Re: IAE testa motor de propulsão líquida
Enviado: Seg Out 20, 2008 10:22 pm
Algum vídeo?
Leandro,LeandroGCard escreveu:Olá Brisa,brisa escreveu:Sei nao Leandro......teve uma platéia de notaveis assistindo este teste....se fosse assim nao teria dado tanto ibope
Primeiro, considerando o andamento que as autoridades (os tais notáveis) tem dado ao programa espacial brasileiro, tenho sérias desconfianças de que eles não sabem a diferença entre um buscapé e o Saturno V, então o que quer que peque fogo para eles está muito bom, desde que seja no Brasil (até foguete ucraniano).
Além disso, se este é realmente o primeiro motor de combustível líquido a ser disparado no país o evento é memorável de qualquer forma por uma questão histórica, mesmo sendo tecnicamente pouco relevante. Um monte de autoridades recebeu o Marcos Fontes quando ele voltou de sua missão ao espaço, pelo simples fato que que era o primeiro brasileiro a ir até lá, mesmo que ele tenha ido praticamente como turista.
Eu até acho que o governo atual dá muito mais importância ao programa espacial que os anteriores que tivemos desde o fim do regime militar, e o oba-oba que fazem em qualquer ocasião como esta se insere no contexto de prestigiar as atividades nesta área. O problema é que ninguém até agora, nem na equipe técnica envolvida com o programa nem no governo conseguiu definir objetivos claros de médio-longo prazo para o programa espacial, e é por isso que ele não anda. E neste contexto o teste deste pequeno motor acadêmico pouco acrescenta ao quadro, estudos deste tipo (embora apenas teóricos) já são feitos há muito mais tempo que o público em geral imagina, e nem por isso apareceu nenhuma novidade relevante no melancólico programa espacial brasileiro.
Eu pessoalmente tenho uma idéia bem clara do que gostaria que estivesse acontecendo em nosso programa espacial, mas não vejo nada sequer parecido ser nem mesmo comentado pelos envolvidos com ele.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Mandar o quê pra cima?Skyway escreveu:Uou!!
Agora é só instalar e mandar pra cima! hehehehehehe
Muito bom!
Isso, então vamos ficar travados no campo aeroespacial para não queimar o rico dinheiro dos impostos...vamos deixar de fazer nossos foguetes pra pagar a outros países MUITO mais do nosso rico dinheirinho dos impostos para lançar nossos satélites. Vamos deixar de ganhar dinheiro com outros países que queiram lançar coisas daqui e evoluir nosso país e quem sabe no futuro pagarmos menos impostos em alguns segmentos com satélites nacionais mais baratos e lançados do nosso país por um foguete nosso.Carioca escreveu:Mandar o quê pra cima?Skyway escreveu:Uou!!
Agora é só instalar e mandar pra cima! hehehehehehe
Muito bom!
Essa pedra amorfa?
Tá brincando! há 40 anos atrás já se testou coisa melhor no Brasil. Isso é brincadeira. Queimando o montão de imposto que pago.
OK Valdemort, vamos começar pelo segundo assunto, que vou tentar simplificar ao máximo. No próximo post falarei do que imagino deveria ser feito.Valdemort escreveu:"Eu pessoalmente tenho uma idéia bem clara do que gostaria que estivesse acontecendo em nosso programa espacial, mas não vejo nada sequer parecido ser nem mesmo comentado pelos envolvidos com ele".
Caro Leandro
Porque vc não espoe essas ideias aqui ?
Vc poderia me esplicar qual a vantagem do combustível liquido comparado ao sólido ?
Abcs .
Vamos agora ao primeiro ponto, o que eu pessoalmente acho que devemos fazer com o programa espacial brasileiro.Valdemort escreveu:"Eu pessoalmente tenho uma idéia bem clara do que gostaria que estivesse acontecendo em nosso programa espacial, mas não vejo nada sequer parecido ser nem mesmo comentado pelos envolvidos com ele".
Caro Leandro
Porque vc não espoe essas ideias aqui ?
Vc poderia me esplicar qual a vantagem do combustível liquido comparado ao sólido ?
Abcs .
Eu tambem acho que devemos investir e que não devemos usar foguetes de outros paises. O que eu reclamo é de jogarem dinheiro fora com algo que já se fez no Brasil há 40 anos. Parece que a questão é pior do que se possa supor: Falta Gerenciamento de Projetos. Tudo indica que deixam a pesquisa na mão de pesquisadores, de cientistas que só olham seu proprio umbigo. Ficam re-experimentando coisas que já foram experimentadas no passado. Das duas uma: Ou fazem pesquisa por fazer, numa loucura de pesquisa pura que não se aplica às instituições envolvidas (ou que não se deveria aplicar), ou não possuem bancos de dados.Skyway escreveu: Isso, então vamos ficar travados no campo aeroespacial para não queimar o rico dinheiro dos impostos...vamos deixar de fazer nossos foguetes pra pagar a outros países MUITO mais do nosso rico dinheirinho dos impostos para lançar nossos satélites. Vamos deixar de ganhar dinheiro com outros países que queiram lançar coisas daqui e evoluir nosso país e quem sabe no futuro pagarmos menos impostos em alguns segmentos com satélites nacionais mais baratos e lançados do nosso país por um foguete nosso.
Coé né, parabens sim e sucesso aos engenheiros nos próximos testes e no projeto completo do novo VLS, feito com ajuda de quem entende. Coisa melhor, moderna e com diretrizes tão atuais nunca se testou nesse país na verdade...
Um abraço...
É isso aí Leandro. O que falta é meta e gerenciamento de projeto. O dinheiro está entregue na mão de acadêmicos que ficam se masturbando ao redor de seus focos de interesse. A cada vez que fazem experiências com foguetinhos, lembro-me do projeto Manhattan. Colocaram um gerente de projetos e pimba! os cientistas passaram a ter que cumprir metas claras, resultados em prazos definidos. E o Enola decolou no ETD....LeandroGCard escreveu: Vamos agora ao primeiro ponto, o que eu pessoalmente acho que devemos fazer com o programa espacial brasileiro.
Antes de mais nada, acredito que deve-se pensar em porquê afinal o Brasil deve ter um programa de desenvolvimento de foguetes. O simples fato de ele já existir um há muito tempo não é justificativa, o programa precisa ter uma razão para continuar que possa ser apresentada às autoridades a ao público em geral. O simples fato de que já existe e ninguém tem coragem de encerrá-lo não é justificativa suficiente para manter os gastos com ele.
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Na minha opinião não devemos inventar a roda, as justificativas principais para a manutenção de um programa de desenvolvimento de foguetes devem ser as mesmas que foram adotadas por todas as outras nações que assim o fizeram: Desenvolver a capacidade militar do país e mostrar sua competência técnica, provando sua relevância perante as demais nações do planeta. Pois se não queremos mais ser confundidos com uma Bolívia ou considerados apenas tão importantes quanto uma África do Sul ou uma Argélia, precisamos mostrar ao mundo que a nação brasileira é capaz de realizações que estas nações não conseguem. E uma das mais convincentes demonstrações neste sentido é a capacidade de desenvolver e lançar satélites utilizando seus próprios foguetes.
No aspecto militar, foguetes realmente grandes são apenas necessários se a intenção for montar uma força de dissuasão nuclear, o que hoje é proibido pela nossa constituição e por tratados internacionais. Mas a situação do mundo está mudando rapidamente, e não temos como saber qual será a situação futura.
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Para isso precisamos ter a tecnologia e a infra-estrutura para a construção de mísseis modernos de grande alcance o que, aliás, foi o objetivo inicial do programa espacial brasileiro, e que deveria ser retomado já que seu abandono não resultou na facilitação do acesso à tecnologia como se imaginava.
Temos também que considerar que um grande investimento (e sacrifício) já foi feito para adquirirmos um certo domínio da tecnologia de foguetes de grande porte, e este investimento pode e deve ser aproveitado nos futuros desenvolvimentos.
Levando tudo isso em consideração, os passos que e eu visualizo para o programa de foguetes são os seguintes:
1- Lançar o mais rapidamente possível uma carga em órbita, com um foguete totalmente nacional: É fundamental mostrar para as autoridades e o público em geral que o Brasil pode fazer isso, para angariar apoio às atividades espaciais nacionais.
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E já que as verbas são pequenas (e diminuirão ainda mais com a crise econômica) deve-se focar no caminho mais barato e rápido: Terminar o desenvolvimento do VLM, e prepará-lo para lançamento a partir de uma base simplificada que possa ser construída rapidamente, se possível a base do Sonda IV no CLBI, devidamente reformada se necessário.
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2- Iniciar o desenvolvimento de um motor de combustível sólido maior, com um diâmetro de 1,7 ou 1,8m, aproveitando o que fosse possível da tecnologia e da infra-estrutura já existentes para o VLS (a capacidade de projeto, a usina de produção de combustível, etc...). ...............................
Para o desenvolvimento deste motor algumas tecnologias provavelmente precisariam ser desenvolvidas, ..............................
3- Acelerar o domínio da tecnologia de propulsores de combustível líquido, através inicialmente da aquisição de um projeto pronto, de preferência que utilizasse oxigênio líquido e querosene como combustível.
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se os engenheiros forem espertos fariam um projeto modular como o previsto para o finado programa “Cruzeiro do Sul”. Isto nos daria a completa independência no que tange aos lançamentos espaciais, além de permitir a disputa do mercado de lançamentos comerciais.
Esta, de forma bem resumida, é a minha visão. Mas parece que é só minha e não espero ver nada disso sendo feito no Brasil nem agora e nem nunca, infelizmente.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Me desculpe mas não concordo. O novo motor do VLS não teve nada melhor testado a mais de 40 anos... É um motor redesenhado para atender a normas de segurança mais rígidas impostas após a tragédia ocorrida na base. Normas e modificações essas que forma criadas com ajuda de fora de quem tem muito mais experiência nesse ramo de fabrico e operação de foguetes.Carioca escreveu:Eu tambem acho que devemos investir e que não devemos usar foguetes de outros paises. O que eu reclamo é de jogarem dinheiro fora com algo que já se fez no Brasil há 40 anos. Parece que a questão é pior do que se possa supor: Falta Gerenciamento de Projetos. Tudo indica que deixam a pesquisa na mão de pesquisadores, de cientistas que só olham seu proprio umbigo. Ficam re-experimentando coisas que já foram experimentadas no passado. Das duas uma: Ou fazem pesquisa por fazer, numa loucura de pesquisa pura que não se aplica às instituições envolvidas (ou que não se deveria aplicar), ou não possuem bancos de dados.Skyway escreveu: Isso, então vamos ficar travados no campo aeroespacial para não queimar o rico dinheiro dos impostos...vamos deixar de fazer nossos foguetes pra pagar a outros países MUITO mais do nosso rico dinheirinho dos impostos para lançar nossos satélites. Vamos deixar de ganhar dinheiro com outros países que queiram lançar coisas daqui e evoluir nosso país e quem sabe no futuro pagarmos menos impostos em alguns segmentos com satélites nacionais mais baratos e lançados do nosso país por um foguete nosso.
Coé né, parabens sim e sucesso aos engenheiros nos próximos testes e no projeto completo do novo VLS, feito com ajuda de quem entende. Coisa melhor, moderna e com diretrizes tão atuais nunca se testou nesse país na verdade...
Um abraço...
Voce me desculpe se não fui mais claro antes.
É mais ou menos o caso da explosão do VLS, incúria administrativa. Procedimento de risco, que as doutrinas dos principais paises determina que não pode haver mais de 3 pessoas na torre, e deixam mais de 20 cérebros lá dentro...imagino que cuidando da fiação solta!