Fórum Defesa Brasil

Considerando que o pacotão irá sair.
E se não sair? Onde fica o ganho?

Enfim. E compra de prateleira disfarçada!

ciclope escreveu:Enfim. E compra de prateleira disfarçada!

Não, afinal, como ocorre com o Programa dos Submarinos, os navios construídos aqui terão uma boa quantidade de sistemas nacionalizados. Além disso, teremos estaleiro novos para construir esse navios, dado que não dá para fazer isso no AMRJ como está ou mesmo nos estaleiros que temos.

[ ]´s

pampa_01 escreveu:Considerando que o pacotão irá sair.
E se não sair? Onde fica o ganho?

Se o programa for fatiado, acredito que os NPO`s deverão ser construídos num estaleiro já existente, já o PROSUPER precisa de um estaleiro novo.

[]´s

Sim Prick, sei disso.
O que estou questionando é: 'será que o pacotão sairá?'
Deixa eu fazer um paralelo. Quando começamos a construir as Inhaúma, previa-se a construção de 16 belonaves, revistas para 12 e finalmente apenas 4 foram construidas.
Se a negociação, para a construção do 'pacote', prever que as primeiras unidades sejam feitas no estaleiro origem (dai pode ser qualquer um da Italia, GB, Françam, etc) o que garante que daremos continuidade. Dai o meu questionamento de qual ganho teremos.
Mas se fizermos como no caso dos submarinos, ok. O que da mesma forma não garante que daremos seguimento a construção de + unidades.

pampa_01 escreveu:Sim Prick, sei disso.
Deixa eu fazer um paralelo. Quando começamos a construir as Inhaúma, previa-se a construção de 16 belonaves, revistas para 12 e finalmente apenas 4 foram construidas.

Se bem que no caso das Inhaúma foi até bom que ficou apenas nesta 04!!!

Más ficamos apenas nas 4 unidades!
A classe mais sofisticada, mais aprimorada queera a classe barroso levou 14 anos+/- prá ficar pronta. E tempo demais para apenas um navio ser construido.
Imagina se tivessemso completado as 16 covertas com as barroso.
Quantos empregos teriamos? Quais as tecnologias teriamos desenvolvido, fora amão de obra qualificada.
Enfim tudo o que nã otemos hoje e precisamos comprar de fora.
Aliás eu não consigo etender como um país que constroe uma corveta de 2300T não tem capacidade de construir um patrulha de 1800T.
Uma fragata de dimensões maiores tudo bem, agora um navio menor e menos sofisticado.

PRick escreveu:

pampa_01 escreveu:Sinceramente eu não consigo entender isso.
O Brasil projetou as Inhaumas, melhorou (e bastante) o projeto com a Barroso e agora não tem condições de projetar e produzir um patrulha de grande porte?
Nas boas, TEM q ter condições de projetar. De produzir já não sei, mas projetar sim. A não ser q todos os engenheiros já tenham morrido, aposentado ou indo para outra empresa.

O problema não é projetar, mas o tempo e o gasto necessário para aprontar e testar um projeto novo, sendo que só iremos comprar no máximo umas 10 unidades. Pegando um projeto já pronto e em produção, vamos ganhar tempo, escala de produção, além de poder contar com um financiamento externo com juros muito mais baixos que os do Brasil.

E a MB não precisa apenas dos NPO´s, em então se pensou, um pacote completo vai sair mais barato e vamos ganhar mais em aprendizado. Daí se juntou tudo, NPO´s, Fragatas e Navios de Abstecimento.

[]´s

Taí a resposta pra aqueles que ainda sonham com um país potência nessa geração. Não vamos construir com nossa própria bandeira de projeto porque temos que fazer tudo a toque de caixa, temos muita pressa não sei exatamente porquê. vamos pegar dinheiro no exterior pra formar nossa defesa porque nosso próprio dinheiro é muito caro pra algo que é do nosso interesse maior como nação, a garantia das nossas riquezas e soberania. Caramba

silverstone2 escreveu:

PRick escreveu: O problema não é projetar, mas o tempo e o gasto necessário para aprontar e testar um projeto novo, sendo que só iremos comprar no máximo umas 10 unidades. Pegando um projeto já pronto e em produção, vamos ganhar tempo, escala de produção, além de poder contar com um financiamento externo com juros muito mais baixos que os do Brasil.

E a MB não precisa apenas dos NPO´s, em então se pensou, um pacote completo vai sair mais barato e vamos ganhar mais em aprendizado. Daí se juntou tudo, NPO´s, Fragatas e Navios de Abstecimento.

[]´s

Taí a resposta pra aqueles que ainda sonham com um país potência nessa geração. Não vamos construir com nossa própria bandeira de projeto porque temos que fazer tudo a toque de caixa, temos muita pressa não sei exatamente porquê. vamos pegar dinheiro no exterior pra formar nossa defesa porque nosso próprio dinheiro é muito caro pra algo que é do nosso interesse maior como nação, a garantia das nossas riquezas e soberania. Caramba

Sempre tem alguma desculpa

silverstone2 escreveu:Taí a resposta pra aqueles que ainda sonham com um país potência nessa geração. Não vamos construir com nossa própria bandeira de projeto porque temos que fazer tudo a toque de caixa, temos muita pressa não sei exatamente porquê. vamos pegar dinheiro no exterior pra formar nossa defesa porque nosso próprio dinheiro é muito caro pra algo que é do nosso interesse maior como nação, a garantia das nossas riquezas e soberania. Caramba

Pois é,também acho o cúmulo.

Por medo de que um ou outro navio possa não ficar tão bom como deveria vamos abdicar de nosso orgulho e de nossa competência para buscar de rabinho entre as pernas projetos de terceiros, e ainda ficamos felizes porque os soldadores e apertadores de parafusos serão brasileiros. Mostramos assim a mais pura covardia e falta de coragem de aprender, e ainda tem gente que ri de orelha a orelha, feliz com isso. Fora o atraso que isso causa, tentar aprovar programas faraônicos de vários navios de uma vez com um governo que não dá bola alguma para defesa. Outros ainda mal podem esperar que compremos banheiras velhas que nem o dono quer mais, como se já não as tivéssemos em númeno suficiente.

Tudo por causa de uma suposta pressa em se re-equipar, como se algum poderoso inimigo estivesse já babando em nossas fronteiras, pronto para tomar nossas terras e violar nossas mulheres. Depois somos tratados como nação de terceira classe no cenário internacional e ainda ficamos emburradinhos, sem saber porquê.

As vezes dá raiva de ser brasileiro.


Leandro G. Card

Olha Leandro, eu concordo nem quase tudo o que escrevestes.

Porém os militares não costumam fazer planejamento com que acorda de manhã e resolve, do nada, que precisa-se de tantas fragatas, tantos isso e aquilo.

Alguma razão deve haver para a "pressa" e os números pretendidos.

Ainda acho que talvez esses super-mega-hipersofisticados NaPaOcs, capazes de virar fragata da noite para o dia, estejam emperrando a kôza toda. Vai que alguém se deu conta que ficou salgado demais. POWS, para que patrulheiros precisam ser stealth? Para serem abalroados por um petroleiro numa noite de tempestade? Para que essa charla de 'fitted for but not with'? Para que supercanhão 76, que deve custar os tubos? Sensores capazes de detectar e encarar um battlergroup inteirinho da OTAN?

É só um puliça do mar, mais ou menos uma VTR da PRF que flutua, POWS!!!

Por essa linha a PRF deveria se equipar com Strikers sem torre nem CAGE (mas prontinhos para receber) mas com todos os sensores, ou quase todos.

Ainda sustento que se deveria partir da Barroso (falei PARTIR DA, não SEGUIR FAZENDO), modificando sua propulsão para apenas motores diesel, talvez os próprios MTU-20 V1163 que ela utiliza acrescidos de mais um ou dois e nova caixa de redução, o suficiente para cruzeiro de uns 12 kts e máxima de 20kts. Tirar o Vickers 114,3 e botar outro Trinity na proa (talvez até removendo o da popa) e simplificar os sensores. Mais duas REMAX .50 navalizadas nos bordos e taí um patrulha de primeira, com calado de uns 6,5m, baita área para helis, podendo apoiar até Caracol em missão SAR ou mesmo ASW/ASuW. Haveria espaço de sobra para um grupamento de Fuzileiros Navais. Aquela proa alta, somada ao calado, permitiria operação segura mesmo em mar bem encapelado. Duvido que custasse metade de um dos patrulhas-fragatas desejados.

É o que penso.

É, é uma idéia...

Não entendeste tudo, Monsieur: sacaste o porquê de eu mencionar STRYKER ao invés de URUVECO?

Bom, sem me meter nas opiniões do pessoal, mas dando notícias:
- neste segundo semestre a MB decide (o Almirantado) de qual país virá o "pacote". O mesmo será apresentado para a presidentA e, a partir de então, a decisão será dos políticos. A MB espera fechar o contrato ano que vem.
- além dos italianos, franceses, coreanos e americanos, apresentaram propostas os alemães e os holandeses (estes foram os responsáveis pelo pequeno atrazo na decisão, para que sua proposta fosse avaliada).
- os NaPaCo de 1800 devem ser construídos em 3 anos, assim como o NApLog. Os escoltas em 5 anos, com a MB considerando aceitar a fabricação do primeiro, com acompanhamento de nossos engenheiros, no exterior.
Sobre navios do porte de nossas Corvetas, a MB recebeu a visita do Comandante da Marinha chinesa, e lhe mostraram a Barroso. Ele perguntou: mas pq um escolta com tão pouca tonelagem? Ele é mais um patrulha.
Entenderam agora?
A filosofia das Corvetas era de outra época. Agora, nossos navios serão de 6000 ton.