Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sex Abr 22, 2011 2:41 pm
É Nauta, é triste sim todo esse quadro.
Eu me considero um otimista, mas realmente nem todo otimismo do mundo resiste a dez anos de lenga-lenga.
Por outro lado, como você bem citou, a crise é global e bateu forte em todos os países praticamente. Não somos excessão.
Penso que vamos ter de aguardar mais um ou dois anos prá realmente saber até onde vaio a realidade da END e etc.
Por outro lado, quem sabe a crise não tenha sido apenas uma justificativa plausível para uma freada de ajuste no FX e talvez outros programas?
Se como dizem o FX está mais do que caduco em seu formato, pode ser A oportunidade dada pela situação econômica, uma desculpa sólida para, quem sabe, mudar o processo como um todo, para o bem ou para o mal.
Bem ou mal aí vai depender do ponto de vista de cada um e sua concepção de como devem ser tocadas as coisas, ou mesmo diante da situação de eterna penúria das FAs.
Se realmente somos incompetentes/indolentes/preguiçosos/relaxados e etc, um país de bananas, um real bananal, a opção é sucata ou algum caça barato meia boca + sucata, sem se preocupar com coleiras, indústria, tecnologias e etc.
Uma prateleirada de puro custo benefício financeiro.
Pelo lado da tradição da FAB, logística, preço , a escolha mais que óbvia seria um penca de F-16MLU e alguns novos, ponto final.
Nada de tecnologias, nada de independência, nada de nada além de assumirmos nosso lugar de país medíocre, muquirana e incompetente, relativamente ao amaho da nossa economia e ao tamanho de nossas riquezas naturais e humanas.
Nada demais assumirmos isso, seria uma decisão do país e o barco segue, com suas consequências futuras.
Ou não.
Nenhum caça é barato, não os que prestam.
Só através do FMS podemos ter alguma coisa realmente barata.
Tem todas as restrições conhecidas e manjadas a mais de 60 anos, mas isso é preocupação de quem se preocupa com a Defesa de um país continental à sério. Para quem leva no oba oba isso é mero detalhe sem importância.
Se olharmos os maiores países do mundo em tamanho e riquezas naturais, NENHUM deles escolheu essa opção.
Eu alinharia os BRICS como espelho por onde deveríamos nos mirar em termos de defesa; com vizinho ou sem vizinho, com guerra ou sem guerra. Acho que são nossos semelhantes na maioria das características geo estratégicas, aparte as características culturais.
Pois bem, se não nos considerarmos suficientemente competentes para estar ali entre essas potências, nem agora nem no futuro, que se desça o degrau estratégico e assumamos o lugar de satélite regional definitivamente.
Simples assim, e tudo muda de figura, pois o que temos hoje passa a ser mais do que suficiente para nossa defesa, pois quando precisarmos, nosso óbvio aliado de primeira hora sempre estará ao nosso lado para nos defender.
Em dias ou meses centenas de caças F-16 e F-15 estariam aqui estacionados, dezenas e dezenas de navios e submarinos patrulhariam nossas costas, milhares de marines e boinas verdes desceriam de pára-quedas e lanchas de desembarque; todo esse aparato está à nossa disposição, e quase de graça, por poucos milhões de dólares; que por sua vez seriam poupados ao abdicarmos de compras caras e desnecessárias, segundo a ótica adotada.
Mas existe um outro caminho, longo (falamos de décadas), duro, difícil, caríssimo, que exige abnegação quase impossível, que demanda muito tempo e insistência, ininterrupto trabalhado político, sintonia entre entes participantes acima de qualquer coisa...
Enfim, um caminho que quase nenhum país do mundo opta por seguir.
De cabeça eu posso citar um nº menor que os dedos da minha mão direita.
Minha opinião hoje é que talvez estejamos num ponto de inflexão, numa encruzilhada decisória onde forças do país (políticas, civis, militares ,e etc), cada uma (ou várias) está lutando ferozmente para que prevaleça a sua visão de futuro para a posição estratégica/Defesa do país diante de um mundo em rápida transformação.
Em alguns anos acho vamos descobrir que visão prevaleceu.
Minhas desculpas, podem puxar a descarga!
Eu me considero um otimista, mas realmente nem todo otimismo do mundo resiste a dez anos de lenga-lenga.
Por outro lado, como você bem citou, a crise é global e bateu forte em todos os países praticamente. Não somos excessão.
Penso que vamos ter de aguardar mais um ou dois anos prá realmente saber até onde vaio a realidade da END e etc.
Por outro lado, quem sabe a crise não tenha sido apenas uma justificativa plausível para uma freada de ajuste no FX e talvez outros programas?
Se como dizem o FX está mais do que caduco em seu formato, pode ser A oportunidade dada pela situação econômica, uma desculpa sólida para, quem sabe, mudar o processo como um todo, para o bem ou para o mal.
Bem ou mal aí vai depender do ponto de vista de cada um e sua concepção de como devem ser tocadas as coisas, ou mesmo diante da situação de eterna penúria das FAs.
Se realmente somos incompetentes/indolentes/preguiçosos/relaxados e etc, um país de bananas, um real bananal, a opção é sucata ou algum caça barato meia boca + sucata, sem se preocupar com coleiras, indústria, tecnologias e etc.
Uma prateleirada de puro custo benefício financeiro.
Pelo lado da tradição da FAB, logística, preço , a escolha mais que óbvia seria um penca de F-16MLU e alguns novos, ponto final.
Nada de tecnologias, nada de independência, nada de nada além de assumirmos nosso lugar de país medíocre, muquirana e incompetente, relativamente ao amaho da nossa economia e ao tamanho de nossas riquezas naturais e humanas.
Nada demais assumirmos isso, seria uma decisão do país e o barco segue, com suas consequências futuras.
Ou não.
Nenhum caça é barato, não os que prestam.
Só através do FMS podemos ter alguma coisa realmente barata.
Tem todas as restrições conhecidas e manjadas a mais de 60 anos, mas isso é preocupação de quem se preocupa com a Defesa de um país continental à sério. Para quem leva no oba oba isso é mero detalhe sem importância.
Se olharmos os maiores países do mundo em tamanho e riquezas naturais, NENHUM deles escolheu essa opção.
Eu alinharia os BRICS como espelho por onde deveríamos nos mirar em termos de defesa; com vizinho ou sem vizinho, com guerra ou sem guerra. Acho que são nossos semelhantes na maioria das características geo estratégicas, aparte as características culturais.
Pois bem, se não nos considerarmos suficientemente competentes para estar ali entre essas potências, nem agora nem no futuro, que se desça o degrau estratégico e assumamos o lugar de satélite regional definitivamente.
Simples assim, e tudo muda de figura, pois o que temos hoje passa a ser mais do que suficiente para nossa defesa, pois quando precisarmos, nosso óbvio aliado de primeira hora sempre estará ao nosso lado para nos defender.
Em dias ou meses centenas de caças F-16 e F-15 estariam aqui estacionados, dezenas e dezenas de navios e submarinos patrulhariam nossas costas, milhares de marines e boinas verdes desceriam de pára-quedas e lanchas de desembarque; todo esse aparato está à nossa disposição, e quase de graça, por poucos milhões de dólares; que por sua vez seriam poupados ao abdicarmos de compras caras e desnecessárias, segundo a ótica adotada.
Mas existe um outro caminho, longo (falamos de décadas), duro, difícil, caríssimo, que exige abnegação quase impossível, que demanda muito tempo e insistência, ininterrupto trabalhado político, sintonia entre entes participantes acima de qualquer coisa...
Enfim, um caminho que quase nenhum país do mundo opta por seguir.
De cabeça eu posso citar um nº menor que os dedos da minha mão direita.
Minha opinião hoje é que talvez estejamos num ponto de inflexão, numa encruzilhada decisória onde forças do país (políticas, civis, militares ,e etc), cada uma (ou várias) está lutando ferozmente para que prevaleça a sua visão de futuro para a posição estratégica/Defesa do país diante de um mundo em rápida transformação.
Em alguns anos acho vamos descobrir que visão prevaleceu.
Minhas desculpas, podem puxar a descarga!