É por ai mesmo.sapao escreveu:Tulio,Túlio escreveu:
Discordo dessa parte. E vou dizer o porquê.
Tradicionalmente a FAB tem sido a frota de caminhões voadores e a força de artilharia voadora do EB. Eram Xavantes, F-5E e AMX fazendo o papel desta e Bandecos, Buffalos e Hércules o daquela. Creio ser isso ponto pacífico entre nós.
Então apareceram os primeiros E99, modernizaram-se os vetustos F-5 e lhes foram integrados e colocados mísseis Derby: passava-se à NCW com capacidade BVR. Em suma, controle dos céus. A FAB passava a olhar para cima à procura de alvos e não mais apenas para baixo.
Então, botar o KC390 à frente dos caças é INVOLUÇÃO, voltar a priorizar o EB Air Corps em relação à FAB, tornar a olhar quase que só para baixo.
Minha opinião.
vou dividir em 2 pontos.
1-A parte operacional: de longe, o C-130 e uma das aeronaves que mais voa na FAB, não só em proveito a ela, mas e de quase todo o GF que precisa dela.
De presidiario a defunto, passando por satelites, radares, pessoal, comida e animais vivos, o GORDO carrega quase toda a logistica da FAB sozinho.
Tem capacidade de realizar missões intercontinentais como o KC-135, mas tambem de pousar em pistas de 1200 metros no meio do mato.
Em outras palavras, ele é IMPRESCINDIVEL não só para a FAB como para qualquer FFAA que precise de logistica no mundo, dai a sua quantidade de unidades vendidas.
Só que o bicho está ficando cansado, e se não arrumarmos um substituto a curto prazo corremos o risco de ficar igual ao F-X.
Com a diferença que se o M-2000 parar vamos tirar alerta de A-29; se o C-130 parar todo mundo para, pois não tem C-295 que faça o que ele faz.
Não adianta ter F-X se não houver quem leve o pessoal de apoio ou a fonte externa para ele operar deslocado, e isso vale para todos os setores das FFAA.
2- A parte da Defesa Nacional: Apostar em um projeto como o 390 e ter a certeza que cerca de 600 usuarios do C-130 em um futuro proximo vão estar procurando um substituto, que atualmente só pode ser o C-130J, com um preço na estratosfera.
Nas devidas proporções, esse projeto pode significar para a EMBRAER no mercado de Defesa o que a familia 145 significou no mercado de aviação civil.
Acho que foi ESSA importancia que ele quis dizer, em um contexto maior para o país do que a compra de caças vai significar.
Por isso pode ter certeza de que se a FAB tiver de escolher entre o F-X e o 390, ela vai continuar com F-5M e M-2000 por um bom tempo.
[]s