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Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Ter Out 21, 2008 12:50 pm
por Booz
Clermont escreveu:
SGT GUERRA escreveu:Interferência do Exército ou do governo federal?
Interferência do Exército, através da Inspetoria das Polícias Militares, que pertencia ao Estado-Maior e, alguns anos atrás, foi transferida para o COTER. (salvo engano). Afinal, as PMs são "forças de reserva do Exército", e são os generais do Exército que fazem lobbie para manutenção do "status quo". Claro, com o apoio de muitos (talvez, uma maioria) dos oficiais superiores das PMs estaduais.
Quer dizer que se um estado quiser montar uma força policial com blindados e arma anticarro, seria permitido?
Em primeiro lugar, 1932 ficou bem pra trás. Portanto, poderia perguntar, "algum governador, diante do caos da segurança pública, iria sobreviver as eleições, se gastasse dinheiro dos cofres estaduais com armas antitanque?"

E, além do "Caveirão", pra que um governador iria querer um T-90 russo? Talvez o Jânio Quadros ou o Enéas quisessem, mas eles já "subiram"...

Eu, como leigo, sempre achei um despautério a posse de metralhadoras leves ou médias por polícias. Mas, aqui, no Fórum DB, eu aprendi, com gente como Rodrigo, AK-T7, e Zero 4, que, algumas metralhadoras são necessárias - e eu digo, infelizmente - dada a oposição que as polícias enfrentam dos bandidos. Desde que tais armas estejam nas mãos de profissionais selecionados e tenham judiciosa utilização, para não arriscar as vidas de inocentes.

Em segundo lugar, pode ser razoável que algum estatuto, lei ou o nome que seja, seja disposto, em algum futuro hipotético, impondo algum limites. Afinal, embora, repetindo, os dias do "Pequeno Exército Paulista" já tenham ficado pra trás, sempre é bom criar algumas salvaguardas. Mas estas, devem se originar da lei, de comum acordo entre estados e governo federal. Jamais das conveniências institucionais do Exército brasileiro.

Resumindo, militares são militares e policiais são policiais. Os militares não devem se imiscuir, de forma alguma, na forma como as forças policiais se organizem. E não podem ter, de forma alguma, qualquer espécie de controle sobre tais forças.

meu caro templário clermont, é bem por aí
creio, opinião pessoal, que ainda estamos presos aoa passado da revolução constitucionalista, dos políticos que queriam indepencia provinciana, essas coisas.
quem tem que, primaria e regulativamente, deter o controle sobre suas corporações policias é o estado cuja jurisdição a mantém. o governo federal, aos nossos moldes derepública federativa, pode editar normas gerais.
quato ao cabresto é verdade, o eb tem interesse em mante-lo, mas os governadores detestariam abrir mão de duas coisas:receber continencias de suas milícias e abrir o malfadado inquérito ao bel prazer.
ainda em relação à liberdade sindical reitero, estamos na puberdade de uma democracia que foi muito sacudida. grupos mais com mais maturidade política de embatem com aventureiros. mas, há leis para conter abusos.
o episódio de sp foi, antes de tudo, total desprezo pela arte da política. aquele confronto vinha se anunciando e o lider político responsável nada fez para dete-lo.nem digo em conceder reajustes irreais ao orçamento do estdo, mas sentar-se aa mesa de negociações e mostrar respeito aa classe.

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Ter Out 21, 2008 1:21 pm
por Guerra
Clermont escreveu: Interferência do Exército, através da Inspetoria das Polícias Militares, que pertencia ao Estado-Maior e, alguns anos atrás, foi transferida para o COTER. (salvo engano).
.
Interferencia do governo, atraves do miniterio da defesa.
Afinal, as PMs são "forças de reserva do Exército", e são os generais do Exército que fazem lobbie para manutenção do "status quo". Claro, com o apoio de muitos (talvez, uma maioria) dos oficiais superiores das PMs estaduais.
Eu acho que o termo correto é força auxiliar.

Pera ai, entre o soldado mais moderno do EB e o presidente da republica são mais 200 mil homens, quem faz o tal lobbie é uma meia-duzia.
Se a questão do controle federal sobre as policias esta travando a segurança publica, porque então as policias não fazem seu lobbie?
É muito dificl acreditar que no pais dos sindicatos, uma força sindicalizada tem mais força que uma força apolitica.

Na minha opinião esse negocio de jogar culpa da falencia da segurança publica para o controle federal é furada. A interfência dos governos (estaduais e federal no caso da PF) nos comandos das policias tem um efeito muito mais negativo. A prova disso esta nesses casos que temos assistido pela TV, que são verdadeiros espetaculos de circo.

Em primeiro lugar, 1932 ficou bem pra trás. Portanto, poderia perguntar, "algum governador, diante do caos da segurança pública, iria sobreviver as eleições, se gastasse dinheiro dos cofres estaduais com armas antitanque?"

E, além do "Caveirão", pra que um governador iria querer um T-90 russo? Talvez o Jânio Quadros ou o Enéas quisessem, mas eles já "subiram"...

Eu, como leigo, sempre achei um despautério a posse de metralhadoras leves ou médias por polícias. Mas, aqui, no Fórum DB, eu aprendi, com gente como Rodrigo, AK-T7, e Zero 4, que, algumas metralhadoras são necessárias - e eu digo, infelizmente - dada a oposição que as polícias enfrentam dos bandidos. Desde que tais armas estejam nas mãos de profissionais selecionados e tenham judiciosa utilização, para não arriscar as vidas de inocentes.

Em segundo lugar, pode ser razoável que algum estatuto, lei ou o nome que seja, seja disposto, em algum futuro hipotético, impondo algum limites. Afinal, embora, repetindo, os dias do "Pequeno Exército Paulista" já tenham ficado pra trás, sempre é bom criar algumas salvaguardas. Mas estas, devem se originar da lei, de comum acordo entre estados e governo federal. Jamais das conveniências institucionais do Exército brasileiro.

Resumindo, militares são militares e policiais são policiais. Os militares não devem se imiscuir, de forma alguma, na forma como as forças policiais se organizem. E não podem ter, de forma alguma, qualquer espécie de controle sobre tais forças
Clermont, você não esta sendo coerente. Você chama de atrasada a mentalidade de controle das policias e depois vem com essa:
Em segundo lugar, pode ser razoável que algum estatuto, lei ou o nome que seja, seja disposto, em algum futuro hipotético, impondo algum limites. Afinal, embora, repetindo, os dias do "Pequeno Exército Paulista" já tenham ficado pra trás, sempre é bom criar algumas salvaguardas. Mas estas, devem se originar da lei, de comum acordo entre estados e governo federal. Jamais das conveniências institucionais do Exército brasileiro.
Então o problema esta no EB. Já que seria criado estatutos flexiveis e com certeza algum orgão controlador liberal, talvez vinculado ao ministerio dos direitos humanos, para fazer o que o EB faz.
Ora, quem esta com a mentalidade atrasada é você. Porque do jeito que fala parece que o EB é o "dono" das policias.
Que isso cara, o EB não consegue defender nem causa própria. Isso já era. Atualmente existe meios de qualquer um defender seus interesses.

Se de fato existe um interesse do EB em manter as policias sobre controle, e se os interesses do EB e das policias são antagonicos, não me venham dizer que o EB oprime e impõe sua vontade, porque atualmente não existe espaço para isso.

Eu concordo com o que voce disse aqui:

Mas, aqui, no Fórum DB, eu aprendi, com gente como Rodrigo, AK-T7, e Zero 4, que, algumas metralhadoras são necessárias - e eu digo, infelizmente - dada a oposição que as polícias enfrentam dos bandidos. Desde que tais armas estejam nas mãos de profissionais selecionados e tenham judiciosa utilização, para não arriscar as vidas de inocentes.

Não só os 3, mas todos os policias do forum e a grande maioria que conheço pessoalmente tem o meu respeito, mas o episodio que deu origem ao topico só reforça o que penso a respeito do assunto.

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Ter Out 21, 2008 1:25 pm
por Guerra
jp escreveu: quem tem que, primaria e regulativamente, deter o controle sobre suas corporações policias é o estado cuja jurisdição a mantém.
jp, depois do quebra-quebra da semana passada qual é sua opinião sobre o controle dos governos estaduais sobre suas policias?

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Ter Out 21, 2008 7:09 pm
por marcolima
SGT GUERRA escreveu:
marcolima escreveu: Político nenhum presta Guerra, mas em 97 aqui em Minas houve um "boato" que dariam... um aumento diferenciado para os oficiais. O resultado foi um motim, que é crime, tá no código penal militar. Botaram panos quentes e muitos excluídos foram readmitidos... Houve quebra da disciplina...

Agora criaram... um sistema de promoções polemico onde segundo a visão de alguns foi ferido o principio da herarquia, porque existirão mais postos do que cargos, de modo que daqui a pouco teremos companhias comandadas por Majores.

Não estou afirmando isso, só colocando os pontos de vista, mas se essa análise for correta poderemos ter quebra de hierarquia...

Bem, a estrutura militar baseia-se em disciplina e hierarquia...

Que Marte nos abençoe.

[]s marco
Veja bem, eu não estou criticando a iniciativa da policia em brigar pelos seus salarios. Eu estou criticando a forma como estão fazendo isso.
Todas as policias do pais se deixaram levar por partidos politico. POderiam ter exercido seu direito de manisfestações sem tomarem um partido. E quando você entra num jogo vc esta sujeito a suas regras.
Tai a consequencia.



Pois é , eu estou concordando com você, só estou dizendo como, no caso das polícias militares, o problema pode ser mais profundo, já que pode abalar a disciplina e hierarquia, que são os pilares das organizações militares.
[]s marco

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Ter Out 21, 2008 7:20 pm
por marcolima
Bobagem essa de desmilitarizar as PMs.

No regimen militar é muito mais fácil de ter a tropa na mão, e olha que não é fácil.

Isso não vai resolver problema nenhum. O que tem que acontecer é uma maior profissionalização da atividade policial. Os caras têm que agir com técnica e dentro da lei, mas não podem de forma nenhuma deixar de executar a missão para a qual al polícias foram criadas, que é a de promover segurança pública, nem que para isso seja necessário o emprego de armamento letal.

E com relação a corrupção... isso é um concro que assola todo o serviço público, municipal, estadual ou federal, e não vai ser a desmilitarização que vai resolver, muito pelo contrário.

[]s marco

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Ter Out 21, 2008 8:02 pm
por Vinicius Pimenta
Acho que a unificação seria um caminho mais lógico, mas não vejo esse como o maior problema. Vejo que se os Estados tratassem o tema adequadamente, cada instituição estaria fazendo seu serviço corretamente.

Acho que se perdeu completamente o foco do problema que houve. Misturou-se completamente as bolas.

Vamos lembrar o que aconteceu?

Uma manifestação da Polícia Civil, melhor dizendo, de alguns policiais civis, não da instituição, organizada por movimento sindicais, com forte componente político. Até aí, "nenhum problema". A lei permite que os policiais civis façam greves, manifestações, etc. O problema foi a FORMA: a disposição para conflito dos policiais civis, que foram para a manifestação uniformizados, com as viaturas oficiais e ARMADOS.

Ora, não cabe aqui entrar no mérito da justiça da causa. No entanto, a partir do momento que eles se utilizam de força, do aparato fornecedido pelo ESTADO para a segurança da POPULAÇÃO, eles perdem a razão.

Está se discutindo aqui e em outros lugares como se, do nada, PM e PC tivessem entrado em conflito por motivos quaisquer. Não foi isso que aconteceu. O conflito com a Polícia Militar aconteceu quando os civis FORÇARAM a passagem pelas barreiras montadas pela PM, que estava sob ordens do GOVERNO.

Isso tudo não me permite deixa de pensar o seguinte: na hipótese de só haver uma polícia e essa fosse protestar na porta do palácio de governo, ARMADA, o que protegeria um representante democraticamente eleito pelo povo do grupo que parece disposto a usar a força?

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Ter Out 21, 2008 8:36 pm
por PQD
TENDÊNCIAS/DEBATES

O fracasso da polícia é dos políticos

JOSÉ PADILHA e RODRIGO PIMENTEL

No fim, são os políticos os principais responsáveis pela repetição de tragédias como a do ônibus 174 e do seqüestro em Santo André



Não são apenas as ocorrências mal administradas, cheias de erros primários e ilegalidades que demonstram a necessidade de uma reforma da segurança pública no Brasil. Os dados indicam essa necessidade faz tempo. E os nossos políticos, apesar de conhecerem os dados, têm se mostrado incapazes de realizar tal reforma. São eles, no final das contas, os principais responsáveis pela repetição cotidiana de tragédias como a ocorrida no evento do ônibus 174 e do seqüestro em Santo André.

Em conversa informal com agentes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), descobrimos que eles estão desolados com o desfecho da ocorrência, que custou a vida de uma pessoa e feriu outra, e revoltados com os políticos, devido ao descaso que têm com a unidade, exposta ao ridículo com o fracasso da operação.

Afinal, se o Gate dispusesse do equipamento necessário para administrar uma ocorrência desse tipo, como uma microcâmera de fibra ótica, saberia que o seqüestrador tinha encostado um armário de TV e uma estante na porta de entrada do apartamento. Saberia que seqüestrador e reféns não estavam na sala, mas no quarto. Saberia que uma invasão pela porta da frente daria tempo para o seqüestrador atirar nas reféns. Mas o Gate não sabia de nada disso e perdeu preciosos segundos abrindo a porta.

Se o Gate dispusesse de escada com alcance para que um policial pudesse entrar no apartamento pela janela, poderia ter evitado a tragédia. Mas a escada do Gate, como atestam as filmagens, era curta demais.

Se os policiais do Gate fossem bem treinados, não teriam deixado que uma menina de 15 anos, libertada pelo seqüestrador, voltasse a ser prisioneira. Não teriam demonstrado tamanha incompetência e desconhecimento legal. Mas os policiais do Gate, como os do Bope e do resto do país, não recebem treinamento adequado.

Quando trabalhamos no documentário "Ônibus 174", sentimos a mesma revolta por parte dos policiais do Bope, que, em sua maioria, odeiam os políticos a quem servem.

André Batista, colaborador em "Tropa de Elite" e negociador do Bope na malfadada ocorrência, deu o seguinte depoimento para o documentário: "Naquele momento, a gente viu que faltava muita coisa. As coisas que a gente vivia pedindo, os equipamentos, os cursos, parece que, naquele momento, tudo desabou." Ouvimos, virtualmente, a mesma coisa do Gate.

Chegamos, assim, a uma conclusão absurda. Concluímos, parafraseando Nietzsche, que é preciso defender os nossos policiais dos nossos políticos! Afinal, quem são os nossos policiais? E o que o Estado, administrado pelos políticos eleitos, fornece a eles?

Tomemos como exemplo um policial carioca. É um sujeito mal remunerado, mal treinado, que trabalha em uma corporação corrompida por dentro. Isso é o que o Estado lhe dá. E o que pede em troca? Que mantenha a lei. Em outras palavras, que entre em conflito com os membros corrompidos da sua corporação e com os bandidos fortemente armados da cidade.

Ora, não é à toa que o capitão Nascimento, refletindo um sentimento comum entre os policiais do Bope, tenha dito que "quem quer ser policial no Rio de Janeiro têm que escolher. Ou se corrompe, ou se omite, ou vai pra guerra." Em São Paulo, não parece ser muito diferente.

Não esqueçamos, pois, o ano de 2003, quando o então secretário nacional de Segurança Pública, o sociólogo Luiz Eduardo Soares, estava prestes a conseguir a reforma que nossos policiais sérios tanto pedem.

Ele tinha participado da elaboração de um plano de segurança pública que previa um piso nacional decente para o salário dos policiais, a integração da formação e das plataformas de informação das polícias estaduais, o repasse de recursos federais para os Estados condicionado à reforma de gestão e ao controle externo e a desconstitucionalização da segurança pública, dando autonomia para que os Estados reformassem as polícias de acordo com as realidades locais.

Apresentou o plano ao governo federal com a assinatura de todos os governadores. E o que fez o governo? Desistiu. Nem sequer apresentou o plano ao Congresso. Não o reformulou, optou pela passividade. Segundo nos disse o sociólogo, por considerar que a reforma demoraria a dar resultado e que a opinião pública poderia responsabilizar o governo federal, e não os Estados, se eventuais tragédias ocorressem durante a implantação.

Evidentemente, não estamos culpando os atuais governos federal e estadual pelo desfecho do seqüestro em Santo André. Afinal, governos anteriores poderiam ter tentado reformar a segurança. O governo FHC, por exemplo, prometeu um plano nacional depois do ônibus 174.

Estamos culpando os verdadeiros responsáveis: os nossos políticos como um todo, que há muito tempo sabem que precisam reformar a segurança pública para salvar a vida de milhares de brasileiros e que há muito tempo fracassam ao não levar essa tarefa a cabo. Um fracasso ainda mais vergonhoso do que o dos policiais do Bope e do Gate.

JOSÉ PADILHA, cineasta, é diretor de "Ônibus 174", "Tropa de Elite" e "Garapa", entre outros filmes.

RODRIGO PIMENTEL, sociólogo, é ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) do Rio de Janeiro, um dos roteiristas de "Tropa de Elite" e co-produtor de "Ônibus 174".

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Ter Out 21, 2008 9:20 pm
por Pereira
Alguém vê com bons olhos uma unificação ?

Penso em classes bem definidas como agente,investigador e delegado.Quanto mais simples melhor.

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Qua Out 22, 2008 2:37 am
por Booz
Pereira, vejo o modelo distrital americano como um dos melhores, inclusive no que diz respeito a celeridade das investigações que, quando trazidas ao distrito, são imeditamente repassadas à procuradoria e, por bate-pronto, ao juiz de instrução.
Lá, há cargo de coronel ou comissário, os demais descem do capitão, chefe do distrito ou de grupo especial, tenentes chefes de de detetives, sargentos detetives e detetives. Também os tenentes podem chefiar uniformizados da ala ostensiva-patrulha.
A disciplina é menos calcada no regime militar mas com ordenação militarizada.
Talvez, a diferença é que a preocupação salarial não invada a tranqüilidade do servidor.

Guerra, grande guerra, vim da mesma instituição do AK-47, hoje inativo. Aliás, sou bem mais antigo, cevado no tempo que liberdade era só uma calça velha azul e desbotada. o AK é "meu garoto". Um grande tira por sinal. Não vou importuná-lo com meu início de carreira e como éramos tratados. Se hoje, ainda pode assustar quem nos vê na mídia e quem sabe a realidade que teima em subsistir, a diferença foi conquistada no grito. Isto, em um país que quer prezar a segurança dos seus cidadãos, nem seria cogitado. Grves de policiais ocorrem até na Scotland Yard (fazem-na na maior ordem) e squando é feita são tratados com respeito.
De modo algum balizo-me com a anarquia e a desordem, como também vejo limites ao desrespeito com que um governo, qualquer governo, trate seus funcionários.
Um errao nunca irá justificar o outro. Mas, 90% de responsabilidade pelos resultados infelizes daquele dia começam e tem fim na irresponsdabilidade e descaso do governo do estado de SP.

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Qua Out 22, 2008 10:04 am
por Franz Luiz
Olá amigos
Gostaria de colaborar com o debate.
Tenho amigos que estavam lá naquele dia triste.
Depois vou escrever o que me contaram. Como foi a cronologia do evento.
Olhar somente o embate, sem os antecedentes, impossibilita
a formação de um juízo correto dos fatos.
Um abraço

Franz Luiz

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Qua Out 22, 2008 10:48 am
por Guerra
jp escreveu: Grves de policiais ocorrem até na Scotland Yard (fazem-na na maior ordem) e squando é feita são tratados com respeito.
De modo algum balizo-me com a anarquia e a desordem, como também vejo limites ao desrespeito com que um governo, qualquer governo, trate seus funcionários.
Um errao nunca irá justificar o outro. Mas, 90% de responsabilidade pelos resultados infelizes daquele dia começam e tem fim na irresponsdabilidade e descaso do governo do estado de SP.
jp, eu não estou defendendo o governo estadual. O que aconteceu com os sgt da FAB a pouco tempo, foi consequencia da politica do FHC da epoca que era presidente. Nesse mesmo período do governo FHC, o clima das FAs tb estava fervendo. inclusive alguma coisa nas FAs foi conseguida no "grito" (coisa que ninguém sabe). Mas os excessos foram combatidos a luz o regulamento. Inclusive o caso dos Sgt da FAB. (e tem gente que ainda diz que falta profissionalismo nas FAs, e até nos chamam de corporativistas)

Eu posso estar errado, mas o que vejo atualmente é o governo manipulando politicamente as ações da policia, porque eles tem os comandos na mão. E grupos politicos manipulando os policiais. O resultado foi a guerra que a TV transmitiu.
A culpa de ter chegado a esse ponto, sim é do governo. Mas a opção foi do policiais.

Esse jogo politico esta sendo bom para a policia e para os policiais? Para a policia (como instituição) eu acho que a manipulação politica de suas ações não esta sendo bom. A prova foi a atuação desastrosa naquele caso do sequestro da menina. Para os policiais, se vocês (policiais) dizem que sim, quem sou eu para dizer o contrário, mas tem duas coisas que precisam ser ditas.
Primeiro: eu espero que a policia como instituição se preserve, e, apure, e puna de forma exemplar quem cometeu crimes. Segundo: que os policiais pensem duas vezes antes de dizer que o controle das policias é ultrapassado.

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Qui Out 23, 2008 3:06 am
por henriquejr
Na minha opinião a primeira medida que deveria ser mudada é dá mais independência à polícia em relação ao Executivo. Com essa medida afastaria muito da influencia política. Hoje as polícias estaduais são massa de manobra de forças políticas(do conselheiro comunitário de um bairro qualquer ao governador)!

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Qui Out 23, 2008 1:32 pm
por marcolima
SGT GUERRA escreveu:
Clermont escreveu: Interferência do Exército, através da Inspetoria das Polícias Militares, que pertencia ao Estado-Maior e, alguns anos atrás, foi transferida para o COTER. (salvo engano).
.
Interferencia do governo, atraves do miniterio da defesa.
Afinal, as PMs são "forças de reserva do Exército", e são os generais do Exército que fazem lobbie para manutenção do "status quo". Claro, com o apoio de muitos (talvez, uma maioria) dos oficiais superiores das PMs estaduais.
Eu acho que o termo correto é força auxiliar.

Pera ai, entre o soldado mais moderno do EB e o presidente da republica são mais 200 mil homens, quem faz o tal lobbie é uma meia-duzia.
Se a questão do controle federal sobre as policias esta travando a segurança publica, porque então as policias não fazem seu lobbie?
É muito dificl acreditar que no pais dos sindicatos, uma força sindicalizada tem mais força que uma força apolitica.

Na minha opinião esse negocio de jogar culpa da falencia da segurança publica para o controle federal é furada. A interfência dos governos (estaduais e federal no caso da PF) nos comandos das policias tem um efeito muito mais negativo. A prova disso esta nesses casos que temos assistido pela TV, que são verdadeiros espetaculos de circo.

Em primeiro lugar, 1932 ficou bem pra trás. Portanto, poderia perguntar, "algum governador, diante do caos da segurança pública, iria sobreviver as eleições, se gastasse dinheiro dos cofres estaduais com armas antitanque?"

E, além do "Caveirão", pra que um governador iria querer um T-90 russo? Talvez o Jânio Quadros ou o Enéas quisessem, mas eles já "subiram"...

Eu, como leigo, sempre achei um despautério a posse de metralhadoras leves ou médias por polícias. Mas, aqui, no Fórum DB, eu aprendi, com gente como Rodrigo, AK-T7, e Zero 4, que, algumas metralhadoras são necessárias - e eu digo, infelizmente - dada a oposição que as polícias enfrentam dos bandidos. Desde que tais armas estejam nas mãos de profissionais selecionados e tenham judiciosa utilização, para não arriscar as vidas de inocentes.

Em segundo lugar, pode ser razoável que algum estatuto, lei ou o nome que seja, seja disposto, em algum futuro hipotético, impondo algum limites. Afinal, embora, repetindo, os dias do "Pequeno Exército Paulista" já tenham ficado pra trás, sempre é bom criar algumas salvaguardas. Mas estas, devem se originar da lei, de comum acordo entre estados e governo federal. Jamais das conveniências institucionais do Exército brasileiro.

Resumindo, militares são militares e policiais são policiais. Os militares não devem se imiscuir, de forma alguma, na forma como as forças policiais se organizem. E não podem ter, de forma alguma, qualquer espécie de controle sobre tais forças
Clermont, você não esta sendo coerente. Você chama de atrasada a mentalidade de controle das policias e depois vem com essa:
Em segundo lugar, pode ser razoável que algum estatuto, lei ou o nome que seja, seja disposto, em algum futuro hipotético, impondo algum limites. Afinal, embora, repetindo, os dias do "Pequeno Exército Paulista" já tenham ficado pra trás, sempre é bom criar algumas salvaguardas. Mas estas, devem se originar da lei, de comum acordo entre estados e governo federal. Jamais das conveniências institucionais do Exército brasileiro.
Então o problema esta no EB. Já que seria criado estatutos flexiveis e com certeza algum orgão controlador liberal, talvez vinculado ao ministerio dos direitos humanos, para fazer o que o EB faz.
Ora, quem esta com a mentalidade atrasada é você. Porque do jeito que fala parece que o EB é o "dono" das policias.
Que isso cara, o EB não consegue defender nem causa própria. Isso já era. Atualmente existe meios de qualquer um defender seus interesses.

Se de fato existe um interesse do EB em manter as policias sobre controle, e se os interesses do EB e das policias são antagonicos, não me venham dizer que o EB oprime e impõe sua vontade, porque atualmente não existe espaço para isso.

Eu concordo com o que voce disse aqui:

Mas, aqui, no Fórum DB, eu aprendi, com gente como Rodrigo, AK-T7, e Zero 4, que, algumas metralhadoras são necessárias - e eu digo, infelizmente - dada a oposição que as polícias enfrentam dos bandidos. Desde que tais armas estejam nas mãos de profissionais selecionados e tenham judiciosa utilização, para não arriscar as vidas de inocentes.

Não só os 3, mas todos os policias do forum e a grande maioria que conheço pessoalmente tem o meu respeito, mas o episodio que deu origem ao topico só reforça o que penso a respeito do assunto.


Tem uma coisa que eu estava pensando tembém, e que fortalece a idéida de se ter uma polícia militar: em caso de guerra quem vai para o teatro de operações é o pessoal das FAs.
É de respossabilidade do EB também o espaço geográfico conhecido como Zona Interior.

Os elementos de apoio logistico das polícias militares ( sistema de saúde, transporte, armazenagem etc) é de respeitar. Falo principalmente pensando da PMMG que tem um hospital em Belo Horizonte com todo tipo de profissional da área de saúde, como cirurgiões de tórax, neurocirurgiões, dermatologistas, patologistas, clínicos das mais diversas áreas, psicólogos, fisioterapeutas, dentistas( no CODONT) etc. A PMMG tem um efetivo de uns 43000 militares, dá pra imaginar a estrutura logistica que isso implica, e melhor são militares regidos pelo mesmo código penal e subordinados constitucionalmente as FAs.

A meu ver o fato de serem militares da as FAs uma reserva estratégica considerável, e que se não apta a ser empregada de acordo com as táticas e técnicas de um Exército, poderiam ser empregadas em apoio logístico, apoio esse muitas vezes esquecido das pautas de discussões aqui do fórum, mas que sem ele guerra nenhuma pode ser ganha.

Só pra lembrar, na primeira guerra do golfo, os americanos colocaram 44 hospitais do Exército na Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bhahrain e Oman. Aí eu pergunto quem cuidou dos reformados, dependentes reservistas e ativos que ficaram nos EUA? Foi o próprio Exército a custa de convocação de reservistas e voluntários, mas nós não temos o dinheiro que eles tem.

[]s marco

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Qui Out 23, 2008 2:11 pm
por Wolfgang
O Exército está na espera para uma ação do tipo GLO se as coisas esquantarem e o Serra pedir.

Re: Policias Civil e Militar entram em conflito em São Paulo!

Enviado: Qui Out 23, 2008 3:01 pm
por PQD
Exército coloca homens em alerta



Temendo um novo confronto hoje entre as Polícias Civil e Militar, o governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Segurança Pública do Estado, procurou o Comando do Exército para pedir ajuda. O governo paulista quer evitar um novo confronto entre as corporações, que poderia tumultuar o ambiente político da capital a três dias das eleições municipais. O Exército colocou em estado de alerta seus homens para serem empregados hoje à tarde, se necessário.

A reunião dos policiais civis deve ser realizada em frente da Assembléia Legislativa de São Paulo, na zona sul da capital, que fica nas proximidades da sede do Comando Militar do Sudeste. Os soldados das Forças Armadas só entrarão em prontidão hoje.

Se for necessário empregar o Exército, a primeira tropa a se mobilizar para a ação será a do Batalhão da Polícia do Exército (PE), que tem cerca de 800 homens. Mas pode haver reforço de outras unidades, como a própria Brigada de Infantaria Motorizada de Campinas, localizada a apenas 100 quilômetros de São Paulo e que é especializada na Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Para que o Exército seja empregado, no entanto, é preciso que haja um pedido expresso do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), atestando sua incapacidade de garantir a lei e a ordem.

Apesar do desgaste político de assinar tal pedido, o governador estaria disposto a arcar com esse tipo de recurso para não ter de ver a cidade se transformar em um palco de um segundo conflito entre polícias em menos de um mês.

Como o ministro Nelson Jobim (da Defesa) e José Serra se conhecem desde os tempos da constituinte (1987) e têm boa interlocução administrativa eles podem resolver qualquer questão burocrática de forma rápida.