rcolistete escreveu:orestespf escreveu:
Compare os resultados do Irbis-E com os do RBE-2, para os padrões atuais o RBE-2 é cego sim, muito cego, perde e muito para o Griffo que está no F-5M (palavra de quem já testou os dois, mas você vai alegar que é mais um boato, né?);
Caro Orestes,
Você tem a mínima idéia do que disse acima ? Que o Grifo-X do F-5EM/FM é melhor que o RBE-2 PESA, é isso mesmo ? Desculpe, o Grifo-X perde (em alcance) do RDI do Mirage 2000C, do PS-05/A do Gripen, do RDY-2 do Mirage 2000-5Mk2 (que seria Br), etc.
Não interessa quem tenha passado tal informação para você, ela não faz sentido, inclusive físico em função do tamanho da antena do Grifo-X, potência do radar, poder computacional, ser varredura mecânica, etc.
Sugestão, não se queime repassando tal informação e a defendendo.
[]s, Roberto
Apesar das divergências sobre o que vou falar, garanto a você que não escrevo uma coisa dessa se não soubesse o que estou dizendo. Você sabe que nossa formação acadêmica/profissional nos impede de falar sobre o que não sabemos, fomos "treinados" pra isso, logo eu não falo se não souber um mínimo sobre a coisa, caso contrário, digo que estou especulando ou dando minha singela opinião (que não é o caso do que você citou).
O que muitos não entendem aqui é que o Rafale tem um radar eficiente sim, mas não para a geração do RBE-2 e mais modernos. A grosso modo o RBE-2 apresenta uma limitação em seu alcance e isto é sério (pelo menos pra mim e meio mundo). Não gosto de argumento do tipo "a tendência agora é abrir mão de radar menos potentes e usar outros sensores", isso é andar na contra-mão do resto do mundo, que continua fazendo radares cada vez mais potentes. Respeito quem diz isso, mas não respeito esta afirmação, me agride e agride muito mesmo.
Assim sendo, o RBE-2 é pejorativamente chamado de cego, mas só porque seu alcance (bem mais) é reduzido diante dos novos radares. Você mesmo disse, o alcance dele fica em torno do alcance do RDY, um radar de projeto bem antigo. Claro que houve melhorias na capacidade de processamento no RBE-2, mas o alcance continua a desejar.
Quanto a comparação do RBE2 com o Grifo que equipa o F-5M é mais uma vez feita de forma pejorativa, mas nem tanto assim. O que quero dizer é que, guardadas as proporções o F-5M com o Grifo (que vou chamar de 'BR", pois este radar foi "personalizado" pela FAB, é diferente de todas as demais versões deste radar) forma uma combinação muito mais eficiente do que o Rafale com o RBE2 (ignorando todo e qualquer outro sensor dos dois caças - só para fixar as variáveis sob análise).
Por quê? Porque o F-5 é um caça muito antigo, ultrapassado, mas que teve seu potencial muito aumentado quando comparado com o projeto original, é um caça que surpreende muito mais do que se fala aqui no DB e em outros lugares. Pouco aqui sabem o alcance real do Grifo BR, mas ele já mostrou mais de n-vezes em vários testes e treinamentos da FAB que supera os 100 km, já chegou a 120 km (e segundo relatos de pilotos experientes, "fácil").
O RBE2 tem um alcance superior e rastreia e tranca mais alvos que o Grifo BR, tem uma capacidade de processamento muito superior, não se compara. O problema é que o alcance de detecção do RBE2 é para alvos com grandes RCS, isso obriga este radar a trancar alvos a distâncias muito próximas e que não diferem tanto assim do Grifo BR (limitado tecnicamente e tecnologicamente diante do RBE2).
E onde está o problema então, visto que o RBE2 parece ser bem melhor? O problema está no fato do Rafale ser um caça muito, mas muito moderno, e possuir um radar muito aquém do projeto e capacidade deste caça. Isso pra mim é imperdoável. Por isso digo que não tenho absolutamente nada contra ao caça Rafale (enquanto plataforma), mas faço pesadas críticas a combinação Rafale + RBE2, esta dupla é limitada sim, gostemos ou não. Devemos ser mais crítico do que os críticos, devemos ter consciência sobre os fatos. Diante disso, afirmo que o Rafale é cego sim, pelo menos para os padrões modernos (só isso). Como pode ver, tudo isso é falado por mim de forma pejorativa, pois com uma opinião crítica que tenho, acho que um radar assim é inconcebível para os padrões ditos "modernos", mas cada um com sua opinião.
Falam também sobre o RBE2 AA, tenho sérias dúvidas sobre este radar, muitas mesmos. Não acredito que melhoria expressivas no alcance, mas não tenho dúvidas sobre a capacidade de processamento e precisão deste sensor. O projeto deste radar já deixa margens pra dúvida, eles falam em alcance máximo de 160 km (ainda muito pouco), visto que o alcance máximo só ocorre para alvos com RCS muito grande, isto significa (já que o alcance é máximo) que este caça não enxerga nada acima desta distância (160 km).
Aí fica a pergunta: qual o alcance real do RBE2 AA para um alvo do tamanho de um caça padrão? Deve ser bem abaixo, bem mesmo. E tem uma coisa, nenhum fabricante coloca o alcance máximo para um alvo do tamanho do caça, quem dizer o contrário está querendo criar confusão desnecessária. Assim, sendo otimista, acredito que os 160 km de alcance deste radar é para alvos com RCS de 10 m2 (algo próximo do SU-27 e F-15), onde este RCS é o "nomal" ao ser adotado por quase todos os fabricantes (especulação/suposição minha, visto não haver uma regra geral). Agora não fica difícil fazer umas continhas básicas para calcular o alcance deste radar para um alvo com RCS de 1 m2 ou de 0,1 m2. Qualquer um comprovará que ficará muito baixo, algo que me incomoda, considerando mais uma vez os ditos parâmetros modernos para um caça de 4ª ou 5ª gerações.
Grande abraço,
Orestes