
Wingate

Moderador: Conselho de Moderação
Na verdade não há nenhuma novidade, brincamos disso desde o início do governo FHC, sem nunca parar de lá para cá (a Dilma tentou sair disso um pouquinho, mas canhestramente, sem corrigir os demais problemas, e deu no que deu).J.Ricardo escreveu:O Levy esta mais perdido que cachorro na feira, ele corta despesas e aumenta impostos para aumentar a arrecadação e ao mesmo tempo aumenta os juros para conter a inflação, ele só se esquece que a inflação aumentou devido ao aumento das contas controladas pelo governo e pelo repasse dos custos dos impostos, e ao mesmo tempo o aumento dos juros faz com que o governo gaste mais pela dívida interna e tudo se torna um maldito circulo vicioso!
Alguns milhões de coisas.Bolovo escreveu:Leandro e Bourne,
Economia nunca foi muito minha área, meu forte, então fico meio perdido as vezes. Sempre dizem que temos que combater os "reais problemas" para voltarmos a ter uma indústria competitiva. Enfim, o que seria isso? O que teríamos que fazer para voltarmos termos uma indústria forte?
Obrigado.LeandroGCard escreveu:Alguns milhões de coisas.Bolovo escreveu:Leandro e Bourne,
Economia nunca foi muito minha área, meu forte, então fico meio perdido as vezes. Sempre dizem que temos que combater os "reais problemas" para voltarmos a ter uma indústria competitiva. Enfim, o que seria isso? O que teríamos que fazer para voltarmos termos uma indústria forte?
Mas para não escrever uma bíblia, vou citar apenas alguns termos gerais, para dar uma ideia (não é uma lista completa):
- Ajuste fiscal, com arrecadação mais simples e eficiente.
- Valor da moeda compatível (estimativas atuais colocam entre 3,5 e 4 reais por dólar, se o dólar não cair muito com relação às demais moedas) e estável neste nível, com banda de variação pequena.
- Eficiência nos gastos do estado (gastar o quanto realmente custa, e TERMINAR o que for começado).
- Eficiência do estado em si (saúde, educação, infra-estrutura, energia e etc... de qualidade a preços baixos).
- Sistema jurídico/administrativo/tributário mais racional (hoje é impossível uma empresa atuar dentro das leis, se atende a uma viola outra).
- Estabilidade das regras juridícas.
- Acesso a financiamentos para investimentos a custos razoáveis (e sem ingerências políticas).
Quando estas e algumas outras condições básicas forem estabelecidas será possível às empresas nacionais competir no mercado externo em condições de igualdade, aí outras ações se tornariam também importantes, tais como:
- Maior integração com as linhas de produção mundiais (maior facilidade de importação e exportação de bens e produtos).
- Busca ativa pela redução de barreiras comerciais (acordos internacionais de comércio).
Como já mencionei e não custa repetir, esta lista é só ilustrativa e está longe de ser completa. mas já dá para perceber que cada item acima não é simples, envolveria extensas negociações com todos os interessados, mudanças profundas na legislação e na própria forma de funcionamento do governo e muito mais. Os detalhes iriam a números quase infinitos, mas se ao menos começar, um dia termina.
O problema é que hoje nem se fala mais em começar algum dia....
Leandro G. Card
Pra mim, hoje, estes juros altos não passam de remédio errado para doença errada, hoje nossa economia esta parada, o único culpado pela inflação é esse desgoverno que não para de aumentar os preços controlados e puxar todo o resto para cima.LeandroGCard escreveu:Na verdade não há nenhuma novidade, brincamos disso desde o início do governo FHC, sem nunca parar de lá para cá (a Dilma tentou sair disso um pouquinho, mas canhestramente, sem corrigir os demais problemas, e deu no que deu).J.Ricardo escreveu:O Levy esta mais perdido que cachorro na feira, ele corta despesas e aumenta impostos para aumentar a arrecadação e ao mesmo tempo aumenta os juros para conter a inflação, ele só se esquece que a inflação aumentou devido ao aumento das contas controladas pelo governo e pelo repasse dos custos dos impostos, e ao mesmo tempo o aumento dos juros faz com que o governo gaste mais pela dívida interna e tudo se torna um maldito circulo vicioso!
O mercado chama este joguinho de "estabilidade econômica"....
Leandro G. Card
Interessante a observação do colega Bolovo, citando Hong Kong. A Zona Franca de Manaus (criada em 06/06/1957 e depois ampliada e reformulada em 28/02/1967) foi originalmente formada para ser uma espécie de Hong Kong tupiniquim. A antiga colônia britânica já servia, na época, de uma espécie de zona franca para escoamento de produtos da República Popular da China ao mesmo tempo que por ela passavam produtos importados que depois eram "passados" para os chineses. Ao mesmo tempo produzia-se ali uma série de produtos para exportação com insumos vindos da China e de outros países.Imaginei que fosse algo por aí mesmo. Questionei porque sempre dizem, especialmente a imprensa, que a solução dos problemas do país seja uma receita pronta "é isso, isso aqui, essa outra coisinha e pronto", no dia seguinte seriamos a Hong Kong tropical. Se fosse tão fácil assim, se todo mundo já sabe a solução, porque ninguém fez esse caraleous antes? É muito complicado e pelo visto ninguém tem interesse em se meter nisso...
Bem observado. Foi isso mesmo!Bourne escreveu:mas nos anos 1960 e 1970, tinha o plano de criar muitas zonas francas para exportação. E, também, estrutura e incentivos tributários para integração com as cadeias produtivas globais com elevada importação e exportação. Porém, na crise dos anos 1980s, desandou tudo.
Leandro, concordo com sua lista. Acho que o importante está contido nela.LeandroGCard escreveu:Alguns milhões de coisas.Bolovo escreveu:Leandro e Bourne,
Economia nunca foi muito minha área, meu forte, então fico meio perdido as vezes. Sempre dizem que temos que combater os "reais problemas" para voltarmos a ter uma indústria competitiva. Enfim, o que seria isso? O que teríamos que fazer para voltarmos termos uma indústria forte?
Mas para não escrever uma bíblia, vou citar apenas alguns termos gerais, para dar uma ideia (não é uma lista completa):
- Ajuste fiscal, com arrecadação mais simples e eficiente.
- Valor da moeda compatível (estimativas atuais colocam entre 3,5 e 4 reais por dólar, se o dólar não cair muito com relação às demais moedas) e estável neste nível, com banda de variação pequena.
- Eficiência nos gastos do estado (gastar o quanto realmente custa, e TERMINAR o que for começado).
- Eficiência do estado em si (saúde, educação, infra-estrutura, energia e etc... de qualidade a preços baixos).
- Sistema jurídico/administrativo/tributário mais racional (hoje é impossível uma empresa atuar dentro das leis, se atende a uma viola outra).
- Estabilidade das regras juridícas.
- Acesso a financiamentos para investimentos a custos razoáveis (e sem ingerências políticas).
Quando estas e algumas outras condições básicas forem estabelecidas será possível às empresas nacionais competir no mercado externo em condições de igualdade, aí outras ações se tornariam também importantes, tais como:
- Maior integração com as linhas de produção mundiais (maior facilidade de importação e exportação de bens e produtos).
- Busca ativa pela redução de barreiras comerciais (acordos internacionais de comércio).
Como já mencionei e não custa repetir, esta lista é só ilustrativa e está longe de ser completa. mas já dá para perceber que cada item acima não é simples, envolveria extensas negociações com todos os interessados, mudanças profundas na legislação e na própria forma de funcionamento do governo e muito mais. Os detalhes iriam a números quase infinitos, mas se ao menos começar, um dia termina.
O problema é que hoje nem se fala mais em começar algum dia....
Leandro G. Card
Poderia detalhar por favor como exatamente funciona esta relação de causa-efeito?Bourne escreveu:Mas a taxa de juros aumento devido a instabilidade política e paga pela perda de credibilidade da política fiscal e do próprio BC nos últimos 6 anos.