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Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Dom Dez 25, 2016 7:19 pm
por tatamovitch
Marechal-do-ar escreveu: Obtiveram exito na França, mas não na Rússia, há limites para o que a superioridade tática pode fazer, na Rússia, com todo o treinamento e preparo os alemães reportaram coisas assim:

...

Caros,

Não concordo com as afirmações acima, muito do que disse o colega eh verdade, Mas houve sim sucesso do Exercito Alemão na ofensiva ao leste, Operação Barbarossa.

Qualquer um que leu o livro Panzer Commander do Cel Hans Von Luck não poderá negar que os alemães tomaram café em Moscou, assim como 4.973.820 perdas eh sim uma surra!

Essas são as perdas do exercito vermelho somente na Operação Barbarossa!! Independente dos T-34, KV-1 ou KV-2 foram sobrepuljados pelos seus pares alemães em inferioridade de numero e qualidade dos blindados.

A derrota soh não aconteceu, pois, o exercito vermulho prevendo tremendas baixas dispinha de 14 milhões de reservistas. Nenhum outro pais poderia suportar tamanha perdas...

Abs,

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Dom Dez 25, 2016 7:55 pm
por FCarvalho
Marechal-do-ar escreveu:
FCarvalho escreveu:O segredo deste sucesso? Estratégia.
E de onde vem a estratégia? Da formação de doutrina. E a doutrina aperfeiçoa-se com o uso e desenvolvimento de táticas próprias adaptadas as suas condições e necessidades.
Então a França não treinava, o Canada não treinava, mas o EB treina?
Em 1940 os franceses levaram uma surra, os russos não, eu não diria que os franceses não treinavam, mas os russos possuiam uma vantagem, eles e os alemães participaram da guerra civil espanhola, os franceses não, ao contrário dos tanques franceses o T-34 foi construído com base nas lições aprendidas na Espanha, e surpreendeu os alemães, a experiência em combate foi mais importante do que todos os exercícios que os franceses fizeram.
E citei o Canada também, eles planejavam substituir os Leopard C2 (semelhantes aos nossos Leo 1) por veículos sobre rodas, após participaram no Afeganistão mudaram de ideia e decidiram comprar alguns Leo 2, mais uma vez, os exercícios diziam que veículos leves sobre rodas eram suficientes, o combate disse que não.
Em se tratando de blindagens todo treino e exercício tem uma séria limitação: durante o treino ninguém atira em você.

O problema Marechal é que não temos nenhuma forma mais concreta, e direta, de nos envolver em conflitos reais para que a experiência seja um fator preponderante para a indicação das soluções mais cabíveis a serem postas na cav blda do EB. Só temos os livros, o treinamento e, quando e se muito, observadores atuando em TO's externos a serviço da ONU. É com isso que temos de nos virar. Para o bem e para o mal. Melhor assim não?
FCarvalho escreveu: O propósito do Leo 1A5 nunca foi dar a cavalaria do EB a primazia no campo bldo na AS, mas antes, permitir uma certa modernidade no desenvolvimento doutrinal, e portanto, a atualização estratégica de nossas formações bldas. Com o que cabe em nosso bolso.
Apesar do Leo 1A5 não ser tão ou mais moderno quanto os principais CC's mundo afora hoje, deve-se lembrar insistentemente do contexto estratégico para o qual ele foi adquirido. E o nosso TO permite que se faça com ele muitas coisas que não poderíamos fazer hoje com outros bldos, mesmo que os pudéssemos comprar.
Adquirir um CC não é como ir na concessionária e comprar um carro. Se o Leo 1 e suas tecnologias com mais de 40 anos já está sendo uma "pequena grande revolução" para a cavalaria do EB, acostumada com os seus vetustos M-41 do pós-GM II, imagine-se o que não seria um salto detes para algo como um Leo II ou similar para uma força acostuma da a concertar seus CC "na marreta"...
Os Leopard (e M-60 também) servem para fingirmos termos uma força blindada, a desculpa de comprar um tanque obsoleto para preservar maquinário obsoleto é péssima, já que qualquer mente sã perceberia que tudo deveria ser substituído.
Enquanto que, militarmente, eles são melhores que nada, politicamente eles são um onus, fingir ter uma força blindada é algo que inibe tentativas reais de ser ter uma força blindada, no fim acho que perdemos mais do que ganhamos com os Leo 1, e para piorar, tem o inevitável efeito cascata de se ter comprado essa porcaria (Puma IFV? Para que? Acompanhar a droga do Leo 1? Pega uns M-113 que tá bom, Pantsir? Para que? Defender a droga do Leo 1? Pega o Gepard que tá bom, lanchas de desembarque para 50 tons está bom, é só o Leo 1 mesmo, etc).

Temos que analisar três questões, a saber: 1. qual o nível de prioridade que o EB dá sua cav blda em termos de planejamento estratégico? 2. Em que pese esta prioridade, ou a falta dela, qual o esforço financeiro e tecnológico somos capazes de suportar para obter uma força blda à altura das mais moderas? 3. A manutenção de uma força blda no EB deve ser coerente, a priori, com o nível de ameça encontrada no TO sul-americano. O que temos hoje responde bem a isso dentro de um contexto evolutivo da própria força blda, de forma a podermos suportá-la de forma autóctone e com o mínimo de dependência externa. Qual CC, empresa ou pais oferece isso hoje para nós?

As respostas tem de ser pesadas a luz da nossa realidade político-militar, e não apenas olhando-se a aquisição e/ou o CC em si mesmo.

A estrutura hoje que o EB possui pode sustentar, com algum esforço, é verdade, apenas os Leo 1A5. Mais do que isso, e teríamos uma linda e bela frota de tanques para desfiles militares, e só.

Qual das duas alternativas hoje seria a mais interessante para nós? Afinal, de que adianta ter um carro do ano se não temos grana para gastar colocando gasolina nele?
Eu gostaria muito de ver o EB com um CC moderno acompanhado de VBTP-SL também modernos. E de famílias inteiras desenvolvidas a partir deles. Mas se prestares atenção, nem os M-113, que tem por aí mundo afora uma miríade de variantes, conseguiu vingar por aqui fora do basicão VBTP. Só agora em pleno final da segunda década do sec XXI o EB está se dando o luxo de comprar versões especializadas. Porquê? Eu não tenho a resposta. Mas suspeito que tenha, e muito, a ver com os Leo 1A5 e algumas impositividades operacionais dele advindas.

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Dom Dez 25, 2016 7:59 pm
por EDSON
tatamovitch escreveu:
Marechal-do-ar escreveu: Obtiveram exito na França, mas não na Rússia, há limites para o que a superioridade tática pode fazer, na Rússia, com todo o treinamento e preparo os alemães reportaram coisas assim:

...

Caros,

Não concordo com as afirmações acima, muito do que disse o colega eh verdade, Mas houve sim sucesso do Exercito Alemão na ofensiva ao leste, Operação Barbarossa.

Qualquer um que leu o livro Panzer Commander do Cel Hans Von Luck não poderá negar que os alemães tomaram café em Moscou, assim como 4.973.820 perdas eh sim uma surra!

Essas são as perdas do exercito vermelho somente na Operação Barbarossa!! Independente dos T-34, KV-1 ou KV-2 foram sobrepuljados pelos seus pares alemães em inferioridade de numero e qualidade dos blindados.

A derrota soh não aconteceu, pois, o exercito vermulho prevendo tremendas baixas dispinha de 14 milhões de reservistas. Nenhum outro pais poderia suportar tamanha perdas...

Abs,
Não! A vitória não aconteceu porque Hitler não tinha um objetivo claro que poderia ser a destruição do Exército Vermelho ou a submissão de alguns territórios. BismarK se revirou no caixão quando viu uma campanha que não tinha um plano politico claro e Clawsevitz, Jomini e Napoleão chamaria esta empreitada de: um projeto de um louco.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Dom Dez 25, 2016 10:41 pm
por Marechal-do-ar
FCarvalho escreveu:A estrutura hoje que o EB possui pode sustentar, com algum esforço, é verdade, apenas os Leo 1A5. Mais do que isso, e teríamos uma linda e bela frota de tanques para desfiles militares, e só.
Acho essa afirmação o mais completo absurdo, o EB opera helicópteros, a FAB aviões, ambos com exigências de manutenção muito maiores do que tanques, então por que, em relação a esses últimos, o EB só da conta dos Leo 1A5?

É impossível para um país como o Brasil alegar que não consegue operar um determinado equipamento, pode até ser que um equipamento seja adquirido e fique na oficina (ou no porto, ou no hangar) mas ai é por conta de planejamento errado da força ao não alocar os devidos recursos, dizer que um orçamento de dezenas de bilhões de reais não da para operar alguma coisa chega a ser uma ofensa à inteligência alheia.

A propósito, por que não há questionamento da manutenção de umas 20 brigadas de infantaria que juntas custam bem mais que 2 ou 3 (somando os RCB) brigadas blindadas?

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Dom Dez 25, 2016 11:18 pm
por FCarvalho
Marechal-do-ar escreveu:
FCarvalho escreveu:A estrutura hoje que o EB possui pode sustentar, com algum esforço, é verdade, apenas os Leo 1A5. Mais do que isso, e teríamos uma linda e bela frota de tanques para desfiles militares, e só.
Acho essa afirmação o mais completo absurdo, o EB opera helicópteros, a FAB aviões, ambos com exigências de manutenção muito maiores do que tanques, então por que, em relação a esses últimos, o EB só da conta dos Leo 1A5?

Lembre-se que até a metade dos anos 90's a cav blda do EB era formada por M-41, com seus antecedentes sendo M-3 e M-4 datadas da GM II. Toda a estrutura e doutrina que o EB possuía era voltada para suportar este tipo de bldos. São mais de 50 anos operando veículos com todas as limitações operacionais e culturais possíveis que se lhes impunham a idade. E sim, concordo que operar um CC moderno é tão complicado quanto operar H225M ou Gripen NG, mas note que as demais forças, assim como o próprio EB, deram passos anteriores até chegar nestes vetores. Ninguém saiu de Esquilo para operar direto BH ou Cougar, ou foi direto de Xavante para Gripen. As coisas foram aos poucos. Acho que poderíamos ter ido direto para um CC mais moderno, mas alguém dentro do EB achou que era melhor ir mais de vagar. Então, bem ou mal, vieram M-60 e Leo 1A5. É bom? Claro que não. Poderíamos ter alguma coisa melhor? Com certeza. Mas não estamos em um país que leva defesa a sério. Se levasse, talvez a nossa situação fosse outra. Mas não é. Viva-se com isso.

É impossível para um país como o Brasil alegar que não consegue operar um determinado equipamento, pode até ser que um equipamento seja adquirido e fique na oficina (ou no porto, ou no hangar) mas ai é por conta de planejamento errado da força ao não alocar os devidos recursos, dizer que um orçamento de dezenas de bilhões de reais não da para operar alguma coisa chega a ser uma ofensa à inteligência alheia.
A propósito, por que não há questionamento da manutenção de umas 20 brigadas de infantaria que juntas custam bem mais que 2 ou 3 (somando os RCB) brigadas blindadas?

A organização do EB é por assim dizer, "jurássica" e mutas vezes, penso eu, pautada em questões que realmente estão muito aquém da realidade atual do país. Mas eu, se muito posso no máximo arguir aqui sobre, e concordar ou discordar dos caminhos que a força está trilhando. Fato é que o EB é um exercito que não tem premências, ou necessidades impositivas geradas pelo calor de um conflito. Neste sentido, tudo o que diz respeito a mudanças, via de regra, para um país que não sabe o que é uma guerra a quase um século, é bastante difícil, tanto do ponto de vista organizacional como cultural. E se isso é um fator importante a considerar nas decisões dos militares, que lidam com o assunto diariamente, imagine-se então na sociedade civil e no poder público, que vivem alheios à realidade da defesa?
Já disse aqui várias vezes que defesa é um negócio caro. E sempre será. No nosso caso é preciso observar duas coisas: uma, a regularidade dos investimentos em defesa, dois, a regularidade do planejamento institucional do Estado em relação a defesa. Planejamento nunca foi o forte da área de gestão publica no Brasil. Mesmo nas ffaa's, que só muito recentemente começaram a apontar seus planos para o futuro em prazos determinados a partir dos anos 80's. Infelizmente estamos aprendendo bem devagar.

Óbices de um país que vive em paz há muito tempo com todos. Apesar de não conseguir viver em paz consigo mesmo.

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Seg Dez 26, 2016 2:13 am
por JL
Wingate escreveu:Na minha pequena, modesta (e invariavelmente inútil) opinião, deveríamos investir muuuuuito no desenvolvimento/produção/emprego de armas anti-carro de primeira linha, tendo em vista o que está já ocorrendo hoje nos TOs da Síria e Iraque.

Doravante, a posse de moderníssimas armas anti-carro (e pessoal altamente treinado no seu emprego) será um fator dissuasório de extrema importância os exércitos de qualquer nação.

Mas é só uma opinião.

SDS,

Wingate

FALOU TUDO, precisa ver se o pessoal que estuda e desenvolve doutrinas do EB esta olhando para a Síria ou lendo sobre os pensamentos da Guerra Fria, ou talvez o conflito árabe israelense de Yom Kippur, pior talvez eles estejam pensando na II Guerra Mundial. Afinal tradição é tradição. Afinal será que alguém no EB, EI PESSOAL DO EB AQUI DO FORUM, já pensaram quanto custa aquela coisinha que os sírios estão colocando em cima dos veículos, para jammear mísseis. É em mísseis e jammers que vocês tem que pensar.


[destacar]VOU GRITAR PARA VER SE ALGUÉM OUVE, OLHEM BEM OS SÍRIOS, SIM OS SÍRIOS EM GUERRA FIZERAM ESTE APARELHO, VAMOS ACORDAR AÍ PESSOAL DOS PAMPAS DO RIO GRANDE DO SUL OU VOCÊS CORREM RISCO, SE DEUS NÃO NOS AJUDAR NO FUTURO, COMO TEM FEITO ATÉ HOJE, DE UM DIA VIRAREM CHURRASCO COMO TANTOS TRIPULANTES DE CARROS DE COMBATE NO ORIENTE MÉDIO, MESMO COMO TODA A DOUTRINA E TREINAMENTO, UM NEGÓCIO DESSES PODE SALVAR VIDAS, TEM QUE SER FOCO DE ESTUDO.[/destacar].

FOTOS DO SISTEMA RÚSTICO

http://defense-watch.com/wp-content/upl ... 78x381.png

http://www.janes.com/article/58032/anal ... le-jammers

http://1.bp.blogspot.com/-wy4t4rRyWzA/V ... GM_jam.jpg

https://pbs.twimg.com/media/CaKULOPWAAA5Hdh.jpg

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Seg Dez 26, 2016 11:37 am
por gusmano
FCarvalho escreveu:
gusmano escreveu:Não vejo com esse positivismo não, defender o Leo1 já não tinha muito sentido lá na compra...defender o leo1 para além de 2025 já é quase caso de manicômio ou quartel do EB, que no caso é quase a mesma coisa a julgar pelas brilhantes decisões recentemente tomadas...como o Cascavel NG/Urutu e agora supostos Leo1.

Na ww2 os tempos eram outros..a tecnologia eletrônica como um todo muito incipiente... não adianta querer tapar o sol com peneira. Hoje em dia, qualquer manpad genérico coloca a maioria dos blindados para correr. Vide os conflitos atuais.

abs
Não chamaria de otimismo, mas de pragmatismo real. A escolha do Leo 1A5 não foi feita em uma mesa de bar. Muitas coisas foram pesadas, inclusive capacidade da instituição suportar uma classe de CC maior que eles. E o resultado é que entre pombos e migalhas, o Leo I foi o que coube não apenas no bolso, mas também nas garagens e infra-estrutura existente.

Aliás, muita coisa em matéria de infra-estrutura material e humana teve que ser modificada e/ou adaptada e até mesmo construída do zero para a cav blda poder receber estes veículos. Não se passa de um CC pós-GM II para os anos 80 assim sem mais nem menos. Imagine-se então ir direto para os anos 2000.

Como disse, vamos com calma. Estão analisando o CC sem perceber seu contorno operacional. Insisto, comprar tanques não é como ir na loja trocar um fusca 58 por um opala 79, menos ainda por uma BMW 2004.

abs.
Opa.. entendo que a decisão possa não ter sido fácil, porém continuo a dizer que não faz sentido operar algo que possui quase nenhuma relevância militar atual atualmente, quem dirá em 2025. Era melhor ter 60 leo2 sem garagem do que 240 leo1 com garagem.

abs

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Seg Dez 26, 2016 2:09 pm
por FCarvalho
gusmano escreveu:
FCarvalho escreveu:
Faça uma pergunta simples aos oficiais cavalarianos que comandam CC e aos sargentos que fazem a sua manutenção, em um pais que vive de costa para a sua própria defesa: o que eles escolheriam na hora do pau? um CC algo atual e moderno, mas que não podem/conseguem usa/dominar, ou algo nem tão moderno assim mas que conseguem dominar o seu uso e manutenção? :roll:

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Seg Dez 26, 2016 2:25 pm
por mmatuso
FCarvalho escreveu:
mmatuso escreveu:Por isso que isso gripen ng vira a coquelucha de guerra e arma mais poderosa do mundo para a FAB, vivemos só de equipamento defasado e museu, quando aparece algo mediano ou moderno é tratado como a arma mais avançada do mundo e orgulho nacional.
O passado entorpece os sentidos na hora de tomar as decisões futuras.
O Gripen NG é mais que uma compra de prateleira para a FAB. Tem quem concorde com isso, e tem quem não concorde. Ele caberá no bolso, na estrutura e na doutrina de defesa aérea que hora está se planejando para a força até 2041. Podemos concordar ou não com isso, mas é o que será.
A outra alternativa era ficar sem caças ou repetir a experiência do Mirage III, que se previa 40 no início, ficou em 16 na real, e depois terminou em menos de 10 em quase trinta anos voando sem modernização ou atualização possível porque a FAB não tinha grana para por neles.

A mesma coisa os Leo 1A5. Não são a melhor coisa do mundo, mas é o que dá para fazer no momento. Se alguém tiver uma alternativa melhor é só chegar no cmdo do exército e dizer. Tenho certeza que eles irão escutar com muito gosto.

abs.
FCarvalho,

Interessante que as coisas parecem antagônicas, de um lado EB optou por um monte de MBT defasados, mas pelo menos vemos em quantidade maiores, não que resolva o problema inteiro.

Do outro a FAB que optou pelo Gripen NG que é moderno, mas vem em quantidade minuscula, não que também resolva o problema inteiramente.

Ai fica a questão no ar, melhor optar por algo não tão moderno mas em maior quantidade, ou em algo moderno em quantidade menor?

Talvez daqui umas decadas o gripen ng nos de uma respostas completa.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Ter Dez 27, 2016 9:31 am
por brasil70
Pela forma que os amigos estão falando, parece até que o EB adquiriu novos lotes de Leo's 1.
Acho que os próximos passos já estão definidos, com a instalação da fabrica lá no Sul.
Vamos aguardar e deixar o barco andar, acredito que estamos no caminho certo, mesmo que lentamente.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Ter Dez 27, 2016 11:24 am
por FCarvalho
mmatuso escreveu:
FCarvalho escreveu: O Gripen NG é mais que uma compra de prateleira para a FAB. Tem quem concorde com isso, e tem quem não concorde. Ele caberá no bolso, na estrutura e na doutrina de defesa aérea que hora está se planejando para a força até 2041. Podemos concordar ou não com isso, mas é o que será.
A outra alternativa era ficar sem caças ou repetir a experiência do Mirage III, que se previa 40 no início, ficou em 16 na real, e depois terminou em menos de 10 em quase trinta anos voando sem modernização ou atualização possível porque a FAB não tinha grana para por neles.
A mesma coisa os Leo 1A5. Não são a melhor coisa do mundo, mas é o que dá para fazer no momento. Se alguém tiver uma alternativa melhor é só chegar no cmdo do exército e dizer. Tenho certeza que eles irão escutar com muito gosto.
abs.
FCarvalho,
Interessante que as coisas parecem antagônicas, de um lado EB optou por um monte de MBT defasados, mas pelo menos vemos em quantidade maiores, não que resolva o problema inteiro.
Do outro a FAB que optou pelo Gripen NG que é moderno, mas vem em quantidade minuscula, não que também resolva o problema inteiramente.
Ai fica a questão no ar, melhor optar por algo não tão moderno mas em maior quantidade, ou em algo moderno em quantidade menor?
Talvez daqui umas decadas o gripen ng nos de uma respostas completa.
A questão de quantidades sempre vai ser algo muito relativo, principalmente em relação a defesa. O que pode ser bom para um, não necessariamente o será para outros, e assim em diante.

Não vamos esquecer que a FAB levou 18 anos para conseguir comprar um mísero lote de 36 caças, pretendendo chegar em 108 (sem qualquer garantia disso). Nem e nem outro, na minha opinião, dão conta da defesa aérea do país, mas os brigadeiros da FAB entendem que sim. Fica a questão: 108 caças de 4,5a G é muito ou é pouco para a defesa aérea do Brasil? E se fossem de 5a G 36 bastariam? :roll:

Assim também os Leo I. O EB comprou rapidinho pouco mais de uma centena do 1A1 e depois cerca de 250 CC's do 1A5. Deu para preencher as suas necessidades atuais. Mas isso é muito ou é pouco em relação as reais necessidades de defesa do país? Tem quem ache que sim, e tem quem ache que não. O tempo dirá. Há quem diga que os Leo II poderiam estar por aqui, mesmo que fosse meia duzia, mas que seira melhor do que os 1A5. Seria mesmo? Talvez sim... talvez não...

O tempo dirá se as decisões tomadas foram acertadas ou não. Na verdade, em 2025 saberemos.

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Ter Dez 27, 2016 1:13 pm
por JL
FCarvalho escreveu:
mmatuso escreveu:Por isso que isso gripen ng vira a coquelucha de guerra e arma mais poderosa do mundo para a FAB, vivemos só de equipamento defasado e museu, quando aparece algo mediano ou moderno é tratado como a arma mais avançada do mundo e orgulho nacional.
O passado entorpece os sentidos na hora de tomar as decisões futuras.
O Gripen NG é mais que uma compra de prateleira para a FAB. Tem quem concorde com isso, e tem quem não concorde. Ele caberá no bolso, na estrutura e na doutrina de defesa aérea que hora está se planejando para a força até 2041. Podemos concordar ou não com isso, mas é o que será.
A outra alternativa era ficar sem caças ou repetir a experiência do Mirage III, que se previa 40 no início, ficou em 16 na real, e depois terminou em menos de 10 em quase trinta anos voando sem modernização ou atualização possível porque a FAB não tinha grana para por neles.

A mesma coisa os Leo 1A5. Não são a melhor coisa do mundo, mas é o que dá para fazer no momento. Se alguém tiver uma alternativa melhor é só chegar no cmdo do exército e dizer. Tenho certeza que eles irão escutar com muito gosto.

abs.

Alternativas para estudar, aqui vai:

1-) Um dos grandes problemas do Leo 1 é a sua vulnerabilidade, sua blindagem é por demais fina, somente placa RHA, ou seja não é composta, não tem cerâmica, titânio, urânio exaurido etc. Não temos blindagem reativa etc. Creio que nem adianta pensar muito nisso, porque o grupo propulsor foi dimensionado para o peso atual e colocar blindagem de qualquer tipo vai aumentar por demais o peso, mas qual é a principal ameaça hoje para um CC, o míssil anti carro, é o que vemos hoje na Síria, então o que fazer é investir em interferidores nacionais. Como disse antes os sírios, talvez com ajuda russa, produziram uma caixa retangular facetada com dispositivos optrônicos que emitem sinais que interferem com a guiagem por exemplo de mísseis como o TOW, poderíamos colocar algo deste tipo no topo da torre dos nossos Leopard e poderia ser um incentivo a indústria nacional, visto que, os sírios passaram a colocar o sistema deles em tudo, pick ups e caminhões, por exemplo. O nosso sistema poderia equipar além dos carros de combate, veículos APC etc. Além de poder até exportar e o sistema também pode ser retirado do veículo que der baixa e ser instalado em outro.

2-) Ver o alvo primeiro é tudo, vejam na reforma dos TAM argentinos, existe um sistema israelense com Câmera Térmica, imagine o Leo com visão térmica, precisa pensar em dar olhos melhor para o carro de combate ver o inimigo primeiro, isto da para fazer.

3-) Fumaça, fumígenos, instalar um sistema com vários lançadores mas modernos e eficazes, não custa tanto.

4-) Mas blindagem, blindagem, olha novamente fica difícil defender de uma munição flecha, não tem o que fazer, não tem jeito, mas pode melhorar muito a proteção contra rojões, por exemplo os argentinos usam o MARA, os bolivianos o RPG 7, no Brasil o ALAC todos rojões de ogiva simples. Não podemos aumentar o peso, mas poderiamos dar uma melhor proteção ao chassi do carro, acrescendo uma blindagem removível em forma de grade, na frontal, lateral e na traseira sem acrescer o peso do veículo, tudo de projeto nacional. A torre fica complicado, mas talvez de para colocar um sistema de grade, não sei se seria possível. Também é possível colocar um aplique de ceramica no placa frontal do casco, de forma a aumentar a proteção contra projéteis perfurantes de calibre baixos como os de 30 mm usados digamos no Guarani, ou os 20 mm usados nos APC argentinos.

Quanto isto iria custar, interferidor + fumígenos + câmera térmica + blindagem em grade. E não falei em dar ao comandante um computador tático do tipo mine notebook, não falei em melhores rádios. Fiquei por aí. Mas sabe qual é a real hoje exército é escola, estudar e treinar e depois pensar na reforma antecipada, enquanto o calceteiro que assenta pedras nas calçadas brasileiras sob o sol de 40 graus ou os caras que campinam os acostamentos das rodovias, serviços que deviam ser de detentos vão se aposentar lá para os 65 anos de idade.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Ter Dez 27, 2016 2:37 pm
por Carlos Lima
Srs... Só para avisar que esse não é o tópico apropriado para F-X e um montão de posts serão excluídos.

Avisados.

[]s
CB

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Ter Dez 27, 2016 10:48 pm
por gusmano
FCarvalho escreveu:
gusmano escreveu:
Faça uma pergunta simples aos oficiais cavalarianos que comandam CC e aos sargentos que fazem a sua manutenção, em um pais que vive de costa para a sua própria defesa: o que eles escolheriam na hora do pau? um CC algo atual e moderno, mas que não podem/conseguem usa/dominar, ou algo nem tão moderno assim mas que conseguem dominar o seu uso e manutenção? :roll:

abs.
Eles eu não sei, mas eu escolheria sair vivo. E para ter mais chance de sobrestiveria, não vou me enfiar um jurássico cc que meu vizinho miserável poem para correr com um míssil encontrado facilmente e que requer muito pouca prática.

abs

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Qua Dez 28, 2016 6:02 am
por Marechal-do-ar
FCarvalho escreveu:Faça uma pergunta simples aos oficiais cavalarianos que comandam CC e aos sargentos que fazem a sua manutenção, em um pais que vive de costa para a sua própria defesa: o que eles escolheriam na hora do pau? um CC algo atual e moderno, mas que não podem/conseguem usa/dominar, ou algo nem tão moderno assim mas que conseguem dominar o seu uso e manutenção?
A pergunta já parte da premissa que são incompetentes demais para um CC moderno depois da a escolha entre ficar na garagem e servir de alvo...

Eu entendo que as premissas não são verdadeiras, mas se fossem, deveríamos dissolver o EB.