Fórum Defesa Brasil

Lembrei-me de uma situação semelhante com esta (haver duas unidades de Operações Especiais no mesmo ramo).

A Marinha Espanhola é quase uma mini US Navy, os Fuzileiros Navais Espanhóis seguem os Fuzos Norte-Americanos como modelo padrão, recorrendo a soluções de compromisso quando não é possível fazer como eles.

Pois bem, na Marinha Espanhola tal como na Marinha Brasileira havia duas unidades do género. Havia a UOE, que era a unidade de Operações Especiais dos Fuzileiros e que tiravam o curso de Operações Especiais no Exército. E depois havia a UEBC que eram os mergulhadores de Combate da Marinha. Ambas unidades andaram lado a lado durante anos e muitas vezes as funções sobrepunham-se, por isso à uns anos a Marinha decidiu fundir as ditas unidades, recrutando os seus elementos em toda a marinha e com a totalidade do curso feita no seio desse Ramo.

No final surgiu a Fuerza de Guerra Naval Especial e apesar de ter havido muita contestação à criação de tal unidade (estamos a falar da fusão de duas unidades com décadas de história em cima), hoje em dia a FGNE é uma realidade.

http://www.armada.mde.es/ArmadaPortal/p ... ecial-fgne

Sei lá, aqui eu acho que não funcionaria. Algumas considerações, HAMMERHEAD véio:

Tirar o GRUMEC do CA e colocá-los, digamos, como mais uma Cia do Tonelero (FN) seria mais ou menos como tirar os SEALs da USN e passá-los ao USMC, com todas as (más) implicações daí decorrentes.

Pessoalmente, o que creio ser mais desejável seria a "independência" do CFN, deixando de ser um ramo da MB e se tornando, como seus congêneres ianques, uma Força em si. Passaríamos a ter 4 FFAA (mas o GRUMEC permaneceria na MB, ligado ao COMFORSUB)...

Ainda sobre isso, ante o argumento de que eles ainda dependeriam bastante do apoio da MB, devo lembrar que o próprio EB depende dela para algumas ações e da FAB para outras.

Relembro por fim que as missões dos MECs são muitíssimo mais ligadas ao CA do que ao CFN (se é que há algum ponto de contato importante entre eles) e torno ao exemplo da USN entregando os SEALs ao USMC: IMPENSÁVEL!


É o que penso.

Quando o Mangabeira era ministro e estava confeccionando a END, ele visitou os FNs e perguntou se nao queriam ser como o USMC, independentes.
A resposta foi NÃO, que o CFN era parte integrante e inseparável da MB, que nao existia motivo razoável para se pensar em algo assim.
Creio que eu nunca falei sobre isso.
Da mesma maneira, a Armada nao concebe uma Marinha sem o CFN.
Túlio, sua analogia é perfeita para entenderem a diferença de emprego dos meios.
Nao cabe o Navy Seal no USMC, da mesma maneira que nao cabe o Grumec no CFN.

Bueno, CMG véio, se ELES preferem continuar assim, devem ter bons motivos (até dá para "chutar" alguns, como ter que disputar verbas com o EB, etc). Assim, retiro o que disse.

Volto a lembrar que todo o processo da criação da FGNE foi de certa forma traumatizante para muitos elementos tanto de uma unidade como da outra. Mas fez-se.

Cada país e cada tropa é uma realidade distinta, por isso não digo que esta ou aquela seja a melhor solução. Em Portugal também tentou-se fazer algo semelhante com duas tropas distintas e hoje vê-se a bela porcaria que foi!

Não consigo vislumbrar nenhum motivo que justifique uma separação do CFN da MB. No Brasil, onde um CFN independente jamais teria equipamentos próprios (navios, helicópteros, aviões, etc) para atuarem com plenitude, como ocorre com o USMC. São situações completamente distintas e, aqui no Brasil, o CFN e MB atuam de forma complementar e integradas, sem qualquer competição entre si que possa comprometer a operacionalidade de uma ou de outra.

A experiência demonstra que tens razão, cupincha...

Na realidade brasileira, acho que uma separação a lá USMC não seria possível, porém, uma maior caracterização da tropa, via uniformes por exemplo, distinguindo-os da Armada, seria interessante.

eagle escreveu:Na realidade brasileira, acho que uma separação a lá USMC não seria possível, porém, uma maior caracterização da tropa, via uniformes por exemplo, distinguindo-os da Armada, seria interessante.

Já é assim.

Acho que poderia ter menos uniformes em comum entre CFN e Armada.Seria interessante também postos e graduações diferentes no CFN, estilo força terrestre, aumentando assim o caráter "soldados-marinheiros" dos "navais".

Estava conversando com um vizinho meu do CFN (2° ten), e ele estava falando essa questão do COMANF, que ele ainda não chegou lá e que vai demorar bastante.
Mas o cara estava contando que os SEALs vêm treinar com os caras do Toneleiro, e que o Brasil dá um show neles - o que eu já sabia. Mas ele estava me falando que, quando os gringos vêm, os brasileiros aproveitam mais para pular de PQD, pois quando os gringos vêm eles trazem tutu $$$$.
Pra ser sincero, não entendi nada, porque dizem que, depois da SGM, a MB mantinha ligações com a USNavy, e daí vieram os primeiros mergulhadores de combate, oriundos do SEAL. Depois disso, um pessoal da MB foi qualificado pela Marinha Francesa como 'nadadores de combate'.
Da mesclagem francesa com a americana do norte, ficou tudo mais ou menos certo, porque o americano dava ênfase a operações terrestres, e a França dava ênfase a técnicas de mergulho. Daí, eles chegaram a uma 'perfeição'.
Agora, o GruMec subordina-se ao COMANDO DA FORÇA DE SUBMARINOS e conta com equipes ALFA, BRAVO e CHARLIE - que são equipes básicas, além de mais uma de operações especiais e mais um GERR/MEC. E, pelo que eu já li disso, o MEC brasileiro não deixa nada a desejar com os similares internacionais.

Mergulhadores da Marinha simulam resgate de navio sequestrado

Legal a bolacha do Brasil em "Low vis"

[]s
CB_Lima

Porque tem fuzileiro com um m-16 simples(sem acessórios como mira,empunhadura,sem trilho Piccatinny) e outros com tudo isso?

Não consigo ver as imagens...