Geólogo baiano descobre reserva de terras raras de US$ 8,4 bi
Nova empresa de João Cavalcanti, ex-sócio de Eike Batista, encontra depósito gigante com 28 milhões de toneladas de neodímio
Nivaldo Souza, iG Brasília | 05/04/2012 08:37
Nos últimos tempos, ele só veste preto, que considera a cor do poder. Conserva barba e cabelos brancos, está sempre de óculos escuros, se diz místico e já foi chamado pelo The New York Times como ‘o geólogo que fala com o cosmo’. É frequentemente citado como um dos 20 brasileiros mais ricos, mas garante que a imprensa exagera quando o chama de bilionário. “Isso é balela, sou um batalhador”, afirma ao iG o empreendedor baiano João Carlos Cavalcanti, o JC, conhecido no mundo da geologia como o ‘farejador de minérios’ depois de ter descoberto minas gigantes de fosfato, ferro e níquel ao lado de sócios como Daniel Dantas, Eike Batista e os Ermírio de Moraes, donos do grupo Votorantim.
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Após a parceria com Dantas, que diz ter sido positiva na estruturação da empresa de pesquisa mineral do banqueiro do Opportunity, a GME4, Cavalcanti criou a World Mineral Resources Participações S.A. (WMR). Agora, um ano após a estrutura a companhia, afirma ter encontrado na Bahia uma reserva estimada em 28 milhões de toneladas de neodímio – um dos 17 elementos que compõe o grupo de minerais chamado terras raras, usados em equipamentos de alta tecnologia, como carros elétricos, smartphones e tablets. "É a primeira descoberta de neodímio no Brasil similar ao maior depósito do mundo, que é Baotu, na China. Encontramos teores de concentração semelhantes ao neodímio chinês, com 12,75%. O da China está com 12%, 14% de concentração”, diz o geólogo.
Foto: AE
JC, o ex-sócio de Eike, quando ainda usava branco, a bordo do jatinho, sobre ser bilionário: “Isso é balela, sou um batalhador”
As terras raras têm se valorizado no mercado internacional após a China estabelecer cotas para exportação do insumo estratégico para a indústria de alta tecnologia, em represália ao embargo de navios de carga pelo Japão em 2009. “O preço do neodímio hoje está US$ 300 mil a tonelada”, observa. Caso as 28 milhões de toneladas sejam extraídas e vendidas no valor citado por Cavalcanti, a reserva poderia render US$ 8,4 bilhões.
O anúncio formal da descoberta será realizado no final deste mês ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O próximo passo será fazer o levantamento detalhado do tamanho da reserva diluída em rochas compostas por fluoretos de cálcio na cidade de Serra do Ramalho, oeste da Bahia. “Fizemos estudos geológicos preliminares, já identificamos a mãe do minério e estamos trabalhando para idenficar o valor final [tamanho do depósito]”, indica.
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Auto-definido como “místico”, Cavalcanti diz ter descoberto a região onde está o neodímio nos anos 1970, quando começou a estudar os minerais. Mas foi depois de uma visita à mina chinesa de Baotu que decidiu averiguar geologicamente o terreno – a WMR requereu 36 áreas ao DNPM, totalizando 50 mil hectares.
Foto: AE Ampliar
Auto-definido como “místico”, João Cavalcanti diz ter descoberto terras raras na década de 1970, mas só ter pesquisado região na Bahia após voltar da China há oito meses
"Eu tinha visto essa jazida em 1974, quando eu tinha 24 anos e trabalhava para uma empresa do estado [Bahia]. Aí, estive na China e fui visitar Baotu, que é igualzinho [em incidência de fluorita roxa, a rocha onde o neodímio está diluído]. Desci no aeroporto de Guarulhos, peguei meu jato e fui para Bom Jesus da Lapa, meti o martelo para dentro, mandei avaliar e deu os mesmos teores do neodímio da China", conta.
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O próximo passo depois de confirmar a existência do mineral será buscar investidores dispostos a aplicar recursos para extrair terras raras. Mas ao contrário de projetos anteriores, Cavalcanti pretende manter 51% de controle da WMR. Avesso a ser chamado de empresário e preferindo a alcunha de empreendedor, o geólogo tenta um novo modelo para atuar no mercado.
O geólogo é conhecido no mercado como o “farejador de minérios”, após ficar famoso por descobrir reservas e vender inicialmente 70% do negócio para sócios. Foi assim com depósitos minerais negociados com Eike Batista, no início dos anos 2000, e o com o grupo Votorantim, junto ao qual mantém 23,75% da Sul Americana Metais – empresa da Votorantim Novos Negócios, que desenvolve mina de ferro no norte de minas descoberta por Cavalcanti. “Antes eu descobria, vendia 70% e ficava com 30%. Agora, eu também quero ser tubarão. Estou tranquilo dessa vez e capitalizado", indica.
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A meta de Cavalcanti é fazer da WMR um condomínio mineral com cotas de projeto vendidas em processo de concorrência internacional. "A WMR deverá desenvolver 28 projetos em todo o Brasil”, afirma. "Estamos colocando cotas no mercado paulatinamente, 14 grandes investidores já compraram. Temos expectativa de que novos investidores adquiram mais cotas”, confia.
Ele acaba de voltar de uma rodada de apresentação de projeto nos Estados Unidos e Canadá, onde se reuniu com investidores interessados em três grandes projetos: bauxita, ferro e terras raras. “Começa a ter interesse de bancos de investimentos americanos, canadenses e suíços”, antecipa. “O investidor chega e diz qual empresa quer entrar. São empresários que têm faturamento mínimo de US$ 100 milhões cada”, planeja.
Caso a investida seja bem sucedida, a WMR se tornará uma holding ramificada por empresas administradoras de bens minerais diferentes. Em seguida, a mineradora irá à BM&Fbovespa. “Pretendo ir ao mercado daqui a 2,5 ou três anos para fazer um IPO [listagem inicial de ações, na sigla em inglês]”, diz o geólogo.
Fortuna cobiçada, mas não confirmada
O “voo solo”, como chama a nova fase Cavalcanti aos 64 anos o filho de um ex-oprarário ferroviário nascido em Catulé (BA), só foi possível após negociar a quebra de contratos de não competição firmados com o Opportunity e a Eurasian Natural Resources Corp. (ENRC), mineradora que arrematou mina de ferro Caetité. “As multas [dos contratos] passavam de US$ 100 milhões”, revela.
O valor, contudo, pode não ser muito para o empreendedor, cuja riqueza pessoal estimada pelo mercado em R$ 2 bilhões. “O pessoal confunde a empresa com o meu patrimônio”, garante o empreendedor que agora investe no ramo hoteleiro em Itacaré (BA). Mas Cavalcanti revela ter sido sondado pela revista americana Forbes para aparecer na lista dos mais endinheirados do globo ao lado do desafeto Eike Batista. “A Forbes me ligou, mas quem gosta de aparecer é peru”, comenta.
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Figura conhecida nas rodas sociais da Bahia, Cavalcanti flertou com o poder na tentativa de ser vice-governador ao lado do ex-ministro Gedel Vieira, em 2010. Ele resgata o passado humilde como filho de operário para justificar o bom relacionamento. “Eu não sou mendigo, comecei do zero, virei classe média, classe média alta e milionário. O Brasil só tem 153 mil milionários, o que é pouco perto dos Estados Unidos, que têm mais de 250 mil. Estou nessa categoria, agora dizer que sou bilionário é mentira. Vou chegar lá, esse é meu projeto”, confia.
http://economia.ig.com.br/geologo-baian ... 89795.html
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Brasil avalia legislação para exploração de terras-raras
21 de maio de 2012 • 09h39
Os Ministérios de Minas e Energia e da Ciência Tecnologia e Inovação discutem a criação de política para disciplinar a exploração de minerais conhecidos como terras-raras, usados na indústria de ala tecnologia.
Esses minerais são incorporados em aplicações como supercondutores, ímãs, catalisadores utilizados no refino de produtos diversos (como petróleo), componentes para carros e monitores de LCD, entre outros.
Terras-raras são minerais compostos por 17 elementos químicos leves e pesados (a maioria de número atômico entre 57 e 71). Segundo relatório produzido pelos ministérios em dezembro de 2010, as ocorrências de terras-raras no território nacional estão associadas a minerais radioativos com a presença de outros elementos de valor comercial. Apesar da disponibilidade, "o Brasil, atualmente, não lavra nem produz nenhum composto de terras-raras, sendo totalmente dependente da importação", afirma o texto.
A China responde por 97% da produção de terras-raras no mundo. A liderança na produção permitiu ao país alterar bruscamente em 2010 os preços dos componentes e estabelecer cotas de exportação, colocando em ameaça o fornecimento para a indústria de todo o mundo.
"Eles aumentaram os preços como faz um monopólio, aplicaram bem as lições do capitalismo", comenta Adriano Duarte, coordenador-geral de Tecnologias Setoriais do Ministério da Ciência e Tecnologia, ao lembrar que os chineses ficaram com quase todo o mercado de terras-raras por adotar preços muito baixos, desestimulando a pesquisa e a produção em outros países.
Segundo Carlos Augusto Moraes, coordenador do Estudo de Usos e Aplicações de Terras-Raras no Brasil, a estratégia da China é forçar o aumento das exportações de seus produtos acabados. Assim, ao limitar o fornecimento de componentes de terras-raras, pode forçar a importação de artigos de alta tecnologia e valor agregado.
De acordo com Moraes, o interesse do governo brasileiro é dominar a cadeia produtiva de alguns produtos com componentes de terras-raras e, para isso, atrair empresas estrangeiras e multinacionais.
A política para a produção e exploração de terras raras está sendo elaborada dentro dos marcos do Plano Nacional de Mineração 2030, elaborado pelo governo. A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado estuda a criação de legislação específica para a exploração desses minérios.
Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o País tem 164 pedidos para autorização de pesquisa de descoberta de lavras (mais de 50% na Bahia). Apenas seis lavras estão disponíveis. Há no Brasil cerca de 40 mil toneladas cúbicas (contra 36 milhões da China).
http://invertia.terra.com.br/sustentabi ... raras.html
21 de maio de 2012 • 09h39
Os Ministérios de Minas e Energia e da Ciência Tecnologia e Inovação discutem a criação de política para disciplinar a exploração de minerais conhecidos como terras-raras, usados na indústria de ala tecnologia.
Esses minerais são incorporados em aplicações como supercondutores, ímãs, catalisadores utilizados no refino de produtos diversos (como petróleo), componentes para carros e monitores de LCD, entre outros.
Terras-raras são minerais compostos por 17 elementos químicos leves e pesados (a maioria de número atômico entre 57 e 71). Segundo relatório produzido pelos ministérios em dezembro de 2010, as ocorrências de terras-raras no território nacional estão associadas a minerais radioativos com a presença de outros elementos de valor comercial. Apesar da disponibilidade, "o Brasil, atualmente, não lavra nem produz nenhum composto de terras-raras, sendo totalmente dependente da importação", afirma o texto.
A China responde por 97% da produção de terras-raras no mundo. A liderança na produção permitiu ao país alterar bruscamente em 2010 os preços dos componentes e estabelecer cotas de exportação, colocando em ameaça o fornecimento para a indústria de todo o mundo.
"Eles aumentaram os preços como faz um monopólio, aplicaram bem as lições do capitalismo", comenta Adriano Duarte, coordenador-geral de Tecnologias Setoriais do Ministério da Ciência e Tecnologia, ao lembrar que os chineses ficaram com quase todo o mercado de terras-raras por adotar preços muito baixos, desestimulando a pesquisa e a produção em outros países.
Segundo Carlos Augusto Moraes, coordenador do Estudo de Usos e Aplicações de Terras-Raras no Brasil, a estratégia da China é forçar o aumento das exportações de seus produtos acabados. Assim, ao limitar o fornecimento de componentes de terras-raras, pode forçar a importação de artigos de alta tecnologia e valor agregado.
De acordo com Moraes, o interesse do governo brasileiro é dominar a cadeia produtiva de alguns produtos com componentes de terras-raras e, para isso, atrair empresas estrangeiras e multinacionais.
A política para a produção e exploração de terras raras está sendo elaborada dentro dos marcos do Plano Nacional de Mineração 2030, elaborado pelo governo. A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado estuda a criação de legislação específica para a exploração desses minérios.
Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o País tem 164 pedidos para autorização de pesquisa de descoberta de lavras (mais de 50% na Bahia). Apenas seis lavras estão disponíveis. Há no Brasil cerca de 40 mil toneladas cúbicas (contra 36 milhões da China).
http://invertia.terra.com.br/sustentabi ... raras.html
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Em 6 de novembro de 2024, a Toshiba anunciou que desenvolveu uma bateria de íon de lítio que tem a mesma densidade de energia volumétrica de uma bateria de fosfato de ferro-lítio (bateria LFP), mas tem desempenho de longa duração e pode ser carregada ultrarrápida em aproximadamente 10 vezes mais vezes. anunciou que desenvolveu um novo. O eletrodo negativo utiliza NTO (óxido de titânio e nióbio), que a empresa desenvolveu de forma independente, e é considerado adequado para veículos comerciais de grande porte, como ônibus e caminhões. A empresa planeja avançar nos esforços de comercialização por meio de uma demonstração de um ônibus EV (veículo elétrico) equipado com o produto desenvolvido na Mina Araxá, em Minas Gerais, Brasil, iniciada em junho do mesmo ano.
Toshiba e outros usam óxido de titânio e nióbio como eletrodo negativo para baterias de íon-lítio de próxima geração
A recém-desenvolvida bateria de íons de lítio é capaz de carregar ultrarrápido, podendo carregar aproximadamente 70% da capacidade da bateria em 5 minutos. Ele também possui desempenho de longa duração que pode manter mais de 80% da capacidade da bateria, mesmo após repetidas cargas e descargas ultrarrápidas mais de 15.000 vezes. Além disso, ele pode ser carregado extremamente rapidamente em ambientes com temperaturas adversas variando de -30 a 60 graus Celsius, o que é difícil de suportar para baterias normais de íon de lítio. Além disso, como a precipitação do lítio não ocorre em princípio como uma característica do eletrodo negativo NTO, o risco de fumaça/ignição é extremamente baixo.
Desenvolvida tecnologia de fabricação de baterias que forma uma forte rede condutora entre partículas NTO
Desenvolvemos uma grande célula de bateria com capacidade de 50Ah para o ônibus EV que está em fase de demonstração. Em um teste de ciclo que simulou a operação de um ônibus circular, foi confirmado que a bateria mantém mais de 93% de sua capacidade mesmo após 7.000 ciclos. Estima-se que possa ser usado mais de 15.000 vezes com um ciclo de carregamento ultrarrápido.
Por exemplo, se um autocarro EV estiver equipado com as baterias mínimas necessárias que podem percorrer cerca de 100 km com uma única carga, durará mais de 15 anos (quilometragem A bateria pode ser utilizada até 1,5 milhões de km (equivalente a 1,5 milhões de quilómetros). km), e pode ser usado até que o carro seja sucateado sem a necessidade de substituir a bateria no meio do caminho. Além disso, assumindo a utilização de carregamento ultrarrápido, é possível reduzir ainda mais a capacidade da bateria dos EV comerciais, reduzindo os custos dos veículos e reduzindo os custos de eletricidade, tornando-os mais leves. Espera-se também que reduza o TCO, reduzindo os custos iniciais e os custos operacionais.
Além disso, não houve fumaça ou ignição no teste de penetração do prego como avaliação de segurança, confirmando o alto nível de segurança do nível de perigo 3 da EUCAR.
https://monoist.itmedia.co.jp/mn/articl ... ws099.html