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Ex-chefe militar: entramos no Araguaia para matar
Vasconcelo Quadros
O tenente José Vargas Jiménez, ex-chefe de um dos Grupos de Combate (GCs) responsáveis pela execução de 32 guerrilheiros no Araguaia, detalhou os métodos de tortura usados no período que ele classificou de "fase de extermínio" dos militantes do PCdoB durante a Ditadura Militar. Segundo ele, havia instruções claras sobre a missão que deveriam executar. "A ordem era atirar primeiro e perguntar depois. Nós entramos para matar, destruir. Não era para fazer prisioneiros", afirmou.
"Tínhamos o poder de vida e de morte sobre os guerrilheiros. Era para exterminar e não vejo por que esconder que houve tortura ou que se tratou de um extermínio", completou Vargas, comandante de um GC com 10 homens, subordinado ao então major Sebastião Rodrigues de Moura, o Curió, atual prefeito de Curionópolis, guardião dos segredos mais pesados do conflito e dono do arquivo onde estão as informações sobre o destino dos guerrilheiros.
Vargas assumiu a autoria da destruição de todos os documentos sobre a guerrilha que se encontravam no serviço de inteligência de Belém (PA). Além disso, ele é o primeiro combatente a falar sobre possíveis locais onde possam estar os restos mortais de alguns dos 58 militantes do PCdoB desaparecidos no Araguaia.
"Uma parte foi enterrada ou ficou insepulta na selva e outra nas bases militares de Bacaba (São Domingos do Araguaia), onde ficavam os GCs de selva, Xambioá, área dos pára-quedistas, e na Casa Azul (Marabá), dominada pelos oficiais de inteligência" disse.
O tenente se livrou recentemente de uma sindicância aberta pelo Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS), para apurar a divulgação de documentos secretos e seu relato no livro Bacaba - memórias de um guerreiro de selva da Guerrilha do Araguaia.
Na publicação, ele conta os principais episódios que diz ter participado, entre 2 de outubro de 1973 e 27 de fevereiro de 1974. Segundo o militar, mulheres e filhas de moradores eram feitas prisioneiras, torturadas e tiveram de se prostituir para sobreviver.
Ele diz ainda que famílias de camponeses ofereciam as filhas adolescentes aos militares. Havia também, conforme os relatos de Vargas, uma rivalidade entre as tropas para ver quem matava mais. Os homens de seu GC, como nos filmes de faroeste, faziam um risco na arma para contar quantas pessoas executavam.
Conhecido entre oficiais e combatentes pelo codinome de Chico Dólar, Vargas disse que, entre 1976 e 1978, quando voltou à região e ficou lotado no 52º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) em Marabá, soube que Curió coordenou a limpeza da área, retirando vestígios da guerrilha e mandando desenterrar ossadas que se encontravam em sepulturas em locais previamente identificados na região.
"Não sei isso realmente aconteceu porque não vi. A ordem que recebi de superiores, já em 1985, quando estava em Belém, era reunir todos os documentos. Busquei nos arquivos, juntei tudo e queimei. A ordem era destruir e cumpri. Isto eu assumo", afirmou.

Fonte JB Online

Só para contribuir com o debate.

caros colegas, vocês acham que o EB faria auguma coisa caso o PC do B(ou qualquer outro partido que queira o socialismo) assumisse o poder do pais ou isso já foi??

PS: É só um exemplo, até porque, ao meu ver o Brasil é um pais extremamente captalista, em grande parte das coisas somos iguais ou piores que o EUA(não estou falando que o socialismo é ruim ou pior que o captalismo )

caros colegas, vocês acham que o EB faria auguma coisa caso o PC do B(ou qualquer outro partido que queira o socialismo) assumisse o poder do pais ou isso já foi??

A hierarquia, e a vontade de serem promovidos, fariam o EB prestar continência da mesma forma como fazem com o PT. Os melancias logo chegariam ao generalato.

A Igreja católica possuí, uma doutrina muito forte. Os documentos Episcopais, Concílios e as Enciclicas, são analise profundas sobre as ações do homem, da sociedade e da propria igreja no ambiente geográfico, politico e economico que nos cerca.

Após o Concilio Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII em 1962. Uma das etapas posteriores mais importantes, em especial para nós latino americanos foi a reunião dos Bispos da America Latina em 1969 em Medellin (Colômbia), O foco era Pobreza e Familia, sob a luz do evangelho.
Neste encontro houveram várias decisões; como atuar na America Latina, para auxiliar a população, orientando-os e suportando-os no seu processo de evolução socio-econômico e valorizando suas origens e sua dignidade.
Pouco depois também surgiu como uma vertente poderosa e afirmativa. Uma nova teoria teológica. A teologia da libertação é uma escola importante e controversa na teologia da Igreja Católica. Ela dá grande ênfase à situação social humana. E convoca quadros da igreja a atuarem politizadamente nas regiões pobres. Destes os Jesuitas foram os mais ativos.
Integrantes do movimento afirmam que este sempre foi baseado em ideias de amor e libertação de todas as formas de opressão (especialmente opressão econômica). Também afirmam que ele teria uma forte base nas escrituras sacras, pois "ninguém que estivesse na miseria estaria livre". A "miséria era um cárcere e deve ser combatido".

A "Teologia da Libertação". Como outros moviomentos surgidos na igreja, ficou caracterizado pelo seu engajamento em favor dos pobres e oprimidos.
Para tanto os adeptos da TL se engajaram em debates e desenvolvimentos políticos(sindicatos, partidos progressistas, escolas, movimentos civis etc...), visando entender e orientar seus adeptos e rebanho, no processo de libertação politica(PT foi um destes).
Estes apesar do tom esquerdista, não foram impedidos pela igreja da época, pois o Papa Paulo VI, entendeu que o movimento estava zelando pelos pobres e não tinha intensão politico partidária e sim socio-partidária. E esta era a missão da igreja num ambiente socialmente desigual.

Aproximadamente 10 anos depois, na III Conferencia Geral do Episcopado Latino-Americano, em 79 Puebla (Mexico). Presidida pelo Papa J. Paulo II teve como objetivo rever a caminhada da igreja em nosso continente, à luz do Evangelho, do Concílio, das conclusões de Medellin. O encontro de Puebla, como é chamado, veio dar novas luzes à atuação da Igreja em nossos dias. Quando constatou-se que as ações da igreja ainda que bem intensiondads e direcionadas, não trouxe os frutos para a redução da pobreza e muito menos, a participação e desenvolvimento social, foram atingidos.
Ficou evidente que a pobreza continuava sendo um grave problema na região e que as sociedades mudaram, a família enfraqueceu-se e tornou-se mais desconectadas do projeto evangelizador da igreja. Isso acarretou uma crescente perda de influencia da igreja sobre aspectos culturais da sociedade latino americana.

Assim, ficou claro a necessidade de reforçar as diretrizes e rumos, para manter o rebanho sob "controle".
Foi especificado como foco à Pobreza e os Jovens. Note-se que a Pobreza foi mantida e o jovem foi extraido da materia "família" para que a igreja possa trabalhar o futuro da sociedade, que é de fato um componente muito vulnerável.

Em relação à TL. Após este encontro, foi dado um "pito" nos adeptos da TL, pois estes depois de seguidos choques com alas mais conservadoras(Cardeal Joseph Ratzinger hoje Papa foi um destes) da igreja, deixaram transparecer suas tendências partidarias e suas ligações com movimentos de comportamento pouco cristãos.

Neste processo o Pe. Lenardo Boff e seus seguidores do Brasil tiveram de se licenciar das funções de Padre e destinaram suas atividades apenas para áreas academicas e de consultoria.
Mas como nosso colega Kratos, abordou acima. Ainda há muita gente de batina que não esta do lado do povo de Cristo. Se escondem na fachada de "homem de Deus" e esclarecidos para cooptar e arrebanhar votos para presentear seus camaradas, companeiros ou seja lá o que for.
Alguns dizem que estão em defesa radical do POLVO, mas é muito provável que defendam outro molusco de forma incondicional.
O que é condenavel para pessoas que tem um compromisso transcendental.



" As diversidades robustecem a fé "
Santo Thiago