Marechal-do-ar escreveu:NettoBR escreveu:Me diga em qual lugar do mundo a elite, seja politica ou econômica(quase sempre as duas juntas) não detêm o poder?
Quem tem o poder quase sempre se torna a nova elite política e econômica, mas posso citar casos onde quem chegou ao poder não fazia parte dessa elite:
1) Irã;
2) Venezuela de Hugo Chaves;
3) Atual Libia;
4) Cuba;
5) Russia em 1918.
Por coincidência todos os que me lembro são inimigos da democracia e portanto inimigos dos EUA...
Entre os que chegaram ao poder que não faziam parte da elite, estão também Adolf Hitler, um obscuro cabo que lutara nas trincheiras na I guerra mundial. Ronald Reagan, que fazia parte de um mundo completamente diferente antes de chegar à política ou Benito Mussolini (filho de um ferreiro e de uma professora do ensino primário) e a lista continua.
Depois temos as ditaduras militares, em que se chega ao poder sem fazer parte da elite politica ou económica, fazendo-se parte da elite militar.
Mas mesmo aí há excepções, como foi o caso da revolução portuguesa, em que o poder foi tomado pelos militares mas não pelas elites militares.
De qualquer forma, quem chega ao poder acaba por se tornar na elite, porque quem chega ao poder tem acesso e controla a máquina de cobrança de impostos e tem acesso ao dinheiro.
A ideia de que o povo chegou ao poder com este Chavez, é uma ideia lúdica.
Em alguns casos o ditador pode até transmitir uma imagem ascética de alguém que não rouba o povo, mas mais tarde ou mais cedo, as pessoas que rodeiam o ditador (porque todo o ditador precisa de delegar poderes) acabam por meter a mão no dinheiro.
O povo da Venezuela, está tão perto do poder quanto estava antes. Mas com um líder populista, o povo fica com a impressão de que um deles chegou ao poder e "está lá".
Na verdade não está, porque o poder corrompe. Chavez começou a ser corrompido pelo poder a partir do primeiro momento em que chegou ao palácio presidencial.
E foi tal o poder da corrupção, que Chavez fez tudo o que lhe foi possível, legal e ilegalmente para se eternizar no poder, transformando-se num presidente vitalício.
Chavez queria ficar no poder até à morte.
Conseguiu o seu objetivo.
O povo, esse, está hoje ainda pior. O país vive de subsidios de dinheiro do petróleo. A inflação ameaça ficar descontrolada e a injeção de dinheiro na economia dá apenas uma sensação de alguma normalidade.
A Venezuela caminha no fio-da-navalha. Um pequeno problema no futuro e tudo pode descarrilar.
Chavez entendeu o passado e fez uma interpretação correta da história. No passado os militares deram um golpe por causa das condições que tinham e por causa do material depauperado que lhes estava distribuido. Ele agora tratou de resolver isso. O Maduro tem que mante-los do seu lado.
Para isso, notar a presença do Lukashenko da Bielorussia, onde Maduro poderá continuar a abastecer-se de material ultrapassado.
Mas não há como ultrapassar os factos. O funeral de Chavez transformou-se numa reunião de ditadores. Só lá falta o genocida socialista da Síria e o comunista gorducho da Coreia do Norte.
Cumprimentos