Bom
Eu vou seguir contra a corrente e em vez de procurar o navio mais capaz, mais poderoso, mais avançado tecnologicamente, com maior conteúdo Brasileiro incorporado, etc, etc, etc, vou propor algo resolutamente realista. Um navio útil, mas que NÃO ESTOURE com os orçamentos da MB. Vou tentar manter o pacote nos 250 a 300 milhões de dólares por navio.
O primeiro objectivo de um tal navio era evitar ter de se adquirir navios em segunda mão, isto porque os existentes no mercado a curto/médio prazo são navios ou velhos/ultrapassados, ou em mau estado, ou caríssimos de manter, ou finalmente, juntam todos estes defeitos num único bocado de metal flutuante (alguém disse “OHP”?!)
O segundo objectivo deste desenho seria criar “números” de cascos na MB, ou seja, seria o “LOW” de uma combinação “HI-LO”, que seria complementado a médio/longo prazo por um nº de Destroyer´s (3 a 4 unidades) “all dancing, all singing”, este sim com a tonelagem e o armamento para poder servir como navio de comando ou actuar sozinho, se necessário for.
Casco
Examinei quatro possibilidades
Brasileiro (Projecto novo nacional) – Eliminado à partida, não existe muito dinheiro para desenvolver uma plataforma completamente nova, mas tão importante ou mais ainda, a MB NÃO teria de esperar 15 a 20 anos até que os estudos ficassem finalizados.
Variante da La Fayette - Caro, temos uma boa ideia de quanto custa um tal navio através da compra de Singapura
Variante MEKO – Caro, vide as Fragatas Sul Africanas.
Variante dos OPV/C3 da Vosper Thorneycroft- Acabei por optar por este desenho, recentemente a VT apresentou uma variante dos OPV´s (na realidade são corvetas/fragatas ligeiras muito razoavelmente armadas) construídos para OMAN à Royal Navy como o “C3” do estudo S2C2. O navio da Marinha Brasileira partiria deste estudo e seria “upgunned”. A escolha deve-se a dois factores, preço (os OPV´s para Oman, navios de 1800 ton ficaram por menos de 200 milhões de dólares o navio, e a variante de 3000 ton proposta à RN também ficaria por estes valores) e a boa experiência que a MB tem tido com produtos da Vosper Thorneycroft. Um outro navio que poderia responder às exigências seria o BAM Espanhol.
Propulsão
Combinada Diesel & Diesel
Velocidade máxima de 25 nós, econômica a maior velocidade
A escolha teria, novamente, como objectivo manter o preço do navio a baixo nível.
Armamento
Míssil Anti navio - Exocet Mk-3
Canhões - 1 x 114mm
Míssil de Defesa de Ponto - ESSM
Torpedos- MU90
Helicóptero – 1X Super Lynx
As duas primeiras escolhas devem-se à compatibilidade com o restante material da MB, o ESSM, além de ser perfeitamente capaz de cobrir a defesa de ponto, apresenta uma relação preço/qualidade praticamente imbatível, além de que tem um apoio logístico massivo devido à grande quantidade de utilizadores, o torpedo MU90, praticamente pelas mesmas razões utilizadas para o ESSM, idem para o Super Lynx.
Sensores
Radar de procura aérea - Thales SMART S MK2
Radar de controlo de fogo – 2 X STIR 240HP
Sonar - STN Atlas Elektronik DSQS-24B
Novamente, a escolha foi na tentativa de se encontrar uma excelente relação qualidade/preço/nº de utilizadores (ou futuros utilizadores) de forma a garantir um preço acessível e uma manutenção de sistemas acessível.
O navio acabaria por ser algo como uma versão alongada disto:
Mais tarde, poderei dar uma ideia do que considero ser um bom navio “HI” para a MB.
Abraços