REVANCHISTAS
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Re: REVANCHISTAS
Freire critica idéia de "desanistia"
06 de agosto de 2008
Para presidente do PPS, reformulação de lei é 'equívoco' e governo precisa ter 'coragem de abrir os arquivos'
Por Rui Nogueira, BRASÍLIA (*)
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, considera "um grande equívoco" a reformulação da Lei de Anistia proposta pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Na opinião dele, o governo está sendo "omisso" porque, em vez de propor uma "desanistia", deveria ter "a coragem de abrir os arquivos para saber onde estão os desaparecidos".
Avalia, também, que Tarso precisa "tomar cuidado ao falar sobre questões de direitos humanos, porque ele foi o responsável pela deportação dos dois boxeadores cubanos". O ex-senador refere-se aos atletas Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que abandonaram a delegação de Cuba nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho de 2007, mas foram presos pela polícia brasileira e devolvidos à ditadura de Fidel Castro.
Na quinta-feira, ao abrir audiência no Ministério da Justiça intitulada Limites e Possibilidades para Responsabilização Jurídica dos Agentes Violadores de Direitos Humanos durante o Estado de Exceção no Brasil, Tarso defendeu a punição para agentes do Estado que praticaram tortura durante o regime militar. Na avaliação do ministro, tortura e violações de direitos humanos são crimes comuns, e não políticos, e por isso quem os praticou não poderia se beneficiar da anistia.
"A partir do momento em que o agente do Estado pega o prisioneiro e o tortura num porão, ele sai da legalidade do próprio regime militar e se torna um criminoso comum. Não foi um ato político. Ele violou a ordem jurídica da própria ditadura e tem de ser responsabilizado", argumentou ele, durante o evento.
Essa posição provocou reações no meio militar e recebeu contestação pública do ministro da Defesa, Nelson Jobim, para quem este é um assunto que não cabe ao Executivo discutir, mas ao Judiciário interpretar.
Para Freire, a Lei de Anistia beneficiou tanto militantes de movimentos contra a ditadura militar - inclusive os que optaram pela luta armada - quanto agentes do Estado brasileiro que cometeram "crimes hediondos, como a tortura". O presidente do PPS, que integrou a comissão de deputados e senadores que elaborou a lei de 1979 e também foi constituinte em 1988, diz que não cabe, agora, "promover uma nova alternativa jurídica em torno da Lei de Anistia por causa daqueles que estavam do lado do governo e praticaram atos ilegais, mas que no momento da definição do processo de anistia foram anistiados".
Freire diz que a um governo democrático se impõem duas tarefas: a reparação pela Justiça de "todos aqueles que foram torturados, que sofreram na mão do Estado a prática do crime da tortura, e a abertura dos arquivos do período da ditadura militar, no que o atual governo tem sido omisso". Ele pondera, ainda, que os arquivos não devem ser abertos por revanchismo. "Mas para que tenhamos conhecimento da nossa história, saber onde estão nossos desaparecidos", argumenta.
O ex-senador afirma que uma revisão da lei agora acaba por gerar exacerbação dos militares, como já está ocorrendo, e ressuscitar no País um clima de confronto. "A justiça pode ser feita sem a revisão da lei. Pelo Judiciário, ou seja, aqueles que sofreram abusos e arbitrariedades por parte dos torturadores devem cobrar na Justiça as indenizações a que têm direito."
"MAL INTERPRETADO"
Tarso não quis se manifestar ontem sobre a Lei de Anistia e o debate que ele provocou. Disse que "foi mal interpretado" e não quer rever a lei, mas apenas deixar claro que "a tortura não pode ser vista como um crime político". O Estado apurou que a idéia do seminário não passou pelo crivo de Lula.
06 de agosto de 2008
Para presidente do PPS, reformulação de lei é 'equívoco' e governo precisa ter 'coragem de abrir os arquivos'
Por Rui Nogueira, BRASÍLIA (*)
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, considera "um grande equívoco" a reformulação da Lei de Anistia proposta pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Na opinião dele, o governo está sendo "omisso" porque, em vez de propor uma "desanistia", deveria ter "a coragem de abrir os arquivos para saber onde estão os desaparecidos".
Avalia, também, que Tarso precisa "tomar cuidado ao falar sobre questões de direitos humanos, porque ele foi o responsável pela deportação dos dois boxeadores cubanos". O ex-senador refere-se aos atletas Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que abandonaram a delegação de Cuba nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho de 2007, mas foram presos pela polícia brasileira e devolvidos à ditadura de Fidel Castro.
Na quinta-feira, ao abrir audiência no Ministério da Justiça intitulada Limites e Possibilidades para Responsabilização Jurídica dos Agentes Violadores de Direitos Humanos durante o Estado de Exceção no Brasil, Tarso defendeu a punição para agentes do Estado que praticaram tortura durante o regime militar. Na avaliação do ministro, tortura e violações de direitos humanos são crimes comuns, e não políticos, e por isso quem os praticou não poderia se beneficiar da anistia.
"A partir do momento em que o agente do Estado pega o prisioneiro e o tortura num porão, ele sai da legalidade do próprio regime militar e se torna um criminoso comum. Não foi um ato político. Ele violou a ordem jurídica da própria ditadura e tem de ser responsabilizado", argumentou ele, durante o evento.
Essa posição provocou reações no meio militar e recebeu contestação pública do ministro da Defesa, Nelson Jobim, para quem este é um assunto que não cabe ao Executivo discutir, mas ao Judiciário interpretar.
Para Freire, a Lei de Anistia beneficiou tanto militantes de movimentos contra a ditadura militar - inclusive os que optaram pela luta armada - quanto agentes do Estado brasileiro que cometeram "crimes hediondos, como a tortura". O presidente do PPS, que integrou a comissão de deputados e senadores que elaborou a lei de 1979 e também foi constituinte em 1988, diz que não cabe, agora, "promover uma nova alternativa jurídica em torno da Lei de Anistia por causa daqueles que estavam do lado do governo e praticaram atos ilegais, mas que no momento da definição do processo de anistia foram anistiados".
Freire diz que a um governo democrático se impõem duas tarefas: a reparação pela Justiça de "todos aqueles que foram torturados, que sofreram na mão do Estado a prática do crime da tortura, e a abertura dos arquivos do período da ditadura militar, no que o atual governo tem sido omisso". Ele pondera, ainda, que os arquivos não devem ser abertos por revanchismo. "Mas para que tenhamos conhecimento da nossa história, saber onde estão nossos desaparecidos", argumenta.
O ex-senador afirma que uma revisão da lei agora acaba por gerar exacerbação dos militares, como já está ocorrendo, e ressuscitar no País um clima de confronto. "A justiça pode ser feita sem a revisão da lei. Pelo Judiciário, ou seja, aqueles que sofreram abusos e arbitrariedades por parte dos torturadores devem cobrar na Justiça as indenizações a que têm direito."
"MAL INTERPRETADO"
Tarso não quis se manifestar ontem sobre a Lei de Anistia e o debate que ele provocou. Disse que "foi mal interpretado" e não quer rever a lei, mas apenas deixar claro que "a tortura não pode ser vista como um crime político". O Estado apurou que a idéia do seminário não passou pelo crivo de Lula.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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Re: REVANCHISTAS
Golpe já saiu de moda. Na republica sindicalista braileira, onde até a associação dos mestres nivel 4 de ginkata coloca o governo em xeque, não é nem o caso falar em golpe para participar das decisões do pais.Arthur escreveu: Achei que voce tinha feito referencia ironica a um novo golpe. Devo ter te entendido errado.
Existem pelo Brasil varias associações, fundações, clubes etc relacionados com militares. O que falta é alguém arrebanhar esse pessoal.
Os rumores é que existem trabalhos nesse sentido. É esperar para ver o que dá.
É bom lembrar que tudo isso é fora dos quarteis.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- Guerra
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Re: REVANCHISTAS
Todo pais tem o CHAVEZ que merece.PQD escreveu: Tarso não quis se manifestar ontem sobre a Lei de Anistia e o debate que ele provocou. Disse que "foi mal interpretado" e não quer rever a lei, mas apenas deixar claro que "a tortura não pode ser vista como um crime político". O Estado apurou que a idéia do seminário não passou pelo crivo de Lula.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Re: REVANCHISTAS
Vieram me procurar, eu pulei, falei pra trocarem idéia com o Wilton.SGT GUERRA escreveu:Golpe já saiu de moda. Na republica sindicalista braileira, onde até a associação dos mestres nivel 4 de ginkata coloca o governo em xeque, não é nem o caso falar em golpe para participar das decisões do pais.Arthur escreveu: Achei que voce tinha feito referencia ironica a um novo golpe. Devo ter te entendido errado.
Existem pelo Brasil varias associações, fundações, clubes etc relacionados com militares. O que falta é alguém arrebanhar esse pessoal.
Os rumores é que existem trabalhos nesse sentido. É esperar para ver o que dá.
É bom lembrar que tudo isso é fora dos quarteis.
O pior de tudo é o conformismo!
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Re: REVANCHISTAS
Existe mesmo, não viu a reportagem da Globo sobre uma escola para formar atletas na China, onde as crianças são separadas das famílias e obrigadas a se exercitarem por profissão. Agora vá olhar os bastidores disso e veja se não há lá um SINO-PAPAI NOEL com um presentinho bem bom para cada uma delas.Arthur escreveu:Comiam mesmo... Uma pergunta: Papai Noel existe, né?jauro escreveu: IMPRESSÃO?
Não meu caro, eu vivi essa época, era a pura realidade naquela época os caras (comunistas) comiam criancinhas mesmo.
Se hoje é assim, como seria em 1964?
Por isso digo, quem viveu viu, não inventa e não imagina.
jauro escreveu:Só rindo mesmo, pois até os canalhas dos terroristas têm uma nova fase.Nova fase dos militares na sociedade brasileira? Faz-me rir...
Engano, não perdi, primeiro porque não é um jogo. Segundo, vou relevar, porque estou aqui para trocar idéias (no caso sobre terroristas brasileiros, safados como esses das FARC, alcaída,..... e outros) e não para competir ou agredir companheiros do DB. Até agora não lhe dirigi nenhuma ofensa, não lhe convidei para jogar coisa alguma e estou num Fórum e não em um "Chat".Apelou, perdeu...
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: REVANCHISTAS
Era só abrir os arquivos. Não precisa mudar a lei de anistia. Mas e aí reside o cagarço do tarso. E se meu nome tivé lá e o do genoíno e o do tião gavião e o da dilma (Com certeza) e o do franklin e o do vanuchi....... e por aí vai.
Pu#a Mer#a vamo se rebostiá tudo de novo!!!
Pu#a Mer#a vamo se rebostiá tudo de novo!!!
...aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota;
aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas...
SUNTZU
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- Edu Lopes
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Re: REVANCHISTAS
Militares chamam discussão de Tarso sobre Lei da Anistia de desserviço ao país
ANDRÉ ZAHAR
colaboração para a Folha Online, no Rio
O presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Figueiredo, classificou de "desserviço" ao país a discussão iniciada pelo ministro Tarso Genro (Justiça) sobre a revisão da Lei da Anistia. Na avaliação do militar, as declarações de Tarso repercutiram mal. O ministro minimizou as críticas do militar.
"[A discussão sobre a revisão da Lei da Anistia] Foi um desserviço para o país e para o próprio governo. Repercutiu mal, como um ato de revanchismo do ministro [Tarso]. Não vejo o governo Lula [do presidente Luiz Inácio Lula da Silva] envolvido nisso. O ministro Nelson Jobim [Defesa] se manifestou em sentido contrário", disse Figueiredo antes de iniciar um debate no Clube Militar para discutir a Lei de Anistia.
A discussão sobre a revisão da Lei da Anistia veio à tona depois que Tarso e o ministro Paulo Vanucchi (Direitos Humanos) defenderam punições a torturadores sob a interpretação que estes teriam praticado crimes comuns no período da ditadura militar --como estupros, homicídios e outros tipos de violência física e psicológica, incluindo a própria tortura.
Para o general, o país tem que "consolidar" a democracia e não "ficar de picuinha", "olhando pra trás". "Vivemos num país grande que se apequena com essas discussões", afirmou.
Antes de iniciar o debate, os militares leram uma mensagem assinada pelos presidentes dos clubes Naval, Militar e da Aeronáutica para cerca de 600 pessoas que estavam na platéia.
No documento, os militares sugerem que Tarso e Vanucchi deveriam discutir os escândalos que incluem integrantes da "cúpula governamental", inclusive a suspeita de envolvimento "de alguns deles" com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Se houvesse mesmo interesse em debater problemas nacionais, os dois ministros [Tarso e Vanucchi] deveriam optar por algo mais atual e que incomoda em maior intensidade: os inúmeros escândalos protagonizados por figuras da cúpula governamental ou, ainda mais recente, a gravíssima suspeita de envolvimento de alguns deles com as Farc", diz o manifesto dos militares.
Enquanto os militares discutiam a Leia da Anistia no Clube Militar do Rio, integrantes do grupo "Tortura Nunca Mais" e da UNE (União Nacional dos Estudantes) protestavam do lado de fora.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 0895.shtml
ANDRÉ ZAHAR
colaboração para a Folha Online, no Rio
O presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Figueiredo, classificou de "desserviço" ao país a discussão iniciada pelo ministro Tarso Genro (Justiça) sobre a revisão da Lei da Anistia. Na avaliação do militar, as declarações de Tarso repercutiram mal. O ministro minimizou as críticas do militar.
"[A discussão sobre a revisão da Lei da Anistia] Foi um desserviço para o país e para o próprio governo. Repercutiu mal, como um ato de revanchismo do ministro [Tarso]. Não vejo o governo Lula [do presidente Luiz Inácio Lula da Silva] envolvido nisso. O ministro Nelson Jobim [Defesa] se manifestou em sentido contrário", disse Figueiredo antes de iniciar um debate no Clube Militar para discutir a Lei de Anistia.
A discussão sobre a revisão da Lei da Anistia veio à tona depois que Tarso e o ministro Paulo Vanucchi (Direitos Humanos) defenderam punições a torturadores sob a interpretação que estes teriam praticado crimes comuns no período da ditadura militar --como estupros, homicídios e outros tipos de violência física e psicológica, incluindo a própria tortura.
Para o general, o país tem que "consolidar" a democracia e não "ficar de picuinha", "olhando pra trás". "Vivemos num país grande que se apequena com essas discussões", afirmou.
Antes de iniciar o debate, os militares leram uma mensagem assinada pelos presidentes dos clubes Naval, Militar e da Aeronáutica para cerca de 600 pessoas que estavam na platéia.
No documento, os militares sugerem que Tarso e Vanucchi deveriam discutir os escândalos que incluem integrantes da "cúpula governamental", inclusive a suspeita de envolvimento "de alguns deles" com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Se houvesse mesmo interesse em debater problemas nacionais, os dois ministros [Tarso e Vanucchi] deveriam optar por algo mais atual e que incomoda em maior intensidade: os inúmeros escândalos protagonizados por figuras da cúpula governamental ou, ainda mais recente, a gravíssima suspeita de envolvimento de alguns deles com as Farc", diz o manifesto dos militares.
Enquanto os militares discutiam a Leia da Anistia no Clube Militar do Rio, integrantes do grupo "Tortura Nunca Mais" e da UNE (União Nacional dos Estudantes) protestavam do lado de fora.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 0895.shtml
- Edu Lopes
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Re: REVANCHISTAS
Militares desistem de divulgar nomes do governo ligados à luta armada
ANDRÉ ZAHAR
colaboração para a Folha Online, no Rio
Os militares desistiram de divulgar uma relação de mandatários do governo federal que tiveram ligação com a luta armada no regime militar, conforme havia sido anunciado à imprensa.
"Não pretendo, por fidelidade ao espírito da Lei de Anistia, citar os nomes dos terroristas que ensangüentaram o nosso país. Todos sabem quem são, muitos ocupando cargos importantes na República, no gozo da anistia de que foram beneficiados", disse o general da reserva Sérgio de Avelar Coutinho, no debate do Clube Militar, no centro do Rio, sobre a revisão da Lei de Anistia.
"Estas pessoas se uniram a organizações terroristas. Não foi nada romântico, foi uma luta para implantar a ditadura do proletariado e posteriormente o socialismo científico", prosseguiu o general, que reclamou da "satanização das Forças Armadas".
O evento teve na platéia o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o coronel Brilhante Ulstra, acusado de comandar a tortura no DOI-Codi, na ditadura, e alvo de uma ação do Ministério Público. Desconfortável com o assédio de repórteres e fotógrafos durante o evento, Ulstra se limitou a repetir diversas vezes: "Não tenho nada a declarar".
O ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Waldemar Zveiter disse que os torturadores do regime militar não podem ser processados porque o crime de tortura só foi tipificado em 1997, portanto depois da Lei da Anistia, de 1979.
Zveiter criticou a suposta interpretação "equivocada" dos ministros Tarso Genro e Paulo Vanucchi. "Será que desaprenderam o português? Prefiro acreditar nisso do que achar que estão agindo de má-fé", provocou. "O que se pretende é uma imoralidade. Estamos em ano eleitoral, eles estão jogando para a platéia", emendou.
O ex-ministro do STJ também levou a discussão para a esfera política. "Eles são os golpistas de hoje. Tiveram o segundo mandato e agora querem o terceiro. Não vão levar. Não tivemos a sabedoria da Polônia de eleger o metalúrgico uma vez apenas, mas no final do mandato [o presidente Lula] vai sair. Ele e sua turma", assinalou.
O advogado Antonio José Ribas Paiva foi mais enfático e chegou a defender um golpe militar contra supostos agentes transnacionais que controlam o poder no país. "Não é através de poderes político-partidários que vamos resolver isso. Compete a nós restabelecer as instituições e criar um grupo monolítico de poder que garanta a soberania nacional."
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 0914.shtml
ANDRÉ ZAHAR
colaboração para a Folha Online, no Rio
Os militares desistiram de divulgar uma relação de mandatários do governo federal que tiveram ligação com a luta armada no regime militar, conforme havia sido anunciado à imprensa.
"Não pretendo, por fidelidade ao espírito da Lei de Anistia, citar os nomes dos terroristas que ensangüentaram o nosso país. Todos sabem quem são, muitos ocupando cargos importantes na República, no gozo da anistia de que foram beneficiados", disse o general da reserva Sérgio de Avelar Coutinho, no debate do Clube Militar, no centro do Rio, sobre a revisão da Lei de Anistia.
"Estas pessoas se uniram a organizações terroristas. Não foi nada romântico, foi uma luta para implantar a ditadura do proletariado e posteriormente o socialismo científico", prosseguiu o general, que reclamou da "satanização das Forças Armadas".
O evento teve na platéia o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o coronel Brilhante Ulstra, acusado de comandar a tortura no DOI-Codi, na ditadura, e alvo de uma ação do Ministério Público. Desconfortável com o assédio de repórteres e fotógrafos durante o evento, Ulstra se limitou a repetir diversas vezes: "Não tenho nada a declarar".
O ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Waldemar Zveiter disse que os torturadores do regime militar não podem ser processados porque o crime de tortura só foi tipificado em 1997, portanto depois da Lei da Anistia, de 1979.
Zveiter criticou a suposta interpretação "equivocada" dos ministros Tarso Genro e Paulo Vanucchi. "Será que desaprenderam o português? Prefiro acreditar nisso do que achar que estão agindo de má-fé", provocou. "O que se pretende é uma imoralidade. Estamos em ano eleitoral, eles estão jogando para a platéia", emendou.
O ex-ministro do STJ também levou a discussão para a esfera política. "Eles são os golpistas de hoje. Tiveram o segundo mandato e agora querem o terceiro. Não vão levar. Não tivemos a sabedoria da Polônia de eleger o metalúrgico uma vez apenas, mas no final do mandato [o presidente Lula] vai sair. Ele e sua turma", assinalou.
O advogado Antonio José Ribas Paiva foi mais enfático e chegou a defender um golpe militar contra supostos agentes transnacionais que controlam o poder no país. "Não é através de poderes político-partidários que vamos resolver isso. Compete a nós restabelecer as instituições e criar um grupo monolítico de poder que garanta a soberania nacional."
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 0914.shtml
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Re: REVANCHISTAS
Na presença do comandante do Leste, militares fazem ato contra Tarso
Evento no Clube Militar reage à possibilidade de mudança na Lei da Anistia para punir torturadores
Adriana Chiarini e Clarissa Thomé, RIO
Militares da reserva e da ativa, entre eles o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, transformaram ontem o seminário A Lei da Anistia - Alcance e Conseqüências, no Clube Militar, em ato público contra a possibilidade de punição para torturadores de presos na ditadura militar. A idéia, defendida pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, tem causado reação de ex-integrantes do regime militar e mesmo dentro das Forças Armadas.
Todos os militares estavam à paisana. O presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, negou ter recebido pressões do governo para esvaziar o evento. "A maioria está à paisana porque é da reserva", disse. O general Cesário, que também não usava uniforme, recusou-se a dar entrevista. "Quem fala em nome do Exército é o comandante do Exército. Eu vim como pessoa física", afirmou.
O tom do encontro foi dado por Figueiredo: a esquerda tem mais a perder se a Lei de Anistia for questionada. "Os crimes que eles praticaram estão todos registrados. E as torturas não estão. Ninguém escreveu: hoje torturei fulano e sicrano. Já os processos contra os guerrilheiros estão registrados nos tribunais."
Ao contrário do que tinha sido divulgado, não houve apresentação de fotografias e perfis de ministros e integrantes do governo que participaram da luta armada. O general Sérgio Coutinho, o primeiro debatedor da tarde e um dos diretores do Clube Militar, disse que não citaria "os nomes dos terroristas que ensangüentaram o País". "Nesse auditório, muitos sabem que estão ocupando cargos importantes, no gozo da anistia da qual foram beneficiados", alfinetou.
Mas citou episódios como o roubo do cofre do governador paulista Adhemar de Barros, que teria rendido US$ 2,5 milhões à guerrilha. Também lembrou o caso em que "uma deputada federal finge que reconhece o adido da embaixada brasileira no Uruguai como o homem que a torturou". O general Coutinho referia-se ao episódio em que a atriz e então deputada federal Bete Mendes reencontrou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-integrante do DOI-Codi em São Paulo que responde a ação civil pública por tortura. Ele também se recusou a dar entrevista.
O advogado Antônio José Ribas Paiva, apresentado como consultor jurídico da União Democrática Ruralista (UDR), afirmou que eleições, isoladamente, não garantem a democracia. "Vivemos sob a ditadura do crime organizado", declarou. Paiva também afirmou que as verbas que abastecem o caixa 2 de campanhas políticas vêm do tráfico de drogas e da prostituição infantil.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Waldemar Zveiter foi bem mais comedido. Lembrou que o crime de tortura foi tipificado somente em 1997, portanto não poderia ter sido citado na Lei de Anistia, que é de 1979. "O povo brasileiro decidiu se autoperdoar e não se pode fazer distinção entre o povo brasileiro civil e o povo brasileiro fardado."
Do lado de fora do Clube Militar, estudantes e membros do grupo Tortura Nunca Mais de Goiás fizeram uma manifestação.
CRÍTICA
O presidente em exercício, José Alencar, discordou ontem em Brasília de Tarso. "Este não é um assunto do Executivo. Os juristas defendem a tese de que este assunto é eminentemente do Judiciário, de modo que não cabe ao Executivo entrar nessa matéria", afirmou, seguindo a linha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não quer alimentar a polêmica.
COLABOROU TÂNIA MONTEIRO
FRASES
Luiz Cesário da Silveira
Comandante Militar do Leste
"Quem fala em nome do Exército é o comandante do Exército. Eu vim como pessoa física"
Gilberto Figueiredo
Presidente do Clube Militar
"Os crimes que eles praticaram estão todos registrados. E as torturas não estão. Ninguém escreveu: hoje torturei fulano e sicrano. Já os processos contra os guerrilheiros estão registrados nos tribunais"
General pede que Lula diga a Tarso: 'Por qué no te callas?'
Leônidas Pires Gonçalves usou frase de rei espanhol a Chávez; ele participa de reunião do Clube Militar no Rio
Adriana Chiarini - de O Estado de S.Paulo
RIO - O ex-ministro do Exército no governo José Sarney, primeiro governo civil depois da ditadura militar, Leônidas Pires Gonçalves, disse em entrevista coletiva durante evento no Clube Militar, no Rio, que o presidente Lula deveria dizer aos ministros da Justiça, Tarso Genro e da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi , "aquela frase já conhecida no mundo: por que não te calas?".
Evento no Clube Militar reage à possibilidade de mudança na Lei da Anistia para punir torturadores
Adriana Chiarini e Clarissa Thomé, RIO
Militares da reserva e da ativa, entre eles o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, transformaram ontem o seminário A Lei da Anistia - Alcance e Conseqüências, no Clube Militar, em ato público contra a possibilidade de punição para torturadores de presos na ditadura militar. A idéia, defendida pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, tem causado reação de ex-integrantes do regime militar e mesmo dentro das Forças Armadas.
Todos os militares estavam à paisana. O presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, negou ter recebido pressões do governo para esvaziar o evento. "A maioria está à paisana porque é da reserva", disse. O general Cesário, que também não usava uniforme, recusou-se a dar entrevista. "Quem fala em nome do Exército é o comandante do Exército. Eu vim como pessoa física", afirmou.
O tom do encontro foi dado por Figueiredo: a esquerda tem mais a perder se a Lei de Anistia for questionada. "Os crimes que eles praticaram estão todos registrados. E as torturas não estão. Ninguém escreveu: hoje torturei fulano e sicrano. Já os processos contra os guerrilheiros estão registrados nos tribunais."
Ao contrário do que tinha sido divulgado, não houve apresentação de fotografias e perfis de ministros e integrantes do governo que participaram da luta armada. O general Sérgio Coutinho, o primeiro debatedor da tarde e um dos diretores do Clube Militar, disse que não citaria "os nomes dos terroristas que ensangüentaram o País". "Nesse auditório, muitos sabem que estão ocupando cargos importantes, no gozo da anistia da qual foram beneficiados", alfinetou.
Mas citou episódios como o roubo do cofre do governador paulista Adhemar de Barros, que teria rendido US$ 2,5 milhões à guerrilha. Também lembrou o caso em que "uma deputada federal finge que reconhece o adido da embaixada brasileira no Uruguai como o homem que a torturou". O general Coutinho referia-se ao episódio em que a atriz e então deputada federal Bete Mendes reencontrou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-integrante do DOI-Codi em São Paulo que responde a ação civil pública por tortura. Ele também se recusou a dar entrevista.
O advogado Antônio José Ribas Paiva, apresentado como consultor jurídico da União Democrática Ruralista (UDR), afirmou que eleições, isoladamente, não garantem a democracia. "Vivemos sob a ditadura do crime organizado", declarou. Paiva também afirmou que as verbas que abastecem o caixa 2 de campanhas políticas vêm do tráfico de drogas e da prostituição infantil.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Waldemar Zveiter foi bem mais comedido. Lembrou que o crime de tortura foi tipificado somente em 1997, portanto não poderia ter sido citado na Lei de Anistia, que é de 1979. "O povo brasileiro decidiu se autoperdoar e não se pode fazer distinção entre o povo brasileiro civil e o povo brasileiro fardado."
Do lado de fora do Clube Militar, estudantes e membros do grupo Tortura Nunca Mais de Goiás fizeram uma manifestação.
CRÍTICA
O presidente em exercício, José Alencar, discordou ontem em Brasília de Tarso. "Este não é um assunto do Executivo. Os juristas defendem a tese de que este assunto é eminentemente do Judiciário, de modo que não cabe ao Executivo entrar nessa matéria", afirmou, seguindo a linha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não quer alimentar a polêmica.
COLABOROU TÂNIA MONTEIRO
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Luiz Cesário da Silveira
Comandante Militar do Leste
"Quem fala em nome do Exército é o comandante do Exército. Eu vim como pessoa física"
Gilberto Figueiredo
Presidente do Clube Militar
"Os crimes que eles praticaram estão todos registrados. E as torturas não estão. Ninguém escreveu: hoje torturei fulano e sicrano. Já os processos contra os guerrilheiros estão registrados nos tribunais"
General pede que Lula diga a Tarso: 'Por qué no te callas?'
Leônidas Pires Gonçalves usou frase de rei espanhol a Chávez; ele participa de reunião do Clube Militar no Rio
Adriana Chiarini - de O Estado de S.Paulo
RIO - O ex-ministro do Exército no governo José Sarney, primeiro governo civil depois da ditadura militar, Leônidas Pires Gonçalves, disse em entrevista coletiva durante evento no Clube Militar, no Rio, que o presidente Lula deveria dizer aos ministros da Justiça, Tarso Genro e da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi , "aquela frase já conhecida no mundo: por que não te calas?".
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Re: REVANCHISTAS
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: REVANCHISTAS
08/08/2008 | 00:00
Pendurado na brocha
A situação de Tarso Genro é tão ruim que, sob ataque do deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) na Câmara, quarta (7), nenhum petista o defendeu.
08/08/2008 | 00:00
Até Fontana
Entre os petistas que se fingiram de morto para não defender Tarso Genro esteve o líder do PT, Henrique Fontana (RS), muito ligado a ele.
08/08/2008 | 00:00
Tarso quem?
O deputado José Genoino (PT-SP) foi outro que saiu de fininho para não defender Tarso Genro dos ataques – até pessoais – de Jair Bolsonaro.
http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php
Pendurado na brocha
A situação de Tarso Genro é tão ruim que, sob ataque do deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) na Câmara, quarta (7), nenhum petista o defendeu.
08/08/2008 | 00:00
Até Fontana
Entre os petistas que se fingiram de morto para não defender Tarso Genro esteve o líder do PT, Henrique Fontana (RS), muito ligado a ele.
08/08/2008 | 00:00
Tarso quem?
O deputado José Genoino (PT-SP) foi outro que saiu de fininho para não defender Tarso Genro dos ataques – até pessoais – de Jair Bolsonaro.
http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php
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Re: REVANCHISTAS
Bolsonaro tem papas na língua mesmo não. Já defendeu até fuzilamento pra FHC,por isso ninguém vai pra cima.
Vejam parte da entrevista dele para a Isto é gente em 2000.
Pena de morte é a solução?
Acho que um elemento que pratica um crime premeditado não pode ter direitos humanos. O José Gregori (secretário nacional dos Direitos Humanos) fala em indenizar os familiares dos 111 mortos no Carandiru. E ele não dá uma palavra às viúvas e órfãos que os 111 fizeram em sua vida de marginalidade.
A polícia agiu corretamente no Carandiru?
Continuo achando que perdeu-se a oportunidade de matar mil lá dentro. Pena de morte deve ser aplicada para qualquer crime premeditado.
Isto inclui tráfico de droga?Aí é outra história, aí eu defendo a tortura. A pena de morte vai inibir o crime. Nunca vi alguém executado na cadeira elétrica voltar a matar alguém. É um a menos.
Em que outras situações o senhor defende a tortura?
Um traficante que age nas ruas contra nossos filhos tem que ser colocado no pau-de-arara imediatamente. Não tem direitos humanos nesse caso. É pau-de-arara, porrada. Para seqüestrador, a mesma coisa. O objetivo é fazer o cara abrir a boca. O cara tem que ser arrebentado para abrir o bico.
O senhor disse que o deputado José Genoino (PT-SP) era mentiroso e delatou seus companheiros da Guerrilha do Araguaia. O senhor tem provas?
Tenho informações seguras. Eu tenho orgulho de dizer que não fui um Genoino da vida, um deputado mariposa. O Genoino fala que pegou em armas por dois anos. O que ele fez nesses dois anos? Assaltou bancos, seqüestrou? Quantos ele matou?
Vejam parte da entrevista dele para a Isto é gente em 2000.
Pena de morte é a solução?
Acho que um elemento que pratica um crime premeditado não pode ter direitos humanos. O José Gregori (secretário nacional dos Direitos Humanos) fala em indenizar os familiares dos 111 mortos no Carandiru. E ele não dá uma palavra às viúvas e órfãos que os 111 fizeram em sua vida de marginalidade.
A polícia agiu corretamente no Carandiru?
Continuo achando que perdeu-se a oportunidade de matar mil lá dentro. Pena de morte deve ser aplicada para qualquer crime premeditado.
Isto inclui tráfico de droga?Aí é outra história, aí eu defendo a tortura. A pena de morte vai inibir o crime. Nunca vi alguém executado na cadeira elétrica voltar a matar alguém. É um a menos.
Em que outras situações o senhor defende a tortura?
Um traficante que age nas ruas contra nossos filhos tem que ser colocado no pau-de-arara imediatamente. Não tem direitos humanos nesse caso. É pau-de-arara, porrada. Para seqüestrador, a mesma coisa. O objetivo é fazer o cara abrir a boca. O cara tem que ser arrebentado para abrir o bico.
O senhor disse que o deputado José Genoino (PT-SP) era mentiroso e delatou seus companheiros da Guerrilha do Araguaia. O senhor tem provas?
Tenho informações seguras. Eu tenho orgulho de dizer que não fui um Genoino da vida, um deputado mariposa. O Genoino fala que pegou em armas por dois anos. O que ele fez nesses dois anos? Assaltou bancos, seqüestrou? Quantos ele matou?
"A guerra, a princípio, é a esperança de q a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de q o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver q o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver q todo mundo se ferrou!"
KK
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Re: REVANCHISTAS
Esse Kennedy Alencar só pode ser parente de Tarso.Lula avalia punição a oficiais do Alto Comando do Exército
10/08/2008 - Folha Online
Kennedy Alencar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutirá com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, eventual punição aos oficiais da ativa que participaram de ato na quinta-feira (07/08) no Clube Militar. No evento, militares da reserva atacaram a revisão da Lei da Anistia e integrantes do governo, como o ministro Tarso Genro (Justiça).
Lula também manterá a orientação para que a AGU (Advocacia Geral da União) reconheça que houve tortura na ditadura militar (1964-1985). Tarso e o ministro Paulo Vanucchi (Direitos Humanos) orientaram a AGU a reconhecer crimes de tortura na ditadura na defesa formal à Justiça Federal que a União deve fazer em virtude de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.
Nas palavras de um auxiliar de Lula, o governo não vai negar a realidade: houve tortura na ditadura. Segundo ele, o governo já assumiu isso quando lan çou um livro no ano passado, no qual foram relatados crimes de tortura, de seqüestros e de assassinatos cometidos pelo governo militar contra militantes políticos. Daí a AGU reconhecer a tortura no parecer à Justiça Federal.
De volta à eventual punição que Lula analisará: dois integrantes do Alto Comando do Exército participaram do evento de quinta no Clube Militar, entidade que reúne militares fora da ativa. Foram eles: o chefe do Comando Militar do Leste, general-de-Exército Luiz Cesário Silveira Filho, e o diretor de ensino do Exército, Paulo César de Castro.
Lula, que estava em Pequim, deixou para lidar com o imbróglio militar no retorno. Ele chegou ontem. O mais provável é que presidente trate do assunto amanhã, segunda-feira (11/08), em reunião normal de trabalho no Palácio do Planalto.
Uma eventual punição ao chefe do Comando Militar do Leste poderá ser a antecipação de sua ida para a reserva. No governo, diz-se que o ge neral Silveira Filho está prestes a se aposentar. Uma eventual retaliação do presidente pode ser uma retirada antecipada.
Não inflar o problema
A cúpula do governo não deseja dar ar de crise à tensão com os militares. No entanto, avaliou como provocações a presença dos oficiais da ativa no ato do Clube Militar e a publicação na página oficial do Comando Militar do Leste na Internet de um texto em defesa da ação dos militares na ditadura.
Um auxiliar direto do presidente disse que, tecnicamente, os militares da ativa tomaram cautelas para tentar evitar punição. Foram sem farda ao ato do Clube Militar e se mantiveram calados. Em tese, estiveram lá como pessoas físicas.
A mensagem no site do Comando Militar do Leste, um texto escrito por um general em 1983, teve, na visão do Palácio do Planalto, conteúdo de provocação.
Na cúpula do governo, também se reconhece que palavras de Tarso a favor da revisão da Lei da Anistia (1979), das quais o ministro já recuou publicamente, deram o gás inicial à tensão entre as Forças Armadas e duas pastas do governo --Justiça e Direitos Humanos.
Não interessa a Lula aumentar a crise. O presidente ficou incomodado com declarações de Tarso que contrariaram as Forças Armadas. Lula as julgou desnecessárias e fora de hora. No entanto, o ministro da Justiça tem crédito com o presidente por ser um dos auxiliares que defendem publicamente o governo em momentos difíceis, como no episódio do dossiê anti-FHC.
Tarso está certo
O ministro da Justiça pode ser acusado de não possuir habilidade política para lidar com assuntos espinhosos. Muitas vezes, fala mais do que deve para alguém em sua posição. Isso tem um lado bom. Tarso diz o que pensa.
Pode haver cálculo político, o que é normal na sua atividade profissional. Mas, se há mesmo tal cálculo, ele geralmente lhe tira força política. É besteira achar que Tarso bombardeia a eventual candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ele já aceitou que Dilma é a candidata de Lula. Para o presidente, ela é o melhor nome para ganhar ou também para perder.
Tarso está coberto de razão ao dizer que a Lei da Anistia não perdoou crimes de tortura. Na guerra entre militares e militantes políticos, os primeiros representavam o Estado. Foi o Estado brasileiro quem cometeu crimes de tortura, seqüestro e assassinato até hoje nebulosos.
É preciso fazer um ajuste de contas com o passado. Lula ganharia historicamente se o fizesse, mas perderia na política ime diata. Uma pena. Quem tem a popularidade do presidente deve comprar brigas que valem a pena ser compradas, e não varrê-las para baixo do tapete.
É desproporcional acusar agentes da repressão e militantes de esquerda da mesma forma. Como já foi dito, os primeiros representavam o Estado. Cabe à Justiça dar a palavra sobre a cobertura ou não da Lei de Anistia aos crimes de tortura.
Responsabilidade ampla
As Forças Armadas dizem que os arquivos da ditadura foram queimados. Sempre com sujeito indeterminado. É preciso responder quem queimou, por ordem de quem, sob o comando de quem.
O coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ulstra tem razão em estar contrariado. Afinal, não foi o único torturador da ditadura. Não agiu sozinho. Seus superiores sabiam o que ele fazia. Os generais-presidentes sabiam. E muitos setores da sociedade civil sabiam e apoiaram.
Há uma culpa do Estado que ainda precisa ser reparada. Faltam respostas para que pais, mães, irmãos, irmãs, maridos, esposas, namorados, namoradas, amigos e amigas possam enterrar os restos mortais de seus entes queridos ou, no mínimo, obter do poder público uma satisfação sobre o que exatamente aconteceu com quem desapareceu nos anos de chumbo.
"A guerra, a princípio, é a esperança de q a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de q o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver q o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver q todo mundo se ferrou!"
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Re: REVANCHISTAS
Que outro jornal publicou artigo parecido?
Pra mim é pura especulação da Folha.
Ele começa dizendo:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutirá......
Lula também manterá...
Nas palavras de um auxiliar de Lula,....
Em momento nenhum Lula disse alguma coisa.
E é bom prestar a atenção no seguinte: se for para os Generais irem para casa, tem que ir os dois, só o Gen Cesário não vale, porque já está com o tempo quase esgotado.
Não falou nem mandou falar nada para o Cmt Mil da Amaz. Não é agora que vai abrir a boca.
Pra mim é pura especulação da Folha.
Ele começa dizendo:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutirá......
Lula também manterá...
Nas palavras de um auxiliar de Lula,....
Em momento nenhum Lula disse alguma coisa.
E é bom prestar a atenção no seguinte: se for para os Generais irem para casa, tem que ir os dois, só o Gen Cesário não vale, porque já está com o tempo quase esgotado.
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"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: REVANCHISTAS
Não, ele só foi porta-voz durante os primeiros anos do governo Lula. Seu jornalismo é muito questionável, além da calúnia cometida no penúltimo parágrafo, porque duvido que ele tenha provas do Cel Ustra ser torturador. Aliás, só na cabeça de um comunista doente e ignorante que um major vai à uma cela torturar alguém.Esse Kennedy Alencar só pode ser parente de Tarso.
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