Fórum Defesa Brasil

Lembrando apenas que no atual quadro de organização da cavalaria blda, a demanda é para pouco mais de 300 CC's. Considerando escolas de formação e instituições de ensino e pesquisa, passa pouca coisa de 400.

E se nada mudar neste mesmo quadro a partir da EBF, que é a situação que se nos aponta o futuro imediato, perguntem por aí quantos países no mundo tem um mercado potencial para 300/400 CC's hoje em dia?

Além disso, uma família baseada em um CC nacional ainda teria outras centenas de veículos a serem empregados no apoio a tais CC's, como Art AP, Eng e Socorro, dentre outros.

Há sim. Não esquecendo as indefectíveis exportações para pobre e miseráveis como nós que não disponham de uns trocados a mais para pagar por um Abrams, Leo II ou Leclerc da vida.

Bom, mercado em tamanho e perspectiva, além de lucro futuro em potencial com uma eventual família de CC nacional temos. O que não temos são outras coisas...

abs.

FCarvalho escreveu:Lembrando apenas que no atual quadro de organização da cavalaria blda, a demanda é para pouco mais de 300 CC's. Considerando escolas de formação e instituições de ensino e pesquisa, passa pouca coisa de 400.

E por que tão poucas unidades de cavalaria blindada? Pelo número de VBTPs imagino que o EB deveria ter mais de 1.000 CCs, não 200...

Marechal-do-ar escreveu:

FCarvalho escreveu:Lembrando apenas que no atual quadro de organização da cavalaria blda, a demanda é para pouco mais de 300 CC's. Considerando escolas de formação e instituições de ensino e pesquisa, passa pouca coisa de 400.

E por que tão poucas unidades de cavalaria blindada? Pelo número de VBTPs imagino que o EB deveria ter mais de 1.000 CCs, não 200...

Bem, vamos lá. O EB tem duas Brigadas Blindadas, cada brigada dessa conta dois Regimentos de Carros de Combate, com 54 carros cada. Ou seja, por brigada, 108 carros. Também tem dois Batalhões de Infantaria Blindada, que conta com os M113 (acho que são 48, não lembro). E contamos com quatro Brigadas de Cavalaria Mecanizada, com um Regimento de Cavalaria Blindado, que é um mix de RCC e BIB, meio a meio, contando com 27 carros de combate e creio que 24 M113. E é isso. Ou seja, dá 324 carros de combate. Isso contando somente as unidades atuais e operacionais. Temos que levar em conta tbm que hoje as unidades não estão completas, os RCC eram para ter 54 carros, mas geralmente tem uns 40.

O grande número de Guarani vem pelo fato que eles não substituirão somente os Cascavel e Urutu, mas também os caminhões das Brigadas Motorizadas que serão convertidas para Brigadas de Infantaria Mecanizada. Pensando numa família de blindados, que substitua TODOS os blindados sobre lagartas atuais do EB, podemos crer que seria um projeto viável, tal como foi o Guarani, pelo número de veículos necessário. E por mim deveria haver um maior número de unidades blindadas. Elas estão todas concentradas no sul e tem um RCB em Campo Grande. É muito pouco. No mínimo, toda região militar deveria ter uma.

Bolovo, conforme várias reportagens e notas de publicações como a Tecnologia e Defesa, por exemplo, que eu leio todas, e fazendo um apanhado geral, as dotações são:
RCC: 54 CC + 8 VBTP
BIB: 72 VBTP
RCB: 28 CC + 34 VBTP

Abraços

saullo escreveu:Bolovo, conforme várias reportagens e notas de publicações como a Tecnologia e Defesa, por exemplo, que eu leio todas, e fazendo um apanhado geral, as dotações são:
RCC: 54 CC + 8 VBTP
BIB: 72 VBTP
RCB: 28 CC + 34 VBTP

Abraços

Opa... obrigado, Saullo.

Corrigindo meus cálculos então: 328 CC e 440 VBTP... se forem de uma mesma família de blindados, dá 768 veículos. Por mim, já justificaria o projeto.

Daí inclui VTR de Socorro, VBCI, VTR de Treinamento de Motorista, Obuseiro AP, VTR de Remuniciamento, VTR Oficina, VTR de GE, VTR de Comando, VTR Ambulância Bld, Lança Pontes & quetales...

Túlio escreveu:Daí inclui VTR de Socorro, VBCI, VTR de Treinamento de Motorista, Obuseiro AP, VTR de Remuniciamento, VTR Oficina, VTR de GE, VTR de Comando, VTR Ambulância Bld, Lança Pontes & quetales...

Deve dar pelo menos umas mil unidades. Torço pelo meu conceito de Merkavazinho (umas 20t mais leve) brazuca!

Pois é, mas para minha infelicidade, ontem um cupincha me passou que o EB pensa mesmo em uma família (isso eu já sabia) mas...com todo mundo menos o CC, que seria bem diferente.

E outra: tem quem fale em dar uma "esticadinha" na vida útil dos Leos (sem mexer, só reformar onde for estritamente necessário já que, como todos sabemos, tem carro indisponível nos RCCs).

Túlio escreveu:Pois é, mas para minha infelicidade, ontem um cupincha me passou que o EB pensa mesmo em uma família (isso eu já sabia) mas...com todo mundo menos o CC, que seria bem diferente.

Neste caso o CC seria comprado fora e ponto. Nas doses homeopáticas de sempre.

No entanto, no prazo mais longo nada impediria que surgisse uma versão mais pesadamente armada de uma VCBI, que faria o papel de um "tanque leve" para apoio à infantaria (e não exatamente para ataques de choque). Isso não seria um conceito totalmente novo.


Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu:Neste caso o CC seria comprado fora e ponto. Nas doses homeopáticas de sempre.

Também acho. E usado, acrescento.

LeandroGCard escreveu:No entanto, no prazo mais longo nada impediria que surgisse uma versão mais pesadamente armada de uma VCBI, que faria o papel de um "tanque leve" para apoio à infantaria (e não exatamente para ataques de choque). Isso não seria um conceito totalmente novo.


Leandro G. Card

De modo algum. Perfeitamente viável. Daí seria só botar uns mss AC e estarias no paraíso...


Mas Leo1 com tudo para durar mais uns anos que o previsto, isso é má notícia, a se confirmar...

Túlio escreveu:Pois é, mas para minha infelicidade, ontem um cupincha me passou que o EB pensa mesmo em uma família (isso eu já sabia) mas...com todo mundo menos o CC, que seria bem diferente.

E outra: tem quem fale em dar uma "esticadinha" na vida útil dos Leos (sem mexer, só reformar onde for estritamente necessário já que, como todos sabemos, tem carro indisponível nos RCCs).

Isso chega a ser bizarro, pq não teria lógica. Prefiro acreditar que teu cupincha está errado.

Eu também. Mas é Of Cav da ativa e em núcleo de excelência...

Túlio escreveu:Pois é, mas para minha infelicidade, ontem um cupincha me passou que o EB pensa mesmo em uma família (isso eu já sabia) mas...com todo mundo menos o CC, que seria bem diferente.

E outra: tem quem fale em dar uma "esticadinha" na vida útil dos Leos (sem mexer, só reformar onde for estritamente necessário já que, como todos sabemos, tem carro indisponível nos RCCs).

Quando eu digo para nacionalizar o Leo, não digo investir horrores para torná-lo estado-da-arte. O que eu digo é substituir equipamento fora de linha (logo, difícil de achar e caro de manter) por similares nacionais. Principalmente os itens de maior consumo.

Não é preciso reconstruir o Leo 1 e fazê-lo competir com um Leo 2.
SE, no processo de nacionalização, o produto resultante for MELHOR do que o original, muito bem, parabéns. Se não for, basta que atenda aos requisitos originais sem que haja perda de desempenho. Todo esse esforço seria recompensado lá na frente, porque haveria toda uma cadeia com base para produzir algo mais recente, depois.

Tá, mas até agora é só bizu, o meu cupincha apenas ouviu uns TCs resmungando que, SE isso acontecer mesmo, ferrô um pedação da parte Cav do PROFORÇA, trocando por um rebotalho a longo prazo do RECOP...

Daí a dar nisso mesmo, bueno, não vi nem ouvi nada de oficial ainda...

Bolovo escreveu:

Túlio escreveu:Pois é, mas para minha infelicidade, ontem um cupincha me passou que o EB pensa mesmo em uma família (isso eu já sabia) mas...com todo mundo menos o CC, que seria bem diferente.

E outra: tem quem fale em dar uma "esticadinha" na vida útil dos Leos (sem mexer, só reformar onde for estritamente necessário já que, como todos sabemos, tem carro indisponível nos RCCs).

Isso chega a ser bizarro, pq não teria lógica. Prefiro acreditar que teu cupincha está errado.

Não sei se seria tão bizarro assim.

A prioridade estaria no desenvolvimento da nova família baseada nas VBCI sobre lagartas, com o grosso das verbas alocadas para isso. Os Leo continuariam sendo o que sempre foram, mantenedores de doutrina, mantidos apenas rodando com o apoio da KWV para o pessoal poder treinar. Como seus substitutos seriam comprados fora mesmo, sem necessidade de prazo algum para desenvolvimento, se e quando aparecesse alguma necessidade real correríamos e compraríamos em algum depósito o punhado de MBT's mais modernos que podemos de fato operar. Não faltariam por aí Leo-2, Abrams ou algum modelo russo como o T-90, dependendo do inimigo que se apresentasse na ocasião (possibilidade bem remota). Caso nenhum conflito se mostrasse no horizonte continuaríamos com os Leo-1 até caírem aos pedaços, e depois trocaríamos por outra coisa baratinha que cumprisse a mesma função.

Tudo bem normal, não vejo nada de estranho nisso.


Leandro G. Card