Túlio escreveu: ↑Qua Ago 14, 2019 3:37 pm
[Então palavra, que o diabo me carregue se entendo essa tesão do nosso grande cupincha @FCarvalho por levarmos guampa geral da vizinhança e ainda querer botar a culpa em nós. Os caras não gostam de nós, nunca gostaram e nunca vão gostar, simples assim. Fazem negócio conosco por sermos grandes demais para nos ignorarem (ou encherem de porrada) e nada mais. Não é culpa nem problema nosso, herdamos a grande rivalidade dos Ibéricos, então lidemos com isso sem peninha de ninguém, porque não a terão de nós, POWS!!![/Justificar]
Túlio meu velho amigo, .os argentinos são nossos maiores parceiros comerciais, e só perdem para China e USA. O que ganhamos ferrando com eles, mais do que eles conseguem fazer sozinhos? Aliás, o que ganhamos querendo ferrar com qualquer um de nossos vizinhos?
Tirando o Atlântico Sul bem na nossa cara, eles (os vizinhos) são a nossa primeira, maior e melhor linha de defesa externa.
Fato, a Argentina é um imenso escoadouro de produtos nacionais, não apenas primários como acabados e os de tecnologia agregada. Quando os governos não atrapalham, os negócios prosperam e as coisas andam a contento mesmo não sendo na velocidade e intensidade que se quer.
Não podemos simplesmente omitir o fato de que estamos ligados a eles pelo resto da eternidade, em todos os sentidos. Problemas lá via de regra geral acabam respingando aqui. O mesmo vale para os demais. E igualmente em relação a nós.
Por mais que tenhamos nossas diferenças, a economia mundial caminha célere para uma cada vez maior concentração em blocos econômicos, e quem não se integrar com os vizinhos, goste deles ou não, vai ser engolido por USA, China ou UE.
Os BRICS são uma tentativa de tentar contrabalançar USA e UE na economia e política internacional, mas hoje em dia, nós somos apenas os primos pobres desse clube junto com a Africa do Sul. E mesmo assim, eu não deixaria de apoiar e aumentar os negócios com os sul africanos em detrimento dos outros membros dado que eles estão em outro patamar, à exceção da Rússia.
Eu tenho extremo zelo pelos interesses de nosso país, sou um idealista, mas sou prático também. Em relações exteriores não existe amizade entre países, apensa interesses. Hora, esses interesses tem de ser contrabalançados com os de outrem. Nem sempre isso vai acontecer de uma forma suave ou da maneira que pensamos/planejamos.
Isso vale para todo mundo, inclusive Argentina.
No mais, não adianta. Somos os adultos da sala na América do Sul, e todos os vizinhos esperam que nos comportemos como tal. Mesmo que os argentinos finjam serem eles. Uma coisa é você querer ser, outra é ser de fato.
Nós somos o sonho de verão deles. Tudo que eles fazem é tentando nos imitar ou fazer melhor do que nós, simplesmente pelo fato de que eles tem um ego do tamanho do Brasil, que não cabe, obviamente, no espaço que a história lhes destinou.
Temos de saber lidar com eles, a partir de racionalidade, economicidade e pluralidade.
Ruim com eles, pior sem eles.
Já viram como está a FAA? Eu já.
Já viram como está a FAB. Eu também já.
Já viram como estão as forças aéreas na AS? É só comprar a Revista FLAP especial em banca.
Eu leio isso há uns vinte anos pelo menos.
Sabem o que foi que mudou de 1997 para cá na FAA? Quase nada.
Mas a FAB, e outras forças aéreas da região evoluíram.
O que quero dizer com tudo isso?
É culpa nossa que a FAA está como está? Não. Podemos ajudar? Sim, podemos. Queremos? Não sei. O que ganhamos com isso?
Não sei, mas sei o que vai acontecer se os militares argentinos se virem diante de uma dessas propostas mirabolantes narcisistas do próximo presidente alegando economia de gastos e resolver transformar todo mundo em uma puta Gendermeria e Prefectura Naval.
O que ganhamos com isso aqui? Nada.
Ou talvez mais uma baita dor de cabeça para dar conta.
Afinal, somos vizinhos. E nem sempre os cachorros dos vizinhos cagam só no quintal deles.
abs