GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Geopolítica

#5836 Mensagem por LeandroGCard » Qua Set 16, 2015 2:31 pm

Túlio escreveu:Te ganhei, eu sou só MISANTROPO! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
É,

Reconheço que é uma posição bem menos contraditória e bem mais confortável. Mas, fazer o que, nasci assim... :roll: .


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Re: Geopolítica

#5837 Mensagem por Túlio » Qua Set 16, 2015 2:43 pm

LeandroGCard escreveu:É,

Reconheço que é uma posição bem menos contraditória e bem mais confortável. Mas, fazer o que, nasci assim... :roll: .


Leandro G. Card

[justificar]De fato, Leandro véio. Mas convenhamos, se eu passar a admitir como possível que um País Soberano - e seja lá com quais restrições, tipo aprender idioma, jurar bandeira & quetales - permita ter uma porção de seu território ocupado por populações de um vizinho (e antigo rival, ainda por cima), todas as minhas (poucas) crenças desmoronam como um castelo de cartas.

Países se formaram e estabilizaram seus territórios à custa de muito sangue e sacrifício. Não conheço NENHUM que arrisque isso de sangue doce. Pior, neste preciso momento a Rússia está EM EXPANSÃO (Ucrânia/Criméia), já a China não tem para onde fazer isso, toda a vizinhança é superpovoada também, à exceção da... :wink: 8-][/justificar]




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Re: Geopolítica

#5838 Mensagem por LeandroGCard » Qua Set 16, 2015 3:06 pm

Túlio escreveu:De fato, Leandro véio. Mas convenhamos, se eu passar a admitir como possível que um País Soberano - e seja lá com quais restrições, tipo aprender idioma, jurar bandeira & quetales - permita ter uma porção de seu território ocupado por populações de um vizinho (e antigo rival, ainda por cima), todas as minhas (poucas) crenças desmoronam como um castelo de cartas.

Países se formaram e estabilizaram seus territórios à custa de muito sangue e sacrifício. Não conheço NENHUM que arrisque isso de sangue doce. Pior, neste preciso momento a Rússia está EM EXPANSÃO (Ucrânia/Criméia), já a China não tem para onde fazer isso, toda a vizinhança é superpovoada também, à exceção da... :wink: 8-]
De fato, a questão é complicada.

Mas..., os chineses já mostraram sobejamente que sabem fazer as coisas de cabeça fria e pensando no futuro, assoprando muito mais do que mordendo enquanto vão cuidando dos seus interesses de longo prazo. E os possíveis ganhos de eventualmente criar conflitos com a Rússia seriam muito menores do que os custos de hostilizar uma potência militar e nuclear maior do que eles próprios, ao mesmo tempo em que do outro lado tem um EUA, um Japão e outros países orientais fazendo pressão. Os alemães fizeram esta besteira duas vezes no século passado, e em ambos os casos deu no que deu.

Por isso imagino que não seria difícil para Pequim começar a "aliciar" a Rússia, iniciando um processo lento e longo de investimentos no país em troca da transferência de alguns de seus cidadãos para lá. Nem precisariam ser muitos (bastariam talvez uma poucas dezenas de milhões, no longo prazo), apenas o suficiente para permitir explorar de forma eficiente os recursos da Rússia, inclusive os agrícolas da Sibéria, para onde os russos brancos não querem ir.

O maior problema que vejo é a Rússia receber estes chineses. A sociedade russa é realmente xenófoba e racista, principalmente com relação aos orientais (inclusive suas próprias minorias). E sendo ela a parte mais fraca em termos econômicos e demográficos nesta eventual aliança, são os que tem mais medo de no futuro verem ameaçada sua integridade territorial. Mas, sofrendo a pressão que vem sendo aplicada contra eles por um lado pelo belicismo do ocidente e por outro pelo crescimento do islamismo radical ao sul, talvez acabem concluindo (mesmo que à contragosto) que aceitar um certo nível de "sinização" do país seja um mal menor.


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P.S.: A Rússia na verdade não está se expandindo, esta é a menor preocupação deles pois nem conseguem dar conta do território que já possuem. Seus movimentos na Ucrânia, Criméia e agora no OM visam barrar a tentativa dos EUA e da Europa de expandir as confusões que gostam de causar até suas próprias fronteiras.




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Re: Geopolítica

#5839 Mensagem por Túlio » Qua Set 16, 2015 3:19 pm

LeandroGCard escreveu:De fato, a questão é complicada.

Mas..., os chineses já mostraram sobejamente que sabem fazer as coisas de cabeça fria e pensando no futuro, assoprando muito mais do que mordendo enquanto vão cuidando dos seus interesses de longo prazo. E os possíveis ganhos de eventualmente criar conflitos com a Rússia seriam muito menores do que os custos de hostilizar uma potência militar e nuclear maior do que eles próprios, ao mesmo tempo em que do outro lado tem um EUA, um Japão e outros países orientais fazendo pressão. Os alemães fizeram esta besteira duas vezes no século passado, e em ambos os casos deu no que deu.

Por isso imagino que não seria difícil para Pequim começar a "aliciar" a Rússia, iniciando um processo lento e longo de investimentos no país em troca da transferência de alguns de seus cidadãos para lá. Nem precisariam ser muitos (bastariam talvez uma poucas dezenas de milhões, no longo prazo), apenas o suficiente para permitir explorar de forma eficiente os recursos da Rússia, inclusive os agrícolas da Sibéria, para onde os russos brancos não querem ir.

Pensar a longo e longuíssimo prazo é talvez a maior virtude dos Chineses. Eu vejo assim: se movimentam para criar uma Armada e uma Aviação de combate de longo alcance que, num primeiro momento, terá o condão de contestar a supremacia dos EUA na Ásia; a seguir, superá-los. Por fim, torná-los IRRELEVANTES.

Então, coitada da Austrália, com seus 7,7 milhões de km² para meros 24 milhões de habitantes. :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

PS.: notar que isso parece a nós, brazucas, uma tremenda besteira, afinal, 10 anos para nós é longo prazo (bobear e é LONGUÍSSIMO); já para os chinas é marolinha...




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Re: Geopolítica

#5840 Mensagem por mmatuso » Qua Set 16, 2015 3:54 pm

A questão Siria é vital para a economia russa sendo que se EUA, UE e os arabes conseguirem derrubar o país vão colocar em risco a geopolítica energética russa.

É questão prioritária, caso não fosse não teriam gastos recursos nos últimos com isso inclusive mandando uma frota quando EUA estava a ponto de invadir lá no começo de toda essa bagunça que virou hoje a siria.




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Re: GEOPOLÍTICA

#5841 Mensagem por Penguin » Ter Out 06, 2015 10:34 pm

EUA fecham maior acordo comercial da história com 11 países
http://noticias.terra.com.br/eua-e-pais ... 329cy.html

Parceria Transpacífica engloba 40% da economia mundial e estabelece reduções tarifárias para centenas de itens.

Os Estados Unidos e mais 11 países que negociavam a Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) chegaram a um consenso nesta segunda-feira (5), abrindo caminho para o maior acordo de livre-comércio da história. O pacto visa derrubar barreiras comerciais e estabelecer padrões comuns para os doze países – EUA, Canadá, México, Austrália, Brunei, Chile, Japão, Cingapura, Malásia, Nova Zelândia, Peru, e Vietnã.

A TPP, que englobaria em torno de 40% da economia mundial, contribuiria para uma reformulação da indústria e influenciaria desde o preço do queijo até o custo dos tratamentos de câncer. O acordo estabelece reduções tarifárias para centenas de itens de importação, que vão desde carne de porco e bovina no Japão até caminhonetes nos Estados Unidos.

A rodada final de negociações em Atlanta, nos EUA, iniciada na última quarta-feira, esbarrava na questão da duração do monopólio de fabricantes da próxima geração de drogas biotecnológicas. Estados Unidos e Austrália negociaram uma solução.

Os EUA defendiam um período de doze anos de proteção de dados para encorajar as empresas farmacêuticas – como a Pfizer, a Genentech e a Takeda – a investir nos tratamentos biotecnológicos de alto custo, como o medicamento Avastin, da Genentech, de combate ao câncer.

A Austrália e a Nova Zelândia, além de organizações de saúde pública, defendiam que esse prazo deveria ser de cinco anos, para reduzir os custos aos programas médicos financiados pelos Estados.

Os negociadores chegaram a um acordo que estabeleceu um prazo entre cinco e oito anos, dentro do qual as empresas estarão livres da concorrência das versões genéricas, segundo as informações de pessoas presentes nas negociações a portas fechadas.

Nas horas finais das negociações, ainda houve impasses em relação às medidas de proteção aos produtores de laticínios. A Nova Zelândia, que abriga o maior exportador de produtos lácteos do mundo, a Fonterra, queria aumentar o acesso aos mercados americano, canadense e japonês.

Separadamente, os Estados Unidos, o México, o Canadá e o Japão concordaram com regras de padronização do comércio automotivo, que especificam o quanto de um veículo deve ser fabricado em países da TPP para poder se beneficiar das isenções tarifárias.

A TPP estabelece também padronizações mínimas para temas diversos que vão desde os direitos trabalhistas à proteção ambiental, além de estabelecer critérios para disputas entre governos e investidores estrangeiros, sem a necessidade de envolver os tribunais nacionais.

O presidente americano, Barack Obama, comemorou o fechamento do acordo, afirmando que "reflete os valores americanos", prioriza os interesses dos trabalhadores e permitirá ao país "exportar mais produtos com o selo 'Made in America' para todo o mundo".

Entretanto, o acordo ainda precisa da aprovação dos órgãos legislativos de todos os países envolvidos. Caso seja ratificada pelo Congresso dos Estados Unidos, a TPP poderá se tornar um dos maiores legados de Obama, que deixa o cargo no próximo ano.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, declarou que o tratado é uma "política clarividente para todos os países participantes, que compartilham os valores e almejam a construção de uma zona econômica livre e justa".

A TPP gerou grandes controvérsias em razão das negociações secretas que formataram o acordo nos últimos cinco anos, e era vista como ameaça por organizações de trabalhadores de fábricas de automóveis no México e pelos produtores canadenses de laticínios.

RC/rtr/ap/afp




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Re: GEOPOLÍTICA

#5842 Mensagem por Penguin » Ter Out 06, 2015 10:36 pm

Obama anunciará o fim dos impostos com a UE em Bruxelas
A medida, que foi descoberta pela Reuters, acelerará o diálogo sobre do tratado de livre comércio, travado pelo caso de espionagem
EVA SAIZ Washington 13 MAR 2014 - 18:05 BRT
http://brasil.elpais.com/brasil/2014/03 ... 40471.html

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve aproveitar o encontro bilateral com a União Europeia (UE) do dia 26 de março para anunciar o fim de todos os impostos comerciais entre eles, de acordo com a agência Reuters. A decisão do Governo norte-americano é um gesto para avançar nas negociações do tratado de livre comércio, muito manchadas pelo escândalo de espionagem e que segue sem avanços por causa de diferenças regulatórias. Neste ponto, Washington não parece ceder tanto como desejaria Bruxelas.

"A UE e os Estados Unidos estão firmemente comprometidos com a conclusão do ambicioso Tratado de Comércio e Investimentos”, diz o documento a que a Reuters teve acesso. “Entre esses compromissos encontra-se a eliminação de todos os impostos sobre os bens.” A decisão, embora signifique um avanço significativo nas negociações, não vai ter uma repercussão econômica notável, tendo em conta que as tarifas comerciais entre Bruxelas e Washington são relativamente baixas. De todo modo, a medida beneficia especialmente as companhias com plantas de montagem nos dois lados do Atlântico.

Nos mais de oito meses de negociações deste que está sendo chamado como o maior tratado comercial do mundo, assuntos como serviços, energia, matérias-primas, diferenças de regulação, contratação pública, meio ambiente. “Nossas equipes definiram as áreas em que há acordo e onde há divergências”, disse no ano mês de fevereiro passado o comissário de Comércio Europeu, Karel de Gucht, em Washington.

O presidente dos EUA quer mostrar em Bruxelas seu firme respaldo a esse tratado, na tentativa de tentar deixar para trás os escândalos de espionagem por parte de seu país. Porém, o fim das tarifas comerciais não parece ser suficiente para dar um novo impulso. O clima eleitoral, tanto na Europa, com eleições no Parlamento europeu na reta final, como nos EUA, com votações para renovar parte do Congresso em dezembro, não é o momento mais propício para avançar no diálogo.

Em Washington, muitos legisladores mostraram suas reticências a uma pronta aprovação, tanto do tratado com Bruxelas como o Acordo de Associação do Transpacífico (TPP, em sua sigla em inglês), para evitar ter de abordar um assunto desconfortável para seus eleitores em novembro. Do outro lado do oceano, uma Comissão é muito pouco provável para acelerar os trâmites negociadores e chegar a pactos específicos.




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Re: GEOPOLÍTICA

#5843 Mensagem por Penguin » Ter Out 06, 2015 10:41 pm

Aprovação de mega-acordo comercial no Pacífico 'acende alerta para Brasil'
João Fellet - @joaofellet
Da BBC Brasil em Washington
5 outubro 2015

Para especialistas, Brasil terá de rever política comercial após aprovação da TPP, que inclui 12 países

A aprovação da Parceria Trans-Pacífica (TPP, na sigla em inglês), histórico acordo comercial entre Estados Unidos, Japão e outros dez países no Pacífico, acende um alerta para o Brasil e pode deixar o país ainda mais isolado no comércio internacional, dizem analistas ouvidos pela BBC Brasil.

Assinada nesta segunda-feira em Atlanta (EUA) após cinco anos de negociações, a parceria reduzirá as barreiras comerciais entre 12 países responsáveis por 40% da economia mundial.

Além de EUA e Japão, o grupo inclui Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã.
Para João Augusto de Castro Neves, diretor de América Latina da consultoria Eurasia baseado em Washington, o êxito da TPP acende "um sinal de alerta para a política comercial brasileira".

Ele diz que, para o Brasil, o acordo apresenta dois grandes riscos. O primeiro é reduzir o ímpeto das negociações por um acordo maior na Organização Mundial do Comércio (OMC), uma das grandes prioridades da diplomacia brasileira.

"Com o TPP, economias que respondem por metade do PIB mundial acordarão regras que vão além das negociadas na OMC, o que põe a organização em segundo plano", ele diz.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) coordenado pelos professores Lucas Ferraz e Vera Thorstensen diz que a TPP e o acordo comercial em negociação entre Estados Unidos e União Europeia "são iniciativas revolucionárias para o sistema de comércio".

Bom para uns, incerto para os demais
Os autores dizem que as parcerias beneficiarão seus integrantes, mas criarão um cenário incerto para todos os outros países: "Por causa de seu tamanho, (os acordos) estabelecerão um novo sistema de regras, provavelmente em conflito com a OMC porque diferenciarão membros dessas parcerias de não-membros".

Em dezembro de 2013, todos os 159 membros da OMC aprovaram um acordo com 10% das regras previstas da Rodada Doha, principal negociação multilateral para a liberalização do comércio global.

Ainda que considerada tímida por especialistas, a aprovação deu fôlego à aposta do Brasil por negociações multilaterais (entre vários países) para ampliar a participação de produtos brasileiros no exterior.

Outro limitador à participação do Brasil em acordos extrarregionais é o Mercosul, que só permite a seus países negociar acordos de livre comércio em conjunto. O bloco é integrado por Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela.

O estudo da FGV diz, porém, que as dificuldades de fazer a Rodada Doha avançar levaram várias nações a apostar em grandes negociações comerciais entre grupos de países, como a TPP e o acordo EUA-União Europeia.

As regras negociadas nesses acordos vão além das tratadas pela OMC, incluindo regulações sobre propriedade intelectual, serviços, meio ambiente, mudanças climáticas e legislação trabalhista.

Especialistas dizem que OMC, chefiada pelo brasileiro Roberto Azevêdo, pode ficar em 2º plano
A conclusão dos acordos, diz o estudo, deixará o Brasil para trás "nas negociações de regras comerciais internacionais, perdendo o seu papel atual de relevante definidor de regras globais, (e) assumindo um papel secundário de aceitador passivo das regras".
Para João Augusto de Castro Neves, o segundo risco da TPP para o Brasil é a perda de mercados na América Latina. México, Chile e Peru pertencem ao bloco, e é possível que a Colômbia passe a integrá-lo no futuro.

Com a TPP, diz Castro Neves, as rotas comerciais no Pacífico tendem a se fortalecer em detrimento das do Atlântico.
México, Peru, Chile e Colômbia já vêm incrementando suas trocas comerciais a partir da criação da Aliança do Pacífico, em 2012.
Ao favorecer o comércio no Pacífico, o analista da Eurasia diz que a TPP pode forçar o Mercosul a flexibilizar suas regras para permitir que membros aumentem os laços com vizinhos que não pertençam ao bloco.

Obstáculos à implementação
Para Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV em São Paulo, a TPP ainda enfrentará muitos desafios para sair do papel.

Para vigorar, o acordo terá de ser chancelado pelos Parlamentos de seus integrantes.

Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama enfrentará a oposição de parte da bancada do seu próprio partido (Democrata) para aprová-lo. Stuenkel diz que em outros países, como o Vietnã, a aprovação interna da parceria também é incerta.

Mesmo assim, o professor diz que o acordo é um grande sinal de que poderemos ter "uma liberalização mais ampla do comércio nos próximos anos" no mundo.

"Ele cria uma pressão política sobre a União Europeia e deve facilitar um consenso para que os europeus fechem o acordo com os Estados Unidos", afirma. "O Brasil em algum momento terá de se perguntar se vale a pena apostar em acordos multilaterais ou se começa a se envolver em negociações."

O professor diz que há sinais de que o governo considera flexibilizar sua postura comercial. A presidente Dilma Rousseff iniciou neste ano negociações para um acordo comercial com o México e tentou destravar as conversas para um acordo entre o Mercosul e a União Europeia, lançadas em 1999.

O professor afirma, no entanto, que os gestos parecem partir do Ministério da Fazenda, que considera a abertura econômica uma das ferramentas para lidar com a crise.

Segundo Stuenkel, outros órgãos do governo – entre os quais o Ministério das Relações Exteriores – ainda não estão alinhados com a estratégia.

"Esta será uma das decisões mais difíceis para a política externa brasileira nos próximos anos. Será complicado o Brasil não se mexer agora que outras grandes economias apostam em grandes acordos."




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Re: GEOPOLÍTICA

#5844 Mensagem por Mathias » Sex Out 09, 2015 1:34 am

Será que tem vaga pra uma horta aí nesse acordo?




“Os únicos derrotados no mundo são os que deixam de lutar, de sonhar e de querer! Levantem suas bandeiras, mesmo quando não puderem levantar!”.
Mujica.
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Re: GEOPOLÍTICA

#5845 Mensagem por akivrx78 » Sáb Out 17, 2015 6:14 pm

17/10/2015 às 11h53
EUA, Índia e Japão realizam exercício naval em conjunto perto da costa indiana
Estadão Conteúdo
Imagem
Redação Folha Vitória

Nova Délhi - Estados Unidos, Índia e Japão realizam um exercício militar com navios de guerra, porta-aviões e submarinos no Golfo de Bengala neste sábado, perto da costa indiana. O movimento sinaliza o fortalecimento dos laços estratégicos entre os três países, que enfrentam o crescimento da China.

Durante os exercícios, conhecidos como Malabar, que devem durar seis dias, os navios irão realizar várias as manobras navais, incluindo coordenações militares e combates anti-submarinos, de acordo com um comunicado conjunto. A primeira fase do exercício foi conduzida ao sul da cidade portuária de Chennai e foi encerrada ontem.

Os Estados Unidos usam o porta-aviões USS Theodore Roosevelt, um navio lança-mísseis e um submarino nuclear para os exercícios. "A Índia e o Japão são parceiros fantásticos dos Estados Unidos", afirmou o capitão Craig Clapperton, comandante do USS Theodore Roosevelt. "Compartilhamos muito em comum e certamente temos relações econômicas, militares e políticas fortes e amigáveis", completou.

Por outro lado, um jornal estatal chinês alertou que a Índia não deveria se colocar em uma aliança contrária à China. "A relação entre China e Índia é boa, e laços saudáveis são benéficos aos dois países", afirmou o Global Times. "A Índia deve ficar vigilante quanto a qualquer intenção de incluir o país em uma aliança anti-China". Fonte: Associated Press.

http://www.folhavitoria.com.br/geral/no ... diana.html




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Re: GEOPOLÍTICA

#5846 Mensagem por VivaRussia » Sex Dez 04, 2015 11:44 am

Terceira Guerra Mundial vai acontecer. Não se trata de SE, mas de QUANDO.

Tenho as minhas dúvidas:

1- A Guerra vai acontecer durante o mandato do Obama, ou no mandato do próximo presidente?

2- De que lado vai ficar a Índia?

3- A China vai entrar imediatamente ao lado da Rússia, ou vai esperar mais um pouco?

Agora, as perguntas mais importantes:

4- Como vai se comportar o Brasil? como seremos afetados?

5- O que é melhor para o Brasil, que OTAN vença, ou China-Rússia?


Agradeço aos que responderem.

VR




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Re: GEOPOLÍTICA

#5847 Mensagem por EduClau » Sex Dez 04, 2015 12:17 pm

O melhor para o Brasil acho que deve ser como na Grande Guerra anterior: assumir sua importância pífia nessa briga de cachorro grande, jogar com os dois lados enquanto puder e depois se juntar àquele que for levar a melhor.

sds.




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Re: GEOPOLÍTICA

#5848 Mensagem por LeandroGCard » Sex Dez 04, 2015 12:22 pm

Entrando na brincadeira, vamos às apostas:
1- A Guerra vai acontecer durante o mandato do Obama, ou no mandato do próximo presidente?
R: Do próximo presidente republicano que tiver o mesmo nível intelectual de George Bush filho (algo que os EUA estão sempre correndo o risco de eleger).
2- De que lado vai ficar a Índia?
R: Do dela ou seja, de camarote.
3- A China vai entrar imediatamente ao lado da Rússia, ou vai esperar mais um pouco?
Vai entrar ao lado da Rússia depois de ser atacada preventivamente pelos EUA.
4- Como vai se comportar o Brasil? como seremos afetados?
Vai ficar chupando o dedo sem entender nada do que estará acontecendo, como de praxe. Depois procurará por algum outro poder que restar para perguntar o que fazer e implorar ajuda para se manter quando as fontes usuais de tecnologia, financiamento, mercados para commodities e até orientação ideológica secarem.

Chuto a Índia para assumir o papel de próxima senhora do Brasil, inclusive enviando levas de imigrantes (todos dalits) para cá. Quando os mísseis começarem a voar será uma boa hora para começar a aprender a dancinha indiana e reservar os filmes de Bollywood.
5- O que é melhor para o Brasil, que OTAN vença, ou China-Rússia?
Esta guerra não terá nenhum vencedor. Dos que entrarem só a China tem chances de sobreviver, e mesmo assim voltando ao tempo da Revolução Cultural, ou mesmo da dinastia Ming. O resto volta ao paleolítico :roll:.


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Re: GEOPOLÍTICA

#5849 Mensagem por LeandroGCard » Sex Dez 04, 2015 12:30 pm

EduClau escreveu:O melhor para o Brasil acho que deve ser como na Grande Guerra anterior: assumir sua importância pífia nessa briga de cachorro grande, jogar com os dois lados enquanto puder e depois se juntar àquele que for levar a melhor.

sds.
O mais certo é que antes mesmo que o Brasil perceba o que está acontecendo tudo já tenha terminado, e a face do mundo já seja outra. Aí vamos levar uns 100 anos para entender e começar a tentar nos adequar a este novo mundo... (só o pânico por não existirem mais séries e filmes americanos e por não se poder mais viajar para a Miami radioativa vai durar uns 50 anos) :roll: .


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Re: GEOPOLÍTICA

#5850 Mensagem por delmar » Sex Dez 04, 2015 1:13 pm

A possibilidade de uma guerra entre os EUA e a Russia é a mesma de eu ter meu carro destruído por um meteoro. Não é impossível, mas é altamente improvável. Não vale a pena preocupar-se com isto.
Como exercício teórico, a participação do Brasil em um episódio de tal magnitude seria zero. Não temos bombas, não temos foguetes, não temos bombardeiros de longo alcance. Assistiríamos o espetáculo de camarote, por aqui no sul tomando um mate e falando com o vizinho "A la pucha tche! que barbaridade! tome mais um mate." A única coisa a fazer seria isto.




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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