EUA pulando fora e chamando a Europa para se rearmar e se unir a Ucrânia e aos países Árabes?akivrx78 escreveu:A idéia de Obama é que doravante os aliados terão que assumir a própria segurança. Os americanos poderão até ajudar com bombardeios e material, mas soldadinhos morrendo é para quem está na primeira linha. Contra o Estado Islâmico, Obama quer uma grande coalizão dos países árabes e dos europeus para combater os terroristas islâmicos.
E com relação à Ucrânia, o presidente americano está promovendo o renascimento da Aliança Atlântica e exigindo que a Europa aumente seus orçamentos militares e tome a dianteira no apoio ao governo de Kiev. Sem o poder militar americano garantindo, não pode haver estabilidade estratégica no planeta, mas os americanos não estão mais a fim de assumir o papel de mercenários para aqueles que não fazem nada, ou entram em qualquer aventura, com a certeza de que se a coisa der errado sempre vai vir a cavalaria do Tio Sam para tirá-los do buraco.
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20140 ... a-do-mundo
GEOPOLÍTICA
Moderador: Conselho de Moderação
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Se investissem aqui, dava pra pagar a 1ª parcela de uma refinaria da finada Petrobras.Japão vai injetar $ 33 bi um empurrão na infraestrutura
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- Wingate
- Sênior
- Mensagens: 5130
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 10:16 am
- Localização: Crato/CE
- Agradeceu: 819 vezes
- Agradeceram: 239 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Destino desgraçado, esse dos americanos. Se entram na briga, são imperialistas, promotores de guerras, xerifes do mundo, etc... Se decidem se abster, estão pulando fora, amarelando...
Haja karma para queimar!
Wingate
Haja karma para queimar!
Wingate
- mmatuso
- Sênior
- Mensagens: 3404
- Registrado em: Sáb Nov 05, 2011 7:59 pm
- Agradeceu: 662 vezes
- Agradeceram: 167 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Com essa grana e com a quantidade de mão de obra escrava que tem lá eles vão construir metro até Tókio se bobear.rodrigo escreveu:Se investissem aqui, dava pra pagar a 1ª parcela de uma refinaria da finada Petrobras.Japão vai injetar $ 33 bi um empurrão na infraestrutura
Índia tem muita mão de obra qualificada por preço irrisório.
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Mas eles não vão parar nem f&%$@... O problema é que a Europa não bota medo em jihadistas e muuuuito menos nos Russos...Wingate escreveu:Destino desgraçado, esse dos americanos. Se entram na briga, são imperialistas, promotores de guerras, xerifes do mundo, etc... Se decidem se abster, estão pulando fora, amarelando...
Haja karma para queimar!
Wingate
Isso é só pra dizer "Ôô galera, vamo dividir esse trabalho direito?? Pode ser ou tá difícil??"
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- Wingate
- Sênior
- Mensagens: 5130
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 10:16 am
- Localização: Crato/CE
- Agradeceu: 819 vezes
- Agradeceram: 239 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
É o lado ianque do White Man´s Burden... , ou o tal do Destino Manifesto...NettoBR escreveu:Mas eles não vão parar nem f&%$@... O problema é que a Europa não bota medo em jihadistas e muuuuito menos nos Russos...Wingate escreveu:Destino desgraçado, esse dos americanos. Se entram na briga, são imperialistas, promotores de guerras, xerifes do mundo, etc... Se decidem se abster, estão pulando fora, amarelando...
Haja karma para queimar!
Wingate
Isso é só pra dizer "Ôô galera, vamo dividir esse trabalho direito?? Pode ser ou tá difícil??"
Wingate
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Olha aí...
http://www.youtube.com/watch?v=r6XpCmc-nS8
http://www.youtube.com/watch?v=r6XpCmc-nS8
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Oposição moderada da Síria luta com a frente Al Nursa. Estes americanos são retardados?
- delmar
- Sênior
- Mensagens: 5257
- Registrado em: Qui Jun 16, 2005 10:24 pm
- Localização: porto alegre
- Agradeceu: 206 vezes
- Agradeceram: 504 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
O problema é o congresso e o eleitor americano. Na minha opinião, com bastante dose de cinismo, o Obama não quer dar a impressão que está , agora, ajudando o Assad ao mandar bala nos inimigos dele. Não depois de acusa-lo de ditador cruel, etc.. Esta tal frente moderada é só fumaça, para livrar a cara e não declarar que vai beneficiar diretamente o Assad. Em tempo, não vão dar arma alguma para ele (os russos vão encarregar-se disto). Parece que a solução agradou ao congresso e ao povo americano, agrada também o Assad (que não faz nenhuma concessão) e aos russos. Enfim todos contentes, menos o Califa, espero. Mas é apenas minha leitura que, normalmente, está errada.EDSON escreveu:Oposição moderada da Síria luta com a frente Al Nursa. Estes americanos são retardados?
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- Bolovo
- Sênior
- Mensagens: 28560
- Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
- Agradeceu: 547 vezes
- Agradeceram: 442 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
"Oposição moderada" é um dos neologismos mais toscos que já vi. O Obama está conseguindo ser pior que o Bush. E eu achava que "Eixo do mal" já era o suficiente...
A única coisa que vêm a mente é:
A única coisa que vêm a mente é:
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
- mmatuso
- Sênior
- Mensagens: 3404
- Registrado em: Sáb Nov 05, 2011 7:59 pm
- Agradeceu: 662 vezes
- Agradeceram: 167 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Se outro Bush voltar a governar os EUA vão transformar o país em um de terceiro mundo.
O último teve o dom de pegar o país em uma das melhores fases econômicas, o primeiro boom da internet e fazer o máximo de cagada possível.
O mais intrigante é que não tinha gente ao lado dele falando:"Da uma maneirada" levando em consideração que é um cargo de presidente cercado de gente competente.
O último teve o dom de pegar o país em uma das melhores fases econômicas, o primeiro boom da internet e fazer o máximo de cagada possível.
O mais intrigante é que não tinha gente ao lado dele falando:"Da uma maneirada" levando em consideração que é um cargo de presidente cercado de gente competente.
- Bourne
- Sênior
- Mensagens: 21087
- Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
- Localização: Campina Grande do Sul
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Por mais que reclamem do Bush e os objetivos fossem lá essas coisa, ele tinha colocado gente qualificada e que sabia fazer o meio campo das relações internacionais que sabiam como agir.
No primeiro governo Obama com a Senhora Clinton, também. Agora, com o Kerry, os postos foram ocupados por amadores que pensam mais nas repercussões internas do que nos problemas externos. Vejam que ele continua perdido no oriente médio e problemas com na Ucrânia. Além de tomar um dribles que lembram o Itamaraty atual com os Guimarães e tudo.
No primeiro governo Obama com a Senhora Clinton, também. Agora, com o Kerry, os postos foram ocupados por amadores que pensam mais nas repercussões internas do que nos problemas externos. Vejam que ele continua perdido no oriente médio e problemas com na Ucrânia. Além de tomar um dribles que lembram o Itamaraty atual com os Guimarães e tudo.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
China amplia influência sobre Argentina
Felipe Gutierrez e Renata Agostini
Principal parceiro comercial do país vizinho, Brasil observa Pequim financiar governo de Cristina Kirchner
Chineses investem em obras de infraestrutura, injetam recursos nas reservas e ganham fatia no comércio exterior
O crescimento da influência da China sobre a Argentina nunca foi tão visível quanto em 2014. Medidas inéditas de apoio financeiro anunciadas neste ano somam-se à invasão de produtos chineses no mercado vizinho.
O avanço ocorre a despeito da decisão do Brasil de priorizar as relações políticas e comerciais com a Argentina nos últimos anos. Diante da situação financeira difícil que vive o país vizinho, é de Pequim que partem os principais acenos de ajuda.
Num intervalo de poucas semanas, a China anunciou cerca de US$ 7 bilhões em financiamentos para obras de infraestrutura e um acordo com o Banco Central argentino que permitirá a entrada de US$ 11 bilhões no país -- US$ 700 milhões até o fim do ano.
O acordo é vital para o governo de Cristina Kirchner, que sofre com a falta de dólares. As reservas internacionais estão em cerca de US$ 28 bilhões, o que pode levar a dificuldades em honrar pagamentos com o exterior.
O dinheiro virá inicialmente em yuan (moeda chinesa), que a Argentina poderá converter. Depois, virá em dólar.
Principal parceiroA Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil na região e destino de grande parte dos bens manufaturados nacionais. Apesar disso, segundo representantes do governo ouvidos pela Folha, seria difícil justificar uma ajuda financeira ao vizinho num momento de baixo crescimento e de dificuldades fiscais no Brasil (o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior não comentaram oficialmente o tema).
A China vem aproveitando a brecha. Além do acordo entre os bancos centrais, o governo chinês anunciou em julho que vai financiar com US$ 4,7 bilhões a construção de duas grandes hidrelétricas e com outros US$ 2,1 bilhões a renovação de uma ferrovia.
Os financiamentos ajudam a impulsionar as vendas ao país, como foi o caso dos vagões de trens chineses à Argentina, fechadas em 2010. A compra foi financiada por Pequim, que liberou uma linha de US$ 10 bilhões ao país.
À montanha de dinheiro soma-se US$ 11,4 bilhões que os bancos chineses despejaram na economia argentina em empréstimos de 2005 a 2011, segundo dados do centro de estudos americano Inter-American Dialogue.
No mesmo período, o BNDES, banco de fomento brasileiro, direcionou US$ 2,5 bilhões a companhias com obras no país vizinho.
A inação brasileira na Argentina vêm sendo acompanhada de uma fatura alta: a fatia detida pelo Brasil no mercado argentino caiu de 36,4%, em 2005, para 22,5%, de janeiro a julho deste ano. A da China subiu de 5,3% para 16,2% no mesmo período.
Felipe Gutierrez e Renata Agostini
Principal parceiro comercial do país vizinho, Brasil observa Pequim financiar governo de Cristina Kirchner
Chineses investem em obras de infraestrutura, injetam recursos nas reservas e ganham fatia no comércio exterior
O crescimento da influência da China sobre a Argentina nunca foi tão visível quanto em 2014. Medidas inéditas de apoio financeiro anunciadas neste ano somam-se à invasão de produtos chineses no mercado vizinho.
O avanço ocorre a despeito da decisão do Brasil de priorizar as relações políticas e comerciais com a Argentina nos últimos anos. Diante da situação financeira difícil que vive o país vizinho, é de Pequim que partem os principais acenos de ajuda.
Num intervalo de poucas semanas, a China anunciou cerca de US$ 7 bilhões em financiamentos para obras de infraestrutura e um acordo com o Banco Central argentino que permitirá a entrada de US$ 11 bilhões no país -- US$ 700 milhões até o fim do ano.
O acordo é vital para o governo de Cristina Kirchner, que sofre com a falta de dólares. As reservas internacionais estão em cerca de US$ 28 bilhões, o que pode levar a dificuldades em honrar pagamentos com o exterior.
O dinheiro virá inicialmente em yuan (moeda chinesa), que a Argentina poderá converter. Depois, virá em dólar.
Principal parceiroA Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil na região e destino de grande parte dos bens manufaturados nacionais. Apesar disso, segundo representantes do governo ouvidos pela Folha, seria difícil justificar uma ajuda financeira ao vizinho num momento de baixo crescimento e de dificuldades fiscais no Brasil (o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior não comentaram oficialmente o tema).
A China vem aproveitando a brecha. Além do acordo entre os bancos centrais, o governo chinês anunciou em julho que vai financiar com US$ 4,7 bilhões a construção de duas grandes hidrelétricas e com outros US$ 2,1 bilhões a renovação de uma ferrovia.
Os financiamentos ajudam a impulsionar as vendas ao país, como foi o caso dos vagões de trens chineses à Argentina, fechadas em 2010. A compra foi financiada por Pequim, que liberou uma linha de US$ 10 bilhões ao país.
À montanha de dinheiro soma-se US$ 11,4 bilhões que os bancos chineses despejaram na economia argentina em empréstimos de 2005 a 2011, segundo dados do centro de estudos americano Inter-American Dialogue.
No mesmo período, o BNDES, banco de fomento brasileiro, direcionou US$ 2,5 bilhões a companhias com obras no país vizinho.
A inação brasileira na Argentina vêm sendo acompanhada de uma fatura alta: a fatia detida pelo Brasil no mercado argentino caiu de 36,4%, em 2005, para 22,5%, de janeiro a julho deste ano. A da China subiu de 5,3% para 16,2% no mesmo período.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Wingate
- Sênior
- Mensagens: 5130
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 10:16 am
- Localização: Crato/CE
- Agradeceu: 819 vezes
- Agradeceram: 239 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Só Nelson Rodrigues para explicar essa relação masoquista entre Brasil e Argentina. Los hermanos sempre jogam contra e o Brasil perdoa...O avanço ocorre a despeito da decisão do Brasil de priorizar as relações políticas e comerciais com a Argentina nos últimos anos. Diante da situação financeira difícil que vive o país vizinho, é de Pequim que partem os principais acenos de ajuda.
Wingate
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Para Brasil, entrada chinesa é 'inevitável'
Na avaliação do governo, país asiático não tem usado força econômica para aumentar poder político na região Movimento de Pequim segue os passos do executado na África; para câmara comercial, vizinhos devem se unir De Brasília de Buenos Aires
Na visão do governo brasileiro, a entrada da China na Argentina é "inevitável" diante do poderio econômico do país asiático e está dentro do roteiro de expansão de investimentos de Pequim.
Após centrar esforços na África, onde atualmente estão cerca de 20% dos recursos dos chineses no mundo, o país volta-se agora para a América Latina.
Na região, o investimento ainda é tímido: o valor estimado equivale a 12% do total de recursos injetados pela China no mundo, considerando compra de ativos e linhas de financiamento.
Países como Venezuela e Equador, que enfrentam dificuldades para levantar dinheiro, já têm a China como um de seus principais credores. O próprio Brasil vem sendo beneficiado pelo apetite chinês. Em 2009, a Petrobras fechou empréstimo de US$ 10 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China.
Neste sentido, o avanço chinês já preocupou mais o Brasil. Havia dúvida sobre se os chineses teriam pretensões de usar o poder econômico como forma de influenciar a política da região, o que não aconteceu até o momento.
O governo brasileiro avalia que há um limite para a expansão chinesa, uma vez que há "grande simbiose" entre as indústrias brasileira e argentina. Além disso, o foco dos chineses é a compra de matérias-primas. Os argentinos também têm interesse em vender manufaturas no mercado brasileiro, diz um interlocutor do governo que não quer ter o nome revelado.
Para Maurício Claveri, analista de comércio exterior da consultoria argentina Abeceb, ante a previsão de retração de 2,5% do PIB argentino, todas as compras do país vão recuar, "mas quem mais perde é o Brasil".
Segundo ele, existe uma substituição "indireta", porque os brasileiros costumavam vender o produto acabado e agora há a importação de partes e peças chinesas, que são montadas lá.
Os dados de comércio sinalizam essa tendência. Enquanto as importações da Argentina caíram 9% nos sete primeiros meses do ano contra o mesmo período do ano passado, as compras de produtos brasileiros retrocederam 20%, e as de bens chineses, apenas 1%.
Segundo Jorge Rodríguez Aparicio, presidente da Câmara de Comércio Argentino-Brasileira, há menos interesse pelo comércio bilateral entre os países vizinhos.
Nos últimos dois anos não houve nenhuma missão de empresas argentinos ao Brasil promovida pela câmara de comércio em Buenos Aires.
"Os empresários brasileiros estão perdendo espaço na Argentina. E no Brasil os argentinos perdem espaço para a China. Isso teria que nos unir mais, se não por amor, por medo. Os chineses têm uma competitividade tremenda", afirma.
Na avaliação do governo, país asiático não tem usado força econômica para aumentar poder político na região Movimento de Pequim segue os passos do executado na África; para câmara comercial, vizinhos devem se unir De Brasília de Buenos Aires
Na visão do governo brasileiro, a entrada da China na Argentina é "inevitável" diante do poderio econômico do país asiático e está dentro do roteiro de expansão de investimentos de Pequim.
Após centrar esforços na África, onde atualmente estão cerca de 20% dos recursos dos chineses no mundo, o país volta-se agora para a América Latina.
Na região, o investimento ainda é tímido: o valor estimado equivale a 12% do total de recursos injetados pela China no mundo, considerando compra de ativos e linhas de financiamento.
Países como Venezuela e Equador, que enfrentam dificuldades para levantar dinheiro, já têm a China como um de seus principais credores. O próprio Brasil vem sendo beneficiado pelo apetite chinês. Em 2009, a Petrobras fechou empréstimo de US$ 10 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China.
Neste sentido, o avanço chinês já preocupou mais o Brasil. Havia dúvida sobre se os chineses teriam pretensões de usar o poder econômico como forma de influenciar a política da região, o que não aconteceu até o momento.
O governo brasileiro avalia que há um limite para a expansão chinesa, uma vez que há "grande simbiose" entre as indústrias brasileira e argentina. Além disso, o foco dos chineses é a compra de matérias-primas. Os argentinos também têm interesse em vender manufaturas no mercado brasileiro, diz um interlocutor do governo que não quer ter o nome revelado.
Para Maurício Claveri, analista de comércio exterior da consultoria argentina Abeceb, ante a previsão de retração de 2,5% do PIB argentino, todas as compras do país vão recuar, "mas quem mais perde é o Brasil".
Segundo ele, existe uma substituição "indireta", porque os brasileiros costumavam vender o produto acabado e agora há a importação de partes e peças chinesas, que são montadas lá.
Os dados de comércio sinalizam essa tendência. Enquanto as importações da Argentina caíram 9% nos sete primeiros meses do ano contra o mesmo período do ano passado, as compras de produtos brasileiros retrocederam 20%, e as de bens chineses, apenas 1%.
Segundo Jorge Rodríguez Aparicio, presidente da Câmara de Comércio Argentino-Brasileira, há menos interesse pelo comércio bilateral entre os países vizinhos.
Nos últimos dois anos não houve nenhuma missão de empresas argentinos ao Brasil promovida pela câmara de comércio em Buenos Aires.
"Os empresários brasileiros estão perdendo espaço na Argentina. E no Brasil os argentinos perdem espaço para a China. Isso teria que nos unir mais, se não por amor, por medo. Os chineses têm uma competitividade tremenda", afirma.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco