ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
A MBDA é
Inglesa - BAE Systems (37.5%)
Francesa, alemã, espanhola - EADS (37.5%)
Italiana - Finmeccanica (25%)
A EADS é:
Francesa - SOGEADE (27.38%)
Alemã - Daimler AG (22.41%)
Espanhola - SEPI (5.46%)
Dubai Holding (3.12%)
Boa parte dos armamentos do Rafale são da MBDA:
Mica, Meteor, Apache/Storm Shadow/Scalp, Exocet, etc.
Das últimas páginas se conclui que a MBDA não está ajudando no MAR-1, MAN-1 e nem ajudara no BVR nacional.
[]s
Inglesa - BAE Systems (37.5%)
Francesa, alemã, espanhola - EADS (37.5%)
Italiana - Finmeccanica (25%)
A EADS é:
Francesa - SOGEADE (27.38%)
Alemã - Daimler AG (22.41%)
Espanhola - SEPI (5.46%)
Dubai Holding (3.12%)
Boa parte dos armamentos do Rafale são da MBDA:
Mica, Meteor, Apache/Storm Shadow/Scalp, Exocet, etc.
Das últimas páginas se conclui que a MBDA não está ajudando no MAR-1, MAN-1 e nem ajudara no BVR nacional.
[]s
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Eu me enrolei nesse ponto, mas estava me referindo a remotorização dos MM 40Marino escreveu:Deixa eu dar um pitaco sobre o MAN.
O MAN é um projeto totalmente nacional, coordenado pela MB, com empresas nacionais, como a Avibras e a Mectron. Tudo nele será nacional, o motor, a cabeça de combate, a eletrônica, giroscópios, altímetros, etc, tudo mesmo.
Que muvuca então é a MBDA e o "exocet brasileiro"?
A França, já há algum tempo, deixou de prestar apoio ao MM-38. Quem tinha que o trocasse pelo MM-40, ou se virasse.
Nós, aqui no Brasil, resolvemos substituí-los pelos MM-40, muito antes disso, desde a modernização das Niteroi.
Segue o tempo e chega a hora de revisar os MM-40 e a MB resolve fazer sozinha, com a indústria nacional.
A MBDA, vendo que ia perder o mercado, não só brasileiro, ameaça entrar na justiça e bloquear a iniciativa da MB, sabendo como funciona a justiça brasileira e citando cláusulas de confidencialidade do contrato de venda que, diziam, podiam ser invocadas. Como sofríamos o risco de ter paralizada a iniciativa, e os mísseis perderem validade, aceitamos uma proposta de usar alguns kits de modernização dos mísseis, da MBDA. Todo o trabalho será feito na Avibras e Mectron. Por isso o "exocet brasileiro da MBDA com a indústria nacional".
Evidente que haverá ganho das empresas, o tempo e riscos serão encurtados, e a expertise vai para o MAN-1, ninguém é bobo de não ver isso.
Mas o MAN é TOTALMENTE NACIONAL, sem apoio nenhum da MBDA.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Quando comentei sobre ajuda francesa no MAN-1, estava me baseando nesse artigo e na entrevista do gerente do projeto:
[]'s
P.S.: As empresas EADS e MBDA foram criadas para permitir que os europeus pudessem competir comercialmente com os gigantes norte-americanos. O que ocorre é que os interesses nacionais NÂO ficaram submetidos à essa sociedade.
Mas eu prefiro concordar com as palavras do Marino e do Walter.Sobre o desenvolvimento do Míssil Anti Navio 1 (MAN 1) Parte 1
O Brasil vem retomando o desenvolvendo sua indústria de defesa desde a virada do milênio notadamente a área de mísseis chama a atenção, tanto pela importância estratégica quanto pelo nível de conhecimento técnico e industrial para sua produção.
Além do já conhecido Piranha, o MA1 A, e o desenvolvimento do seu sucessor o MA1B, o já anunciado MAR1, míssil anti radiação 1, inclusive com vendas confirmadas para o Paquistão, o desenvolvimento de bombas guiadas e de precisão e dos nossos velhos conhecidos foguetes de saturação de área o Astros já em sua segunda versão, temos o desenvolvimento do míssil superfície – superfície para uso naval, o já denominado míssil anti navio 1.
Inicialmente seu projeto monta a década de 80 e era então denominado “barracuda”, porém com a crise das décadas de 80 e 90 o projeto foi interrompido, ressurgindo no início do novo milênio. Em 2001 a marinha retomou o projeto do míssil nacional, com as seguintes necessidades básicas:
Utilizar os lançadores existentes nas embarcações da marinha
Alcance dentro dos sensores embarcados, aproximadamente de 60 km.
Estado da arte em controles e guiagem em vôo.
Custo de aquisição e operacional reduzido, porém compatível com o produto.
A parceira internacional escolhida foi a francesa MBDA, produtora dos exocet e as parceiras nacionais foram primeiramente a AVIBRAS e posteriormente a MECTRON bem como a ARES e outras empresas como a ENGEPRON, da Marinha e o CTEX do Exército.
A primeira fase de desenvolvimento foi a do motor foguete, com queima aproximada de 5 a 6 minutos, que deverá ter seus testes de campo iniciados em 2010.
Logo após o início do projeto iniciou-se a pesquisa e desenvolvimento dos lançadores e de comando telemétrico.
O próximo passo será o desenvolvimento do “seeker” e em seguida dos sistemas de pilhas térmicas.
O Projeto terá ainda longos 7 anos pela frente quando os mísseis estiverem plenamente operacionais, pois o projeto tem prazo de conclusão em 2016.
Na próxima parte seguirá uma entrevista do defesanet com Vice-Almirante (RM1) RONALDO FIÚZA DE CASTRO.
Publicado em Brasil, Defesa, Exército, Marinha do Brasil, Tecnologia | Tags: ARES, CTEX, MAN 1, MB, MECTRON
Transcrevo aqui a entrevista do Vice- almirante Castro a Defesanet. Um texto longo porém com informações importantes para o entendimento do desenvovimento do MAN 1.
Entrevista com o Vice-Almirante (RM1) RONALDO FIÚZA DE CASTRO
Gerente do Projeto de Desenvolvimento do míssil
nacional superfície-superfície (SSM)
O VA (RM1) Ronaldo Fiúza de Castro é o Gerente do Projeto de Desenvolvimento do míssil nacional superfície-superfície (SSM – do inglês “Surface-to-Surface Missile”) pela Marinha do Brasil (MB). Esse projeto é considerado um dos mais importantes em curso atualmente na nossa Marinha, perdendo apenas para o do Submarino Nuclear. Antes de iniciar a entrevista o Alte. Fiúza deixou bem claro que ele não está emitindo opiniões e posições da Marinha, ele só exporia as suas opiniões pessoais e comentaria sobre fatos concretos.
DEFESANET: Alte Fiúza, por que o senhor solicitou que fosse realizada esta entrevista?
Alte. Fiúza: É a oportunidade de esclarecer alguns pontos relacionados a este projeto que estão sendo divulgados pela imprensa. Tudo o que será comentado aqui são fatos concretos e as opiniões e posicionamentos pessoais meus.
DEFESANET: Qual é, então, o objeto do Projeto do Míssil Nacional?
Alte. Fiúza: O Objeto deste projeto é um míssil anti-navio produzido no Brasil que possa ser lançado dos lançadores existentes atualmente da MB. O alcance desse míssil será compatível com os sensores de bordo, atualmente isto significa cerca de 60 km. Isto é, as características do míssil devem ser aproximadamente as do EXOCET MM40 Bk I.
DEFESANET: Quando foi que a MB decidiu partir para o projeto de um míssil SSM nacional ?
Alte. Fiúza: O projeto do míssil anti-navio nacional é uma idéia muito antiga. No final da década de 1970, o Alte Branco, então Diretor da antiga DACM (Diretoria de Armamento e Comunicações da Marinha) resolveu que era necessário formar uma equipe para tratar de um projeto de um míssil nacional. Vários Oficiais foram naquela época enviados para se especializarem no assunto. Eu acabei escolhido para, em 1980, ir cursar mestrado em engenharia aeronáutica no MIT na área de controle, navegação e guiagem de mísseis.
DEFESANET: O que foi feito na ocasião?
Alte. Fiúza: A idéia, em 1982, quando voltei dos USA, era a mesma de hoje em dia: produzir um míssil que tivesse o alcance de nossos sensores. Algo em torno de 30 milhas náuticas (cerca de 60 km).
Este tipo de míssil sempre será necessário em qualquer Marinha, é quase que uma continuação do conceito de “Bateria Principal” nos navios antigos. É lógico que países do Primeiro Mundo e Marinhas mais ricas podem se dar ao luxo de alcances maiores e mísseis mais caros, esperando uma possível OTHT (Over-The-Horizon Targeting) oferecidas por outros meios, mas sempre haverá lugar num navio patrulha ou escolta de um míssil anti-navio barato que possa engajar alvos dentro do seu horizonte radar .
Havia, naquele momento, o oferecimento de uma empresa israelense de se montar uma fábrica para produzir o míssil GABRIEL III no Brasil. Contudo, como era apenas uma transferência de “know-how” e não de “know-why”, a MB decidiu não prosseguir com as negociações. Posteriormente, os israelenses partiram para negociar com a África do Sul e lá fizeram o míssil SKORPION.
DEFESANET: Mas essa fábrica não poderia ser encarada como um primeiro passo na direção do SSM nacional?
Alte. Fiúza: Certamente seria um passo, mas provavelmente não nos levaria a lugar algum. Há uma história bastante elucidativa a esse respeito: Na década de 1950, a MB comprou uma fábrica de torpedos MK 15 que era capaz de fazer tudo daquele torpedo. Entravam os insumos e saia o produto acabado. Essa fábrica funcionou durante algum tempo em Niterói. Contudo, ela fabricou apenas cerca de 50 unidades e a MB decidiu que não havia mais necessidade de produzir outros. A fábrica produziu então material de teste, bancadas e até brindes. Depois, por falta de demanda, ficou em estado vegetativo. Quando chegou a hora de partir para o MK 16, lançado por submarinos, fomos incapazes de fazer o salto tecnológico necessário. Faltava-nos o conhecimento da engenharia de projeto. Só sabíamos construir bem feito aquilo que tinha sido programado.
DEFESANET: O senhor então não acredita em transferência de tecnologia?
Alte. Fiúza: É claro que acredito! Porém transferência de tecnologia só acontece num momento mágico em que há alguém que sabe o bastante para ter uma dúvida e existe um outro alguém, mais experiente, que fornece a resposta correta. Só nessas condições haverá de fato uma transferência de conhecimento. Não adianta mandarem livros, manuais ou darem cursos teóricos se esta premissa não for atendida. Na ocasião, os israelenses deixaram claro que não iriam responder a qualquer pergunta técnica sobre a engenharia de projeto de mísseis.
DEFESANET: O que aconteceu a partir de então?
Alte. Fiúza: Por vários motivos, a MB continuou adquirindo seus Exocet, exatamente como havia feito desde 1975. Até que em 2001, a MB recebeu uma carta da MBDA avisando que o míssil tipo MM38 que possuíamos não seria mais apoiado pela empresa. Isso depois de muito alardearem sobre as vantagens de seus novos mísseis com especificações acima do que precisamos e por volta de 3 vezes mais onerosos. Isso gerou uma desconfortável sensação de impotência na MB e decidiu-se que o projeto do míssil nacional finalmente seria retomado. A MB teria que se desfazer de seus MM38 apesar de serem ainda perfeitamente adequados às tarefas, ameaças e cenários (TAC) esperados. Porém, como a confiabilidade e disponibilidade deles iriam despencar, a MB decidiu adquirir, numa primeira hora, novos mísseis. Foi então que a Marinha se conscientizou que não poderia mais continuar dependendo das condições de lucratividade de empresas estrangeiras em relação a sua arma mais letal. A situação não ficou mais crítica para a MB, pois o MM38 teve uma sobrevida graças, aliás, a Marinha Francesa.
DEFESANET: A decisão, então, foi Estratégica?
Alte. Fiúza: O preço de mísseis, como o de qualquer arma importante, é político. O que um Estado está disposto a pagar a outro Estado para ter uma arma? No caso de fornecedores como a antiga URSS, esse preço era aderir a uma ideologia, no caso dos USA era aceitar uma graduação tecnológica determinada por eles e no caso dos europeus era pagar preços exorbitantes por material de, digamos, “penúltimo” estado da arte. Por isso, a decisão de produzir ou não uma arma no seu próprio País é naturalmente estratégica.
DEFESANET: Como, então, se iniciou essa empreitada?
Alte. Fiúza: Houve primeiramente um projeto chamado de “munição inteligente” que se desenvolveu entre 2003 e 2005. Nesse projeto foram levantados todos os passos da sequência reversível e, principalmente da sequência irreversível de lançamento do míssil. Isso permitiu que o IPqM (Instituto de Pesquisas da Marinha) com supervisão da DSAM (Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, órgão que sucedeu a DACM) adaptasse um lançador de MM38 para lançar o MM40. Um lançamento foi realizado com sucesso no final de 2005. Esse projeto nos deu segurança para partir com confiança para o projeto nacional. Além disso, como passamos a dominar a interface entre o míssil e o sistema de lançamento, temos como iniciar o projeto.
DEFESANET: Qual foi o próximo passo?
Alte. Fiúza: Bem, a MB aceitou descartar os mísseis MM38, mas resolveu “forçar a barra” e dizer a MBDA que iria nacionalizar o motor foguete, parte perecível mais crítica do míssil. Daí, ela deixou claro que a empresa poderia aceitar colaborar no desenvolvimento e ser contratada para isso, ou se negar a fazer o que não impediria que a MB realizasse todos os esforços possíveis para montar esse componente. Com ou sem a MBDA, a MB iria fazer o seu míssil SSM. Felizmente, a MBDA resolveu colaborar, o que tem feito com grande competência e dignidade. Ela tem auxiliado nossas empresas a se capacitarem dentro dos rigorosos padrões da área de mísseis e nos introduzido a modernas ferramentas de gerenciamento. Entretanto, devo frisar que essa transferência de tecnologia só esta ocorrendo porque há profissionais com grande conhecimento a respeito de mísseis não só na MB, como também, nas empresas nacionais envolvidas.
DEFESANET: E quais empresas são essas?
Alte. Fiúza: De início, contratamos a Avibrás e a MBDA para que a primeira, com apoio da segunda, produza o motor foguete que será colocado nos Exocet da MB. Esse motor em nada é igual ao antigo, sua tecnologia é bem mais moderna mas ele deverá satisfazer aos requisitos de interface e desempenho para ser integrado ao MM-40.
A Mectron, por sua vez, está trabalhando, com uma cabeça telemétrica com apoio da MBDA.
A ARES está encarregada de produzir e desenvolver o lançador. Os sensores inerciais estão contratados junto ao CTMSP (Centro tecnológico da Marinha em S. Paulo) e a plataforma inercial será produzida pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM). Estamos mantendo contato com empresas que trabalham na área de radiofreqüência para o projeto do “seeker” para substituir o antigo radar ADAC. Estamos, também, mantendo contato com uma grande empresa na área de integração de sistemas para nos auxiliar na supervisão do projeto e temos conversado com o pessoal do CTEX (Centro Tecnológico do Exército) no que tange às pilhas térmicas. A carga útil deve ser produzida pela FAJCMC, a fábrica de munições da MB. A Grande integradora, contudo, deverá ser a Avibrás. É também nossa intenção montar uma raia de testes adequada no Brasil.
DEFESANET: Então a MBDA esta contratada apenas para prestar assistência a essas empresas?
Alte. Fiúza: Não. Temos mais 2 contratos com a MBDA além do de cooperação técnica para desenvolvimento de um motor capaz de substituir o dos mísseis existentes na MB: 1) Contrato de Fornecimento de Motores Foguetes, pois foi acordado que parte dos mísseis da MB será remotorizada com motores fabricados por eles na França; e 2) Contrato para fornecimento de itens que a MB resolveu não partir de início para a sua nacionalização por serem sensíveis à área de segurança: iniciadores e mecanismos de segurança, por exemplo.
DEFESANET: Quais são os prazos e custos do projeto?
Alte. Fiúza: O prazo para se ter o míssil pronto é de 8 anos contados a partir de 2008. Quanto aos custos, prefiro não comentar a fim de poder melhor negociar com as empresas, porém quem tiver acesso ao SIGPLAN do Governo Federal, é só verificar os valores no projeto 1N56. No primeiro ano tivemos R$ 4 milhões e neste ano R$ 7 milhões não estão incluídos os custos do motor e cabeça telemétrica que fazem parte de um projeto separado de certificação dos atuais MM-40 Acredito que a quantidade de verba não seja problema no projeto, mas sim, poder usá-la no que for mais necessário, sempre dentro da sistemática estabelecida pela MB. Ou seja problemas, se existirem, serão de ordem burocrático-legal e não de ordem técnico-financeira. Daí nossa grande esperança na END principalmente na regulamentação do relacionamento Força-Empresa.
DEFESANET: A sua equipe é muito grande?
Alte. Fiúza: Pelo contrário, é estratégia do projeto mantê-la o mais enxuta possível. Somos 5 profissionais, todos contratados pela EMGEPRON. A sede da GEM (Gerência Especial de Mísseis), fica na DSAM.
DEFESANET: O que o senhor nos diz dos riscos do Projeto?
Alte. Fiúza: A parte do motor esta bastante adiantada. A cabeça telemétrica também corre a contento. As demais partes ainda estão no início. Entretanto, não acredito em obstáculos intransponíveis. Os riscos de não se chegar a um motor foguete utilizável são muito pequenos. O que pode haver são atrasos. Por exemplo, um dos componentes do propelente sólido, o PBH/OH era fabricado no Brasil pela Petroflex, empresa que pertencia à Petrobras. Porém ela foi vendida a um grupo estrangeiro que, por falta de interesse econômico, fechou a referida planta. Portanto, algo que antes era fabricado por uma empresa estatal deixou de estar disponível e agora estamos tendo que negociar com outros produtores, que mesmo fornecendo um produto de boa qualidade tem dificuldade em manter um padrão. Futuramente, a Avibrás deve partir para montar a sua própria planta de PBH/OH, mas problemas como esse são emblemáticos.
DEFESANET: Quando o senhor espera realizar os testes do motor?
Alte. Fiúza: São motores que queimarão por volta de 5 minutos. Isso é mais que quase todos os que já foram feitos no Brasil e comparável aos do VLS. Por questões de segurança, o primeiro teste deve ser realizado em terra. Esses testes devem ser realizados já no ano que vem.
DEFESANET: Finalmente, qual seria o seu lema nesse projeto?
Alte. Fiúza: Eu diria que não desejo reinventar a roda, mas se for impossível copiá-la, então, reinventá-la-emos.
Publicado em Brasil, Defesa, Fronteiras, Marinha do Brasil, Sem-categoria, Tecnologia | Tags: F
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P.S.: As empresas EADS e MBDA foram criadas para permitir que os europeus pudessem competir comercialmente com os gigantes norte-americanos. O que ocorre é que os interesses nacionais NÂO ficaram submetidos à essa sociedade.
Editado pela última vez por AlbertoRJ em Dom Jan 17, 2010 12:10 pm, em um total de 1 vez.
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Perfeiro Alberto,
A entrevista aborda o contrato para a modernização dos nossos Exocets, com explicado por Marino. Ou era com a MBDA ou era sem ela.
O MAN é outra história. Obvio que o know deverá ser útil.
[]s
A entrevista aborda o contrato para a modernização dos nossos Exocets, com explicado por Marino. Ou era com a MBDA ou era sem ela.
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Santiago,Santiago escreveu:Perfeiro Alberto,
A entrevista aborda o contrato para a modernização dos nossos Exocets, com explicado por Marino. Ou era com a MBDA ou era sem ela.
O MAN é outra história. Obvio que o know deverá ser útil.
[]s
Veja bem:
Então esse conhecimento será usado no MAN-1. A entrevista trata do MAN-1.Ela (MBDA) tem auxiliado nossas empresas a se capacitarem dentro dos rigorosos padrões da área de mísseis e nos introduzido a modernas ferramentas de gerenciamento. Entretanto, devo frisar que essa transferência de tecnologia só esta ocorrendo porque há profissionais com grande conhecimento a respeito de mísseis não só na MB, como também, nas empresas nacionais envolvidas.
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Santiago escreveu:Perfeiro Alberto,
A entrevista aborda o contrato para a modernização dos nossos Exocets, com explicado por Marino. Ou era com a MBDA ou era sem ela.
O MAN é outra história. Obvio que o know deverá ser útil.
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Então a MBDA está ajudando, diretamente num caso, e indiretamente no outro, não se reinventa a roda, somente se necessário, não interessa de onde vem a tecnologia, mas que sejamos capazes de controlar ela e depois desenvolver produtos, agora, e os EUA ou a Suecia???
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Obrigado Prick, foi isso que eu quis dizer.PRick escreveu:Santiago escreveu:Perfeiro Alberto,
A entrevista aborda o contrato para a modernização dos nossos Exocets, com explicado por Marino. Ou era com a MBDA ou era sem ela.
O MAN é outra história. Obvio que o know deverá ser útil.
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Então a MBDA está ajudando, diretamente num caso, e indiretamente no outro, não se reinventa a roda, somente se necessário, não interessa de onde vem a tecnologia, mas que sejamos capazes de controlar ela e depois desenvolver produtos, agora, e os EUA ou a Suecia???
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Alberto, veja que ele trata em toda entreveista o problema da retirada dos MM-38, e a necessidade de recertificação dos MM-40.
Dentro do que eu escrevi, que a MB ia fazer com as empresas nacionais, e este projeto teve que incluir a MBDA (ameaça de processo e paralização do serviço, não tratado na entrevista).
É evidente que "ferramentas de gerenciamento", "rigorosos padrões da área de mísseis", vão auxiliar o NOSSO programa.
Eu não posso dizer, p. ex, o que será a cabeça do míssil, solução inteiramente nacional.
Mas os giroscópios e acelerômetros, p. ex, são os nacionais do IPQM/CTA; o motor-foguete, é inteiro da Avibrás; o lançador com a ARES; o software com aquela empresa que desenvolveu o software do sivam, esqueci o nome agora; os inerciais com o CTMSP; e por aí vai.
O que a MBDA está fazendo é reservar seu mercado, dizendo que os MM-40 foram recertificados com seu KIT, e não pelas empresas brasileiras.
Mas daqui a pouco isso não vai importar mais para nós.
Dentro do que eu escrevi, que a MB ia fazer com as empresas nacionais, e este projeto teve que incluir a MBDA (ameaça de processo e paralização do serviço, não tratado na entrevista).
É evidente que "ferramentas de gerenciamento", "rigorosos padrões da área de mísseis", vão auxiliar o NOSSO programa.
Eu não posso dizer, p. ex, o que será a cabeça do míssil, solução inteiramente nacional.
Mas os giroscópios e acelerômetros, p. ex, são os nacionais do IPQM/CTA; o motor-foguete, é inteiro da Avibrás; o lançador com a ARES; o software com aquela empresa que desenvolveu o software do sivam, esqueci o nome agora; os inerciais com o CTMSP; e por aí vai.
O que a MBDA está fazendo é reservar seu mercado, dizendo que os MM-40 foram recertificados com seu KIT, e não pelas empresas brasileiras.
Mas daqui a pouco isso não vai importar mais para nós.
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Valeu Marino!Marino escreveu:Alberto, veja que ele trata em toda entreveista o problema da retirada dos MM-38, e a necessidade de recertificação dos MM-40.
Dentro do que eu escrevi, que a MB ia fazer com as empresas nacionais, e este projeto teve que incluir a MBDA (ameaça de processo e paralização do serviço, não tratado na entrevista).
É evidente que "ferramentas de gerenciamento", "rigorosos padrões da área de mísseis", vão auxiliar o NOSSO programa.
Eu não posso dizer, p. ex, o que será a cabeça do míssil, solução inteiramente nacional.
Mas os giroscópios e acelerômetros, p. ex, são os nacionais do IPQM/CTA; o motor-foguete, é inteiro da Avibrás; o lançador com a ARES; o software com aquela empresa que desenvolveu o software do sivam, esqueci o nome agora; os inerciais com o CTMSP; e por aí vai.
O que a MBDA está fazendo é reservar seu mercado, dizendo que os MM-40 foram recertificados com seu KIT, e não pelas empresas brasileiras.
Mas daqui a pouco isso não vai importar mais para nós.
Não disse que esse tópico era bom?
Um grande abraço.
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Marino,
Daria pra dizer então que a EADS acabou dando um tiro no próprio pé?
Digo, para preservarem seu mercado, conseguiram se 'infiltrar' na nossa nacionalização de ítens do MM-40, ajudando de certa forma, e acabaram por incentivar a nossa iniciativa.
Daí, de quebra, conseguimos fazer um míssil compatível com os sistemas do Exocet e que, de quebra, poderiam ser vendidos para países que utilizam o MM-40 mas que por ventura estejam sem condições de adquirir a versão Block III, como marinhas mais modestas da América do Sul, África e Ásia.
abraços]
Daria pra dizer então que a EADS acabou dando um tiro no próprio pé?
Digo, para preservarem seu mercado, conseguiram se 'infiltrar' na nossa nacionalização de ítens do MM-40, ajudando de certa forma, e acabaram por incentivar a nossa iniciativa.
Daí, de quebra, conseguimos fazer um míssil compatível com os sistemas do Exocet e que, de quebra, poderiam ser vendidos para países que utilizam o MM-40 mas que por ventura estejam sem condições de adquirir a versão Block III, como marinhas mais modestas da América do Sul, África e Ásia.
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Não sei se é um tiro no pé.Brasileiro escreveu:Marino,
Daria pra dizer então que a EADS acabou dando um tiro no próprio pé?
Digo, para preservarem seu mercado, conseguiram se 'infiltrar' na nossa nacionalização de ítens do MM-40, ajudando de certa forma, e acabaram por incentivar a nossa iniciativa.
Daí, de quebra, conseguimos fazer um míssil compatível com os sistemas do Exocet e que, de quebra, poderiam ser vendidos para países que utilizam o MM-40 mas que por ventura estejam sem condições de adquirir a versão Block III, como marinhas mais modestas da América do Sul, África e Ásia.
abraços]
Mas nosso míssil deve ser mais barato que um novo da MBDA, ainda mais se seguirem o padrão de descontinuar o apoio ao último da série, como fizeram com o MM-38.
Agora lançaram o MM-40 block 3, o que significa que dentro um período que não sei precisar, vão descontinuar o apoio ao block 1.
Mas se a opção dos países citados for fazer retrofit, o marketing da MBDA vai dizer, com correção, que foram usados kits da empresa no retrofit de nossos mísseis.
O que importa é que lucramos, em aprendizado e em custos.
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Atech?Marino escreveu:Alberto, veja que ele trata em toda entreveista o problema da retirada dos MM-38, e a necessidade de recertificação dos MM-40.
Dentro do que eu escrevi, que a MB ia fazer com as empresas nacionais, e este projeto teve que incluir a MBDA (ameaça de processo e paralização do serviço, não tratado na entrevista).
É evidente que "ferramentas de gerenciamento", "rigorosos padrões da área de mísseis", vão auxiliar o NOSSO programa.
Eu não posso dizer, p. ex, o que será a cabeça do míssil, solução inteiramente nacional.
Mas os giroscópios e acelerômetros, p. ex, são os nacionais do IPQM/CTA; o motor-foguete, é inteiro da Avibrás; o lançador com a ARES; o software com aquela empresa que desenvolveu o software do sivam, esqueci o nome agora; os inerciais com o CTMSP; e por aí vai.
O que a MBDA está fazendo é reservar seu mercado, dizendo que os MM-40 foram recertificados com seu KIT, e não pelas empresas brasileiras.
Mas daqui a pouco isso não vai importar mais para nós.
T&D – Em porcentagem, qual é a participação dos sistemas ATECH nesse processo?
Giacomo - De maneira geral, mais de 80% do tráfego aéreo no Brasil é controlado por sistemas desenvolvidos pela Atech. A inserção no programa nos deu a bagagem inicial para a participação em outro programa de grande vulto e de interesse estratégico ao Brasil, o Programa SIVAM/SIPAM, em que a Atech participou desde a concepção do projeto ao desenvolvimento de sistemas de software estratégicos, coordenação do processo logístico e infra-estrutura e de sistemas de telecomunicações. Dentro da política governamental de domínio tecnológico nacional, a Atech teve a oportunidade de participar de um processo de absorção de tecnologia junto às empresas estrangeiras fornecedoras no programa, permitindo então que se tivesse a capacitação de uma empresa nacional no processo SIVAM, o que é muito importante, sem dúvida. A responsabilidade da Atech pela integração global do sistema e o sucesso alcançado nessa tarefa dá a tranqüilidade de termos o domínio do conhecimento necessário para sua evolução futura.
Alberto, CM e Prick,
Vamos parar de tentar dourar a pílula
Independente de estrangeiros, nossas empresas e centros de pesquisa estão superando importantes barreiras. E é isso que nos trará independência militar.
[]s
Editado pela última vez por Penguin em Dom Jan 17, 2010 12:57 pm, em um total de 4 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Correto, obrigado.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
A composição acionária é importante, porém, as despeito disso, a MBDA fabrica mísseis de uma única nacionalidade, e alguns, verdadeiramente multinacionais. O MICA, EXOCET´s são franceses, inteiramente desenvolvidos e fabricados na França. O METEOR é multinacional, ainda que, a maior parte de sua eletrônica seja derivada do MICA.Santiago escreveu:A MBDA é
Inglesa - BAE Systems (37.5%)
Francesa, alemã, espanhola - EADS (37.5%)
Italiana - Finmeccanica (25%)
A EADS é:
Francesa - SOGEADE (27.38%)
Alemã - Daimler AG (22.41%)
Espanhola - SEPI (5.46%)
Dubai Holding (3.12%)
Boa parte dos armamentos do Rafale são da MBDA:
Mica, Meteor, Apache/Storm Shadow/Scalp, Exocet, etc.
Das últimas páginas se conclui que a MBDA não está ajudando no MAR-1, MAN-1 e nem ajudara no BVR nacional.
[]s
A principal sede e o CEO são franceses, a França também domina inteiramente o Arienne, que é onde são geradas as tecnologias de motores para mísseis da Europa.
[]´s
Re: ARMAMENTO DOS RAFALES BRASILEIROS
Santiago, não se trata de dourar pílula, até porque seus ídolos americanos nem as pílulas nos fornecem , além de atrapalharem muito.
Você é que quer colocar todos no mesmo valão onde está os EUA.
Isso é que eu acho querer sujar a pílula.
Abraços!
Você é que quer colocar todos no mesmo valão onde está os EUA.
Isso é que eu acho querer sujar a pílula.
Abraços!