NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

[IvanOTerrivel]

Compras e mais compras no exterior.....

[talharim]

DIRETORIA-GERAL DO MATERIAL

CENTRO TECNOLÓGICO DA MARINHA
EM SÃO PAULO

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Contratada:Bilfinger Maschinenbau GmbH & Co Kg; OBJETO: a
fabricação e o fornecimento dos componentes de alta precisão dos
Internos do Reator, a ser instalando no Submarino Nuclear Brasileiro
(SN-BR), incluindo a fabricação da grade superior, da grade inferior,
da placa intermediária, da estrutura guia e de porcas, parafusos e
pinos; JUSTIFICATIVA: Conhecimento Técnico; FUNDAMENTO:
artigo 25 - "Caput" da Lei nº 8.666/93; ORDENADOR DE DESPESAS:
CMG (RM1-IM) FÁBIO FORNAZIER VOLPINI; PROCESSO:
DL/019/2011; VALOR:EUR 3.808.360,00; Ratifica o ato de
inexigibilidade de licitação, nos termos do art. 26 da lei nº 8666/93.
São Paulo, SP, 13 de junho de 2014.

[arcanjo]

12/07/2014
O projeto do submarino com propulsão nuclear

Luiz Padilha



http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=43527

abs.

arcanjo

[LeandroGCard]

Compras e mais compras no exterior.....

Não há outra opção.

A indústria brasileira está morrendo já faz tempo, e sem compras no exterior não se produz mais aqui nem carrinho de mão, quanto mais submarinos nucleares. E a tendência é só piorar daqui para a frente.

Leandro G. Card

[FIGHTERCOM]

Compras e mais compras no exterior.....

Não há outra opção.

A indústria brasileira está morrendo já faz tempo, e sem compras no exterior não se produz mais aqui nem carrinho de mão, quanto mais submarinos nucleares. E a tendência é só piorar daqui para a frente.

Leandro G. Card

Leandro,

Poderia falar mais sobre isso? Sobre essa tendência de piorar?


Desde já lhe agradeço.

Abraços,

Wesley

[LeandroGCard]

Leandro,

Poderia falar mais sobre isso? Sobre essa tendência de piorar?


Desde já lhe agradeço.

Abraços,

Wesley

Wesley,

Com a estrutura administrativa (cartorial, burocrática e politiqueira) que o Brasil possui desde o governo militar e mesmo antes, e a econômica que foi montada desde o início do governo FHC e não alterada substancialmente até hoje (combate à inflação pela via da contenção da demanda com juros muito altos, moeda sobrevalorizada e cartelização de amplos setores econômicos após as privatizações), a indústria brasileira não tem como competir com a do restante do planeta, e vem definhando já há pelo menos duas décadas. Quase ninguém investe mais em tecnologia ou inovações, simplesmente porque não dá para compensar os custos, e o pessoal especializado que existia está mudando de ramo ou se aposentando sem que substitutos tenham a chance de ser preparados para tomar o seu lugar.

Por isso chegamos na situação atual, onde mesmo quando se faz algum esforço para criar demanda para empresas nacionais elas não conseguem aproveitar a oportunidade. Já são consideradas normais coisas como não encontrar empresas brasileiras para desenvolver o Guarani mesmo com a promessa de encomendas de 3000 unidades (depois de termos tido pelo menos menos que 3 empresas nacionais desenvolvendo por conta própria veículos blindados militares nas décadas de 1970/80), de estaleiros entregarem navios que não podem navegar ou nem entregarem nada, falindo antes de terminar os navios, ou da Embraer estar desenvolvendo um grande projeto novo (KC-390) e os fornecedores do seu entorno estarem fechando as portas. Este tipo de coisa já está tão comum e disseminado que mal aparecem comentários mesmo em ambientes como aqui o próprio DB, e a mídia em geral nem noticia tais casos mesmo em notas de rodapé. O desmonte da indústria brasileira já parece dado como favas contadas, e o que vejo é cada vez mais gente saindo do setor ou simplesmente desistindo de entrar.

Conheço um monte de empresas que engavetou ou cancelou projetos que deveriam estar desenvolvendo este ano, e as poucas que ainda esperam tentar alguma coisa não encontram mais sequer pessoal experiente para tocar os trabalhos, ainda mais pelos salários baixos que conseguem pagar. O que existe hoje de infra-estrutura e mão de obra especializada está envelhecendo e ficando obsoleto, e como investimentos na área tem retorno baixo e difícil quem tem grana prefere investir em outra coisa, então a tendência é só piorar daqui para a frente. Sendo assim não vão sobrar mesmo muitos fornecedores nacionais para qualquer que seja o projeto que se queira implementar aqui, e por isso estas compras lá fora para os nossos sub´s são apenas algo esperado e inevitável. Eu mesmo, que tenho mais de vinte anos de experiência em consultoria de engenharia para indústrias e ainda consigo ter um salário razoável já estou vendo para comprar um sitiozinho em algum lugar para ir cultivar cogumelos e criar abelhas, porque não consigo me ver mais vivendo de engenharia pelos próximos dez ou quinze anos.

Por isso digo que a tendência é só piorar, e que se o primeiro sub nuclear ainda tiver alguma coisa ou outra feita aqui é bem possível que os próximos venham completinhos de fora, e só mesmo o reator (que é difícil para o Brasil comprar do exterior) é que talvez ainda seja nacional, caso o governo ou a MB decidam bancar a sua produção, porque empresa nenhuma irá fazê-lo. Isso se realmente vierem a ser mesmo construídos sub´s nucleares no país depois do primeiro, o que cada vez mais acho difícil acontecer já que nem patrulhas de 500 ton que prestem conseguimos entregar.


Leandro G. Card

[mauri]

Ue,

Mudou de opinião rápido, quando falei isso aqui, ano passado, quase fui linchado virtualmente....

Falta só o Marino concordar agora...rsrsrsr

Quase tudo deste submarino, inclusive grande parte do reator, é feito por empresas estrangeiras, mas o nacionalismo exacerbado não deixam minguem aqui ver a realidade.

Fico feliz pelo reconhecimento, a verdade demora mas não falha... mas por essa eu não esperava...Estrutura guia e de porcas....

Mauri

Compras e mais compras no exterior.....

Não há outra opção.

A indústria brasileira está morrendo já faz tempo, e sem compras no exterior não se produz mais aqui nem carrinho de mão, quanto mais submarinos nucleares. E a tendência é só piorar daqui para a frente.

Leandro G. Card

[henriquejr]

A utilização de equipamentos de origem extrangeira é normal, principalmente para um país como o Brasil, que nunca teve muita demanda para equipamentos para utilização na geração de energia nuclear, que justifique a produção desses equipamentos no país. Somente aqueles paises que tem grande demanda, por fazer uso civil e militar (além da exportação desses equipamentos e de reatores já prontos) de energia nuclear possuem fornecedores nacionais de tais equipamentos. Creio que no mundo todo na passam de 5 países (Alemanha, EUA, França, Rússia) que possuem industrias para produzir em serie estes ítens.

O importante para um pais como o Brasil é ter o conhecimento tecnológico para projetar e produzir seus reatores e demais equipamentos, que geralmente não são fornecidos por terceiros.

[Duka]

Pois é, é utópica essa ideia de "100% Made in Brazil". Pouquíssimos países são totalmente auto-suficientes na indústria. Temos que focar nos produtos que já são fabricados aqui em nível de qualidade internacional, o resto que se compre fora.

[Bourne]

Quais países são esses autossuficientes na industria?

Não conheço nenhuma. Em geral, o foco é deter o controle das áreas sensíveis, o resto compra fora de alguns fornecedor estrangeiro.

[LeandroGCard]

Pois é, é utópica essa ideia de "100% Made in Brazil". Pouquíssimos países são totalmente auto-suficientes na indústria. Temos que focar nos produtos que já são fabricados aqui em nível de qualidade internacional, o resto que se compre fora.

Ai, ai, se pelo menos isso fosse possível, fabricar alguma coisa aqui com qualidade equivalente ao que existe lá fora por um custo razoável.... .

Do jeito que a coisa está hoje (na verdade tem estado desde o início do governo FHC) se a sua máxima for seguida à risca amanhã mesmo não existirá mais quase nenhuma indústria no país .


Leandro G. Card

[Duka]

Quais países são esses autossuficientes na industria?

Não conheço nenhuma. Em geral, o foco é deter o controle das áreas sensíveis, o resto compra fora de alguns fornecedor estrangeiro.

Acredito e EUA e China o são. Só não produzem o que não lhes desperta interesse. No nosso caso falta capacidade tecnológica em várias áreas.

[Duka]

Pois é, é utópica essa ideia de "100% Made in Brazil". Pouquíssimos países são totalmente auto-suficientes na indústria. Temos que focar nos produtos que já são fabricados aqui em nível de qualidade internacional, o resto que se compre fora.

Ai, ai, se pelo menos isso fosse possível, fabricar alguma coisa aqui com qualidade equivalente ao que existe lá fora por um custo razoável.... .

Do jeito que a coisa está hoje (na verdade tem estado desde o início do governo FHC) se a sua máxima for seguida à risca amanhã mesmo não existirá mais quase nenhuma indústria no país .


Leandro G. Card

No próprio PROSUB temos sim casos de absoluto sucesso da indústria nacional. A WEG é um exemplo cristalino disto. Veja bem, eu sou sempre a favor de comprar locais, mas em muitos casos o fornecedor inexiste e convenhamos que meia duzia de submarinos não geram demanda pra manter fábrica alguma aberta. Um dos problemas de indústria nacional, a meu ver, é que sempre foi pautada (em boa parte) em produtos de baixo valor tecnológico agregado, e boa parte fabricado aqui por multinacionais com centros de P&D nas matrizes. Com a ascensão industrial dos países asiáticos, ficou mais barato produzir lá. Perdemos competitividade (obvio que considero os problemas cambiais outro fator relevante). Nesse sentido, ao menos é alentador perceber que as autoridades acordaram para esse fato, e creio que a médio prazo as medidas já tomadas e outras que talvez surjam contribuam para mudar este setor, e principalmente a filosofia de negócio de nosso empresariado (foco em qualidade e tecnologia, além de salários decentes pra reter/atrair a moçada (tem gente pagando menos de R$ 3000,00 para engenheiro recém formado)).

[LeandroGCard]

A WEG é um exemplo cristalino disto.

A Weg é um dos raros exemplos de empresas brasileiras que ainda resistem, apesar de todos os problemas do país. Isso em boa parte porque ela não opera apenas aqui, mas é uma empresa genuinamente multinacional. E isso implica em que ela tem acesso a tecnologia de nível mundial (http://exame.abril.com.br/revista-exame ... -se-compra) e produz boa parte do que vende em outros países, como EUA e China. E ela já era assim há muitos anos, antes mesmo do governo FHC, e foi uma das poucas sobreviventes a ele, ao contrário do que aconteceu com uma Metal Leve, uma Cofap, uma Brinquedos Estrela e etc... .

O nosso problema é que as condições locais não permitem que outras WEG possam surgir e se manter no mercado .


Leandro G. Card

[mauri]

WEG, eu faço é rir.......Rsrsrsrsr

Cadê o Motor de terras raras para mover as hélices do Submarinos Nuclear, tão prometido pela Marinha e pela WEG?


O motor vai ser Frances/alemão/americano da Jeumont.


Mauri