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por Marino » Ter Fev 26, 2008 12:53 pm
JB:
Brasil nega construção de submarino nuclear com a Argentina
Agência EFE
RIO DE JANEIRO - O governo do Brasil negou, nesta segunda-feira, que tenha pensado em construir um submarino nuclear em parceria com a Argentina e esclareceu que a cooperação nesta área com seu vizinho se limitará à geração de energia. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, explicou em comunicado oficial que a nave terá um reator nuclear brasileiro que custará mais de US$ 600 milhões e seu casco e sistemas eletrônicos serão do submarino convencional francês 'Scorpene'.
O Brasil e a Argentina deverão criar uma empresa binacional para desenvolver reatores destinados exclusivamente à geração de energia elétrica.
- O submarino nuclear do Brasil terá um reator da Marinha Brasileira - assegurou Jobim.
O acordo de cooperação energético-nuclear entre Argentina e Brasil foi assinado, neste fim de semana, em Buenos Aires, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua colega argentina, Cristina Kirschner. O reator que será desenvolvido com a Argentina 'é somente para a produção de energia', reiterou Jobim.
O submarino nuclear, um sonho brasileiro que está na gaveta há três décadas, será produzido com tecnologia desenvolvida pelo Brasil por meio dos centros de pesquisa da Marinha em Iperó, interior do estado de São Paulo. Mas 'a parte não nuclear do submarino', principalmente o casco e os sistemas eletrônicos, deverá ter como base o submersível convencional francês 'Scorpene', segundo o ministro.
A intenção brasileira é que o desenvolvimento da parte nuclear conte com transferência de tecnologia francesa a partir de um acordo em discussão entre Brasil e França, explicou. Mas 'tanto o propulsor do submarino como o combustível nuclear são de tecnologia da Marinha Brasileira', insistiu Jobim.
O Governo garantiu que o projeto de submarino terá R$ 130 milhões (cerca de US$ 76,5 milhões) anuais pelo prazo de oito anos 'para a conclusão do reator', que também poderá ser adaptado à geração de eletricidade. Esse investimento equivale a um total de US$ 612 milhões nos oito anos. Em uma conferência inaugural no Instituto de Tecnologia da Aeronáutica, em São Paulo, Jobim exaltou a importância de desenvolver tecnologias próprias na área de defesa.
- O que nós queremos é exatamente ter voz e voto no cenário internacional e isso só é possível aos países que têm uma estrutura de defesa com capacidade de persuasão e de expressão do poder nacional - afirmou o ministro.
- Depender exclusivamente das últimas gerações de equipes militares do exterior, significa não ser persuasivo, porque basta cortar essa provisão - afirmou Jobim.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco