O governo atual está quebrado, e não tem de onde tirar mais recursos a não ser fazendo cortes onde não quer e não pode cortar, se quiser alguma coisa com as eleições de outubro. Cortar o orçamento da Defesa sequer chega a ser um problema, já que ninguém irá reclamar, tendo em vista o MD historicamente ser o primeiro a chancelar cortes e todo tipo tutela sobre o tema aos governos de plantão. Não se espere nada de bom a partir deste ministério.Super Flanker escreveu: Sáb Jun 15, 2024 8:19 am Mas qual o objetivo principal de uma suposta aquisição de F-16? Seria um caça tampão para substituir com mais urgência os F-5 e A-1 mais cansados? Ou seria um complemento à frota dos Gripens?
Se for a primeira opção até poderia entender, mas a segunda opção é um completo desaforo com tudo o que foi falado e pregado com a escolha dos Gripens.
Substituir os A-1 é conversa mole, mesmo todos sendo aposentados em 2025, como está no cronograma anunciado pela FAB. Os A-1M aguentam mais que isso. Principalmente levando em conta que temos outras 40 e poucas células que podem servir de spare parts para eles. Conquanto, o orçamento da FAB, cada vez mais diminuto e restrito, parece não comportar mais estes caças, mesmo os 9\10 que foram modernizados.
Quanto aos F-5, a previsão é de que as células mais antigas e que foram modernizadas no começo dos anos 2000 sejam as primeira a serem aposentadas. Mesmo assim, hoje, são cerca de 47 caças em uso oficialmente em Anápolis, Santa Cruz e Canoas. Há números mais que suficientes para manter-se os mesmos até 2033, como a própria FAB argumenta sua manutenção. Ainda que parte deles seja retirada, a quantidade disponível a priori garante que as OM equipadas com eles continuarão operacionais por bastante tempo. A não ser que esteja havendo problemas com eles que a FAB não conta para ninguém, por motivos óbvios.
Agora, se não tem grana para manter uma parelha de A-1M e alguns poucos F-5M ainda operacionais, de onde vai sair dinheiro para comprar F-16, muito mais caros de se manter e operar?
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Enfim, como expus no outro tópico do FX-2 Gripen, é muito mais lógico comprar as 15 unidades adicionais do Gripen E\F em troca dos KC-390 com os suecos, e distribuir entre 4 bases, ou até mesmo três, como tinha sido aventado anos atrás, e estamos quites com a ideia história de defesa aérea para manter doutrina. Agora, tem que ver qual é a real disposição hoje do governo para bancar este negócio para a Embraer. Afinal, os boletos vão continuar chegando e a FAB continua pressionada cada vez mais em relação ao orçamento que não tem para manter-se um mínimo básico necessário a uma defesa aérea sofrível, mas que funciona.