SYRIA
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Re: SYRIA
General israelense: "Assad poderia permanecer no poder por muitos anos"
Bashar Al-Assad permanecerá no poder durante anos, assim opina o major-general israelense Yair Golan, chefe do Comando Norte das Forças de Defesa de Israel.
“Não vejo nenhuma força que possa derrubá-lo (o regime de Assad) amanhã”, disse o general ao jornal israelense “The Jerusalém Post”.
Na opinião de Golan, um ponto morto os partidários e os rebeldes de Assad conduziria na dissolução do Estado Sírio.
“Os rebeldes não podem ter sucesso na criação de uma alternativa e Assad não pode ter sucesso governando só”, afirmou o general. Ele acredita que não haverá mais um “soberano” na Síria.
Na visão dos israelense, Assad perdeu o controle de 60% do território Sírio, mas seu forte Exército, financiado pelos russos, pode muito bem persuadir os rebeldes.
Falando de futuras ameaças, Golan disse que a Síria pode causar grandes danos à Israel, mas que não o fará, uma vez que é incapaz, no momento de se aventurar em uma campanha terrestre.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... deria.html
Bashar Al-Assad permanecerá no poder durante anos, assim opina o major-general israelense Yair Golan, chefe do Comando Norte das Forças de Defesa de Israel.
“Não vejo nenhuma força que possa derrubá-lo (o regime de Assad) amanhã”, disse o general ao jornal israelense “The Jerusalém Post”.
Na opinião de Golan, um ponto morto os partidários e os rebeldes de Assad conduziria na dissolução do Estado Sírio.
“Os rebeldes não podem ter sucesso na criação de uma alternativa e Assad não pode ter sucesso governando só”, afirmou o general. Ele acredita que não haverá mais um “soberano” na Síria.
Na visão dos israelense, Assad perdeu o controle de 60% do território Sírio, mas seu forte Exército, financiado pelos russos, pode muito bem persuadir os rebeldes.
Falando de futuras ameaças, Golan disse que a Síria pode causar grandes danos à Israel, mas que não o fará, uma vez que é incapaz, no momento de se aventurar em uma campanha terrestre.
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- FoxTroop
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Re: SYRIA
O avanço recente do Exército Sírio pode ter colocado em colapso o dispositivo militar "rebelde" no Sul e Este de Damasco. Com a queda de Deir Salman e Shebaa, as forças "rebeldes" que tentavam avançar para a capital e tomar o aeroporto, ficaram com as linhas de suprimento cortadas ficando em posição insustentável.
- FOXTROT
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Re: SYRIA
Al Assad em breve vai receber armamento pesado para reforçar suas unidades, quanto aos rebeldes foram derrotados por Putin e os que tem algum juízo já devem ter cruzado a fronteira turca, os que ficarem são "alvos legitimados pela comunidade internacional".
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- FoxTroop
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Re: SYRIA
Está muito longe de a situação estar resolvida. Os dispositivos navais ao largo mantêm-se e confirma-se envio de uma força-tarefa nucleada no Varyag para o Índico, a chegar em Outubro.
De notar o reposicionamento de outra força-tarefa nucleada no Pyotr Velikiy, do Pacifico para a Frota do Norte no seguimento de grandes exercícios aéreos da OTAN que irão decorrer no Ártico, podendo existir um desdobramento para o Mediterrâneo.
Tudo isto indica que a situação está longe de ter arrefecido.
De notar o reposicionamento de outra força-tarefa nucleada no Pyotr Velikiy, do Pacifico para a Frota do Norte no seguimento de grandes exercícios aéreos da OTAN que irão decorrer no Ártico, podendo existir um desdobramento para o Mediterrâneo.
Tudo isto indica que a situação está longe de ter arrefecido.
- romeo
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Re: SYRIA
Foi desta forma que os manifestantes pacíficos da Síria e amantes da liberdade e da democracia entraram na aldeia onde ajudaram a libertar os cristãos que estava oprimidos pelo regime ditatorial.
Uma vez assumido o controle da aldeia, os amantes da liberdade desinteressadamente auxiliaram centenas de cristãos, permitindo-les antecipar sua ida para a vida eterna.
Uma vez assumido o controle da aldeia, os amantes da liberdade desinteressadamente auxiliaram centenas de cristãos, permitindo-les antecipar sua ida para a vida eterna.
Editado pela última vez por romeo em Sáb Set 21, 2013 12:50 pm, em um total de 1 vez.
- FOXTROT
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Re: SYRIA
Putin começou a jogar pesado e Obama não estava preparado para esse jogo, assim como os valentes europeus, sendo assim, o mais provável e que cada lado arme seus aliados e deixem se digladiar até que um lado saia vencedor!
O Iraque é quem pode decidir para o lado sírio/russo, se facilitar o deslocamento de tropas e material.
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Re: SYRIA
FOXTROT escreveu:Putin começou a jogar pesado e Obama não estava preparado para esse jogo, assim como os valentes europeus, sendo assim, o mais provável e que cada lado arme seus aliados e deixem se digladiar até que um lado saia vencedor!
O Iraque é quem pode decidir para o lado sírio/russo, se facilitar o deslocamento de tropas e material.
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Seria interessante pensar se não é isso mesmo que russos, americanos e europeus na verdade querem. Acho que, na verdade, isso é um joguinho de pôquer da máfia, entre "amigos"...
E os inocentes (mulheres, velhos, crianças...), ora, esses continuam morrendo .
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- FOXTROT
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Re: SYRIA
Mais isso sempre foi assim pessoal, não há novidade nesse "jogo", só o retorno da Rússia a mesa!
Quem não quer ver o seu país em situação como a da síria, que desenvolva suas armas nucleares, Kim fez, faz e fará muito pior e nada lhe acontece, vide a corvetinha em 2010, fogo de artilharia indiscriminado em 2011 e a C. Sul e seu patrão só protestam.
Saudações
Quem não quer ver o seu país em situação como a da síria, que desenvolva suas armas nucleares, Kim fez, faz e fará muito pior e nada lhe acontece, vide a corvetinha em 2010, fogo de artilharia indiscriminado em 2011 e a C. Sul e seu patrão só protestam.
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- Túlio
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Re: SYRIA
Irã manda lembrança...
Sério agora, creio eu que está em andamento uma complexa manobra geopolítica na região:
De um lado, tendo o 11/09/2001 como pretexto, se começou (leia-se OTAN) a mexer DE VERDADE no quadro político regional, ocupando Iraque e Afeganistão e instalando governos-fantoches lá. Quando a coisa começou a ficar BEM feia, milagrosamente eclodiram "Primaveras" por todo o OM, virando de vez a mesa geopolítica.
De outra banda, e bem menos visível, temos a Arábia da Casa de Saud & seus cupinchas petrobilionários, bondosamente distribuindo recursos à balda entre grupos deterr...errr...de resistência a regimes despóticos. Cabe assinalar que o SEGUNDO maior produto de exportação da dita Arábia é precisamente terr...PUTZ...freedom fighters.
Até aí tudo bem mas...e os objetivos? Ambos me parecem uma volta ao passado:
Para o primeiro grupo, parece ser a tentativa de um retorno aos tempos em que o Império Britânico e, em menor grau, os Franceses, tinham total domínio da região, até um maluco chamado Hitler chutar o balde. Só que agora o protagonista-mor seria os EUA, claro. Mas todo mundo teria a sua fatia. E tale objetivo parece ser de curto ou no máximo médio prazo.
Já o segundo grupo aparentemente visa o retorno de um grande Califado que abranja todo o OM, sob a autoridade moral, religiosa, política e financeira da Casa de Saud. E é um objetivo claramente de longo prazo. Andam ao lado do primeiro grupo por pura CONVENIÊNCIA, já que, por enquanto, os objetivos imediatos (destruir a ordem atual e criar a Nova Ordem) são convergentes.
E os óbices?
Entre os pequenos, Assad e os Aiatolás é o que resta. Estes ainda estão firmes mas nada que uma bela Primavera não resolva. Aquele está cambaleando. É resolver na Síria e passar ao Irã.
Entre os maiores, três grandes problemas: Rússia (que não quer perder seu protagonismo na região, afinal, além de vender muitas armas por lá, ainda é exportadora de petróleo e gás também, um tombo nos preços lhe seria BEM indigesto); Turquia (não são nada bem vistos entre os Árabes) e finalmente Israel e seu arsenal nuclear. Como lidar com eles?
RÚSSIA - Perdido seu último aliado na região (Síria), deixa de ser ameaça a quem quer que seja. Mas poderia ser convencida de que sairia ganhando algo, como vendas apetitosas de material bélico e licenças de fabricação.
TURQUIA - Alvo preferencial para uma futura Primavera, ou melhor ainda, neutralizado o Irã, estará aberto o caminho para o Grande País Curdo, que se estende pelo Iraque (onde praticamente já existe), Irã (neutralizado, os Curdos poderiam se unir - inclusive territorialmente - aos irmãos do Iraque), Síria (em fase de neutralização) e...grande parte da Turquia é CURDA! Perdido este enorme pedaço de território e população, se torna quase irrelevante como protagonista regional.
ISRAEL - Aí complica. E é aí que os aliados se dividem, pois EUA/OTAN defenderão a pequena Nação - que aliás, já se defende muito bem sozinha - enquanto o Califado simplesmente não irá querer coexistir com Israel. E é neste preciso ponto que a estratégia Árabe se embasa no longo prazo, no aguardo da oportunidade de criar alguma maciça convulsão interna, preferencialmente uma enorme revolta Palestina ENDÓGENA, o que neutralizará as nukes, afinal, não há como empregá-las dentro do próprio País, não? É ir financiando, recrutando, treinando (e proporcionando experiência de combate nas atuais e vindouras insurreições) e equipando os grupos. No momento certo, partirá de Riad a ordem de começar a festa...
Sei lá, é como vejo o quadro regional no momento...
Sério agora, creio eu que está em andamento uma complexa manobra geopolítica na região:
De um lado, tendo o 11/09/2001 como pretexto, se começou (leia-se OTAN) a mexer DE VERDADE no quadro político regional, ocupando Iraque e Afeganistão e instalando governos-fantoches lá. Quando a coisa começou a ficar BEM feia, milagrosamente eclodiram "Primaveras" por todo o OM, virando de vez a mesa geopolítica.
De outra banda, e bem menos visível, temos a Arábia da Casa de Saud & seus cupinchas petrobilionários, bondosamente distribuindo recursos à balda entre grupos de
Até aí tudo bem mas...e os objetivos? Ambos me parecem uma volta ao passado:
Para o primeiro grupo, parece ser a tentativa de um retorno aos tempos em que o Império Britânico e, em menor grau, os Franceses, tinham total domínio da região, até um maluco chamado Hitler chutar o balde. Só que agora o protagonista-mor seria os EUA, claro. Mas todo mundo teria a sua fatia. E tale objetivo parece ser de curto ou no máximo médio prazo.
Já o segundo grupo aparentemente visa o retorno de um grande Califado que abranja todo o OM, sob a autoridade moral, religiosa, política e financeira da Casa de Saud. E é um objetivo claramente de longo prazo. Andam ao lado do primeiro grupo por pura CONVENIÊNCIA, já que, por enquanto, os objetivos imediatos (destruir a ordem atual e criar a Nova Ordem) são convergentes.
E os óbices?
Entre os pequenos, Assad e os Aiatolás é o que resta. Estes ainda estão firmes mas nada que uma bela Primavera não resolva. Aquele está cambaleando. É resolver na Síria e passar ao Irã.
Entre os maiores, três grandes problemas: Rússia (que não quer perder seu protagonismo na região, afinal, além de vender muitas armas por lá, ainda é exportadora de petróleo e gás também, um tombo nos preços lhe seria BEM indigesto); Turquia (não são nada bem vistos entre os Árabes) e finalmente Israel e seu arsenal nuclear. Como lidar com eles?
RÚSSIA - Perdido seu último aliado na região (Síria), deixa de ser ameaça a quem quer que seja. Mas poderia ser convencida de que sairia ganhando algo, como vendas apetitosas de material bélico e licenças de fabricação.
TURQUIA - Alvo preferencial para uma futura Primavera, ou melhor ainda, neutralizado o Irã, estará aberto o caminho para o Grande País Curdo, que se estende pelo Iraque (onde praticamente já existe), Irã (neutralizado, os Curdos poderiam se unir - inclusive territorialmente - aos irmãos do Iraque), Síria (em fase de neutralização) e...grande parte da Turquia é CURDA! Perdido este enorme pedaço de território e população, se torna quase irrelevante como protagonista regional.
ISRAEL - Aí complica. E é aí que os aliados se dividem, pois EUA/OTAN defenderão a pequena Nação - que aliás, já se defende muito bem sozinha - enquanto o Califado simplesmente não irá querer coexistir com Israel. E é neste preciso ponto que a estratégia Árabe se embasa no longo prazo, no aguardo da oportunidade de criar alguma maciça convulsão interna, preferencialmente uma enorme revolta Palestina ENDÓGENA, o que neutralizará as nukes, afinal, não há como empregá-las dentro do próprio País, não? É ir financiando, recrutando, treinando (e proporcionando experiência de combate nas atuais e vindouras insurreições) e equipando os grupos. No momento certo, partirá de Riad a ordem de começar a festa...
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Re: SYRIA
Esquecestes duas coisas.
A Europa não está lá pelo amor a batalha. O Oriente Médio é a alternativa para o fornecimento de petróleo e gás em relação aos russos. Ficar dependente dos russos não é legal, especialmente se ganharem força com o tempo. Além de boa parte da matéria prima para energia nuclear vem do norte da áfrica. A saída da UE (frança e Inglaterra) é ser intervencionista, Não se surpreendam se logo a Alemanha se junta ao grupo e compartilhar a liderança das ações ações militares e diplomáticas.
O Irã é uma sociedade moderna, muito mais avançada que os primos árabes. Eles tem eleições, instituições relativamente fortes e discussões sobre o que fazer com o país. A motivação para o extremismo tem um forte componente do isolamento proporcionado pelo Ocidente. É um país que não tem aliados desde 1979. Tanto que um dos entraves ao um governo mais moderado é o discurso dos líderes religiosos do perigo que o ocidente representa. Além disso a sociedade não tem nada a ver com as das arábias e são inimigos seculares e séculos.
O maior beneficiado do isolamento iraniano são os sauditas que tiram um potencial potencia da região fora do jogo com apoio da OTAN. Com os EUA se desinteressando em ações militares diretas devido ao corte da dependência do petróleo da região, os europeus sem força para pressionar os árabes, os sauditas tem caminho livre para agir.
Não se engane com a Turquia. Eles são grande e fortes. Os protestos são por mais democracia, mas eles tem estrutura para dar essa liberdade e vão esmagar qualquer minoria que se ache no direito de ter independência. Não tem nada a ver com países árabes. Os turcos se aproximam mais do tipo de reivindicação e protesto que ocorre na Europa, Canadá, EUA e até Brasil
A Europa não está lá pelo amor a batalha. O Oriente Médio é a alternativa para o fornecimento de petróleo e gás em relação aos russos. Ficar dependente dos russos não é legal, especialmente se ganharem força com o tempo. Além de boa parte da matéria prima para energia nuclear vem do norte da áfrica. A saída da UE (frança e Inglaterra) é ser intervencionista, Não se surpreendam se logo a Alemanha se junta ao grupo e compartilhar a liderança das ações ações militares e diplomáticas.
O Irã é uma sociedade moderna, muito mais avançada que os primos árabes. Eles tem eleições, instituições relativamente fortes e discussões sobre o que fazer com o país. A motivação para o extremismo tem um forte componente do isolamento proporcionado pelo Ocidente. É um país que não tem aliados desde 1979. Tanto que um dos entraves ao um governo mais moderado é o discurso dos líderes religiosos do perigo que o ocidente representa. Além disso a sociedade não tem nada a ver com as das arábias e são inimigos seculares e séculos.
O maior beneficiado do isolamento iraniano são os sauditas que tiram um potencial potencia da região fora do jogo com apoio da OTAN. Com os EUA se desinteressando em ações militares diretas devido ao corte da dependência do petróleo da região, os europeus sem força para pressionar os árabes, os sauditas tem caminho livre para agir.
Não se engane com a Turquia. Eles são grande e fortes. Os protestos são por mais democracia, mas eles tem estrutura para dar essa liberdade e vão esmagar qualquer minoria que se ache no direito de ter independência. Não tem nada a ver com países árabes. Os turcos se aproximam mais do tipo de reivindicação e protesto que ocorre na Europa, Canadá, EUA e até Brasil
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Re: SYRIA
Túlio escreveu:Irã manda lembrança...
Sério agora, creio eu que está em andamento uma complexa manobra geopolítica na região:
De um lado, tendo o 11/09/2001 como pretexto, se começou (leia-se OTAN) a mexer DE VERDADE no quadro político regional, ocupando Iraque e Afeganistão e instalando governos-fantoches lá. Quando a coisa começou a ficar BEM feia, milagrosamente eclodiram "Primaveras" por todo o OM, virando de vez a mesa geopolítica.
Sim, nada melhor que os por a rebentarem-se entre eles. Aliviou de sobremaneira a pressão sobre as forças OTAN destacadas.
De outra banda, e bem menos visível, temos a Arábia da Casa de Saud & seus cupinchas petrobilionários, bondosamente distribuindo recursos à balda entre grupos deterr...errr...de resistência a regimes despóticos. Cabe assinalar que o SEGUNDO maior produto de exportação da dita Arábia é precisamenteterr...PUTZ...freedom fighters.
A Casa de Saud exporta o que é de conhecimento e consentimento do "Protector" Serve e é servida.
Até aí tudo bem mas...e os objetivos? Ambos me parecem uma volta ao passado:
Para o primeiro grupo, parece ser a tentativa de um retorno aos tempos em que o Império Britânico e, em menor grau, os Franceses, tinham total domínio da região, até um maluco chamado Hitler chutar o balde. Só que agora o protagonista-mor seria os EUA, claro. Mas todo mundo teria a sua fatia. E tale objetivo parece ser de curto ou no máximo médio prazo.
Nope, trata-se tão só de controlo de fluxos energéticos e não de domínio territorial. O objectivo a curto parzo é ter controlo sobre os corredores energéticos para a Índia e China e, ao mesmo tempo, para a Europa, de modo a esvaziar o peso russo nessa equação.
Já o segundo grupo aparentemente visa o retorno de um grande Califado que abranja todo o OM, sob a autoridade moral, religiosa, política e financeira da Casa de Saud. E é um objetivo claramente de longo prazo. Andam ao lado do primeiro grupo por pura CONVENIÊNCIA, já que, por enquanto, os objetivos imediatos (destruir a ordem atual e criar a Nova Ordem) são convergentes.
O instrumento para o escrito acima é a Casa de Saud. A criação de um Califado controlado por eles, um cinturão islâmico que irá do Norte de África até ao Extremo Oriente, cercando a Rússia e estrangulando a Índia e a China.
E os óbices?
Entre os pequenos, Assad e os Aiatolás é o que resta. Estes ainda estão firmes mas nada que uma bela Primavera não resolva. Aquele está cambaleando. É resolver na Síria e passar ao Irã.
A estrada para a Pérsia passa por Damasco. A Síria tem sido a por ta de entrada para a Pérsia desde os tempos de Xenofonte. Estrategicamente é muito difícil atacar o Irão sem primeiro fazer saltar o "ferrolho" sírio que forma a ligação no arco Beirute - Damasco - Teerão. E todos os envolvido têm a perfeita noção disso.
Entre os maiores, três grandes problemas: Rússia (que não quer perder seu protagonismo na região, afinal, além de vender muitas armas por lá, ainda é exportadora de petróleo e gás também, um tombo nos preços lhe seria BEM indigesto); Turquia (não são nada bem vistos entre os Árabes) e finalmente Israel e seu arsenal nuclear. Como lidar com eles?
RÚSSIA - Perdido seu último aliado na região (Síria), deixa de ser ameaça a quem quer que seja. Mas poderia ser convencida de que sairia ganhando algo, como vendas apetitosas de material bélico e licenças de fabricação.
Para a Rússia não se trata de perder protagonismo, ou aliados, ou bases. Trata-se de sobrevivência. Vide as razões da intervenção deles no Afeganistão. O estabelecer de um Califado sobre controlo de Riade levaria a uma situação insustentável em todo o Sul da Federação Russa. A prazo, o controlo e estrangulamento dos corredores energéticos levariam a Índia e a China a virarem-se para o adversário teoricamente mais fraco e a braços com todas as suas complicações nas suas republicas da Ásia Central, em busca dos recursos que necessitam.
TURQUIA - Alvo preferencial para uma futura Primavera, ou melhor ainda, neutralizado o Irã, estará aberto o caminho para o Grande País Curdo, que se estende pelo Iraque (onde praticamente já existe), Irã (neutralizado, os Curdos poderiam se unir - inclusive territorialmente - aos irmãos do Iraque), Síria (em fase de neutralização) e...grande parte da Turquia é CURDA! Perdido este enorme pedaço de território e população, se torna quase irrelevante como protagonista regional.
A Turquia optou por fugir para a frente. Na minha opinião, um erro catastrófico para o futuro dessa grande nação. Com Curdos de um lado, jihadistas controlados por um inimigo jurado nas suas fronteiras, uma Europa cada vez mais hostil e a Rússia do outro lado ficará anulada. Poderá tentar a sua sorte nas republicas turcomanas da Ásia Central em caso de colapso da RF mas é literalmente um roleta russa
ISRAEL - Aí complica. E é aí que os aliados se dividem, pois EUA/OTAN defenderão a pequena Nação - que aliás, já se defende muito bem sozinha - enquanto o Califado simplesmente não irá querer coexistir com Israel. E é neste preciso ponto que a estratégia Árabe se embasa no longo prazo, no aguardo da oportunidade de criar alguma maciça convulsão interna, preferencialmente uma enorme revolta Palestina ENDÓGENA, o que neutralizará as nukes, afinal, não há como empregá-las dentro do próprio País, não? É ir financiando, recrutando, treinando (e proporcionando experiência de combate nas atuais e vindouras insurreições) e equipando os grupos. No momento certo, partirá de Riad a ordem de começar a festa...
Israel está numa situação de perde - perde. Sem dúvida que os seus adversários mais capazes são os Persas que, através do seu proxy Hezbolla, já provaram que sabem como lutar. Tecnologicamente o Irão também é um adversário bem mais forte (vide o numero de patentes que saem todos os anos de lá). Com a eliminação desses adversários restará a Casa de Saud que, ironicamente terá de usar algo que mantenha as hostes unidas. Israel presta-se a esse papel de forma perfeita e, quando não for mais necessário (na minha opinião isso acontecerá logo assim que deitem unhas ao arsenal nuclear do Paquistão) será descartado. Não acredito, nem por um momento, que os USA possam controlar o seu "Fenrir", passado este ponto.
Sei lá, é como vejo o quadro regional no momento...
- Túlio
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Re: SYRIA
Mesmo, Bourne? Vamos ver:
1 - Não disse que a OTAN está lá por amor ao próximo ou à batalha, aliás, deixei claro que querem voltar aos velhos tempos, quando mandavam e desmandavam por lá (e isso inclui recursos energéticos, por óbvio).
2 - Dês uma espiada no tamanho e população das áreas Curdas da Turquia (aliás, Saladino era um Curdo Turco). Depois imagines isso tudo unido aos do Irã, Iraque e Síria, com financiamento do futuro Califado.
3 - A Democracia do Irã tem dono, os Aiatolás. No momento é o Khamenei, se não me engano.
Mas é apenas o que penso, claro...
1 - Não disse que a OTAN está lá por amor ao próximo ou à batalha, aliás, deixei claro que querem voltar aos velhos tempos, quando mandavam e desmandavam por lá (e isso inclui recursos energéticos, por óbvio).
2 - Dês uma espiada no tamanho e população das áreas Curdas da Turquia (aliás, Saladino era um Curdo Turco). Depois imagines isso tudo unido aos do Irã, Iraque e Síria, com financiamento do futuro Califado.
3 - A Democracia do Irã tem dono, os Aiatolás. No momento é o Khamenei, se não me engano.
Mas é apenas o que penso, claro...
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Re: SYRIA
Túlio, um pormenor, os Curdos são inimigos jurados dos Sauditas. Financiamento de Riade é que não terão. Neutralizar um poder como o Turco para criar outro poder igual e sedento de vingança?!!
- Bourne
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Re: SYRIA
Vamos por partes
A Turquia é gigante é provavelmente está entre os três ou quatro maiores exércitos da OTAN. Além da linha avançada para a defesa da Europa contra os soviéticos (hoje russos). É um país moderno e tem estabilidade suficiente para mudar sem revoluções.
Curdos financiados pelos árabes é impossível. A Única coisa que une Turquia, Iraque, Irã e Síria é esmagar os curdos. Ninguém gosta deles. São indesejável. É mais fácil os turcos destruírem cidades inteiras curdas do que admitir a separação. Ninguém vai se meter com eles por serem a OTAN. É como os russos mandarem metade de Grozny para acabar com os chechenos separatistas.
O Irã é um país moderno. Não acredite no que o Bush colocou dentro de você. O que fortalece os aiatolás é o isolamento que usa o temor de um ataque ocidental para manter a sociedade subserviente e comportada.
A Turquia é gigante é provavelmente está entre os três ou quatro maiores exércitos da OTAN. Além da linha avançada para a defesa da Europa contra os soviéticos (hoje russos). É um país moderno e tem estabilidade suficiente para mudar sem revoluções.
Curdos financiados pelos árabes é impossível. A Única coisa que une Turquia, Iraque, Irã e Síria é esmagar os curdos. Ninguém gosta deles. São indesejável. É mais fácil os turcos destruírem cidades inteiras curdas do que admitir a separação. Ninguém vai se meter com eles por serem a OTAN. É como os russos mandarem metade de Grozny para acabar com os chechenos separatistas.
O Irã é um país moderno. Não acredite no que o Bush colocou dentro de você. O que fortalece os aiatolás é o isolamento que usa o temor de um ataque ocidental para manter a sociedade subserviente e comportada.