Fórum Defesa Brasil

Marcelo Ponciano escreveu: ↑Sáb Jul 07, 2018 12:03 pm

Boeing and Embraer also said Thursday that they will create a separate joint venture “to promote and develop new markets and applications for defense products and services,” such as Embraer’s KC-390 military transport jet.
Embraer executives said the Brazilian company would have a majority interest in the defense unit but that the details haven’t been worked out.

Outra coisa que proecupa. Vai abrir uma JV para cada produto militar da Embraer? Ai vai secar a aerea de Defesa e deixar só o Gripen lá?

Ou seja, não sobra ninguém para absorver a transferência de tecnologia da SAAB. A área de defesa e segurança não vai se manter só com 30 gripens.

Era melhor rescindir o contrato com a Saab e fazer uma compra de prateleira de F-18, sem TOT, com 1/3 do preço. Do jeito que está o prejuízo vai ser maior porque vamos pagar para a Saab pela transferência de tecnologia que não vai conseguir se sustentar no Brasil.

Por mais que a Boeing venda ST e Kc Igual água no deserto isso vai ser inócuo para nossa indústria de defesa. Na prática vai ser o ST e o KC da Boieng, não do Brasil.

Cara leia direito... a JV é só para ajudar na comercialização do KC390... não terá propriedade alguma sobre o produto.

Cassio escreveu: ↑Sáb Jul 07, 2018 11:58 am

gabriel219 escreveu: ↑Sex Jul 06, 2018 9:52 pm Cara, que viagem...

Você ta cogitando da Boeing trazer algo pra construir no Brasil?

Pior, falando que os empregos aqui serão preservados...

Boa sorte.

Cara não estou cogitando nada. Eu sei.
Nos falamos em alguns meses.

Kkkkkkkkkkk

A Boeing vai fabricar aqui CH-47, 767... Até o Super Hornet, com toda certeza é mais barato uma linha de montagem aqui, onde você demora MESES pra ter uma simples liberação ambiental, paga trocentos reais pra fazer o serviço que deveria ser grátis e quando funcionar vai ter um gasto de 2 vezes o salário do Funcionário só em onerações.

Enquanto isso no EUA há o maior corte de impostos da história e uma campanha de desburocratização.

A Boieng vai sim transferir linha se montagem pra cá, quem viver verá. Podi cunfiá!

Eu vou falar o que vai acontecer.

A JV Embraer-Boeing vai ganhar muita grana vendendo o E2 com a estrutura da Boeing e tudo será visto como um estrondoso sucesso. Passando alguns anos, irão desenvolver o E3, que será o substituto do 737, que será fabricado nos EUA, logicamente, "America First", meus amigos. Aqui no Brasil fabricarão algumas asas ou coisa do tipo como é com a Boeing UK que fabrica as asas do 787 lá no Reino Unido. Passado a brincadeira, a Boeing vai comprar os 20% restantes da JV, empresa na qual o Governo Federal não terá nenhum tipo de controle (como a Golden Share), e transformará a "Embraer comercial" definitivamente na Boeing do Brasil. Os empregos talvez até sejam mantidos, mas nada obrigará a Boeing fabricar novos aviões ou mesmo desenvolver tecnologia por aqui (e vcs sabem como são os americanos quanto a propriedade de tecnologia). A Embraer EDS irá se tornar numa análoga brasileira da Dassault, vendendo aviões executivos e de defesa, mas com as minguadas vendas de defesa (porque aqui não é a França), a empresa começará a morrer de inanição até se tornar algo da grandeza de uma Aero Vodochody. Daí, quem sabe, com sorte, consiga fabricar algumas asas do novo e bem sucedido Boeing E3.

Bolovo escreveu: ↑Sáb Jul 07, 2018 5:35 pm Eu vou falar o que vai acontecer.

A JV Embraer-Boeing vai ganhar muita grana vendendo o E2 com a estrutura da Boeing e tudo será visto como um estrondoso sucesso. Passando alguns anos, irão desenvolver o E3, que será o substituto do 737, que será fabricado nos EUA, logicamente, "America First", meus amigos. Aqui no Brasil fabricarão algumas asas ou coisa do tipo como é com a Boeing UK que fabrica as asas do 787 lá no Reino Unido. Passado a brincadeira, a Boeing vai comprar os 20% restantes da JV, empresa na qual o Governo Federal não terá nenhum tipo de controle (como a Golden Share), e transformará a "Embraer comercial" definitivamente na Boeing do Brasil. Os empregos talvez até sejam mantidos, mas nada obrigará a Boeing fabricar novos aviões ou mesmo desenvolver tecnologia por aqui (e vcs sabem como são os americanos quanto a propriedade de tecnologia). A Embraer EDS irá se tornar numa análoga brasileira da Dassault, vendendo aviões executivos e de defesa, mas com as minguadas vendas de defesa (porque aqui não é a França), a empresa começará a morrer de inanição até se tornar algo da grandeza de uma Aero Vodochody. Daí, quem sabe, com sorte, consiga fabricar algumas asas do novo e bem sucedido Boeing E3.

Você falou o que pode acontecer, na sua opinião.
A minha é... isso que você falou é apenas um dos cenários críveis, e o pior deles. Existem outros também críveis, e bem melhores.
E existem também os cenários possíveis para o caso de não se concretizar o negócio... entre eles o mais provável que é o da empresa correr sérios riscos por não poder competir no novo cenário do mercado, com fusões em todos os pontos da cadeia.
Se a empresa fizer sucesso com o E2 será ótimo... isso vai levar pelo menos uns 10 ou 15 anos... se depois disso a JV ajudar a desenvolver um novo Boeing, e este fizer sucesso com nossa fabricação de partes dele (asas como você citou)... será ótimo também... são empregos, renda e tecnologia sendo gerados.
Quanto a Embraer... bem... ela já se virou antes, boto fé que continuará a se virar. Inclusive sua sustentabilidade a longo prazo é uma das principais questões hora em discussão pelo grupo de trabalho.

Mil vezes isso a um Embraer unida e que vá minguar e se reduzir ano a ano.

Cara, você fala em JV ajudar a Boeing como se a JV não fosse DA BOEING!!!

Ta parecendo uma parceria como essa: minha mão esquerda ajuda a mão direita, esquecendo que ambas fazem parte do mesmo corpo e ainda achar isso uma parceria.

Uma coisa é pensar em cenários críveis, outra é achar que a Boeing vai trazer linha de montagem no Brasil que custa umas 3 vezes mais pra se montar um parafuso do que construir um avião inteiro no EUA, matando a estrutura interna.

Cassio escreveu: ↑Sáb Jul 07, 2018 7:01 pm Se a empresa fizer sucesso com o E2 será ótimo...

Oi? Mais de meio milhar de aeronaves vendidas sem mesmo decolar.

abs.

arcanjo

Cassio escreveu: ↑Sáb Jul 07, 2018 7:01 pm
Você falou o que pode acontecer, na sua opinião.
A minha é... isso que você falou é apenas um dos cenários críveis, e o pior deles. Existem outros também críveis, e bem melhores.
E existem também os cenários possíveis para o caso de não se concretizar o negócio... entre eles o mais provável que é o da empresa correr sérios riscos por não poder competir no novo cenário do mercado, com fusões em todos os pontos da cadeia.
Se a empresa fizer sucesso com o E2 será ótimo... isso vai levar pelo menos uns 10 ou 15 anos... se depois disso a JV ajudar a desenvolver um novo Boeing, e este fizer sucesso com nossa fabricação de partes dele (asas como você citou)... será ótimo também... são empregos, renda e tecnologia sendo gerados.
Quanto a Embraer... bem... ela já se virou antes, boto fé que continuará a se virar. Inclusive sua sustentabilidade a longo prazo é uma das principais questões hora em discussão pelo grupo de trabalho.

Mil vezes isso a um Embraer unida e que vá minguar e se reduzir ano a ano.

Existe o lado negro do cenário crível. De que as subsidiárias da Boeing por aí começam a montar os produtos finais e assumir linhas de produção para fugir das restrições impostas aos produtos norte-americanos. É a outra parte do "America First" e a resposta para "guerra comercial" fácil de vencer.

Já está acontecendo em setores e empresas relevantes. Por exemplo, a Harley-Davidson, Ford e GM, FCA e JEEP, empresas de tecnologias e serviços, transnacionais que tem plantas e usam os EUA como plataforma de exportação como BMW, Mercedes, Honda e coreanos. Isso é verificado nos planos de investimento, realocação de produção e negócios dessas empresas grandonas. Os beneficiários México, Brasil, Uruguai, sudeste asiático, Itália, Europa Oriental.

O Brasil não é caro. Ao contrário. É muito competitivo e produtivo nos setores que são integrados com comércio internacional (compram e vendem muito com tecnologia atual). Além de vários impostos e problemas burocráticos que simplesmente não existe para certas empresas de maior tecnologia e que conhecem os caminhos. Com ou sem política norte-americana protecionista, o Brasil pode ser sim uma boa plataforma para produtos Boeing/Embraer já que tem boa infraestrutura, trabalhadores e fornecedores qualificados. Além de ser porto seguro para evitar os ataques tarifários aos EUA de mercados importantes como chinês e Europeu. Ou seja, não creio que a Boeing fecha as fábricas no Brasil e manda tudo para os EUA. Não sentido para uma empresa global que pensa globalmente como na área de aviação comercial e executiva.

Tikuna escreveu: ↑Sáb Jul 07, 2018 8:29 pm

Cassio escreveu: ↑Sáb Jul 07, 2018 7:01 pm Se a empresa fizer sucesso com o E2 será ótimo...

Oi? Mais de meio milhar de aeronaves vendidas sem mesmo decolar.

Ah é?

Acredito que este seja um dos motivacionais para esta "união":

http://www.cavok.com.br/blog/aeronaves- ... ilia-a220/

Os C-Series agora são a família Airbus A220:




E já começaram com o pé direito, com a JetBlue trocando os Embraer por eles: https://g1.globo.com/economia/noticia/j ... rbus.ghtml

Bolovo escreveu: ↑Ter Jul 10, 2018 6:23 pm E já começaram com o pé direito, com a JetBlue trocando os Embraer por eles: https://g1.globo.com/economia/noticia/j ... rbus.ghtml

Bons tempos:

https://www.panrotas.com.br/noticia-tur ... 14446.html

Por isso essa união com a Boeing é mais necessária do que nunca.

Não tem como competir com uma Airbus por trás do seu principal competidor... com os mercado Chinês e Russo se fechando... com os Japoneses correndo por fora.

A consolidação na indústria é uma verdade... desde fornecedores até as empresas aéreas... quem ficar sozinho ou desaparece ou vai ser um anão.

Não é questão de fazer ou não acordo, é ter um cala boca de 20% nas ações da JV e achar isso um MEGA negócio.