Fórum Defesa Brasil

Cross escreveu:

Cunha escreveu:O cara mal assumiu o cargo e já tá levando pedrada. Pergunto para o pessoal com as pedras nas mãos: se o Amorim não é o cara para o MD, quem seria?

Aldo Rebelo.

Caça Rafale volta ao páreo com Celso Amorim no Ministério da Defesa?

Como ministro do Itamaraty, no governo Lula, Amorim apoiou a escolha do caça francês, desagradando a cúpula das Forças Armadas


São Paulo – A Dassault, a empresa francesa que fabrica o caça Rafale, pode ter ganho um importante aliado na disputa pela venda de 36 aviões para a Força Aérea Brasileira. Celso Amorim, que sucederá Nelson Jobim no Ministério da Defesa, já manifestou seu apoio público aos caças franceses em diversas ocasiões, quando era chanceler do governo Lula.

A compra dos caças foi um dos temas mais controversos do último governo. Avaliada em 7 bilhões de dólares, a licitação foi suspensa pela presidente Dilma Rousseff, no início de seu mandato. O argumento é que, em um ano de ajuste fiscal, não há “clima” para que o processo continue.

Seu padrinho político, Lula, e Amorim defenderem, várias vezes, a escolha do Rafale. A favor do caça francês, estariam não apenas a proposta de transferência de tecnologia – algo que os concorrentes do Rafale oferecem com restrições – mas, sobretudo, uma troca de apoio político da França às pretensões brasileiras de ocupar postos importantes em organismos internacionais.

Polêmica

A opção pelo Rafale, porém, não é um consenso nem mesmo entre a cúpula das Forças Armadas. Um relatório do Comando da Aeronáutica concluiu, por exemplo, que a melhor opção é o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab.

Para se ter uma ideia do clima de polarização, Amorim, então chanceler brasileiro, chegou a declarar, em janeiro do ano passado, que a compra dos caças “era uma decisão política.”

Agora, como ministro da Defesa, poderá usar sua influência para continuar defendendo o caça francês junto à presidente Dilma. O problema é que a política externa brasileira mudou de rumo, chefiada agora por Antônio Patriota. E a própria presidente Dilma já teria manifestado a intenção de rever o processo de compra – e manifestado uma inclinação pessoal pelos caças da Boeing.

A batalha pelo maior contrato em jogo na área de Defesa brasileira entra em uma nova fase. E a Dassault torce para que Amorim ainda esteja na cabine de seu caça.

knigh7 escreveu:

soultrain escreveu:Como pode haver militares comentando a nomeação do MD? Que é isso?

Estranho...

Essa matéria feita com base em entrevistas com generais da ativa explica bem o porquê:

O Estado de São Paulo

No meio militar, saída é bem-vinda, mas sucessão preocupa


Tânia Monteiro


Militares costumam dizer que um general da reserva manda menos do que o cabo encarregado do refeitório. A frase retrata a decomposição do poder de um alto coturno quando perde voz de comando.

Celebrado pelos militares pela capacidade de interlocução com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Nelson Jobim foi para a "reserva" no governo Dilma Rousseff.

Deixou de ser ouvido pelo Palácio do Planalto, e ultimamente até nas demandas orçamentárias. Sem poder de persuasão, deixou de representar a tropa, que começou a procurar interlocução diretamente com o Ministério do Planejamento para tratar de dinheiro.

Patente. Além da falta de prestígio, Jobim, por protagonizar polêmicas, expôs a pasta a uma agenda negativa. "Ele perdeu o apreço dos militares por suas atitudes", comentou um "quatro estrelas", oficial general de posto mais elevado, ao citar as declarações recentes de Jobim.

A identidade do novo ministro, porém, causava apreensão na caserna. Há resistência a um quadro que venha de outra carreira de Estado, como é o caso do escolhido de Dilma: o ex-chanceler Celso Amorim. Militares, fora o ego ferido, veem nisso um sinal de desprestígio da pasta.

Cogitado inicialmente, o nome do vice-presidente Michel Temer era vista só como solução temporária. A avaliação é de que a Defesa seria uma atividade secundária de Temer, assim como ocorreu no período de José Alencar. Já Mangabeira Unger era um nome apreciado pelo nacionalismo, embora a proximidade com os Estados Unidos, onde é professor em Harvard, assustasse alguns setores.

No cenário ontem estabelecido pelos militares, a escolha de um quadro como o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Moreira Franco, seria ideal. Carregaria para a pasta o peso político do PMDB, mas, por seu perfil, deixaria a máquina nas mãos dos militares, que "reconquistariam" o ministério.

Carlos Mathias escreveu:

Uma pergunta ......
Já que alguns aqui sistemáticamente repudiam a imprensa, tachando-os de PIG, a serviço dos AZUIS crucificam os jornalistas em geral, me digam por favor, quais as mídias confiáveis aos Rouges?
Além do Figaro, Le Monde, Diário Oficial da União, quais são as mídias eletronicas e impressas que vcs leem?
Acho legitimo criticar, ou não aceitar uma opinião, pois faz parte da democracia, entretanto queria saber também como os rouges ficam sabendo das noticias, pois como repudiam e não acreditam em todos os meios da grande imprensa, ficam sem ter como saber do que acontece no mundo.

Abraços

Hélio

Hélio.
Toda generalização é ruim.
Mas você acha realmente que a VEJA é isenta ao falar do GF atual?

Se for, o Brasil é o único país da Terra a ter uma imprensa isenta e equânime sobre esses assuntos.

Isso não existe!

Por outro lado, temos o Estado de São Paulo e a FSP, que já declararam publicamente que sim, são oposição ao GF atual. Eu particularmente acho saudável ler com muitos filtros as coisas que saem na mídia, toda ela.
Quem se esqueceu da última campanha presidencial?
A bolinha de papel?
A baorteira?

Temos figuras eminentemente contra GF, outras pró GF na mídia toda.
Cabe a nós lermos ambos e daí tirarmos as nossas conclusões.

A GLOBONEWS por exemplo.
Cada vez que há um "debate" neste canal são três pessoas: Uma do PSDB, outra da FIESP e outra do instituto FHC.
Isso pode ser levado a sério como debate isento e realmente produtivo?

Depois que eu vi um desses "debatedores" dizer que "a queda rápida de Serra nas pesquisas pré campanha era um sinal claro de que ele ia ganhar com folga", eu sinceramente Hélio, tenho três pés atrás com nossa imprensa.

Não existe imprensa 100% isenta.
Não sei nem se existe 50% isenta.

Tenha paciência meu bom amigo, e continuemos aguentando cada um seu adversário do outro lado do muro, mas sem estressar, na boa e com muito carinho.

Abraços!

Cunha escreveu:

Cross escreveu: Aldo Rebelo.

Não sei se seria o seu caso, mas acho que as pedradas seriam as mesmas se o Rebelo fosse o novo MD. Vou além, acho que as pedradas seriam as mesmas seja lá quem fosse o novo MD! E não falo só das críticas e pedradas do pessoal daqui do DB, mas também das críticas de militares via mídia e da própria mídia.

No cenário ontem estabelecido pelos militares, a escolha de um quadro como o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Moreira Franco, seria ideal. Carregaria para a pasta o peso político do PMDB, mas, por seu perfil, deixaria a máquina nas mãos dos militares, que "reconquistariam" o ministério.

soultrain escreveu:Como é possível militares porem em causa uma escolha da presidência em publico? Isso é uma quebra de confiança gravíssima, teria de ser apurado quem são as térmitas a minar a democracia e a linha de comando, e exterminar sem dó nem piedade.

Como se dá o exemplo de disciplina e de ordem para baixo, quando uma coisa dessas acontece? Isso dá ideia que é uma anarquia em todos os escalões.

Isso é vergonhoso, não tenho mais palavras!!!

É o que penso, desculpem a sinceridade.

soultrain escreveu:Como é possível militares porem em causa uma escolha da presidência em publico? Isso é uma quebra de confiança gravíssima, teria de ser apurado quem são as térmitas a minar a democracia e a linha de comando, e exterminar sem dó nem piedade.

Como se dá o exemplo de disciplina e de ordem para baixo, quando uma coisa dessas acontece? Isso dá ideia que é uma anarquia em todos os escalões.

Isso é vergonhoso, não tenho mais palavras!!!

É o que penso, desculpem a sinceridade.

Marino escreveu:Quem são os militares questionadores?
"Uma fonte militar...", "um General que pediu para não ser identificado..." (essa foi boa), "vozes militares...", etc.
PelamordeDeus...
A realidade são os 3 Comandantes que foram ao Palácio e fizeram continência.

Penguin escreveu:

Marino escreveu:Quem são os militares questionadores?
"Uma fonte militar...", "um General que pediu para não ser identificado..." (essa foi boa), "vozes militares...", etc.
PelamordeDeus...
A realidade são os 3 Comandantes que foram ao Palácio e fizeram continência.

Pois é.
Tomaram café com a Presidenta e foram convidados a permanecer nos seus respectivos cargos. Isso é o que vale.

jauro escreveu:Hoje pela manhã um jornal disse a coisa certa:

Dilma recebeu sinalizações, logo cedo, de que, apesar da atuação de Jobim no Ministério da Defesa, os comandantes não concordavam com o “comportamento de insubordinação” do ministro em relação à comandante-em-chefe das Forças Armadas.

No início do governo, a Presidenta já havia convocado os três Cmt em particular, eximindo-se da presença de NJ, demonstrando assim que ela queria a obediência dos 03 chefes militares à ela e não ao ministro.
As galhofas de NJ já estavam irritando a cúpula das FA, cujos Cmt já viam nas declarações do ministro como prejudiciais ao relacionamento Forças Governo.
Ele, NJ, colheu aquilo que plantou. Existem várias maneiras de se deixar um governo. Essa, com certeza nos últimos tempos, é inédita. Já vai tarde!
Quanto a sucessão, Dilma está escolhendo alguém que ela acredita que vai trabalhar com os militares. O prestígio da Força está mais alto que nunca. Basta ver os eventos que ela tem estimulado, comparecido, o convite para a permanência dos 03 Cmts e a escolha do Gen Fraxe para (diretor geral) comandar o DNIT.
Recursos, trabalho, fé e esperança. Pior é a guerra.