Sobre o KC-390
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Re: Sobre o KC-390
E por que não faria? Devemos basear todos nossos sistemas de mísseis de cruzeiro em uma plataforma terrestre e outra naval?
Se há uma coisa que aprendemos na guerra é que você deve diversificar seus métodos de ataque para que possa ludibriar e/ou ser imprevisível.
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- gabriel219
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Re: Sobre o KC-390
Colapso do acordo Boeing-Embraer poderá impactar o futuro do C-390 Millennium?
Por Fernando Valduga -03/05/2020
https://www.cavok.com.br/colapso-do-aco ... millennium
Por Fernando Valduga -03/05/2020
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Re: Sobre o KC-390
O que define uma arma como ofensiva ou defensiva é o uso que se faz delas, não a arma em si.
Neste aspecto, um míssil de cruzeiro, ou outro sistema militar qualquer, é uma arma que pode ser tanto defensiva quanto ofensiva.
abs
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Re: Sobre o KC-390
Verdade FCarvalho.
Mas veja bem. Alguns aqui são sonhadores e acham que o Brasil deveria ter sistemas de armas que nem as potências possuem. Para quê? Com que recursos?
Temos primeiro que pensar em ter o básico. Nosso cobertor sempre foi (e não deixará de ser tão cedo) sempre muito curto.
Quando resolvemos uma questão urgente (como o caso do transporte tático e os caças), surgem outras questões urgentes como a dos treinadores básicos e dos transportes leves. E por aí vai.
Se este tipo de emprego para o KC390 fosse algo que se vislumbrasse num futuro próximo, teria entrado como requisito e teriam sido feitos ensaios. Mas esse emprego não foi previsto, e isso dá uma indicação de que a FAB não pensa nisso.
Se algum outro governo quiser bancar este desenvolvimento, a Embraer estará mais do que pronta a fazê-lo, e podemos nos beneficiar de algo já pronto. Mas não acredito nisso.
Então os sonhadores podem continuar sonhando... afinal é de graça e vai que um dia o sonho se torna realidade. Pelo menos lá fora.
Mas veja bem. Alguns aqui são sonhadores e acham que o Brasil deveria ter sistemas de armas que nem as potências possuem. Para quê? Com que recursos?
Temos primeiro que pensar em ter o básico. Nosso cobertor sempre foi (e não deixará de ser tão cedo) sempre muito curto.
Quando resolvemos uma questão urgente (como o caso do transporte tático e os caças), surgem outras questões urgentes como a dos treinadores básicos e dos transportes leves. E por aí vai.
Se este tipo de emprego para o KC390 fosse algo que se vislumbrasse num futuro próximo, teria entrado como requisito e teriam sido feitos ensaios. Mas esse emprego não foi previsto, e isso dá uma indicação de que a FAB não pensa nisso.
Se algum outro governo quiser bancar este desenvolvimento, a Embraer estará mais do que pronta a fazê-lo, e podemos nos beneficiar de algo já pronto. Mas não acredito nisso.
Então os sonhadores podem continuar sonhando... afinal é de graça e vai que um dia o sonho se torna realidade. Pelo menos lá fora.
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Re: Sobre o KC-390
Algo não acontecer no Brasil está muito mais relacionado à completa falta de interesse dos nossos políticos e de dinheiro do que fazer sentido ou não. Tem tanta coisa nesse país que faz sentido mas que nunca veremos acontecer. Enfim...
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem." Schopenhauer
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Re: Sobre o KC-390
Com a Boeing fora, qual será a nova parceira da Embraer?
Os desafios de curto prazo da companhia
https://www.defesaaereanaval.com.br/avi ... WxsHWQ6ldQ
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- faterra
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Re: Sobre o KC-390
Como ficará a Embraer após essa aventura? Já se falava que a Boeing estaria batendo pinos! Que a Embraer acabaria engordando a Boeing em uma "possível estatização pelo governo americano!"
Trem de doido esse negócio! A Embraer, em uma situação tranquila, expandindo seus negócios, em uma situação estável, privilegiada pelo capital estatal, seu mercado crescendo, embora com suas penúrias também, mas, a meu ver, beeeeeiiiiiiiiiiim longe de uma situação igual à da Boeing.
Entra nessa canoa furada, correndo um sério risco de ir pelo esgoto abaixo. E agora! Tentar correr atrás dos prejuízos nos tribunais americanos e outras nacionalidades.
Temos que acreditar com todo o fervor que Deus é "brasileiro"
Trem de doido esse negócio! A Embraer, em uma situação tranquila, expandindo seus negócios, em uma situação estável, privilegiada pelo capital estatal, seu mercado crescendo, embora com suas penúrias também, mas, a meu ver, beeeeeiiiiiiiiiiim longe de uma situação igual à da Boeing.
Entra nessa canoa furada, correndo um sério risco de ir pelo esgoto abaixo. E agora! Tentar correr atrás dos prejuízos nos tribunais americanos e outras nacionalidades.
Temos que acreditar com todo o fervor que Deus é "brasileiro"
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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Re: Sobre o KC-390
Embraer considera novas parcerias para o KC-390
https://www.aeroflap.com.br/embraer-con ... -o-kc-390/
com quem será? com quem será?...
abs
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abs
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Re: Sobre o KC-390
A questão maior do KC-390 é arrumar alguém com cacife no mercado mundial para puxar as vendas fora dos USA.
Na Europa providencialmente temos Portugal não só como cliente como co-produtor. Isso ajuda muito. Mas não se pode esperar facilidades na terra da Airbus. A diplomacia e a Defesa aqui tem de trabalhar juntas para conseguir algumas vendas por lá. E principalmente, trabalhar em conjunto com os nossos irmãos tugas, que entendem melhor do que nós como a banda toca por lá.
Fora do cotexto europeu, Africa é algo que a Embraer tem conhecimento e certa penetração, mas como dito acima, vai precisar do trabalho conjunto de MD e MRE para fazer as coisas andarem.
Asia é complicado, pois é área de influência pesada americana e disputada por China e Russia. O jogo ali é mais embaixo. Sem alianças ou cooperação regional pautada em empresas/países não será fácil vender.
Já a Índia é um caso a parte pois eles tem uma enorme demanda para aviões como o KC-390 sozinhos, já que o projeto conjunto do MTA com os russos foi pro brejo. Isto talvez possa ser algo que dê para utilizar em eventuais negociações com eles. Ao menos na região da subcontinente asiático.
O oriente médio talvez seja o que ofereça melhores expectativas de vendas diretas já que os países ali não tem problemas em gastar seus dólares em qualquer vetor que eles achem apropriado. A existência do KC-390 vai levar pressão aos americanos na região. E quando as qualidades do avião tiverem se provado na prática e puderem ser dimensionadas e comercializadas pela Embraer nas feiras, com o apoio da FAB, MD e MRE, e também do MIC, as chances pode-se dizer que são muito boas.
É sempre bom lembrar. A ideia não é vender 700 aviões. O mercado projeto é este número. Conseguir levar de 20% a 30% desse mercado já vai ser uma puta vitória. Esse é o objetivo desde o começo.
No mais, eu pessoalmente tenho em mente o seguinte. Os 28 aviões contratados segundo a FAB atendem as suas necessidades. Mas, e as demais forças? Este número atende? Eu tenho certeza que não. Cedo ou tarde, acredito ainda iremos ver alguma versão do KC-390 nas cores da aviação naval. E me atrevo a dizer mais, nas cores de uma futura guarda costeira nacional.
Então, no que depender apenas de nós, e de nossas necessidades específicas, atingir aquelas porcentagens não será algo tão difícil assim.
A ver.
abs.
Na Europa providencialmente temos Portugal não só como cliente como co-produtor. Isso ajuda muito. Mas não se pode esperar facilidades na terra da Airbus. A diplomacia e a Defesa aqui tem de trabalhar juntas para conseguir algumas vendas por lá. E principalmente, trabalhar em conjunto com os nossos irmãos tugas, que entendem melhor do que nós como a banda toca por lá.
Fora do cotexto europeu, Africa é algo que a Embraer tem conhecimento e certa penetração, mas como dito acima, vai precisar do trabalho conjunto de MD e MRE para fazer as coisas andarem.
Asia é complicado, pois é área de influência pesada americana e disputada por China e Russia. O jogo ali é mais embaixo. Sem alianças ou cooperação regional pautada em empresas/países não será fácil vender.
Já a Índia é um caso a parte pois eles tem uma enorme demanda para aviões como o KC-390 sozinhos, já que o projeto conjunto do MTA com os russos foi pro brejo. Isto talvez possa ser algo que dê para utilizar em eventuais negociações com eles. Ao menos na região da subcontinente asiático.
O oriente médio talvez seja o que ofereça melhores expectativas de vendas diretas já que os países ali não tem problemas em gastar seus dólares em qualquer vetor que eles achem apropriado. A existência do KC-390 vai levar pressão aos americanos na região. E quando as qualidades do avião tiverem se provado na prática e puderem ser dimensionadas e comercializadas pela Embraer nas feiras, com o apoio da FAB, MD e MRE, e também do MIC, as chances pode-se dizer que são muito boas.
É sempre bom lembrar. A ideia não é vender 700 aviões. O mercado projeto é este número. Conseguir levar de 20% a 30% desse mercado já vai ser uma puta vitória. Esse é o objetivo desde o começo.
No mais, eu pessoalmente tenho em mente o seguinte. Os 28 aviões contratados segundo a FAB atendem as suas necessidades. Mas, e as demais forças? Este número atende? Eu tenho certeza que não. Cedo ou tarde, acredito ainda iremos ver alguma versão do KC-390 nas cores da aviação naval. E me atrevo a dizer mais, nas cores de uma futura guarda costeira nacional.
Então, no que depender apenas de nós, e de nossas necessidades específicas, atingir aquelas porcentagens não será algo tão difícil assim.
A ver.
abs.
Carpe Diem
- FCarvalho
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Re: Sobre o KC-390
Mercados potenciais que vejo no curto e médio prazo para o KC-390.
África:
Africa do Sul;
Angola;
Argélia;
Egito;
Nigéria;
Europa:
Suécia;
Rep. Checa;
Hungria;
Polõnia;
Finlândia;
Suíça;
Grécia;
Turquia;
Longo prazo: Bulgária, Croácia e Romênia.
Oriente Médio:
EAU;
Iraque;
Arabia Saudita;
Qatar;
Omã;
Kuwait;
Jordânia;
* Israel pode ser uma aposta imprevisível, mas é uma porta aberta com certeza. As relações entre os atuais governantes pode ser uma chave para a entrada do KC-390 naquele país. E obviamente que os israelenses da mesma forma que exigiram obrigatoriamente rechear os seus F-15, F-16 e F-35 deles com material próprio da sua (vasta) indústria de defesa, isso seria até muito mais simples de fazer com o avião da Embraer, considerando que a maior parte dos seus sistemas são COTS, além de eles já contarem com base industrial própria aqui mesmo no país.
Acredito que a Embraer não deva repetir no futuro o mesmo modelo de parceria com a Boeing para a venda do KC-390. O mercado de defesa com certeza também sofrerá as consequências dessa pandemia que vemos. As relações, necessidades e visões de mundo serão diferentes daqui para frente. Isso pode ser um tremendo plus para a área comercial da Embraer.
Neste sentido, quem sabe não uma, más várias parceiras levadas a efeito dependendo de cada mercado, cada região do mundo, será mais interessante do que simplesmente nos prendermos a uma única opção.
Assim, na Europa, por exemplo, podemos aproveitar as parcerias que já temos com os portugueses, suecos e thecos. Assim como os turcos podem ser uma opção onde eles tem maior influência mercadológica e política.
Na África e Oriente Médio, os sul-africanos podem ser de tremenda ajuda, assim como a Índia no subcontinente asiático. Já no extremo oriente seria interessante pensar em algo com a Indonésia e/ou Singapura.
E assim vamos. Quanto mais parcerias e diversificação melhor. Temos muito mais a ganhar/receber e transmitir do que com o olho gordo da Boeing.
Se um dia o mercado americano se tornar acessível, já temos um pé lá dentro. Isto por si só já diz muita coisa para quem quer vender para as ffaa's do rabugento tio sam.
abs
África:
Africa do Sul;
Angola;
Argélia;
Egito;
Nigéria;
Europa:
Suécia;
Rep. Checa;
Hungria;
Polõnia;
Finlândia;
Suíça;
Grécia;
Turquia;
Longo prazo: Bulgária, Croácia e Romênia.
Oriente Médio:
EAU;
Iraque;
Arabia Saudita;
Qatar;
Omã;
Kuwait;
Jordânia;
* Israel pode ser uma aposta imprevisível, mas é uma porta aberta com certeza. As relações entre os atuais governantes pode ser uma chave para a entrada do KC-390 naquele país. E obviamente que os israelenses da mesma forma que exigiram obrigatoriamente rechear os seus F-15, F-16 e F-35 deles com material próprio da sua (vasta) indústria de defesa, isso seria até muito mais simples de fazer com o avião da Embraer, considerando que a maior parte dos seus sistemas são COTS, além de eles já contarem com base industrial própria aqui mesmo no país.
Acredito que a Embraer não deva repetir no futuro o mesmo modelo de parceria com a Boeing para a venda do KC-390. O mercado de defesa com certeza também sofrerá as consequências dessa pandemia que vemos. As relações, necessidades e visões de mundo serão diferentes daqui para frente. Isso pode ser um tremendo plus para a área comercial da Embraer.
Neste sentido, quem sabe não uma, más várias parceiras levadas a efeito dependendo de cada mercado, cada região do mundo, será mais interessante do que simplesmente nos prendermos a uma única opção.
Assim, na Europa, por exemplo, podemos aproveitar as parcerias que já temos com os portugueses, suecos e thecos. Assim como os turcos podem ser uma opção onde eles tem maior influência mercadológica e política.
Na África e Oriente Médio, os sul-africanos podem ser de tremenda ajuda, assim como a Índia no subcontinente asiático. Já no extremo oriente seria interessante pensar em algo com a Indonésia e/ou Singapura.
E assim vamos. Quanto mais parcerias e diversificação melhor. Temos muito mais a ganhar/receber e transmitir do que com o olho gordo da Boeing.
Se um dia o mercado americano se tornar acessível, já temos um pé lá dentro. Isto por si só já diz muita coisa para quem quer vender para as ffaa's do rabugento tio sam.
abs
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