Túlio escreveu: ↑Ter Ago 07, 2018 10:55 pmDo lado de cá até pode ser, do lado de lá é quase que uma madeireira ao lado da outra. Azar nosso...
Não necessariamente Túlio. Presumo que o que viste deve ter ocorrido ao longo da fronteira do Acre, onde a atuação dos peruanos se faz mais sentir, e também porque possui uma maior densidade demográfica do lado deles do que da nossa.
O Vale do Javari é quase inabitados de ambos os lados, estando a cidade peruana mais próxima, Santa Helena, praticamente na tríplice fronteira com Tabatinga e Letícia ao norte. O resto subindo o rio até chegar a Cruzeiro do Sul é só mato e rio.
Tá, mas se poderia fazer algo efetivo na parte ribeirinha, e sem contar com a eternamente ausente MIRJ? Quase fiquei DOIDO só de ver o que fazem só no Javari, vai ver então no resto...
Na minha opinião tem que começar fazendo isso aqui:
Os PEF são a primeira forma de:
1. aumentar a presença do Estado brasileiro;
2. levar serviços públicos básicos para as comunidades da fronteira e reforçar demografia nacional;
3. apor base logística para qualquer tipo de ação na fronteira norte.
Sem isso, esquece. Pode inventar o que quiser em termos de "Guardas" que não adianta. Não dá para defender a fronteira sem estar lá fisicamente. E isso é indispensável. Do contrário é dinheiro jogado fora, com mais tecnologia que se tenha.
A nossa fronteira norte é um vazio populacional e também de poder, dado que não existe uma presença efetiva do Estado nelas, exercendo assim o seu múnus legal.
De qualquer forma, eu defendo aqui há tempos a criação de uma guarda costeira e de um corpo de carabineiros no Brasil a fim de dar cabo deste tipo de problema, até abri tópicos sobre isso aqui no DB mas sem lá por onde andam.
Enfim, o Projeto Calha Norte é um engodo, o SIPAM tá muito mais preocupado, e voltado para cima do que para baixo, e a MB não tem e nem consegue ter presença aqui porque, bem, sabemos o por quê.
Sem um governo que leve a segurança pública realmente a sério, nada do que coloquei sequer será considerado a sério no plano das políticas pública, de gestão e legislativo. Sem contar que os próprios militares são os primeiros a barrar qualquer iniciativa neste aspecto.
Por fim, ja temos na própria MB a infraestrutura humana e material para criar a Guarda Costeira sem maiores gastos, através dos DN, delegacias e capitanias dos portos espalhados pelo país. É só separar direito.
O resto é equipar decentemente este novo órgão e deixar ele fazer o trabalho dele. E a MB que vá se preocupar em arrumar outras justificativas para a sua existência, que é o que não falta.
abs.