O patrulheiro é só parte do sistema João.
Um avião a jato, que operaria no lugar dos P-3, teria sua área de atuação normal para além dos limites da nossa ZEE. Seria na verdade a nossa ponta de lança. Seu quinhão estaria no ofício de cobrir todas as linhas de navegação internacional que entram, saem e/ou passam pelo AS, bem como fazer reconhecimento e vigilância das área de interesse brasileiro neste, como o golfo da guiné, a passagem de Drake, o cabo da boa esperança, a região do Caribe, e a nossa "fronteira" norte, no limite com o Atlântico Norte.
Se observares o mapa abaixo verá que nem só de ZEE vive a nossa patrulha naval.
E para este caso, um avião a jato muito mais capaz de cobrir áreas bem maiores do que um turbohélice o faria. Neste último caso, teremos a possibilidade de desenvolver e/ou adquirir aviões leve/médio que farão esse trabalho dentro da ZEE. O que não significa que um P-190 também não vá fazê-lo.
Como disse ao Lima, temos demanda para até 3 modelos diferentes na aviação de patrulha. Um leve, para ligação/observação, policia naval, transporte e SAR costeiro; o médio faria o papel dos P-95, como vigilância, patrulha, SAR, e reconhecimento marítimo dentro da ZEE. Aos jatos, caberia o trabalho mais pesado, como ASW/ASupW, além das missões ISR naval propriamente ditas.
Aliás, diga-se de passagem, que estas últimas tem ocupado nos anos recentes a maior parte do tempo de missão da maioria dos patrulheiros navais modernos. Até porque, a ASW e ASupW só são feitas mesmo na prática, em exercícios navais e/ou atividades conjuntas com outras marinhas. Acredite, não seria diferente conosco. Mesmo porque este tipo de missão custa muito caro, mesmo em exercícios. Então elas são feitas realmente de forma muito pontual e focal.
Para tanto, no que compete aos sistemas embarcados, hoje em dia, existe uma miríade de novos métodos e recursos que ajudam a facilitar, digamos assim, o trabalho de caçar submarinos. Tanto que os aviões a jato, que antes sequer eram concebidos para este tipo de missão, sendo na prática uma exceção, agora estão se tornando meio que a regra, vide os caminhos tomados pelas grandes forças navais atualmente. Até A-320 de patrulha já existe no papel para quem quiser pagar o preço. E olha que já tem gente querendo mesmo. Na verdade mais que querendo, é precisando mesmo.
abs.