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gabriel219 escreveu: Qui Jul 13, 2023 3:55 pm Se for USD 15 milhões por dois protótipos, temos que entrar com um ofício urgente no TCU por possível crime, porque é impossível que realmente custe isso, impossível. Vai custar 80% de um Centauro II quando o programa previa que custasse no máximo de 26%, fora o absurdo de divulgarem, na assinatura do contrato com a Akaer, que o custo dos protótipos seria de R$ 24 milhões e não R$ 74.6 milhões.
Isso aqui é revoltante!!!

Como se trata de um projeto coberto sob a legislação de Defesa, e portanto, envolto em proteção legal referente aos projetos e programas militares, não sei se é, ou seria possível acessar todos os documentos deste projeto a fim de imputar uma ação junto ao TCU.
Mas pode-se tentar o site do contas abertas, o do próprio TCU ou MD a fim de requerer informações sobre os custos reais do projeto. Só não tenho certeza se essa informação é pública nesta fase do mesmo, ou se entra em alguma cláusula de confidencialidade ou proteção de contrato, ou mesmo de sigilo ou segurança nacional, como se costuma aventar todas as vezes que alguém questiona os projetos militares.

FCarvalho escreveu: Qui Jul 13, 2023 4:58 pm Como se trata de um projeto coberto sob a legislação de Defesa, e portanto, envolto em proteção legal referente aos projetos e programas militares, não sei se é, ou seria possível acessar todos os documentos deste projeto a fim de imputar uma ação junto ao TCU.
Mas pode-se tentar o site do contas abertas, o do próprio TCU ou MD a fim de requerer informações sobre os custos reais do projeto. Só não tenho certeza se essa informação é pública nesta fase do mesmo, ou se entra em alguma cláusula de confidencialidade ou proteção de contrato, ou mesmo de sigilo ou segurança nacional, como se costuma aventar todas as vezes que alguém questiona os projetos militares.

Mas ai é o problema, pois o contrato anterior foi assinado com a premissa da liberação de R$ 25 milhões para desenvolvimento e construção de dois protótipos, com opção de mais 91 viaturas caso cumprissem a meta de custo de R$ 9 milhões por viatura, com opção de ainda de chegar nas 221 viaturas.

Se realmente foi repassado USD 15 milhões, tem que haver outro contrato, com a quebra do anterior. Aonde está esse contrato, que ninguém ouviu falar, não teve anúncio de dispensa de licitação, absolutamente nada.

Se não apareceu do DOU ou foi publicado pelo MD em documento oficial público, então é algo a ser perguntado a quem por obrigação deve informar de onde saiu e para onde foi esse dinheiro.
É o caso de pedir explicações ao MD. Se vão responder, é outra história.

FCarvalho escreveu: Qui Jul 13, 2023 5:29 pm Se não apareceu do DOU ou foi publicado pelo MD em documento oficial público, então é algo a ser perguntado a quem por obrigação deve informar de onde saiu e para onde foi esse dinheiro.
É o caso de pedir explicações ao MD. Se vão responder, é outra história.

Esse é o ponto, duvido muito ter saído, pois não se teve uma notícia disso, só agora apareceu.

Cara, é bizarro fazer um protótipo do Cascavél-M por USD 7 milhões. Será mesmo que era impossível fazer isso aqui?



Era só adicionar dois módulos pra 2 mísseis cada (ATGM e SAM), compartimento para 5 passageiros operadores de drone e reconhecimento a pé, um EO/IR de longo alcance e talvez um M-20.

Certeza que essa grana dava e sobrava pra isso.

A ARES chegou a oferecer a TORC30 para reconhecimento com quase tudo isso aí que tu falastes ao exército. E tenho quase certeza que custaria bem menos do que hora se diz empenhar nos EE-9M.
Aliás, se temos recursos para modernizar os Cascavel, qual a justificativa para defenestrar o desenvolvimento da TORC30, que custaria muito menos finalizar do que o tanto que se pretende gastar naqueles bldos da Engesa?
Quando o MD e o respectivo ministro são mera peça de teatral no contexto da gestão da defesa, ver coisas assim acaba virando "normal".

Aliás, a simples troca desse canhão por um Bofors 40\70 Mk III ou IV, ou outro modelo de 30mm, que é o que não falta no mercado disponível, daria à esta versão de reconhecimento da TORC30 um bom substituto para os Cascavel nos EsqCavMec da bdas inf mec.
Tenho certeza que com um único Centauro II se poderia comprar 2 ou 3 desses para aquelas OM, e deixar a conta da VBC CAV menos salgada para o bolso do exército.
Até hoje o cancelamento do projeto desta torre é seriamente questionável.
E não foi só por causa de falta de dinheiro. Na esfera pública nunca é.

Sério, não seria impossível para o Brasil desenvolver um veículo assim, ainda que mais simples.

@Fábio Machado perfeito, é exatamente isso. Lembro que um forista - salvo engano foi o @jauro - quem disse que o EB e a Iveco chegaram a desenvolver o VBR 6x6.




O que seria o certo é resgatar esse projeto, substituindo a LCTS90 pela TORC30 2.0, com optrônicos de longo alcance (3ª Gen), canhão ainda sendo o Mk30-2/ABM e dois módulos de mísseis, para possuir tanto míssil anticarro quanto míssil AAe, além de manter um compartimento de transporte limitado a 4-5 soldados, com drones.

Seria perfeito para substituir o EE-9, uma viatura mais versátil, mais capaz, mais moderna e que teria 95% de similaridade com o atual Guarani, talvez fosse o caso de apenas substituir o motor por um mais potente.

Da forma como a questão orçamentária está se encaminhando no curto e médio prazo, talvez o próprio EB acabe se convencendo, ou sendo convencido, de que o uso de um Guarani VBR seja a melhor opção para aposentar os EE-9, ao menos nas GU de inf mec. E neste caso, os esquadrões poderiam se tornar RCM a fim de apoiar melhor a unidade por inteiro.

Mas para isso a TORC30 teria que pelo menos ser indicada como torre padrão para a VBC Fuz a fim de termos ganhos de escala e diminuir os custos de projeto e desenvolvimento. Mesmo tendo uma versão de reconhecimento oferecida pela ARES, o EB não se deixou convencer pela proposta, apesar da lógica da mesma. Conquanto, é importante garantir que ela não seja produzida a conta gotas e em quantidades que elevem o preço a tal custo que torne o investimento insuportável para o minguado orçamento do EB.

Como já disse aqui antes, ao menos 3 versões a TORC30 poderia ter no EB com os projetos baseados nos Guarani, quais seja: AAe, Reconhecimento e IFV. Se somarmos as quantidades de viaturas apontadas a serem construídas nos projetos mencionados, temos mais de 200 torres em demanda. E isto porque aqueles projetos não demandam na íntegra a cobertura das OM existentes na cavalaria. Se fosse, bem, com certeza não haveria motivos para reclamar de custos para o desenvolvimento desta torre.

A quantidade de viaturas solicitadas em cada projeto no qual a TORC30 pode\poderia ser a solução para as OM cav mec e blda do exército.

Programa VBC AAe - 62 viaturas;
Programa VBC FUZ - 78 viaturas.

*VBR - 24 a 28 viaturas a 1 EsqCavMec\Bda Inf Mec ou até 84 viaturas a 1 RCM\Bda Inf Mec;

Total: 214 Viaturas

* demanda teórica para 4 bda inf mec.

Mais uma fase do projeto Cascavel entregue com sucesso



https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... cavel.html

abs.

arcanjo

Eu honestamente já não sei mais se me alegro ou fico triste com isso.
Se ainda sei fazer alguma conta, pelos valores apresentados na matéria, um Centauro II está saindo para o EB a coisa de pouco mais de US 7 milhões a unidade, já que o projeto do EE-9M está cotado em 19% do valor total da VBC CAV.
Fico pesando que se o EB se atreveu a comprar um bldo SR com quase o mesmo custo de MBT moderno, não seria nenhuma panaceia comprar esse mesmo MBT a preços maiores, já que vamos ficar com apenas 65 por muitos anos, e o EB se limitou a 98 VBC CAV.
Se comprássemos as 221 unidades que foram propaladas, será que este valor do Centauro II poderia ter sido menor, e investir o pouco que se tem em quantidades maiores deste veículo?
Acho que para comprar menos de 100 unidades do EE-9M poderia-se comprar mais Centauro II. Ainda fossem apenas algumas dezenas a mais.
Mas considerando o valor apresentado, o que hora se vai gastar nesta modernização daria para comprar menos de 20 unidades do Centauro II.
É realmente uma sinuca de bico em que nos enfiamos deixando para depois tudo o que mais importa em Defesa.

Essa modernização deveria ter sido feita a 30 anos atrás, e não agora. Neste momento é só mais um programa a ajudar competir por verbas cada vez mais escassas em novos veículos.
Melhor seria cancelar esse negócio e investir em um VBR Guarani com a TORC30. Seria um investimento muito melhor do que botar dinheiro bom em solução de oportunidade mais que ruim.
Mas como o pessoal aqui gosta mais de tradição do que de operação.

Claro que é interessante, deve ter sido muito interessante pra conta bancária de muita gente por ai, pois nem o desenvolvimento dos protótipos do Guarani custou USD 15 milhões, considerando que foram carros novos, do zero. Realmente faz parte da história dos filhos e netos de muitos sujeitos por ai.