FCarvalho escreveu:Com 450 milhões de dólares empenhados em um único navio, poderíamos dar conta de terminar de desenvolver o projeto do NaPaOc BR, comprar mais 5 amazonas e ainda sobraria troco para os Vant's nacionais.
Um NaPaOc no mercado internacional tem custo médio que ronda 50 a 90 milhões de dólares, dependendo do que se coloque nele.
Eu sempre me pergunto o seguinte: porque um navio de patrulha 200/500 tons precisa de um canhão de 40mm na proa? Ou mesmo um navio de 2000 tons como o projetado pelo CPN de um de 76mm? O trabalho deles não é essencialmente de policiamento/vigilância marítima, SAR e apoio ao tráfego civil? Então, já que se trata de um navio basicamente voltado para operações com o público civil, e suas embarcações, qual a necessidade real de embarcar neles algo mais que uma metralhadora de 20mm - se muito - e/ou reparos automáticos de .50 e/ou 7,62?
Além disso, como já exposto aqui, o projeto poderia contar com padrões semi-civis, ou mesmo civis de construção a fim de baratear ainda mais os navios, além de seus sensores também poderem ser os mesmos usados em navios civis naquilo que coubesse. Acredito que a maior parte destes sensores poderia ser desenvolvida e/ou adquirida no mercado nacional. Se não, colocar neles o máximo de material off the shelf, como dizem. Com certeza tudo isso não é algo tão complicado de se fazer, e existem empresas nacionais com expertise na maior parte dos conjuntos de sistemas necessários a um navio como este.
Enfim, além de verba, o que falta mesmo para os navios patrulha serem encampados de vez na MB é mesmo o tal complexo de guarda costeira do almirantado.
Enquanto isso, a vida passa e nós 'ficamos a não ver navios'...
abs.
Carvalho, eu tinha a mesma visão espartana que tu apresentou sobre o armamento dos Napaocs, mas andei analisando e mudei de opinião.
Penso que o dinheiro gasto em uma Tamanduá, que será essencialmente especializada em coisa nenhuma, poderáimos construir talvez uns quatro Napaocs de em torno de 2.000 tons, com um canhão de 57mm e dois reparos de 12,7mm remotamente comandados/EO, um lançador Mistral e todo o cabeamento necessário para se instalar rampas de lançamento de MAN.
Tu podes então dizer: "Pô Juarez, toda este "poder de fogo" para trotear atrás de barcos de pesca e quetales??
Não, te explico:
Eles cumprirão esta missão primordialmente e em missões como por exemplo na costa da Africa de combate a Pirataria, ao invés de mandar uma Fragata com quase trezentos tripulantes a bordo, uma série de equipamentos sendo desgastados pelos dias de mar, casco do navio idem, motores e geradores atingindo ciclos e PMG em curtíssimo tempo, estes navios em regime de rodízio seriam enviados para este tipo de missão.
A marinha espanhola adota um processo similar com seus BAM.
Acho, repito acho, porque nada sei de construção naval, mas analisando custos apresentados outros países, talvez seja possível construir algo semelhante na faixa dos 120 a 130 milhões de dólares.
Veja que as Niterói literalmente estão se terminado pelos ciclos nas patrulhas do Líbano, deixando a marinha literalmente a ver navios.
Acho que seria uma alternativa e que mediante apoio governamental com algumas reduções tributárias, se poderia inclusive incentivar de forma sensata a indústria naval militar.
G abraço