Fórum Defesa Brasil

cb_lima escreveu:Olá

(muito legal a discussão)

Existem um montão de coisas acontecendo desse e daquele lado do Atlântico que despertam interesses nos EUA e os deixam (ou podem deixar) desconfortáveis (e se tem uma coisa que americano não gosta é desconforto!).

A expansão da China na África e na Am. do Sul
A expansão da influência do Brasil na África - ver viagens do Lula por lá e parcerias com a Af. do Sul
O retorno ao cenário internacional de nações como Líbia (cheia de grana para gastar) e a própria Af. do Sul
O fator Chaveco
O fato do Brasil ser 'amiguinho' de um montão de gente que não gosta muito dos EUA e que podem usar o Brasil como 'voz' para ajudar com negociações.

Essa criação da 4 Frota de papel em Mayport pode ser visto como 'estamos de olho' ou 'comportem-se'...

Será interessante ver o papel do Oficial da MB que serve naquela base Naval como Oficial de Ligação...

Ninguém é bom e todo mundo quer é defender o seu, não se enganem que da mesma forma que reclamamos do que os EUA fazem ou a maneira como 'ditam' as regras outros países sujeitos a outras 'nações influentes' sofrem do mesmo modo...

É que de um modo geral estamos mais acostumados com os EUA fazendo pressão em nós (até pela próximidade e a nossa necessidade por dólares ) e com isso temos a tendência "natural" de fazermos oposição a eles, mas outros países comeram (comem) o pão que o diabo amassou com França/Inglaterra/Alemanha/EUA tudo ao mesmo tempo fazendo todo o tipo de pressão e lavagem cerebral... em alguns aspectos melhorou um pouco com a criação da União Européia, e piorou em outros.

O que traz o desconforto aos EUA em relação a nós é que agitamos a nossa bandeira de acordo com o que achamos (por incrível que pareça é assim que somos (Brasil) em negociações) e nesses anos todos vivemos períodos de maior desconforto e de menor desconforto com eles.

Lembrar que caso os Democratas venham a vencer as eleições isso pode piorar (eles podem mandar você para o inferno com um sorriso no rosto...).

Meu 1 cent de Dólar

[]s
CB_Lima

Immortal Horgh escreveu:

orestespf escreveu:

Immortal Horgh escreveu:

orestespf escreveu:

alcmartin escreveu:É...acho que aqueles filminhos de F16 X U2 vão começar de novo, trocando por Su30 X SH...procurou, achou!

O galho é que esse povo costuma não perder a viagem... Os suecos que o digam. E tome "rojão de fogo"...

Esta é a minha preocupação, amigo AlcMartin. Tudo o que não queremos são americanos na região e o Chávez sabe disso. Logo podemos concluir que quem "ganha" com esta notícia é o Chapolin, pois colocou uma pedra em nossos sapatos.

Esta notícia é tão delicada que nos coloca no colo dos americanos, podendo inclusive influenciar fortemente a escolha de alguns equipamentos militares. A notícia é um recado muito claro pra nós brasileiros, mas disfarçada de "preocupações regionais com o Chávez". Dependendo do que conseguirmos comprar e do grau de transferência tecnológica que poderemos absorver...

Em suma, nenhuma potência deixa que outro país se transforme igualmente em potência, a história prova isso. Para ser uma potência (principalmente militar) é necessário "força bruta" (guerra) e não se transforma da noite para o dia. Não basta ter grana e economia forte (já disse isso aqui, é fácil "destruir" uma economia forte, principalmente se desarmada).

Se tem uma coisa que os americanos não se preocupam nem um pouco é com o Chávez. Se tem uma coisa que preocupa e muito os americanos é o Brasil com um economia indo de vento em popa e se armando, principalmente se for possível absorver conhecimentos e tecnologia, visto que já demonstramos competência para absorvê-la rapidamente e empregá-la em tempo recorde. Eles sabem que nosso maior problema é grana, mas havendo...

Na cabeça dos políticos americanos existe uma forma de minimizar todo este problema, obrigar o Brasil a se aliar (tudo documentado, claro) com eles, principalmente fazendo uso de equipamentos deles (que podem ser controlado).

Deixo para os colegas as conclusões finais, tenho que trabalhar.


Grande abraço,

Orestes

Professor, ontem postei que havia lido este tópico umas três vezes e em todas elas chegava em um cenário absurdo. Este que acaba de retratar aqui, foram as minha conclusões. De imediato descartei o Chavez e sim na preocupação americana, principalmente com nosso projeto de aumentar a força de subs.


[ ]s

Pois é, Immortal... Em política a gente nunca descarta o "absurdo", pois esta palavra não faz parte do dicionário "politiquez". Na verdade, em política o absurdo é supor que não existem absurdos. rsrs

Quem leu Maquiavel e Sun Tzu aprende-se uma bela lição (entrelinhas): todos os países são inimigos, o que muda é a ordem de prioridade de ataque. Assim pensa os EUA (imperialista), assim deveria pensar o Brasil (que não assume a posta de imperialista).

Pra mim o recado foi muito claro na nota apresentada. Por outro lado, devemos filtrar a "importância" que a Casa Branca dará ao texto. Se foi intencionalmente solicitado que se torna-se isso público (usar terceiros para mandar recados), a coisa é parcialmente séria, pois as "conseqüências" da ação servem como um termômetro para os fatos, além de mandar recados sérios aos países da AS, principalmente o Brasil (muito mais do que a Venezuela). Se não houver dedo do povo da Casa Branca (leia-se Bush), então devemos ignorar os fatos.

Uma coisa é certa, a notícia não é "oficial" (ainda! Refiro-me a forma de expô-la ou torná-la pública), mas não sabemos se o Itamaraty recebeu alguma "coisa extra". rsrs

Abração,

Orestes

Pois eu já estava cá a pensar que podias estar a um passo da paranóia
Então esse, ao menos na minha visão, é o momento de mostrarmos o que de fato queremos: ser o eterno jardim ou uma peça importante no jogo.


[ ]s

orestespf escreveu:

Immortal Horgh escreveu:

orestespf escreveu:

Immortal Horgh escreveu:

orestespf escreveu:

alcmartin escreveu:É...acho que aqueles filminhos de F16 X U2 vão começar de novo, trocando por Su30 X SH...procurou, achou!

O galho é que esse povo costuma não perder a viagem... Os suecos que o digam. E tome "rojão de fogo"...

Esta é a minha preocupação, amigo AlcMartin. Tudo o que não queremos são americanos na região e o Chávez sabe disso. Logo podemos concluir que quem "ganha" com esta notícia é o Chapolin, pois colocou uma pedra em nossos sapatos.

Esta notícia é tão delicada que nos coloca no colo dos americanos, podendo inclusive influenciar fortemente a escolha de alguns equipamentos militares. A notícia é um recado muito claro pra nós brasileiros, mas disfarçada de "preocupações regionais com o Chávez". Dependendo do que conseguirmos comprar e do grau de transferência tecnológica que poderemos absorver...

Em suma, nenhuma potência deixa que outro país se transforme igualmente em potência, a história prova isso. Para ser uma potência (principalmente militar) é necessário "força bruta" (guerra) e não se transforma da noite para o dia. Não basta ter grana e economia forte (já disse isso aqui, é fácil "destruir" uma economia forte, principalmente se desarmada).

Se tem uma coisa que os americanos não se preocupam nem um pouco é com o Chávez. Se tem uma coisa que preocupa e muito os americanos é o Brasil com um economia indo de vento em popa e se armando, principalmente se for possível absorver conhecimentos e tecnologia, visto que já demonstramos competência para absorvê-la rapidamente e empregá-la em tempo recorde. Eles sabem que nosso maior problema é grana, mas havendo...

Na cabeça dos políticos americanos existe uma forma de minimizar todo este problema, obrigar o Brasil a se aliar (tudo documentado, claro) com eles, principalmente fazendo uso de equipamentos deles (que podem ser controlado).

Deixo para os colegas as conclusões finais, tenho que trabalhar.


Grande abraço,

Orestes

Professor, ontem postei que havia lido este tópico umas três vezes e em todas elas chegava em um cenário absurdo. Este que acaba de retratar aqui, foram as minha conclusões. De imediato descartei o Chavez e sim na preocupação americana, principalmente com nosso projeto de aumentar a força de subs.


[ ]s

Pois é, Immortal... Em política a gente nunca descarta o "absurdo", pois esta palavra não faz parte do dicionário "politiquez". Na verdade, em política o absurdo é supor que não existem absurdos. rsrs

Quem leu Maquiavel e Sun Tzu aprende-se uma bela lição (entrelinhas): todos os países são inimigos, o que muda é a ordem de prioridade de ataque. Assim pensa os EUA (imperialista), assim deveria pensar o Brasil (que não assume a posta de imperialista).

Pra mim o recado foi muito claro na nota apresentada. Por outro lado, devemos filtrar a "importância" que a Casa Branca dará ao texto. Se foi intencionalmente solicitado que se torna-se isso público (usar terceiros para mandar recados), a coisa é parcialmente séria, pois as "conseqüências" da ação servem como um termômetro para os fatos, além de mandar recados sérios aos países da AS, principalmente o Brasil (muito mais do que a Venezuela). Se não houver dedo do povo da Casa Branca (leia-se Bush), então devemos ignorar os fatos.

Uma coisa é certa, a notícia não é "oficial" (ainda! Refiro-me a forma de expô-la ou torná-la pública), mas não sabemos se o Itamaraty recebeu alguma "coisa extra". rsrs

Abração,

Orestes

Pois eu já estava cá a pensar que podias estar a um passo da paranóia
Então esse, ao menos na minha visão, é o momento de mostrarmos o que de fato queremos: ser o eterno jardim ou uma peça importante no jogo.


[ ]s

Pois é, Immortal, se queremos ser grandes, que passemos a agir com um, sem nos intimidarmos.

No mundo moderno o que vale não é "comprar brigas gratuitas", mas fazer prevalecer o bom senso sem se descuidar (estar preparado para os absurdos).

Isto se traduz de uma forma bem simples fazendo uma singela comparação com jogo de xadrez: é escolher qual peça você é no jogo, um simples peão ou a rainha. Quem escolhe bem saberá a importância que se deve dar a peça escolhida. rsrs

Grande abraço,

Orestes

Beronha escreveu:

Não buscar a independência tecnológia/militar nesse momento, equivale a um suicídio.