, irá servir de base para o reequipamento dos navios que sobrarem na esquadra e quiçá nas Tamandaré. E os testes do míssil apresentaram desempenho bastante satisfatório em relação ao que era esperado do projeto em si.
Obviamente que não será divulgada nenhuma informação que seja considerada classificada.
Assim, me parece oportuno que se dê tempo ao tempo para que o míssil mostre realmente a que veio.
O transformar o MTC em um míssil anti-navio exigirá um trabalho de reengenharia que não pode se dizer necessariamente fácil. São conceitos e aplicações diferentes.

abs

Túlio escreveu: ↑Sáb Set 28, 2019 11:30 pm

Quá! Até o SS-80, que é menor e mais leve, tem maior alcance e ogiva mais poderosa que esse trambolho, além de se poder recarregar o ASTROS três vezes só com eles para dar o preço do disparo de um só desses buscapés de luxo da Imperial. E eu não sou tão otimista quanto tu, Gabriel, já erraram tanto que bobear e nem os eletrônicos prestam.

Sem o objetivo de defender o MAN-SUP (e ciente do risco de ser mal interpretado ) o SS-80 segue uma trajetória balística, sem gastar muito combustível para sustentação e se aproveitando de altitudes elevadas com reduzida resistência do ar, o MAN-SUP segue o curso rente a água, onde o ar é mais denso e ele ainda tem a sustentação, eles não são comparáveis.

Quando o MTC estiver pronto e operacional no EB, provavelmente a Avibrás irá se virar para a MB e suas demandas.
Até porque, como já disse aqui, e renovo, a marinha será a maior operadora deste míssil e família aqui no Brasil.

A ver as possibilidades:

MTC > mar - mar - anti-navio
MTC > sub - mar - anti-navio
MTC > ar - mar - anti-navio (caça)
MTC > ar - mar - anti-navio (helo)
MTC > mar-terra - míssil de cruzeiro
MTC > ar-terra - míssil de cruzeiro
MTC > sub-terra - míssil de cruzeiro

Como se pode ver, são pelo menos 7 versões para a marinha. Não me consta que a Avibras tenha hoje capacidade, ou vontade, de desenvolver todas essas versões ao mesmo tempo quando se sabe que ela está totalmente envolvida no Mansup.

Ademais, seria muito mais fácil e menos bem mais barato desenvolver tudo isso aí a partir de um míssil pronto e operacional, do que fazer isso a partir de algo que nem passou da fase de protótipo.

Enfim, o MTC cedo ou tarde será um potencial produto a ser adquirido pela MB, mas isso não o será para a amanhã ou semana que vem. E se na próxima década a MB decidir desenvolver novas versões anti-navio do Mansup das acima expostas, com certeza a Avibras terá a sua cota de participação. Estará lá, aprendendo, colaborando, aperfeiçoando, fazendo a sua parte. E obviamente ganhando com as vendas para a própria MB. E o que vier depois disso para a empresa já é lucro.

Há sim, não conheço o estado dos estoques de mísseis da MB, mas a julgar pelo nosso histórico, com certeza ele não deve ser dos melhores. Mau comparando com o EB e FAB, devemos ter no máximo estoques para fazer crer que dispomos de munição, e só.

Então, me parece que o Mansup não deve ser de todo assim uma má ideia.

abs

No Cavok saiu uma reportagem afirmando - ao menos entendi assim - que o MTC ar-solo terá três tipos de guiagem, incluindo radar e infravermelho (EO/IR)?

Se for isso mesmo, é um sonho sendo realizado, com a FAB desenvolvendo também seu míssil antinavio e uma câmera EO/IR de aproximação, diminuindo drasticamente o CEP.

É uma informação excelente mesmo. Resta saber se isso ja está sendo testado, quem sabe ja aproveitando alguma coisa do MANSUP, ou se ainda está na prancheta.

Sempre que se falava em MTC diziam que ele teria uma trajetória predeterminada. Possuindo guiagem por radar e outra guiagem passiva será de fato a concretização dos nossos maiores sonhos.

Foi pego no flagra...


https://www.defesaaereanaval.com.br/avi ... -de-testes

Maravilha, então é pra valer mesmo. Meu maior medo é que depois da notícia inicial as coisas se esfriassem por um tempo.

Marcelo, não fazes ideia do rebuliço que um desenvolvimento como este, além do MTC em si, causa na seara das relações exteriores e da defesa no nosso TO sul-americano, e mais ainda, extra-regional.
Se alguém vir o tópico do Geopolítica Brasileira, eu deixei um link sobre uma matéria do programa nuclear brasileiro e a iniciativa do governo está tomando.
Agora, juntem as coisas e vocês verão o quão complicado é para os militares falarem abertamente no desenvolvimento de armas mais sofisticadas e/ou de tecnologias aeroespaciais e por aí vai.
A sociedade em geral não faz a mínima ideia do quão difícil e das (muitas) pressões o país sofre para desenvolver tecnologias.
Todo mundo lá fora tem interesses no Brasil. E a maioria, tenha certeza, não combinam com os nossos de maneira nenhuma, pelo contrário.

abs

Eu creio que os franceses podem ser muita coisa, mas menos burros a ponto de rasgar dinheiro.
O pessoal politicamente correto pode até fazer barulho, pichar embaixada, jogar ovo em ministro, fazer passeata eco-psicodelica e coisas afins, mas no final o que vale é a real politik. E essa não queima notas de cem dólares em charutos como Wall Street.
Ademais, negócios são entre Estados e não entre presidentes ou partidos políticos. Ao menos na Europa as coisas são tomadas neste nível. E franceses e alemães são principais defensores, mesmo tendo de lidar desta forma com países estilo cachorro morto como o Brasil, na visão deles, claro.
Enfim, uma coisa é não gostar do presidente do país, que é tão passageiro quanto as sua verborragia e ideologias, outra é fazer negócios com os militares, que não por acaso, podem até passar, mas valores, regras, planos e visões, estas permanecem de geração em geração.
Arrumar briga com os almirantes de agora é preparar terreno fértil para pinico na mão com os almirantes do futuro, que não por acaso estão vendo tudo isso aí da janela da varanda de casa à beira mar.

abs

https://www.aereo.jor.br/2019/10/01/fot ... -micla-br/

F5M fotografado com Micla BR

Dúvida, os demais misseis da mesma categoria possuem essa forma tb ? Ele me parece um tanto quanto "gordo" nas imagens.

abs

gusmano escreveu: ↑Ter Out 01, 2019 3:59 pm Dúvida, os demais misseis da mesma categoria possuem essa forma tb ? Ele me parece um tanto quanto "gordo" nas imagens.

abs

Só eu que penso que ligar uma turbina presa em um pilone seria um desastre?
foi uma desculpa esfarrapada para justificar o vazamento da informação