Bender escreveu:Estavam discutindo se as FFAA eram "de guerra" ou "de treino"... pensei aqui com meus botões: desde quando o Brasil teve as FFAA "de guerra"? Nem no período militar! Portanto, tudo continuou na mesma, pois tanto nos governos civis quanto nos governos militares as FFAA não foram bem tratadas, nunca foram FFAA "de guerra".
Concordo!
SDS.[/quote]
Talvez seja exatamente por isso. Porque nem a sociedade, nem o governo ou mesmo as próprias ffaa's jamais acreditaram em uma guerra de verdade no Brasil. Tal idéia é algo tão surreal no pensamento nacional quanto a Bolivia ganhar a copa do mundo de 2014.
Daí por isso nós efetivamente ao longo da história, termos feito ou fazermos planos para equipar nossas ffaa's para mantâ-las apenas no aspecto doutrinal e, na improvável ou inadmissível eventualidade de uma guerra, elas possam ser usadas, não para vencer, mas para nos dar tempo de recorrer a outros mecanismos do poder nacional, que não as armas, para resolver o problema. E isto não é um elocubração teórica, é infelizmente uma práxis da cultura nacional estabelecida na historiografia militar do Brasil, para quem quiser ver.
Quando foi que algum dia a carreira millitar, ao invés de emprego público, tornou-se verdadeiramente carreira de Estado?
Para análise empírica do pensamento proposto, basta-nos verificar os números dos investimentos realizados pelo Estado brasileiro no desenvolvimento das diversas funções fabianas que mais ou menos sempre privilegiaram outras questões que não aquelas ligadas a capacidade de projeção de poder aéreo nacional através da caça. Tanto é assim que o número proposto pela força na compra dos caças a compor o programa FX, lamentavelmente não vai além da pura e simples substituição dos vetores existentes. Ou seja, no minimo passa a impressão de que nossa FAB não está preocupada realmente em dimensionar o poder aéreo militar nacional de acordo com os novos desafios do pais no futuro, mas simplesmente em recompor burocraticamente, referenciada apenas em novos patamares tecnológicos, sua estrutura organizacional e operacional, que já vai para seus mais de 70 anos, mantendo assim o do status quo do sistema.
Esta são questões que precisam ser debatidas a sério e mais a fundo, a fim de pensarmos e entendermos o que o país realmente quer de suas ffaa's.
O contrário disso, é continuarmos procurando eternamente desculpas esfarrapadas(tipo amazônia azul/pré-sal, invasão da amazonia verde e outros...) para convencer o populacho ignorante pagador dos impostos, de que é importante, ou interessante, mantermos as aparências de possuirmos ffaa's para alguma eventualidade. Já que ninguém vai a guerra nenhuma mesmo, não é
abs.