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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sex Mai 20, 2011 2:45 pm
por Carlos Lima
Pepê Rezende escreveu:cb_lima escreveu:
Eu li isso e me lembrei de que acabamos com F-5 segundo lote empenados com um montão de fios cortados, tortos e que tiveram que ir direto para o PAMA porque Deus foi bom o suficiente para trazê-los voando.
Sei não...
CB_Lima
Chegaram a nos oferecer F-16A depois de venderem para a Venezuela. Aí, veio a moratória e cortaram todos os suprimentos para a FAB. Os F-5E vieram porque quase compramos F-7M da China em função disso...
Pepê
Sim, o tal do F-16 "79", mas justamente em função da nossa realidade economica/política da época que não dá para achar que essas ofertas eram nem um pouco viáveis.
[]s
CB_Lima
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sex Mai 20, 2011 3:40 pm
por Túlio
Pepê Rezende escreveu:
O Túlio colocou duas informações inverdadeiras acima. O PW1120 não é um projeto israelense, é norte-americano, bolado pela Pratt & Whitney a pedido do Estado judeu. A segunda é que é o SEGUNDO motor supersônico high by pass a ser instalado num caça. O mérito pertence ao RM8 do Viggen, que não passa de um motor comercial de Boeing 707 adaptado a condições militares.
Será? Vejamos:

PW1120 - em momento algum eu disse que a turbina é PROJETO Israelense, disse apenas que eles
E os ianques pegaram uma F-100 e fizeram a PW1120. Foi dito de maneira informal e naturalmente imprecisa mas não exatamente uma MENTIRA: os ianques desenvolveram a turbina a partir da F-100
COM BASE EM ESPECIFICAÇÕES ISRAELENSES. A idéia foi dos Judeus, que queriam desenvolver seu caça de ataque Lavi com um propulsor que mantivesse o máximo de comunalidade com a turbina de seus F16, a qual já conheciam bem, a ponto de especificarem como deveria ser uma possível sucessora/parceira. A própria P&W reconhece isso, ao menos de modo implícito, em sua HP.

SEGUNDO motor supersônico high by pass a ser instalado num caça - peraí, o que eu falei foi "o primeiro
turbofan de baixo bypass do mundo" e naturalmente me referia a caças. Baixo (low), não alto (high). O alto bypass serve a aeronaves como as comerciais e de transporte militar e funções afins, por sacrificar a velocidade em favor da economia e redução de ruído. Caças usam turbofans de baixo bypass justamente porque a velocidade é de suma importância.

Vou ilustrar o que quis dizer com "o primeiro turbofan de baixo bypass do mundo": basta compararmos o bypass da RM-8 (0,97:1) com o da PW1120 (0,36:1). Para estabelecer um parâmetro tomemos as modernas M88 do Rafale (0,30:1) e a EJ200 do Typhoon (0,4:1). Bypass, como certamente sabes, é a diferença entre a quantidade de ar que o fan puxa e passa ao seu redor e a que efetivamente entra para produzir combustão no
core. Assim, se passam 2 kg de ar por fora a cada vez que entra um kg para o
core, tempos um bypass de 2:1. Se para cada kg que entra puxado pelo fan apenas meio passa por fora do core, então temos 0,5:1. Claro que o ar que passa por fora também gera empuxo.
Mas o mais engraçado é que eu errei MESMO: querendo dizer "turbofan de diâmetro reduzido" acabei dizendo "de baixo bypass". A PW1120 reduziu os 1,18m da F100 para 1,02m. Os turbofans de caça perseguem sempre o menor diâmetro possível, chegando hoje aos 90 cm do M88 do Rafale por exemplo...
Abração aí!!!

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sex Mai 20, 2011 3:59 pm
por Penguin
AlbertoRJ escreveu:Acho que fabricar componentes de turbinas até a Celma faz e já fazia antes de ser da GE.
O galho me parece ser projetar.
[]'s
Se vc tiver boa vontade e dar uma olhada no link da Volvo, verá que ela faz parte da cadeia de fornecedores dos principais fabricantes de turbinas. Além de fabricar componentes para um extenso número de turbinas civis (CF6-80, CFM56, GE90-115B, GP7000, Trent XWB, Trent 1000, Trent 900, Trent 500, BR715, Tay, PW6000, PW4000, PW2000, PW1000G, V2500, JT8D)
e militares (RM12, F404, F100, F110, F135), ela tb desenvolve esses componentes.
As component partner we function mainly as an independent risk and revenue sharing partner, in cooperation with the major engine manufacturers, assuming responsibility for certain engine components.
Our responsibility covers everything from development, design, manufacturing and sustaining engineering to product support for the supply of spare parts throughout the entire lifetime of an engine type.
http://www.volvoaero.com/volvoaero/glob ... gines.aspx
É muito diferente da Celma.
[]s
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sex Mai 20, 2011 6:02 pm
por AlbertoRJ
Penguin escreveu:AlbertoRJ escreveu:Acho que fabricar componentes de turbinas até a Celma faz e já fazia antes de ser da GE.
O galho me parece ser projetar.
[]'s
Se vc tiver boa vontade e dar uma olhada no link da Volvo, verá que ela faz parte da cadeia de fornecedores dos principais fabricantes de turbinas. Além de fabricar componentes para um extenso número de turbinas civis (CF6-80, CFM56, GE90-115B, GP7000, Trent XWB, Trent 1000, Trent 900, Trent 500, BR715, Tay, PW6000, PW4000, PW2000, PW1000G, V2500, JT8D)
e militares (RM12, F404, F100, F110, F135), ela tb desenvolve esses componentes.
As component partner we function mainly as an independent risk and revenue sharing partner, in cooperation with the major engine manufacturers, assuming responsibility for certain engine components.
Our responsibility covers everything from development, design, manufacturing and sustaining engineering to product support for the supply of spare parts throughout the entire lifetime of an engine type.
http://www.volvoaero.com/volvoaero/glob ... gines.aspx
É muito diferente da Celma.
[]s
Minha intenção não foi exatamente comparar a Volvo com a Celma.
Você conhece alguma turbina que tenha sido projetada por qualquer uma das duas? Se não, então ambas são fabricantes de "turbopeças". Falta a capacidade de desenvolvimento, em maior ou menor grau.
[]'s
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sex Mai 20, 2011 6:18 pm
por Penguin
Esses "graus" fazem total diferença.
Volvo Aero:
Engine components:
In order to be competitive, Volvo Aero has specialised in a few very advanced jet engine components, mainly complex engine structures like turbine exhaust casings, turbine mid frames, LPT cases, compressor housings, LPT shafts, vanes, and large rotating parts.
Space propulsion:
On the space propulsion side, Volvo Aero is the world’s largest manufacturer of combustion chambers and nozzles for commercial launch vehicles, and is the centre of excellence for rocket engine turbines in Europe.
[]s
Read more:
http://www.answers.com/topic/volvo-aero#ixzz1Mvh8YFVr
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sex Mai 20, 2011 9:27 pm
por WalterGaudério
A todos os envolvidos nos debates da página 3876, meu muito obrigado pelos dados e interpretação fornecidos. Go on!
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sex Mai 20, 2011 10:43 pm
por knigh7
jp escreveu:knigh7 escreveu:Não se pode esquecer que o Euro, por ser uma moeda tradicionalmente forte, encarece demais os produtos da zona dessa moeda .A diferenca gira entre 35 a 48%. Tanto é que o CEO da Dassault, Charles Edelstene, culpou a sobrevalorizacão do euro como uma das causas do fracasso da venda dessa aeronave aos outros países.
Knigt, bom dia.
É inevitável constatar a realidade histórica atual, refiro-me sobre moedas européias, e agora o euro, fortes em relação às outras economias. Mas aí bate uma dúvida: com tantos países do MCE adernando e pesando as "locomotivas", França e Alemanha (sem dizer da forte mas extra Inglaterra), até quando o euro poderá manter-se com essa valorização diante de monstruosas reservas de dólares (entre outras divisas de créditos vários) da China e, inclusive, do Brasil?
Olá JP.
Quando o CEO da Dassault culpou a sobrevalorizacão do Euro como causa do fracasso em vendas do Rafale (e foi nesse ano), eu até levantei esse assunto lá no tópico da Crise Européia na secão Gerais.
Os nossos amigos portugueses atribuiram também a determinados países da UE,e fortes, como a Alemanha, com interesses em manter a moeda sobrevalorizada.
Embora os EUA critiquem os chineses pelos mecanismos que eles lancam para manter o Yuan desvalorizado, os EUA, desde o primeiro mandato do Clinton exercem uma poilitica de desvalorizacão do dólar.
É uma pena, pois ale'm de terem produtos com menos coleira, viajar para a Europa é bem melhor que ir para os EUA.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sáb Mai 21, 2011 12:23 am
por sapao
Então Pepê, o proprio Ozires Silva disse em uma palestra na AFA que a asa dele NÃO é a que foi projetada, foi mudada a pedidos...
Depois que causou um acidente fatal...
Não, segundo ele foi para levar missil nas asas mesmo.
Só que não soubemos escolher o parceiro. Na mesma época a Northrop nos ofereceu a linha do F-20 por apenas US$ 800 milhões. A Dassault propôs criar uma linha de Mirage 3NG aqui.
Ok, concordo que talvez nossos parceiros não tenham sido os melhores.
Mas isso é facil de saber hoje, depois que tudo já aconteceu.
E lembra aquela teoria de que se tivessemos sidos colonizados pelos holandeses, pelos britanicos, pelos chineses e assim por diante tudo seria diferente e para melhor.
Poderiamos ter feito uma parceria melhor?
Acredito que sim, mas acho que grande parte dos problemas tiveram mais a ver com o processo de como tudo foi feito do que com a parceria em si.
Mas naquela epoca logo após a moratoria e em transição para a Democracia, após a suspensão de vendas de suprimento para o Brasil pelos USA, o apoio americano e frances ao Reino Unido nas Falklands/Malvinas acho que não deve ter sido uma decisão facil.
Assim como acho que a do H-60L não foi, nem a dos P-3, nem a dos MI-35 e assim por diante.
Mas as decisões tem que ser tomadas, porque senão ficamos como o estamos no F-X, uma situação que ao meu ver é a pior que podemos ter: sem decisão nenhuma!
Se no Kosovo os alvos que ele destruiu eram falsos, acho que o problema estava na Inteligencia e não na aeronave, que afinal acertou onde falaram que estariam os alvos, mesmo que falsos.
Concordo, mas lembre-se que ele foi testado contra alvos que os iugoslavos QUERIAM que fossem destruídos, numa área sem defesas antiaéreas adequadas (por isso foi designado para o ataque, pois não sobreviveria numa área mais densa) e em condições de combate completamente artificiais.
Entendi o seu ponto, realmente ele não tinha as capacidades para operar em determinados ambientes.
Certamente comprariamos 120 F-16 SE os USA nos quisessem vender, e esses F-16 seriam semelhantes aos modelos que a Venezuela utiliza e que durante uma Cruzex não decolaram para efetuar o bombardeio em Maxaranguape porque o tempo estava fechado; alias só duas aeronaves decolaram : o A-29 e o A-1.
Obviamente, não compraríamos 120 aviões, teríamos uma força muito mais capaz com menos unidades. Com um MLU, estariam perfeitamente prontos para combater. Na mesma época a França nos ofereceu o Mirage 2000C num padrão muito semelhante ao indiano. Eles serão completamente reconstruidos e receberão turbinas novas (daí o alto custo do pacote) porque a IAF tem alta consideração sobre a capacidade de combate qualquer tempo dos bichos.
Em uma comparação, seria o mesmo que hoje partissemos para a compra direta lá fora de 60 caças modernos para o F-X porque daqui a 15 anos vamos conseguir fazer o MLU no modelo e eles virão muito melhor do que qualquer coisa que venhamos a produzir aqui dentro.
Como disse, é uma solução viavel e existe uma corrente neste sentido.
Eu sou contra porque não entra na minha cabeça que uma país como o Brasil que tem uma industria como a EMBRAER tenha que buscar soluções totalmente dependentes do exterior, mas é a minha opinião.
E acho que se aplica tanto a aquela epoca como a hoje em dia.
Se tivesse que escolher entre comprar um F-16 pronto ou meio A-1 com 1/3 dele sendo produzido na EMBRAER eu teria tomado a mesma decisão que foi tomada na decada de 80.
Mesmo sabendo que o F-16 é superior em performance e avionica.
É melhor entrar como associado num projeto "brand new", o que nos foi oferecido, diversas vezes, e negamos.
Negamos ou escolhemos mal?
O ultimo foi o AMX, depois uma decada morta e agora estamos tentando de novo.
Um amigo da FAB, seu colega, que participou da campanha afirma que o apelido carinhoso na Força é "queima-sapata"...
Como disse , o problema não está no missil...
A interface também faz parte do conjunto. Se ele queima a sapata é porque está mal dimensionado.
Por alguma chance remota, não poderia estar parte do problema na sapata?
Aliás, peço ajuda aos engenheiros para completarem a frase: para dimensiona-lo para uma determinada sapata eu preciso das ...
Não fizemos o seeker e mais uma infinidade de projetos que nasceram naquela epoca e não foram finalizados; o problema foi falta de capacidade tecnica somente?
Não, faltou gerenciamento. Vou dar um bom exemplo: em 1980, o general Argus, amigo de meu pai, pediu a uma empresa privada brasileira que desenvolvesse um telêmetro laser. Prometeu comprar 2 mil unidades. Seis meses depois o projeto estava pronto ao custo de US$ 1 milhão. A encomenda feita foi de apenas seis aparelhos, causando um bruta prejuízo ao dono da firma. Obviamente, o capitalista se desinteressou e nunca mais produziu nada para o EB. O CTex, enquanto isso, estudou o assunto por CINCO ANOS sem qualquer resultado.
O caso do Piranha também é emblemático. Começou como um projeto do CTA que escolheu a DF Vasconcellos para absorver a tecnologia do seeker, basicamente o mesmo do AIM-9B. A empresa desviou US$ 60 milhões pagos pelo Tesouro para a produção de "Lunetas para ver o Cometa". Como o Halley foi um fiasco, ela não teve como repor os recursos. A partir daí, o programa foi repassado à Órbita, de triste memória. Quando a Engesa (a Órbita era uma sociedade entre a Engesa e a Embraer) faleceu, o programa foi entregue a Elebra, que também morreu. Estava mais que na hora de procurar um desenvolvimento conjunto, mas criamos a MECTRON para tocar o Piranha.
Como você já disse, gerenciamento.
Cai no mesmo caso que falei do A-1, um bom projeto com falhas na gerencia.
Sobe a MECTRON, ela não foi criada por NÓS (presumo que você se refira ao GF) e sim por alguns engenheiros que começaram a firma sem ter nada a ver com Defesa, e muito menos para que o projeto do Piranha fosse retomado.
A MECTRON não desiste do MAA-1 porque é a única fonte de renda garantida que possui. Enquanto mantiver o programa vivo, terá acesso a recursos do Tesouro. É uma mesada para uma empresa que só conseguiu desenvolver um projeto bem-sucedido, o MSS1.2, que nada mais é que um velho programa da OTO-Melara concebido na década de 1980. O MAA-1 é caro, obsoleto e nada acrescenta ao AIM-9L. Deveríamos usar esses recursos para acelerar o processo de industrialização do A-Darter. Aí, a MECTRON teria alguma função... Espero que, com a parceria da Odebrecht, isso mude.
Bom, ai é questão de opinião.
Eu acho que a MECTRON é muito mais do que isso, e pode (como já fez) sobreviver sem ter que ficar sendo pajeada pelo governo.
Alias, coisa que eu acho que ela não faz é ficar recebendo mesada para tocar projeto natimorto, muito pelo contrario.
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sáb Mai 21, 2011 6:36 pm
por Pepê Rezende
cb_lima escreveu:Sim, o tal do F-16 "79", mas justamente em função da nossa realidade economica/política da época que não dá para achar que essas ofertas eram nem um pouco viáveis.
[]s
CB_Lima
Eu não falei em F-16-79. Disse F-16A. Foram-nos oferecidos e, cá entre nós, eram muito mais adequados financeiramente que o programa F-32, um dos apelidos do A-1 na FAB, também conhecido como o avião mais poderoso do mundo porque custava o dobro de um F-16A e conseguiu derrubar uma força aérea inteira sem decolar...
Pepê
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sáb Mai 21, 2011 6:57 pm
por Pepê Rezende
sapao escreveu:Não, segundo ele foi para levar missil nas asas mesmo.
Desde os primeiros desenhos estava previsto o uso de mísseis nas pontas das asas. O perfil da asa mudou porque a Aeritalia, para ganhar tempo de tunel de vento, propôs usar o perfil do Tornado em lugar do proposto pela Aermacchi. O problema é que ele foi desenhado para uso em geometria variável e, ao ser fixo no ângulo de enflexamento do AMX, gerava mais turbulência em alguns regimes de velocidade. Isso causou a queda de um protótipo. A asa, em função disso, teve suas superfícies móveis completamente redesenhadas pela Northrop a um custo de US$ 300 milhões.
sapao escreveu:Ok, concordo que talvez nossos parceiros não tenham sido os melhores.
Mas isso é facil de saber hoje, depois que tudo já aconteceu.
E lembra aquela teoria de que se tivessemos sidos colonizados pelos holandeses, pelos britanicos, pelos chineses e assim por diante tudo seria diferente e para melhor.
Poderiamos ter feito uma parceria melhor?
Acredito que sim, mas acho que grande parte dos problemas tiveram mais a ver com o processo de como tudo foi feito do que com a parceria em si.
Mas naquela epoca logo após a moratoria e em transição para a Democracia, após a suspensão de vendas de suprimento para o Brasil pelos USA, o apoio americano e frances ao Reino Unido nas Falklands/Malvinas acho que não deve ter sido uma decisão facil.
Assim como acho que a do H-60L não foi, nem a dos P-3, nem a dos MI-35 e assim por diante.
Mas as decisões tem que ser tomadas, porque senão ficamos como o estamos no F-X, uma situação que ao meu ver é a pior que podemos ter: sem decisão nenhuma!
Tivemos chance de cair fora porque o programa quase foi suspenso pela Itália pelos aumentos exponenciais de custo. A bem da verdade, nossa participação no programa foi pífia. Fizemos o projeto do nariz com canhões 30 mm, que quase inviabilizou a instalação de radares, e colocamos tanques de combustível nas asas. A oferta da linha de F-20 aqui, que tinha encomendas seguras de Taiwan e outros países do Terceiro Mundo, coincidiu com esse momento.
sapao escreveu:Em uma comparação, seria o mesmo que hoje partissemos para a compra direta lá fora de 60 caças modernos para o F-X porque daqui a 15 anos vamos conseguir fazer o MLU no modelo e eles virão muito melhor do que qualquer coisa que venhamos a produzir aqui dentro.
Como disse, é uma solução viavel e existe uma corrente neste sentido.
Eu sou contra porque não entra na minha cabeça que uma país como o Brasil que tem uma industria como a EMBRAER tenha que buscar soluções totalmente dependentes do exterior, mas é a minha opinião.
E acho que se aplica tanto a aquela epoca como a hoje em dia.
Se tivesse que escolher entre comprar um F-16 pronto ou meio A-1 com 1/3 dele sendo produzido na EMBRAER eu teria tomado a mesma decisão que foi tomada na decada de 80.
Mesmo sabendo que o F-16 é superior em performance e avionica.
Eu teria preferido a linha de F-20, que nos foi oferecida por menos de 1/3 do valor pago pela linha de A-1. Vc estaria certo se não tivéssemos alternativas. Tínhamos.
sapao escreveu:Negamos ou escolhemos mal?
O ultimo foi o AMX, depois uma decada morta e agora estamos tentando de novo.
Foi-nos oferecido parceria num projeto de 5ª geração, mas a COPAC achou que era sonho e que o NG era algo mais concreto. Como vemos, ela tinha razão. O Su-35S entrou em série e o protótipo do PAK-FA está voando.
sapao escreveu:Por alguma chance remota, não poderia estar parte do problema na sapata?
Aliás, peço ajuda aos engenheiros para completarem a frase: para dimensiona-lo para uma determinada sapata eu preciso das...
A sapata funciona para AIM-9L e todos os mísseis ocidentais de aerodinâmica semelhante (o Python 3 não é compatível por isso).
sapao escreveu:Como você já disse, gerenciamento.
Cai no mesmo caso que falei do A-1, um bom projeto com falhas na gerencia.
Sobe a MECTRON, ela não foi criada por NÓS (presumo que você se refira ao GF) e sim por alguns engenheiros que começaram a firma sem ter nada a ver com Defesa, e muito menos para que o projeto do Piranha fosse retomado.
O A-1 e o Piranha têm algo em comum: são dois projetos que nasceram defasados e anacrônicos. O mau gerenciamento é outro ponto em comum. Numa época onde os aviões de ataque eram altamente blindados ou supersônicos, partimos para uma atualização do conceito operacional do Gina. Quanto à Mectron, ela nasceu sabendo que ganharia o projeto do piranha e do MSS-1...
sapao escreveu:Eu acho que a MECTRON é muito mais do que isso, e pode (como já fez) sobreviver sem ter que ficar sendo pajeada pelo governo.
Alias, coisa que eu acho que ela não faz é ficar recebendo mesada para tocar projeto natimorto, muito pelo contrario.
Mostre-me um projeto próprio bem sucedido e em operação que mudo minha frase...
Abraços
Pepê
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sáb Mai 21, 2011 7:23 pm
por Boss
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sáb Mai 21, 2011 7:26 pm
por knigh7
FX-2: Com Dilma, caças suecos ganham vantagem
Segundo Paulo Skaf, presidente da Fiesp, o governo Dilma Rousseff pode favorecer as relações comerciais entre Brasil e Suécia com a compra dos caças da Saab para a Força Aérea Brasileira.
Ainda que o fluxo comercial entre Brasil e Suécia seja “diminuto”, como afirmou Skaf, há uma expectativa de mudança nesse cenário com o avanço dos suecos na negociação dos caças. “Se o governo brasileiro fechar os caças com a Suécia, nosso resultado com eles vai saltar”, antevê o presidente da Fiesp.
As aeronaves da Saab tem ganhado força no debate pela decisão dos caças que comporão a Força Aérea Brasileira com a mudança de governo.
Segundo relatório do Ministério da Defesa divulgado em janeiro, o francês Rafale, da Dassault – que teria grande função diplomática para aperfeiçoamento das relações entre Brasil e França – ficou em último lugar na avaliação dos técnicos da Aeronáutica.
O primeiro lugar foi da sueca Saab, fabricante do Gripen NG. Com a mudança na linha de política externa brasileira, abre-se um novo portal para as aeronaves do país.
“Com o governo Dilma recomeça o processo de análise da questão dos caças. É uma decisão técnica que cabe à Força Aérea Brasileira, à Defesa e a presidente Dilma”, destacou Skaf.
Fonte: Brasil Econômico
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sáb Mai 21, 2011 7:26 pm
por Justin Case
Amigos,
Para mim, o Programa AMX (um programa de Governo, com orçamento próprio e não da FAB) cumpriu bem a maioria dos seus objetivos.
A partir de uma capacidade inicial adquirida com os Xavante (linha de montagem de CKT), aprendemos a gerenciar projetos e assumir responsabilidade por várias áreas da aeronave, ainda que menos nobres.
A indústria foi capacitada a fabricar partes e equipamentos. Podemos incluir as partes de motor e vários aviônicos.
Neste último aspecto, muitas dessas empresas não se sustentaram no mercado por falta de encomendas e de competitividade.
Essa fase já passou. Esse quadrinho já recebeu o check mark.
Agora, no F-X2 o objetivo tem que ser outro.
Alguns dos concorrentes ainda focam suas ofertas em uma arquitetura que já foi vencida. Fabricar partes menos nobres, linha de montagem no Brasil, detalhamento de desenhos os quais não concebemos. Muitos políticos e até microempresários dão valor a esta opção pois ela atende aos seus objetivos imediatos. Não creio que atenda aos objetivos do Estado brasileiro.
Nesta etapa que devemos engajar, necessitamos conhecer e usar tecnologia de ponta, no estado da arte. A futura competitividade de nossa indústria aeronáutica depende disso.
Devemos aprender e alcançar o mesmo estágio tecnológico do "parceiro" e prosseguir junto com ele para os projetos de nova geração.
No F-X2, isto tem um nome: Rafale.
Abraços,
Justin
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sáb Mai 21, 2011 7:57 pm
por PRick
knigh7 escreveu:
FX-2: Com Dilma, caças suecos ganham vantagem
Segundo Paulo Skaf, presidente da Fiesp, o governo Dilma Rousseff pode favorecer as relações comerciais entre Brasil e Suécia com a compra dos caças da Saab para a Força Aérea Brasileira.
Ainda que o fluxo comercial entre Brasil e Suécia seja “diminuto”, como afirmou Skaf, há uma expectativa de mudança nesse cenário com o avanço dos suecos na negociação dos caças. “Se o governo brasileiro fechar os caças com a Suécia, nosso resultado com eles vai saltar”, antevê o presidente da Fiesp.
As aeronaves da Saab tem ganhado força no debate pela decisão dos caças que comporão a Força Aérea Brasileira com a mudança de governo.
Segundo relatório do Ministério da Defesa divulgado em janeiro, o francês Rafale, da Dassault – que teria grande função diplomática para aperfeiçoamento das relações entre Brasil e França – ficou em último lugar na avaliação dos técnicos da Aeronáutica.
O primeiro lugar foi da sueca Saab, fabricante do Gripen NG. Com a mudança na linha de política externa brasileira, abre-se um novo portal para as aeronaves do país.
“Com o governo Dilma recomeça o processo de análise da questão dos caças. É uma decisão técnica que cabe à Força Aérea Brasileira, à Defesa e a presidente Dilma”, destacou Skaf.
Fonte: Brasil Econômico
Meu Deus como ainda perdem tempo divulgando esses absurdos. Agora, Paulo Skaf é fonte do governo, afinal, ele apoiou e apoia muito o governo. Depois repetem as mesmas mentiras já batidas e sem sentido. O caça sueco não existe, só mesmo na cabeça do Skaf, uma pessoa muito isenta para falar a respeito desse assunto. Vejam a que ponto chegou o absurdo na parte do texto grifado por mim. Isso tem algum sentido para dar alguma vantagem para o Gripen?
[]´s
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sáb Mai 21, 2011 8:04 pm
por Pepê Rezende
knigh7 escreveu:
FX-2: Com Dilma, caças suecos ganham vantagem
Segundo Paulo Skaf, presidente da Fiesp, o governo Dilma Rousseff pode favorecer as relações comerciais entre Brasil e Suécia com a compra dos caças da Saab para a Força Aérea Brasileira.
Ainda que o fluxo comercial entre Brasil e Suécia seja “diminuto”, como afirmou Skaf, há uma expectativa de mudança nesse cenário com o avanço dos suecos na negociação dos caças. “Se o governo brasileiro fechar os caças com a Suécia, nosso resultado com eles vai saltar”, antevê o presidente da Fiesp.
As aeronaves da Saab tem ganhado força no debate pela decisão dos caças que comporão a Força Aérea Brasileira com a mudança de governo.
Segundo relatório do Ministério da Defesa divulgado em janeiro, o francês Rafale, da Dassault – que teria grande função diplomática para aperfeiçoamento das relações entre Brasil e França – ficou em último lugar na avaliação dos técnicos da Aeronáutica.
O primeiro lugar foi da sueca Saab, fabricante do Gripen NG. Com a mudança na linha de política externa brasileira, abre-se um novo portal para as aeronaves do país.
“Com o governo Dilma recomeça o processo de análise da questão dos caças. É uma decisão técnica que cabe à Força Aérea Brasileira, à Defesa e a presidente Dilma”, destacou Skaf.
Fonte: Brasil Econômico
Isso depois da porrada que o primeiro-ministro sueco tomou...
Abraços
Pepê