Re: CVN 73 George Washington na Baía da Guanabara
Enviado: Sex Mai 09, 2008 10:08 pm
Prick , e se o porta aviões fosse francês?
Teria que trazer umas 20 caixas de Cristal para eu deixar eles entrarem na Guanabara! O problema não é a nacionalidade, mas o risco desnecessário, poderia colocar eles lá no terminal de Sepetiba da Petrobrás. Mas antes tinham que deixar as caixas de Cristal aqui em casa.cicloneprojekt escreveu:Prick , e se o porta aviões fosse francês?
O artigo constata a hipocrisia e a dupla moral das elites brasileiras, ou o nacionalismo que só tem uma perna, a de seus interesses ideológicos.rodrigo escreveu:Fora o George Washington das águas brasileiras
por Chico Alencar
Houve tempo em que a presença de uma nave bélica dos Estados Unidos da América
fundeada em nossas águas territoriais provocava toda sorte de protestos,
pois simbolizavam - e, creio, ainda simbolizam - o poder imperial de quem,
desde a doutrina do big stick de Teodoro Roosevelt, tem se notabilizado pela
ingerência e violência contra os povos que lutam por sua liberdade.
Houve tempo em que naus estadunidenses aqui estiveram para dar cobertura
a um golpe militar (Operação Brother Sam) que infelicitou nosso país durante
mais de 21 anos.
Sou do tempo em que se queimava a bandeira dos EUA não para afrontar seu
povo, mas para protestar contra governos que estiveram por trás das ditaduras
militares – e que, recentemente, tentam impor sua pax americana aos povos
do Iraque e do Afeganistão.
Por isso, saber que está fundeada em nosso mar territorial a belonave mais
poderosa da armada mais poderosa do mundo, com todo o seu arsenal de armas
nucleares, helicópteros, bombardeiros, causa mais repulsa e estranheza.
Estranheza porque se trata de uma operação de exercícios navais na qual participa
o nosso país, ao lado da Argentina, com o nosso vizinho do Norte. Estranheza
porque o comandante estadunidense, almirante Cullom, diz que a presença do
"George Washington" traz uma mensagem política: "a de união entre os países
que são responsáveis pela segurança da região", colocando o Brasil numa posição
subalterna de auxiliar do país que se pretende xerife do universo.
Estranheza, porque, nesse momento, a não ser a voz solitária do Secretário
do Ambiente do meu estado, Carlos Minc, não tenha ouvido nem lido nenhuma
palavra de protesto ou de estranheza quanto a esse fato.
Onde estão os "patriotas" que, aparentemente preocupados com nossas fronteiras,
se insurgiram contra a demarcação de terras indígenas em Roraima? Que são
dos nacionalistas que reclamam contra a posição do novo presidente do Paraguai,
que quer uma revisão do tratado de Itaipu? São valentes contra índios e paraguaios,
e covardes diante do poderio da águia americana? Ou é um patriotismo de ocasião
que fecha os olhos à nossa posição de subalternidade frente ao império? É
por isso que apresentamos requerimento solicitando aos Ministros de Estado
do Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa e do Ministério das Relações
Exteriores, informações relativas à presença do porta-aviões USS George Washington
- CVN 73 em águas territoriais brasileiras, no que tange: a) à autoridade
que liberou a presença do referido porta-aviões em águas brasileiras e a
base legal da referida autorização; b) ao tempo em que o porta-aviões permanecerá
e território brasileiro, c) às informações de quantitativos de armas existentes
no porta-aviões, inclusive de armas atômicas e da realização de aferição,
pela autoridade brasileira, das informações prestadas pelo comandante do
referido porta-aviões; d) à constitucionalidade das atividades que serão
desenvolvidas em território brasileiro pelo referido porta-aviões; e) às
medidas de segurança nacional adotadas, inclusive as relativas à preservação
do meio-ambiente em razão de eventual vazamento de carga radioativa. Nosso
requerimento se justifica, fundamentalmente, nos termos da Constituição Federal,
tanto em seu art. 21, inciso XXIII, alínea "a", quando expressamente dispõe
que "toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida
para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional", como pelo
art. 4º., que estabelece, dentre os princípios que regem as relações internacionais
da República Federativa do Brasil, estão: IV - a não- intervenção; VI - a
defesa da paz; e VII - a solução pacífica dos conflitos.
Abaixo o imperialismo de George W. Bush. Fora o George Washington das águas
brasileiras.
Chico Alencar é professor de História e deputado federal (PSOL-RJ).
http://forums.ecomm.com.br/cgi/dnewsweb ... 0190&utag=
Fora o George Washington das águas brasileiras
por Chico Alencar
É isso aí caro Padilha. Não é fazendo a apologia do "sem terra", sem carro", "sem marinha" que um país cresce.Não para ser subserviente, mas para aprendermos, pois até onde eu sei, os caras tem o que tem por que foram capazes. E nós?
O que fizemos para crescer? Por que não nos unimos à eles para hoje termos uma relação forte e mais estreita?
.Mas somos um país jovem, um país que nem na independência derramou sangue, que não sabe o que é sofrer perdas para se re-erguer
Como somos um país pacifico por natureza,
X2 caro amigo.Alcantara escreveu:Fora o George Washington das águas brasileiras
por Chico Alencar
Parei na segunda linha...
Abraços!!!
Olha, pé claro que sr. Chico é PCBão e tal, mas ele tem lá sua razão sim. Esse almirante americano deveria ter sido mais "diplomático" e evitar colocar-nos no papel de polícia subordinada dos interesses deles, ou de quem quer que seja.Estranheza
porque o comandante estadunidense, almirante Cullom, diz que a presença do
"George Washington" traz uma mensagem política: "a de união entre os países
que são responsáveis pela segurança da região"