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Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Dom Set 14, 2014 3:07 pm
por hades767676
China e Rússia se unem a Nicarágua para formar o ""Canal da Nicarágua". Obras começam em dezembro.
http://internacional.estadao.com.br/not ... p-,1559870
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Dom Set 14, 2014 8:21 pm
por Sterrius
È, com a vinda da russia ganho motivação politica a obra, agora acho que sai!
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Dom Set 14, 2014 8:29 pm
por Bolovo
Sterrius escreveu:È, com a vinda da russia ganho motivação politica a obra, agora acho que sai!
Vc "acha que sai"? Há um ano foi assinado uma concessão de 50 anos com um grupo chinês (Hong Kong Nicaragua Canal Development Investment Company). É um acordozinho de 40 bilhões de dólares. A coisa não depende dos russos, já está assinado, tem a rota aprovada e vai sair. No final do ano começam as obras.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Dom Set 14, 2014 11:34 pm
por EDSON
Um acordo de gás digino de nota. Energia suficiente para China continuar crescendo.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Dom Set 14, 2014 11:36 pm
por Viktor Reznov
Bolovo escreveu:"Oposição moderada" é um dos neologismos mais toscos que já vi. O Obama está conseguindo ser pior que o Bush. E eu achava que "Eixo do mal" já era o suficiente...
A única coisa que vêm a mente é:
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Set 15, 2014 11:42 am
por Marino
Rubens Ricupero
Brasil e EUA, planetas à parte
Ao contemplar os desafios globais americanos, nos damos conta da distância entre nossas agendas
Ao contemplar como os EUA se esfalfam para enfrentar os simultâneos desafios do islamismo enlouquecido, da Rússia na Ucrânia, da China na Ásia e globalmente, nos damos conta da distância que hoje separa a agenda americana da brasileira e latino-americana.
Nem sempre foi assim. Na época da Boa Vizinhança e da Segunda Guerra, Roosevelt convenceu quase toda a América Latina, inclusive o Estado Novo filofascista, que nosso inimigo comum era o nazifascismo do Eixo.
Após a vitória, inaugurou-se diálogo de surdos jamais resolvido. De um lado, os latinos reclamavam ajuda econômica americana do tipo do Plano Marshall. Washington respondia que bastava pormos a casa em ordem, e os capitais privados fariam nossa felicidade. No Brasil, a decepção foi mais amarga. Tínhamos enviado tropas, cedido bases e nos julgávamos credores de recompensa especial.
Mesmo então, continuamos solidários. Os dirigentes brasileiros temiam mais os comunistas nacionais que a União Soviética. Mas não se distinguia bem o Partidão de sua central em Moscou. No fundo, era tudo a mesma coisa, e os inimigos dos EUA na Guerra Fria eram também nossos inimigos. Juscelino chegou a dizer que "povos de condições de vida tão díspares" não poderiam adotar os mesmos valores e ter igual reação diante de "certas doutrinas". Os militares, porém, não pensavam assim, como se viu em 1964.
A Política Externa Independente de Jânio e Goulart anunciava a erosão da comunidade de valores e interesses com os americanos. Durou pouco, e seu espírito só triunfaria com Geisel e o chanceler Azeredo da Silveira no início dos anos 1980. No final da década, a extinção da ameaça comunista tornava o alinhamento supérfluo e a independência diplomática uma realidade não muito original.
Desde o fim da Guerra Fria, deixou de existir o inimigo comum que antes constituía o fio estruturador entre os EUA e o Brasil. O "benign neglect", a atitude de benevolente negligência que caracterizara a diplomacia de Nixon para a América Latina, passou a ser a constante de todos os governos de Washington. Republicanos ou democratas, a agenda latino-americana se resumiu a narcotráfico, imigrantes e acordos de livre comércio.
Só que agora a negligência é recíproca. Em termos de valores de democracia e direitos humanos, seguimos mais perto dos EUA e da Europa que de alguns Brics, em especial China e Rússia. No entanto, os interesses estratégicos prioritários ocidentais não são os nossos. Não temos problema de fundamentalismo islâmico; para nós, a China é mais solução que problema. Sobre a ação russa na Ucrânia, podemos condenar os métodos de Putin, mas não há razão para assumir as consequências da temeridade ocidental, que, no dizer do finado Jânio, "chuçou onça com vara curta".
Reconstruir uma visão partilhada do mundo e suas prioridades entre nós e a Europa passa pela mudança climática. Até que ponto os divididos dirigentes americanos estarão dispostos a admitir que a destruição do clima é a maior das ameaças globais, a única capaz de unir a todos em uma luta comum?
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Set 15, 2014 6:59 pm
por urss
sem ofensa, mas o que america latina ja teve a dizer em geopolitica nos ultimos 300 anos?
( é brincadeira
)
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Set 15, 2014 7:28 pm
por LeandroGCard
urss escreveu:sem ofensa, mas o que america latina ja teve a dizer em geopolitica nos ultimos 300 anos?
"Sim, senhor"...
. (Não é brincadeira).
Leandro G. Card
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Set 15, 2014 7:54 pm
por mmatuso
"O que é bom para os americanos é bom para nós" como disse um bunda mole embaixador no golpe militar do Brasil.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Set 15, 2014 8:07 pm
por wagnerm25
mmatuso escreveu:"O que é bom para os americanos é bom para nós" como disse um bunda mole embaixador no golpe militar do Brasil.
Pois nada é tão ruim que não possa piorar. Agora vivemos à sombra do bolivarianismo e do castrismo.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Ter Set 16, 2014 1:45 pm
por Marino
MUNDO
Um reino diminuído
Para analistas, perda da Escócia poria em xeque papel britânico no mundo
Vivian Oswald
A possibilidade de a independência da Escócia se concretizar nesta quinta-feira deu origem a um grande debate que os britânicos vinham adiando: qual será o lugar do Reino Unido no mundo? Um dos maiores temores das autoridades é a perda de importância global. No mundo acadêmico, os especialistas discutem o novo papel do país e se referem ao "pequeno Reino Unido", a "o que resta do Reino Unido" ou ainda ao "país anteriormente conhecido por Reino Unido". Não se sabe se o nome vai de fato mudar, mas certamente o antigo império onde o sol nunca se punha será menos glorioso.
Para Andrew Blick, especialista em política e História contemporânea do King's College, será uma nação "liliputiana", que pode começar a se despedaçar e a se isolar cada vez mais. O atual governo conservador de David Cameron prometeu um referendo em 2017 que ainda pode tirar o que sobrar do Reino Unido da União Europeia. Menor em 5,3 milhões de habitantes, um terço de território e 7,7% da economia, o país terá de provar para outras nações bem maiores e sub-representadas nos foros internacionais sua relevância para ocupar um assento no Conselho de Segurança da ONU, por exemplo.
- Por que o que restar do Reino Unido tem um status melhor do que o do Brasil ou de outro país do Brics na ONU? Por que tem mais peso em decisões do FMI? - pergunta-se Blick.
O vice-presidente do Centro para Políticas Públicas da Escócia (CSPP), Alastair Ross, diz que o Reino Unido vai continuar querendo exercer um papel relevante na política externa. O presidente americano Barack Obama já manifestou o interesse dos Estados Unidos na manutenção da união, parceira inconteste dos americanos no seu atual formato. E tudo isso pesará nas negociações com uma Escócia independente.
Política externa Escocesa
Já a Escócia não tem as mesmas pretensões. Terá de partir do zero. Para desenvolver a sua política externa, terá de negociar assento na Otan, na ONU e até mesmo a sua permanência na União Europeia. Tudo isso terá um custo que não te m sido discutido, como o de o país independente ter de abrir embaixadas no exterior.
As perspectivas não parecem preocupar o líder nacionalista e primeiro-ministro Alex Salmond. Ontem, ele revelou que já há conversas em curso com países importantes da UE, entre eles França, Espanha e Itália, para garantir que a Escócia poderá negociar estando dentro do Reino Unido ainda para que, em 2016, quando a separação for oficializada, o ingresso no bloco europeu já fosse automático.
Para analistas, o prazo de Salmond não é factível, e as negociações tampouco serão fáceis. A UE teria de agir com cautela para evitar problemas com o que restar do Reino Unido e com os países que hoje precisam lidar com questões separatistas.
- A independência não é um fim, mas um meio para se chegar a um fim, o crescimento e a sustentabilidade econômica. A política externa não seria uma prioridade num primeiro momento, mas, diante da relação tão estreita com a Inglaterra, os escoceses teriam de sair pelo mundo em busca de novos parceiros - disse Ross.
Ex-secretário de Relações Exteriores do governo Cameron, William Hague foi instruído a reiterar na semana passada aos escoceses que, no mundo perigoso de hoje, ter uma Inteligência e um corpo diplomático entre os melhores do mundo é indispensável.
Pesquisa feita com cinco mil britânicos pelo Good Morning Britain mostra que 53% da Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte não querem que a Escócia deixe a união, contra 21% que acreditam que os escoceses devem se separar. E 52% deles temem que haverá um impacto sobre suas finanças.
Dados levantados pelo "Sunday Telegraph" apontam que eles podem estar certos. Para 80% dos altos empresários de companhias negociadas na bolsa de Londres, a independência teria um impacto negativo significativo para o resto do Reino Unido. Até sexta passada, 17 bilhões de libras (cerca de R$ 64 bilhões) deixaram a economia britânica em uma mistura de medo da separação e movimento especulativo.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Ter Set 16, 2014 2:57 pm
por NettoBR
Olha só... esse plebiscito está dando uma dor de cabeça danada no Reino (Des...)Unido.
E os EUA mais preocupados do que pai em sala de espera da maternidade.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Ter Set 16, 2014 3:32 pm
por FCarvalho
O simples fato de a Escócia tornar-se independente não significa necessariamente uma separação do Reino Unido de fato. Não se acaba assim do dia para a noite com 800 anos de história e ligações quase que umbilicais entre Londres e os clâs escoceses.
Os estreitos laços que os ingleses mantém com a Escócia, e esta com a Inglaterra são muito mais que meramente político e históricos. São hoje principalmente econômicos.
Ademais, a quem interessaria na Escócia um "divórcio" contencioso com os ingleses? Quem perderia mais com a falta de diálogo entre as partes? Duvido que alguém tanto de um lado como do outro simplesmente vá fechar todas as portas e ficar bancando o "menino barrigudo" só para poder sacanear o outro. Não há interesse nisso para ninguém, principalmente na UE.
Quanto a perspectiva do que virá depois disso, fica no ar uma certa dose de realismo fantástico com o qual os europeus vem provando os efeitos dos remédios que sempre insistiram em receitar a terceiros, mas que nunca quiseram provar eles mesmos.
O Reino Unido vai acabar de vez se País de Gales e Irlanda do Norte resolverem mandar os ingleses às favas. Mas isso é quase impossível. Ambos dependem muito mais dos humores da bolsa de Londres do que Glascow hoje poderia admitir de verdade.
Ademais, quem iria querer se meter em uma briga entre irlandeses...
abs
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Ter Set 16, 2014 6:49 pm
por Bourne
Nao muda nada.
O Escócia apenas oficializa o status de pais soberano e da adeus ao Reino Unido. Ha seculos que possuem liberdade de nação independente. Lembrem que em qualquer evento esportivo aparecem com a bandeira, hino e tudo da Escócia. Na pratica se aproximam do que seria uma holanda, noruega, Portugal e outros países de menor território e extensão que habitam solo europeu. A possibilidade de virem adotar o euro, moeda própria ou ate manter libra e bem real.
Nao e um rompimento. Apenas poe a pique o reino unido. Nos próximos anos movimentos da irlanda do norte e pais de gales são esperados. A diferença que a relação deles com Londres e bem diferente e umbilical. Nada a ver com movimentos separatistas dentro de países, tal como catalunia na espanha.
Entretanto, devem ter muitos descendentes de escoceses torcendo e feliz com uma eventual independência da terra dos antepassados dos ingleses malvadoes.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Ter Set 16, 2014 8:02 pm
por NettoBR
Por isso o Reino Unido (leia-se "Inglaterra") está tenso, o bloco vai se desfazendo e a coroa vai ficando menos poderosa a cada dia.