Por que achas que o governo arrecada 38% do PIB, mas conseguiu quebrar e se manter inoperante?LeandroGCard escreveu: Por isso acho uma baboseira extremamente contra-producente esta briga de PSDB contra PT, direita contra esquerda e etc... . Devia-se era estar lutando por reformas nas instituições de governo para que elas se tornassem mais eficientes no geral, e não contra este ou aquele partido e esta ou aquela pessoa. Enquanto os inocentes ficam gastando sua energia nesta inútil briga de torcidas nossos ilustres parlamentares e governantes vão aprovando impunemente leis que atendem apenas aos seus próprios desejos e pioram o quadro ainda mais, e ninguém sequer fala no assunto![]()
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Leandro G. Card
A carga tributária atual de 38% é estimada para esse ano. Ao longo da história era algo em torno de 15% até o governo militar, depois das reformas de castello branco (1964-67) subiu para 25% e ficou até 1994, depois deu outros para uns 35% quando Lula assumiu em 2003 e subiu levemente até a situação atual.
Isso é carga tributária de país desenvolvido com elevada renda per capita como Alemanha ou Canadá. O problema é que nos países desenvolvimento se considera que como se cobra imposto influi na distribuição de renda e cria estruturas de incentivo para a sociedade e as empresas se comportarem em relação ao consumo e investimento. Por isso que preferem taxar mais patrimônio do que consumo e produção, também focando em reduzir a carga tributária para os produtos considerados importantes para o bem-estar da sociedade sociedade como alimentos e eletrônicos.
Enquanto no Brasil, a carga tributária é disfuncional. O primeiro ponto é que é tão confusa e que permite um monte de exceções institucionalizadas que estão lá meramente por interesse de algum grupo que no passado que teve poder de barganhar e colocar não a exceção. O segundo que a decisão de cobrança e os critérios são erráticos. Por exemplo, taxação de produtos importados que era fonte de receita no fechamento da economia nos anos 1980s e ninguém teve coragem em por normatizar e agilizar. Algo que a Colômbia resolveu e que deixa claro o quanto de imposto e como pagar, inclusive permitindo comprar na amazon ou grandes loja internacional se preferir. Seja para consumidor ou empresas. O terceiro é mais importante é que a forma de cobrar imposto é uma coxa de retalhos baseados em consumo devido ser mais fácil cobrar e o que se conseguia aprovar para levar a carga tributária de 25 para 38%.
O outro ponto é que o Brasil gasta muito, mais muito mal. Isso na manutenção da maquina administrativa, na contratação de servidores, na aquisição de bens e serviços, no desenho e avaliação de políticas públicas. Os problemas envolvem as esferas de governo (municipal, estadual e federal) e os poderes (executivo, legislativo e judiciário). Por exemplo, no judiciário emergiu o sistema tão maluco que precisa contratar gente para carimbar e arquivar processo, mas não para decidir. Assim jogaram o custo para a extratosfera, aumentaram os prazos e e criaram mais instabilidade nas decisões que levam aumentar o custo como um todo.
Outros exemplos estão na lava jato que sumiram algumas centenas de bilhões devido as falhas no processo concorrencial, nos mecanismos de fiscalização e de punição. No caso das políticas sociais se gastou uma montanha de dinheiro e o IDH aumento, mas os vizinhos Colômbia e peru gastam 1/2 ou 1/3 dos recursos per capita na área de educação tem a mesma qualidade. E, em relação ao produto, no caso da educação gasta mais que a coreia nos anos 1980 e 1990s. O que está errado? Existe um buraco negro que não vemos? Ou nos aos atrás o governo tinha dinheiro para infraestrutura e não conseguia gastar. Algo na estrutura de estado como um todo está muito errada. Enquanto isso coloca dinheiro em subsídios de crédito que é uma conta bilionária que vai se paga lá em 2020 derivada daqueles modelos de financiamento no PSI com juros negativos e prazos a perder de vista. ao qual foi muito bom para quem queria se livrar de fontes de crédito privadas e pegar dinheiro barato do governo.
O Brasil está quebrado. Diferente de antes não tem como cobrir o rombo aumentando impostos e nem terá um espetáculo do crescimento da disfarçar a situação. Não dá mais adiar. É necessário reformar a estrutura administrativa, dar eficiência aos problemas e ao estado, vai ter que melhorar a regulamentação dos setores e buscar investimento privado, melhorar o perfil da carga tributar, dos gastos e da dívida pública, repensar o modelo de política industrial e comercial, como gerir as empresas públicas e os bancos públicos. Essa tarefa vai cair no colo de quem assumir em 2019.