Acredito que todos aqui tem ciência e viram como a IAF, ajudada por jordanianos, norte americanos, britânicos e franceses, e quem sabe até árabes, via inteligência militar, conseguiu interceptar, e derrubar, quase todos os drones e mísseis de cruzeiro e balísticos iranianos que vinham em direção do Israel.
Esta ação conjunta e muito bem coordenada, lançou aos áreas a partir de diferentes bases áreas do país e de vizinhos um verdadeiro enxame de caças a fim de lidar com aquela ameaça. No fim, ela se mostrou absolutamente eficaz ao que se propôs, demonstrando que defesa aérea não se faz apenas e tão somente com aviões, mas, e também, com AAe, sistemas C4ISR eficientes em terra e no ar, inteligência militar e parcerias certas.
Neste sentido, me parece inequívoco, olhando a nossa realidade, que a FAB hoje e nem em prazo visível vislumbra alcançar uma capacidade de defesa aérea suficiente que possa defender o país de um ataque do tipo perpetrado pelo Irã contra Israel.
Mesmo a nível doutrinário, aparentemente, inexiste quaisquer movimentos no sentido de, pelo menos, pensar as consequências deste ataque em nosso TO dentro do entorno estratégico demarcado pelos documentos oficiais da Defesa.
Aí deixo a pergunta: a FAB será um dia capaz de apor algum nível de resistência eficaz contra ataques de mísseis de cruzeiro e\ou balísticos, bem como de drones de ataque guiados a distância, sabendo-se que os Gripen E\F nunca chegarão à quantidades que se possa dizer necessárias à concreta defesa do país
Como se diz por aí, andorinha só não faz verão. Um único grupo de caça baseado nos Gripen, mesmo que dividido em várias OM ou localidades, também não. E não há a menor chance de se pensar em sistemas como o Arrow 3 israelense, ou equivalentes, por aqui. Se até Spyder já está difícil, imagine-se o resto.