O pior é que algumas obras são até "simples" como a interligação do MT via hidrovia ao PA...FCarvalho escreveu:E pensar que se nós tivéssemos feito as reformas de base - econômicas, política e sociais - tão necessárias quanto óbvias para este país desde os anos 80's, poderíamos muito bem estar no mesmo nível dos três primeiros países desta lista.
Mas as vezes eu me esqueço que este país ainda é o país do futuro...
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GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: GEOPOLÍTICA
Com certeza. O problema é que em matéria de obra pública, no Brasil, até o mais simples tende a complicar-se. Senão não rende, e se não render, já viu.
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Re: GEOPOLÍTICA
Prever crescimento a longo prazo é sempre complicado, já que reviravoltas sempre ocorre m. Mas, creio que até 2015 seremos no mínimo a quinta economia do mundo por PPP.
- FCarvalho
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Re: GEOPOLÍTICA
A paridade do poder de compra - PPP é para se sentir melhor e dar uma maquiada nos dados. Tenta comparar o incomparável. Não serve pra nada. Inclusive por que o PPP e pib em dólares/euros são bem próximo ao longo do tempo, quando elimina as distorções cambiais.
O BR huehue dificilmente sai do grupo das dez grandes economias do mundo por que são 200 milhões de habitante, um país grande em todos os sentidos e complexo econômica e institucionalmente. Porém o que interessa é uma forma de verificar a situação rela é PIB per capita (PIB dividido por população) que continua horrendo. No momento, considerando as atuais trajetórias, o Brasil tende a ser superado por Peru e Colômbia até 2020.
O píor é o que o Brasil tem impostos e gastos maiores em relação ao produto e per capital em relação, mas está ficando para trás em vários aspectos em vários indicadores. Enquanto pelo que gasta deveria estar encostando nos países desenvolvidos. Não é dinheiro por que em termos per capita nominal é maior. A questão é onde está esse buraco negro. o Brasil não tem que querer ser a índia, mas Alemanha ou Canadá. E pela carga tributária e o que gasta, deveria.
Se preocupar com esse ranking é o mesmo que se preocupar com quando cavalos tem o motor e não como o carro coloca tudo isso no chão. Ou melhor, se preocupar com o tamanho da varinha e não com a mágica que ela faz.
O BR huehue dificilmente sai do grupo das dez grandes economias do mundo por que são 200 milhões de habitante, um país grande em todos os sentidos e complexo econômica e institucionalmente. Porém o que interessa é uma forma de verificar a situação rela é PIB per capita (PIB dividido por população) que continua horrendo. No momento, considerando as atuais trajetórias, o Brasil tende a ser superado por Peru e Colômbia até 2020.
O píor é o que o Brasil tem impostos e gastos maiores em relação ao produto e per capital em relação, mas está ficando para trás em vários aspectos em vários indicadores. Enquanto pelo que gasta deveria estar encostando nos países desenvolvidos. Não é dinheiro por que em termos per capita nominal é maior. A questão é onde está esse buraco negro. o Brasil não tem que querer ser a índia, mas Alemanha ou Canadá. E pela carga tributária e o que gasta, deveria.
Se preocupar com esse ranking é o mesmo que se preocupar com quando cavalos tem o motor e não como o carro coloca tudo isso no chão. Ou melhor, se preocupar com o tamanho da varinha e não com a mágica que ela faz.
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Re: GEOPOLÍTICA
Paridade do poder de compra é a forma mais adequada de ver o PIP de um país, inclusive o banco mundial atesta isso. Basear-se dólar distorce tudo. Brasil pode estar mal aí o dólar cai e o nosso PIB vai nas alturas. Isso não reflete a realidade.
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Re: GEOPOLÍTICA
Com toda a crise dos imigrantes no Mediterrâneo só fica mais claro como a UE é falsa, mentirosa e dissimulada quando o assunto são direitos humanos.
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Re: GEOPOLÍTICA
direitos humanos para rico só vale quando o humano está bem longe... enquanto os direitos rondam-lhe os acessos.
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Re: GEOPOLÍTICA
A saída européia para o problema da migração clandestina:
"aumentar o policiamento"
fizeram algum estágio com Alckmin rsrs
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Re: GEOPOLÍTICA
Brasileiro escreveu:A saída européia para o problema da migração clandestina:
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fizeram algum estágio com Alckmin rsrs
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Re: GEOPOLÍTICA
http://www.youtube.com/watch?v=-Jd66IQWXhU
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Re: GEOPOLÍTICA
olha os "China" aí....
Visita de premiê leva relação China-América Latina a fase 'sem volta'
João Fellet
Da BBC Brasil em Washington
20/05/201506h07
Os acordos fechados durante a visita do premiê chinês, Li Keqiang, à América Latina nesta semana elevam a um novo patamar a presença da China na região e reduzem o poder dos Estados Unidos para influenciar políticas em países latino-americanos, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil.
Li iniciou na segunda-feira um giro de oito dias pelo Brasil, Colômbia, Peru e Chile. Nesta terça, após reunião com a presidente Dilma Rousseff em Brasília, os dois líderes fecharam 37 acordos em várias áreas, entre as quais infraestrutura, energia e mineração. Segundo o governo brasileiro, os acertos envolvem gastos de mais de US$ 53 bilhões (R$ 160 bilhões).
O principal investimento anunciado é uma ferrovia que ligará a região Centro-Oeste ao Pacífico, atravessando o Peru. A obra facilitaria a venda de produtos brasileiros para a China, hoje feita a partir de portos no Atlântico, mas deve enfrentar a resistência de ambientalistas e grupos indígenas por cruzar um longo trecho da Floresta Amazônica.
Outro acordo firmado entre a Caixa Econômica e o Banco Industrial e Comercial da China criará um fundo de US$ 50 bilhões (R$ 152 bilhões) para financiar projetos de infraestrutura no Brasil, cerca de cinco vezes o valor da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
Espera-se que Li anuncie novos investimentos até o fim de sua viagem, no dia 26. Em janeiro, o presidente chinês, Xi Jinping, autoridade máxima do país, disse que Pequim investiria US$ 250 bilhões (R$ 759 bilhões) na América Latina na próxima década.
Além de ampliar a influência de Pequim na região, analistas avaliam que as ações também buscam amortecer os efeitos da desaceleração da economia chinesa, que força suas empresas a buscar lucros no exterior.
Ofensiva de imagem
Para Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, a China tenta com a visita "desfazer o argumento de que vem para explorar o continente e criar uma relação de dependência" com países latino-americanos.
Uma das principais críticas à China na América Latina é a assimetria em suas trocas comerciais com a região. Os chineses compram principalmente matérias-primas de países latino-americanas, mas lhes vendem produtos industrializados, com maior valor agregado.
Ao diversificar seus laços com países latino-americanos para além do comércio e investir em áreas como infraestrutura, diz Stuenkel, a China reforça o discurso de que não busca apenas o benefício próprio na relação, mas integrar a América Latina à economia global.
"São acões que vão tornar a China um ator político e econômico na região por muitas décadas, e depois disso será impossível cortá-la da equação".
Para Stephen Mothe, analista da Euromonitor International baseado no Rio de Janeiro, a crescente participação chinesa na América Latina reduz a influência dos Estados Unidos na região.
Ele diz que, ao passar a contar com financiamentos de bancos estatais chineses, os países latino-americanos se tornam menos dependentes de organizações mundiais que operam na órbita de Washington, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Os Estados Unidos passam a ter menos alavancagem para pressionar esses países a adotar as políticas que eles queiram", afirma Mothe, que morou na China por quatro anos.
Margaret Myers, diretora do programa de China e América Latina do Inter-American Dialogue, em Washington, diz que os chineses oferecem à América Latina e outras regiões um modelo alternativo aos financiamentos dos Estados Unidos e de órgãos mundiais tradicionais.
Nos últimos anos, muitos países emergentes têm recorrido a empréstimos chineses em vez de se engajar em lentas e complexas negociações com bancos multilaterais e países desenvolvidos, que costumam fazer uma série de exigências para liberar seus recursos.
Já críticos ao modelo chinês dizem que os empréstimos de Pequim são mais sujeitos a desvios e ignoram boas práticas ambientais e trabalhistas.
A oferta global de crédito chinês deverá aumentar ainda mais nos próximos anos, quando começarem a operar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que a China gerenciará com seus parceiros nos Brics (Brasil, Índia, Rússia e África do Sul), e o Banco Asiático de Infraestrutura e Investimento (BAII), capitaneado por Pequim.
Flexibilidade ideológica
Analistas destacam outro aspecto da visita do premiê chinês. Em seu giro, ele deixará de lado aliados mais próximos de Pequim, como Venezuela, Argentina, Cuba e Nicarágua, e viajará a países com governos considerados mais moderados e identificados com os Estados Unidos.
Para Stuenkel, da FGV, a decisão busca mostrar que a China "consegue trabalhar com todos os lados" no continente.
Jaseon Marczak, vice-diretor do Adrienne Arsht Latin America Center do Atlantic Council, em Washington, lembra que três dos quatro países visitados por Li (Chile, Colômbia e Peru) integram a Aliança do Pacífico, bloco econômico lançado em 2012 e focado no comércio com a Ásia.
Os três países também integram as discussões para a criação da Parceria Trans-Pacífica (PTT), inciativa econômica liderada pelos Estados Unidos e que exclui a China. Para Marczak, ao visitar Colômbia, Chile e Peru, o premiê chinês fortalece a posição de Pequim nesses países e no Pacífico latino-americano, contrapondo-se a eventuais riscos da PTT aos interesses chineses.
Mothe, da Euromonitor International, diz que os movimentos de Pequin na América Latina também são uma resposta às ações americanas na vizinhança chinesa. "É como se eles dissessem: se vocês não respeitarem o nosso quintal, não respeitaremos o seu".
Já Stuenkel, da FGV, avalia que a China por ora não tem interesse em desafiar os Estados Unidos e fará de tudo para evitar confrontos com Washington, já que teria muito a perder com um conflito.
E como os Estados Unidos têm reagido às ações mais recentes de Pequim na América Latina?
Para Myers, do Inter-American Dialogue, a expansão do modelo chinês de financiamentos e o possível enfraquecimento das organizações multilaterais arquitetadas por Washington preocupam autoridades americanas.
Por ora, no entanto, ela considera que a reação do governo americano às ações chinesas na América Latina tem sido discreta.
Um dos poucos pontos de atrito é a construção do Canal da Nicarágua, maior obra de engenharia do mundo, financiada por um empresário chinês.
A obra está em fase inicial e pretende ligar o Atlântico ao Pacífico, tornando-se uma alternativa ao Canal do Panamá. Autoridades americanas afirmaram que falta transparência à obra e cobraram o governo nicaraguense a sanar preocupações com questões ambientais e fundiárias.
Mas de maneira geral, diz Mayers, "o que ouvimos do Departamento de Estado (americano) é que o que é bom para a América Latina é bom para todo o hemisfério".
Para Marczak, do Atlantic Council, as ações chinesas na América Latina não ameaçam os interesses dos Estados Unidos diretamente. "É importante que a América Latina diversifique sua economia e se desenvolva, e os investimentos chineses podem ajudá-la a chegar lá".
O problema, diz ele, "é como esses investimentos serão feitos, o quão transparentes serão e se serão bons para as pessoas que deles precisam".
"Nos últimos anos a América Latina teve importantes avanços em transparência e democracia em resposta a demandas populares, e seria preocupante se os acordos com os chineses fizessem a região retroceder nesses campos."
Fonte.
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Geopolítica
Olá colegas!
Sei que alguns são fãs de jogos de estratégia, ainda mais de assuntos de geopolítica. Quando saímos da esfera de influência das agências de notícias mundiais, que estão na folha de pagamento do "Tio Sam", aí que a coisa desemboca de vez. Em fim, encontrei um artigo interessante a respeito da nova Geopolítica que se desenha, apesar de alguns teimar em não enxergar isso. O Departamento de Estado americano parece ter jogado a toalha. Acompanhem;
Sei que alguns são fãs de jogos de estratégia, ainda mais de assuntos de geopolítica. Quando saímos da esfera de influência das agências de notícias mundiais, que estão na folha de pagamento do "Tio Sam", aí que a coisa desemboca de vez. Em fim, encontrei um artigo interessante a respeito da nova Geopolítica que se desenha, apesar de alguns teimar em não enxergar isso. O Departamento de Estado americano parece ter jogado a toalha. Acompanhem;
EUA acordam para Nova Ordem Mundial
O Governo Obama parece que compreendeu que a estratégia de isolamento da Rússia está esgotada: Moscou não vai ceder em dois pontos primordiais.
Por Pepe Escobar, no Information Clearing House
Os verdadeiros Mestres do Universo nos EUA não podem prever o tempo, mas sem dúvida começam a sentir para que lado o vento está soprando.
A História poderá registrar que tudo começou com a viagem esta semana a Sochi, na Rússia, liderada pelo garoto de recados e Secretário de Estado John Kerry, que se reuniu com o Ministro das Relações Exteriores Lavrov e, em seguida, com o Presidente Putin.
Foi possivelmente uma imagem o que acordou os verdadeiros Mestres do Universo: o Exército de Libertação Popular marchando na Praça Vermelha no Dia da Vitória lado a lado com os militares russos. Nem sob a aliança Stalin-Mao as tropas chinesas haviam marchado na Praça Vermelha.
A marcha é um sinal quase tão eloquente quanto os sistemas de mísseis russos S-500. Qualquer adulto em Washington deve ter feito as contas e concluído que Moscou e Pequim estão prestes a assinar protocolos militares secretos como no pacto Molotov-Ribbentrop. A nova rodada da dança das cadeiras certamente deixará apoplético Zbig Brzezinski, cientista político obcecado pela Eurásia.
E, de repente, em vez da demonização implacável e de a OTAN reclamar da “agressão russa", vemos Kerry dizer, a cada dez segundos, que a única saída para a Ucrânia é respeitar o acordo Minsk-2, e que iria repreender o vassalo Poroshenko por se vangloriar de ter bombardeado o aeroporto de Donetsk e arredores para recuperar o território de volta para a "democracia" ucraniana.
Já o sempre equilibrado Lavrov descreveu o encontro com Kerry como "maravilhoso", e o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov falou que os novos entendimentos EUA-Rússia eram "extremamente positivos".
O Governo Obama, que se autodefine como um governo "Não cometa nenhuma estupidez", parece finalmente compreender que a estratégia de isolamento da Rússia está esgotada – e que Moscou simplesmente não vai ceder em dois pontos primordiais: a Ucrânia não vai entrar na OTAN e não há possibilidade de as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk serem esmagadas, seja por Kiev, pela OTAN ou por quem quer que seja.
O que foi realmente discutido – mas não vazou – em Sochi foi como o Governo de Obama poderia salvar as aparências ao se retirar da bagunça geopolítica que se tornou a fronteira ocidental da Rússia, onde os EUA se enfiaram sem ninguém ter convidado, aliás.
Sobre os mísseis
A Ucrânia é hoje um estado falido, totalmente convertido em colônia do FMI. A UE nunca vai aceitá-lo como membro, ou pagar suas contas astronômicas. O interesse real, tanto para Washington quanto Moscou, é o Irã. Não por acaso, o extremamente suspeito Wendy Sherman – que foi negociador-chefe dos EUA nas negociações nucleares P5 1 – fazia parte do séquito de Kerry. Um acordo abrangente com o Irã não será obtido sem a colaboração essencial de Moscou em todos os pontos, desde o descarte de lixo nuclear ao fim imediato das sanções da ONU.
O Irã é um ator-chave no projeto liderado pela China da Nova Estrada da Seda (New Silk Road). Então, os verdadeiros Mestres do Universo devem ter finalmente entendido que toda a questão diz respeito à Eurásia, que, inevitavelmente, foi a verdadeira estrela no desfile do Dia da Vitória, em 9 de maio. Após sua parada em Moscou, tão cheia de significados – 32 acordos foram assinados – o presidente chinês, Xi Jinping, foi fazer negócios no Cazaquistão e na Bielorrrússia.
Bem-vindos à Nova Ordem Mundial da Seda; de Pequim a Moscou em trem-bala; de Xangai a Almaty, Minsk e além; da Ásia Central para a Europa Ocidental.
Hoje sabemos que esta via expressa de comércio e geopolítica – incluindo o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, liderado por Pequim e apoiado por Moscou, e o Banco de Desenvolvimento dos BRICs – não pode ser bloqueada. Ásia Central, Mongólia e Afeganistão – onde a OTAN acaba de perder uma guerra – estão sendo inexoravelmente puxados para esta órbita de comércio e geopolítica, que engloba toda a Eurásia central, do norte e do leste.
O que pode ser chamado de Grande Ásia já está tomando forma – não só de Pequim a Moscou, mas também do centro de negócios de Shanghai até a “porta para a Europa” que é São Petersburgo. É a consequência natural de um processo complexo que venho examinando (http://sputniknews.com/columnists/20150 ... 14196.html) há algum tempo – o casamento do Cinturão Econômico da Estrada da Seda, liderado por Pequim, com a União Econômica da Eurásia (EEU), liderada por Moscou. Putin fala de "um novo nível de parceria."
Os verdadeiros Mestres do Universo também podem ter notado as estreitas conversas entre o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu e o diretor do Conselho Militar Central da China, general Fan Changlong. Rússia e China vão realizar exercícios navais no mar Mediterrâneo e no Mar do Japão e darão prioridade à sua posição comum sobre a defesa antimísseis global americana.
Há a questão nada insignificante de o Pentágono ter "descoberto" (http://www.defense.gov/pubs/2015_China_ ... Report.pdf) que a China tem até 60 mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) baseados em silos –CSS-4 – capazes de atingir quase todos os EUA, com exceção da Flórida.
Por último, mas não menos importante, há o novo sistema defensivo de mísseis ultra-sofisticados S-500 – programado para proteger a Rússia contra um Ataque Global Imediato (Prompt Global Strike – PGS). Cada míssil S-500 pode interceptar dez ICBMs em velocidades de até 15.480 milhas por hora, em altitudes de 115 milhas e alcance horizontal de 2.174 milhas. Moscou insiste que o sistema só estará operando em 2017. Se a Rússia for capaz de dispôr de 10 mil mísseis S-500, poderá interceptar 100 mil ICBMs americanos mais ou menos na mesma época em que os EUA terão um novo inquilino na Casa Branca.
Mais uma vez, os verdadeiros Mestres do Universo parecem ter feito as contas. Não é possível reduzir a Rússia a cinzas. Não podem vencer na Nova Ordem Mundial (da Seda). Poderiam, isso sim, sentar e conversar. Mas mantenham seus cavalos (geopolíticos) selados; eles ainda podem mudar de ideia.
Tradução de Clarisse Meireles
http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2 ... F6%2F33530
As fronteiras nos divide. A classe nos une.