MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Área para discussão de Assuntos Gerais e off-topics.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Matheus
Sênior
Sênior
Mensagens: 6182
Registrado em: Qui Abr 28, 2005 4:33 pm
Agradeceu: 341 vezes
Agradeceram: 432 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5626 Mensagem por Matheus » Dom Jul 12, 2015 9:48 pm

Eu não, mas tem muita gente que lacrou o 13 que deve estar arrependido amargamente...




Avatar do usuário
prp
Sênior
Sênior
Mensagens: 9207
Registrado em: Qui Nov 26, 2009 11:23 am
Localização: Montes Claros
Agradeceu: 152 vezes
Agradeceram: 440 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5627 Mensagem por prp » Dom Jul 12, 2015 9:50 pm

Humm, sei.




Avatar do usuário
Bourne
Sênior
Sênior
Mensagens: 21086
Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
Localização: Campina Grande do Sul
Agradeceu: 3 vezes
Agradeceram: 21 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5628 Mensagem por Bourne » Dom Jul 12, 2015 11:24 pm

A minha maior tristeza nesses tempo é não ser funcionário público de elite e nem ter grana guardada. Essa é a hora de sair comprando e conseguir monumentais descontos.

No caso de imóveis, talvez a hora de preparam grandes ganhos no médio e longo prazo.




Avatar do usuário
mmatuso
Sênior
Sênior
Mensagens: 3404
Registrado em: Sáb Nov 05, 2011 7:59 pm
Agradeceu: 662 vezes
Agradeceram: 167 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5629 Mensagem por mmatuso » Seg Jul 13, 2015 12:11 am

Minha maior tristeza é não ser politico.

Eu precisaria perder um pouco da humanidade para assumir esse cargo eu admito, ignorar as mazelas alheias, rir da falta de memória dos eleitores que só aparecem a cada 4 anos, fingir que se importa com algo ou alguém que não eu mesmo, votar a favor das leias mais esdruxulas mesmo que signifique a ruína de muitos, afinal de contas sempre se tem um ganho e principalmente ter todo um aparato de grana e logística para trabalhar umas 2 ou 3 vezes por semana no máximo.

Se dar bem sendo honesto é só bonito no discurso do patrão para os funcionários, porque no fundo ninguém revela as regras do jogo e o que realmente manda e os honestos estão fadados a passar raiva.




Lirolfuti
Sênior
Sênior
Mensagens: 2427
Registrado em: Sex Mai 18, 2012 6:12 pm
Agradeceu: 40 vezes
Agradeceram: 205 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5630 Mensagem por Lirolfuti » Seg Jul 13, 2015 9:26 am

mmatuso escreveu:Minha maior tristeza é não ser politico.

Eu precisaria perder um pouco da humanidade para assumir esse cargo eu admito, ignorar as mazelas alheias, rir da falta de memória dos eleitores que só aparecem a cada 4 anos, fingir que se importa com algo ou alguém que não eu mesmo, votar a favor das leias mais esdruxulas mesmo que signifique a ruína de muitos, afinal de contas sempre se tem um ganho e principalmente ter todo um aparato de grana e logística para trabalhar umas 2 ou 3 vezes por semana no máximo.

Se dar bem sendo honesto é só bonito no discurso do patrão para os funcionários, porque no fundo ninguém revela as regras do jogo e o que realmente manda e os honestos estão fadados a passar raiva.
Resumo da Ópera, ser político no Brasil e vender a alma ao diabo e ainda sim ir para o céu.




Avatar do usuário
Wingate
Sênior
Sênior
Mensagens: 5128
Registrado em: Sex Mai 05, 2006 10:16 am
Localização: Crato/CE
Agradeceu: 819 vezes
Agradeceram: 239 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5631 Mensagem por Wingate » Seg Jul 13, 2015 9:45 am

Certos politicos e certas empreiteiras... :twisted:

Imagem


Wingate




Avatar do usuário
Clermont
Sênior
Sênior
Mensagens: 8842
Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
Agradeceu: 632 vezes
Agradeceram: 644 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5632 Mensagem por Clermont » Seg Jul 13, 2015 12:25 pm

Aprovação a Dilma despenca também no Nordeste. Corrupção, inflação e desemprego retratam o desgoverno da petista.

Estado de São Paulo - Conteúdo.

A queda na aprovação da presidente Dilma Rousseff no Nordeste, região que lhe garantiu as maiores votações proporcionais nas eleições presidenciais, é um dos sinais mais eloquentes da crise política que atinge o PT e sua principal representante. Na Bahia, por exemplo, reduto petista, onde a presidente obteve 70% dos votos em 2014 enquanto o candidato do PSDB, Aécio Neves, ficou com 30%, a rejeição à presidente cresce à medida que aumenta o desemprego.

Sob efeitos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, do recuo nos investimentos do governo federal e de paralisia nos programas-vitrine do governo PT, como o Minha Casa Minha Vida, o Nordeste perdeu 152 mil vagas de emprego nos primeiros cinco meses do ano, a maior taxa de demissões de todas as regiões.

Na Bahia, foram fechadas 16.493 vagas a mais do que todas as contratações. Salvador é a região metropolitana com a maior taxa de desemprego, segundo o IBGE, 11,3%. A segunda maior, também está no Nordeste: Recife, com 8,5%. No País, o desemprego subiu para 6,7% em maio.

Segundo pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Região Nordeste, onde a petista tradicionalmente tinha seus melhores índices de aprovação, foi onde a popularidade da presidente mais caiu: de 18% em março para 13% em julho. No País, em média, a aprovação ficou em 9% (quando era de 12% em março) e a reprovação, em 68%.

O boom de empregos no Nordeste ocorreu no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), mas os nordestinos ainda tiveram um período próspero no primeiro governo de Dilma, entre 2011 e 2012, com incremento na renda. No início deste segundo mandato da presidente, porém, a região perdeu terreno, especialmente, em áreas intensivas em mão de obra, como a construção.

Grandes obras de infraestrutura, como a ferrovia Oeste-Leste, "joia" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e o estaleiro Enseada do Paraguaçu - sociedade de Odebrecht, OAS, UTC, empresas investigadas pela força-tarefa da Lava Jato, e o grupo japonês Kawasaki -, são responsáveis por boa parte das demissões. A ferrovia demitiu 4 mil trabalhadores e o estaleiro, mais de 5 mil operários.

Como consequência, corte de vagas em outros setores, como comércio e serviços. O desemprego atinge até mesmo o Polo Industrial de Camaçari. Inicialmente prevista para ser inaugurada este ano na área, a fábrica da JAC Motors, por enquanto, está só na promessa.

Logo após o 1.º turno da eleição do ano passado, Dilma viajou para a Bahia e subiu a escadaria da Basílica do Nosso Senhor do Bonfim para agradecer pela votação recebida - 2 milhões de votos a mais do que o adversário do PSDB. Ela chegou a se declarar "pardinha" e pediu uma vaga no Olodum, um dos mais tradicionais blocos afros de Salvador.

"A Bahia e o Nordeste todo ajudaram a empurrar o carro ladeira acima, mas a piloto nos jogou no precipício", afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav), o deputado federal Bebeto Galvão (PSB). "A curva ascendente do emprego estava relacionada com os investimentos públicos federais. A crise é consequência do amadorismo com que a presidente conduziu a economia", critica.

Desde que o PT chegou ao Palácio do Planalto, a Bahia nunca tinha fechado mais vagas em maio do que aberto. Neste ano, a diferença ficou negativa em 7.419 postos de trabalho. Quase 60% deles na construção civil. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção na Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique Passos, afirma que o setor vem demitindo pela redução drástica no número de lançamentos e pela paralisia no programa Minha Casa Minha Vida.

Na fase 1, ainda no governo Lula, foram 90 mil moradias construídas no Estado. Na fase 2, de Dilma, foram 60 mil. A fase 3 ainda é uma incógnita. As contratações para as famílias mais pobres, com subsídio de até 95% do imóvel, pararam. Os atrasos no pagamento das obras pelo governo federal complicaram a vida das empresas, que passaram a demitir os funcionários.

"As pessoas colocaram o pé no freio. Percebemos mudanças de consumo de marcas premium para intermediárias e dessas para populares", afirma João Cláudio Nunes, presidente da Associação Baiana de Supermercados (Abase) e do grupo Redemix. O segmento esperava crescer até 3% acima da inflação no início do ano; agora, a meta é fechar 2015 com 1% de expansão.




Avatar do usuário
mmatuso
Sênior
Sênior
Mensagens: 3404
Registrado em: Sáb Nov 05, 2011 7:59 pm
Agradeceu: 662 vezes
Agradeceram: 167 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5633 Mensagem por mmatuso » Seg Jul 13, 2015 2:10 pm

Lirolfuti escreveu:
mmatuso escreveu:Minha maior tristeza é não ser politico.

Eu precisaria perder um pouco da humanidade para assumir esse cargo eu admito, ignorar as mazelas alheias, rir da falta de memória dos eleitores que só aparecem a cada 4 anos, fingir que se importa com algo ou alguém que não eu mesmo, votar a favor das leias mais esdruxulas mesmo que signifique a ruína de muitos, afinal de contas sempre se tem um ganho e principalmente ter todo um aparato de grana e logística para trabalhar umas 2 ou 3 vezes por semana no máximo.

Se dar bem sendo honesto é só bonito no discurso do patrão para os funcionários, porque no fundo ninguém revela as regras do jogo e o que realmente manda e os honestos estão fadados a passar raiva.
Resumo da Ópera, ser político no Brasil e vender a alma ao diabo e ainda sim ir para o céu.
Wingate escreveu:Certos politicos e certas empreiteiras... :twisted:

Imagem


Wingate
Infelizmente democracia, justiça, meritocracia e essas conversas são fantasias motivacionais já que nada disso funciona perfeitamente mas a sua forma idealizada é usada como discurso e exemplo para iludir.

E como assassinar alguém e depois dar palestras de como salvar vidas.

A grande lei é a do porrete e do interesse, se você estiver do lado que quem tem o porrete mais poderoso se dará bem.

Provavelmente se algo como o Star trek acontecer no futuro onde eles falam lá de banir dinheiro e retirar limites dos povos vão estudar e se perguntar como as pessoas viveram em épocas como as atuais.




Avatar do usuário
Bourne
Sênior
Sênior
Mensagens: 21086
Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
Localização: Campina Grande do Sul
Agradeceu: 3 vezes
Agradeceram: 21 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5634 Mensagem por Bourne » Seg Jul 13, 2015 3:16 pm

Isso é falta de um estado forte que seja capaz de mediar os conflitos de interesses. Além de evitar que certos grupos privados tomem conta da estrutura de estado.

Mas, como alguns por cá dizem, isso é irrelevante. Isso é tudo escolha de cada país que deve seguir seu caminho. Então, o domínio das grandes empresas e loteamento do estado seria uma escolha do país que deve ser respeitada. :evil:




Avatar do usuário
mmatuso
Sênior
Sênior
Mensagens: 3404
Registrado em: Sáb Nov 05, 2011 7:59 pm
Agradeceu: 662 vezes
Agradeceram: 167 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5635 Mensagem por mmatuso » Seg Jul 13, 2015 4:57 pm

Pois é, a frase não é escolha do país, mas escolha que alguns quiseram fazer para o país.

Como dizia o cantor:"transformam o país inteiro em um putero".




Avatar do usuário
Sterrius
Sênior
Sênior
Mensagens: 5140
Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
Agradeceu: 115 vezes
Agradeceram: 323 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5636 Mensagem por Sterrius » Dom Jul 19, 2015 3:42 pm

Renan apoia Cunha e ataca ajuste de Levy: é cachorro correndo atrás do rabo

http://fernandorodrigues.blogosfera.uol ... s-do-rabo/


E levy começo a tomar o tiroteio.
E pelo visto, povo continua subestimando o que é ter a nota rebaixada no mercado internacional.




Avatar do usuário
Bourne
Sênior
Sênior
Mensagens: 21086
Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
Localização: Campina Grande do Sul
Agradeceu: 3 vezes
Agradeceram: 21 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5637 Mensagem por Bourne » Dom Jul 19, 2015 9:06 pm

Se recuperar a meta perdida é impossível por que Levy, o santo, insiste? Por que as alternativas são ruins.

Ao afinar para impossibilidade de praticar a meta significa que a penúria continua em 2016/17 seja por livre e espontânea pressão da situação ou a força pela perda do grau de investimento. O segundo caso com o agravante de fechar as portas das concessões, linhas de captação e crédito das grandes empresas no exterior, pressionar a rolagem da dívida pública. Além de fazer o câmbio disparar, puxando a inflação e a desestruturação de cadeias produtivas.

Depois que a desgraça se consumar não adianta procurar o culpado e chorar contra o sistema financeiro malvadão neoliberal daszelite de zoio azul.

Só lembro que os dados demonstram a atividade econômica, investimento, consumo despencando desde o primeiro semestre de 2014. O que salva são os estados que são grandes produtores de grãos (paraná, Mato grosso, goias) ou exportadores de minérios (Para e Espirito santo, por exemplo). os demais que dependem de industria e serviços estão em queda livre. A situação fiscal é ruim por mostrar que nunca foi boa. Na real, a situação fiscal melhor de 2008-2011 foi boa pela circunstâncias de crescimento forte anterior, mas não melhora estrutural. E a nos últimos trimestre a coisa vem piorando.
Governo refaz cálculos para ‘ajustar’ ajuste fiscal prometido para este ano

O plano do Governo para retomar o controle dos gastos públicos com uma série de medidas de contingenciamento e aumento de impostos não deve ser cumprido nos moldes propostos inicialmente. A economia de recursos para pagamento de dívida (superávit primário) tem ficado muito aquém do que a equipe econômica havia projetado e o compromisso do ministro Joaquim Levy de poupar 66,3 bilhões de reais de gastos públicos em 2015 - equivalente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB)-, está muito longe de ser cumprido. De janeiro a maio, o Governo só conseguiu economizar 6,6 bilhões de reais. O resultado indica ser quase impossível atingir o superávit fixado para este ano, o que compromete ainda mais o retorno do crescimento da economia brasileira e da credibilidade de investidores.

Diante da dificuldade de alcançar o que foi prometido, o Governo já avalia a redução da meta fiscal, apesar de Levy não admitir a ideia. “Se abaixar a meta, é porque o ajuste tem de continuar, se aprofundar”, disse o titular da Fazenda em entrevista à Folha de S. Paulo neste domingo. Parte do ajuste depende do Congresso, o que complica a vida da equipe econômica com a guerra declarada por Eduardo Cunha na semana que passou.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, já havia afirmado que há uma discussão sobre a fixação de uma banda (uma faixa de tolerância), como já acontece com a meta da inflação, para o alvo fiscal. Levy disse à Folha que desconhece a proposta. Barbosa deve clarear o assunto nesta quarta, após a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas do Governo. Empenhado em flexibilizar a meta, o senador Romero Jucá, relator do Orçamento de 2015, já apresentou no Congresso proposta de uma emenda de redução da meta para 0,4%, ou 22,1 bilhões de reais.

Levy sabe que se essa meta for aprovada, o ajuste vai demorar mais tempo do que previsto, aumentando o clima de incertezas que contaminam quaisquer decisões na economia. “A fraqueza da economia vem de incentezas, indefinições, de o ajuste não estar completo”, disse ele neste domingo. “As empresas estão reticentes. Se a pessoa não sabe quanto tempo vai demorar o ajuste, ela não toma decisões”, argumenta Levy. Isso vale para a empresa que não se atreve a investir, e para o cidadão que adia a compra de um carro, exemplificou o ministro.

Na semana passada, ele voltou a defender a necessidade de se esforçar para chegar à meta neste ano. "Não queremos que assuntos de ajuste contaminem 2016. Temos que fazer o dever de casa agora para 2016 ser o ano de colheita de resultados, não de de permanência de ajustes. Ter um 2016 de crescimento com rumo", afirmou o ministro após uma reunião com líderes do Congresso.

Ele sabe que não pode contar só com a boa vontade do Congresso - o presidente do Senado, Renan Calheiros, chamou o ajuste de “tacanho”, e que é igual a “enxugar gelo até ele derreter”, pois não está garantindo o crescimento econômico. Diante dessa resistência, o Governo busca saídas para garantir o ajuste por um aumento de receitas. Uma delas seria a aprovação do projeto de lei que permite a repatriação de dinheiro não declarado de brasileiros no exterior. A estimativa é que brasileiros mantêm atualmente 200 bilhões de reais fora do país. Apesar do esforço em acelerar a votação no Senado, o projeto deve avançar apenas em agosto.

O Governo também tenta estimular a economia com a ampliação do limite de crédito consignado de 30 a 35%. No texto, a Medida Provisória determina que 5% desse limite seja destinado "exclusivamente" para bancar despesas contraídas por meio de cartão de crédito. O intuito claro da equipe de Dilma é ampliar o crédito para aquecer o consumo em um momento de desaceleração econômica. O lançamento do Programa de Proteção de Emprego também foi uma aposta clara para frear o fechamento de vagas no Brasil, e estancar a queda da arrecadação. Outras medidas também estão sendo implementadas, como o leilão da folha de pagamento do setor púlvico, e a cobrança de dívidas fiscais do setor privado.

O professor de economia do Insper, Alexandre Chaia, pondera que apesar das discussões, o Governo tentará adiar o máximo possível uma possível flexibilização do alvo fiscal. “Se a equipe começa a flexibilizar, mostra que está menos comprometida e perde credibilidade. A realidade é que o Governo não vai chegar ao resultado esperado, mas o Levy vai manter o objetivo até o fim, até onde puder, é uma forma de comprometimento da meta”, explica o economista.

Na opinião de Almeida, a revisão não é o fim do mundo, mas a mudança terá que ser bem comunicada. “Terão que mostrar para a sociedade que essa redução não significa relaxamento das medidas”, explica.

O fraquíssimo desempenho da economia e os fortes embates no Congresso para aprovar as medidas provisórias do ajuste fiscal não foram previstos pela equipe de Dilma Rousseff e complicaram bastante a retomada do equilíbrio das contas. No entanto, para especialistas, a queda na arrecadação foi o fator que mais dificultou a elevar o resultado primário, que no ano passado fechou com déficit de 0,63% do PIB, o pior resultado desde 2001. “O Governo começou este ano achando que poderia contar com uma arrecadação 5,6% mais neste ano, mas isso não vai acontecer. A queda de arrecadação já chega quase a 3%”, explica o economista Mansueto Almeida, especialista em finanças públicas.

Em junho, a arrecadação de impostos e contribuições federais e das demais receitas somou 97,07 bilhões de reais. Com isso, registrou queda real de 2,44% no mês. Já no acumulado do primeiro semestre, ainda de acordo com dados oficiais, a arrecadação totalizou R$ 607,20 bilhões – com queda real de 2,87% frente ao mesmo período do ano passado. O resultado foi o pior resultado para este período desde 2011, segundo a Receita Federal.

Batalhas no Congresso
Desde o início do ano, a presidenta Dilma propôs um pacote de medidas para cortar os gastos do Governo. Em maio, ela anunciou o bloqueio de 69,9 bilhões de reais em gastos no orçamento de 2015, o maior contingenciamento de recursos da história em termos nominais. Outras medidas – que restringiram benefícios trabalhistas e previdenciários - foram mandadas para a aprovação do Congresso em um momento de crise política e de isolamento da mandatária na casa, resultando em várias alterações nas propostas iniciais.

As MPs que mudam as regras para obter seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte e auxílio-doença que, inicialmente, gerariam uma economia anual de 18 bilhões de reais, caiu para 14,5 bilhões, após mudanças. “As medidas têm tido muita dificuldade para passar no Congresso. Além disso, a casa tem aprovado medidas extras, que irão gerar muita despesa, como a questão do fator previdenciário. Tudo isso dificulta ainda mais no alcance da meta deste ano e as dos próximos anos”, explica Fernando de Holanda Barbosa, professor da FGV/EPGE.

O Planalto também já não conta com a aprovação do projeto que muda a desoneração da folha de pagamento antes do recesso do Congresso, a ideia é reduzir a renúncia fiscal concedida a alguns setores produtivos desde 2012. Inicialmente, o Governo esperava arrecadar com a medida cerca de 5 bilhões de reais. “Mesmo que a desoneração consiga ser aprovada em setembro, os efeitos serão sentidos apenas em outubro, o que não geraria muito ganho neste ano”, afirma Insper. “O que resta ao Governo nos próximos meses é cortar mais investimentos. O Programa de Infraestrutura e Logística (PIL), por exemplo, não vai sair do papel”, completa.

Mansueto alerta, no entanto, que os cortes nos investimentos já chegaram a 37%, um número elevado. “Caso seja determinado outro corte, no próximo ano, o Governo não poderá tocar nos investimentos”, explica. Para o especialista, caso a meta fiscal fica abaixo de 2% nos próximos anos há um risco grande que a dívida passe de 70% do PIB, dificultando ainda mais a retomada econômica do Brasil.

------------

“A cada medida do ajuste aprovada, congressistas criam novas despesas”

A meta de economizar 66,3 bilhões de reais em gastos públicos está cada vez mais distante, segundo o economista Mansueto Almeida. Para o especialista, a cada nova medida do ajuste fiscal que o Governo consegue aprovar no Congresso Nacional, congressistas criam novas despesas.

Pergunta. O Governo está longe de atingir a meta fiscal, o que foi mal calculado pela equipe econômica?

Resposta. O lugar que o Governo mais perdeu foi na receita. Ele começou o ano achando que iria arrecadar mais, o que não vai acontecer. Apesar dos aumentos tributários, o nível de atividade econômica terá uma queda muito forte e a arrecadação foi de -3% até maio. Não há como cumprir a meta do superávit primário (economia para pagamento de juros da dívida pública), a arrecadação só vai piorar e, do lado da despesa, não tem mais o que cortar.

P. Chegou a hora de revisar a meta?

R. A revisão não é o fim do mundo, mas a mudança tem que ser muito bem comunicada, como vai recuperar a economia, a trajetória etc. Eles terão que explicar para a sociedade que essa redução não significa relaxamento das políticas fiscais. O problema é que o Governo ainda tem que lidar com medidas de longo prazo que sinalizam aumento de despesas, como o reajuste de aposentados, do salário do Judiciário. A cada nova medida que o Governo consegue aprovar no Congresso Nacional, congressistas criam novas despesas.

P. Qual a perspectiva a longo prazo?

R. Como vemos, a curto prazo não vamos alcançar a meta e a médio e longo prazo não há sinais de mudanças. Nos próximos quatro anos a tendência é que a despesa cresça mais que a receita.

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07 ... 36627.html




Avatar do usuário
Sterrius
Sênior
Sênior
Mensagens: 5140
Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
Agradeceu: 115 vezes
Agradeceram: 323 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5638 Mensagem por Sterrius » Dom Jul 19, 2015 9:15 pm

+ despesa , - receita.

Será que andaremos pra divida descontrolada de novo?
Se ela se descontrolar não vai ser igual a década de 90 quando era pequena no inicio o que permitiu a locuura ser contida, por pouco, agora ela iria rapidamente engolir o orçamento do governo e quebrar o pas ja que ela está começando na casa dos 40% e não na casa dos 20% como foi na década de 90.




Avatar do usuário
Bourne
Sênior
Sênior
Mensagens: 21086
Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
Localização: Campina Grande do Sul
Agradeceu: 3 vezes
Agradeceram: 21 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5639 Mensagem por Bourne » Dom Jul 19, 2015 10:29 pm

Essa é a política industrial do br huehue para criar megacorporações de alta tecnologia como Apple e Intel com as cores nacionais. :mrgreen:

O mais engraçado é que o direto da OMC que está fazendo o meio de campo é brasileiro.

Outra parte engraçada é a defesa da posição brasileira feita pelo presidente da Abinee. Parece que os custos são tão altos e câmbio tão ruim que a única alternativa é fechar o mercado e se isolar. Se for esse o preço é melhor não ter industria eletrônica que é, na prática, estrangeiras com plantas no Brasil.

A questão é que o argumento não é verdade. Só esqueceu de comentar dois pontos que ocorreriam se o Brasil participasse do ITA. Um que o acesso a eletrônicas seria facilitado, os custos de importação cairiam e teriam efeitos agregados positivo na produtividade devido a tudo usar eletrônicos e em geral e na disponibilidade de renda do consumidor por pagar produtos mais baratos. Outra poderia transformar o Brasil em uma interessante plataforma exportadora com maior integração nas cadeias globais de valor, integrando empresas nacionais aos investimentos de grandes empresas do setor. Além de abrir mercado para produtos br huehue (a versão xing-ling feitos no brasil) em nichos de produtos de baixo custo e não ligam para qualidade que existem em todos os países.

É a mesma visão estreita de política industrial em outros setores como indústria automobilística. Eles acham que fechar o mercado e dar subsidio é suficiente para defender a "indústria nascente", mesmo que sejam estrangeiros que tem plantas montadoras com tecnologia de produção e produtos ultrapassados, repassando para o preço os custos dessa política.
Acordo eliminará tarifa de eletrônicos em 80 países; Brasil está fora

Oitenta países devem assinar no final desta semana a atualização de um acordo comercial para eliminar tarifas de importação de mais de 200 produtos de tecnologia, de videogames a semicondutores.

Trata-se da primeira grande negociação para corte de tarifas na OMC (Organização Mundial do Comércio) em 18 anos. O Brasil está fora do tratado internacional de tecnologia da informação (ITA).

Entre os signatários, que representam 97% do comércio mundial de produtos de tecnologia da informação, estão Estados Unidos, China, Coreia do Sul e União Europeia.

No sábado (18), os EUA fizeram algumas concessões à China que impediam um acordo. A extensão do tratado é discutida há anos. A negociação com a China havia sido suspensa em 2013, mas foi retomada em novembro.

"Estamos muito otimistas de que chegaremos a um acordo bem-sucedido no final da próxima semana. Temos a base para um acordo", disse o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, via Twitter, no sábado.

O comércio mundial de produtos de tecnologia da informação movimenta cerca de US$ 4 trilhões por ano. Com a atualização do acordo, cerca de US$ 1 trilhão em tarifas seriam eliminados.

BRASIL ISOLADO

O presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, diz que a ausência do Brasil em um acordo que envolve 80 nações, num setor com alto potencial de crescimento nas transações, reforça o isolamento do país no comércio internacional.

"Ou nos integramos ao mundo ou o Brasil ficará cada vez mais à parte", afirmou.

Segundo ele, o país não pode pensar apenas na proteção de sua indústria, que já tem na taxa de câmbio atual uma barreira à invasão de importados, e deve considerar que o isolamento comercial também afeta a competitividade de outros setores.

Já o presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, defende a posição brasileira. "Nunca quisemos participar do ITA. Se isso acontecesse, praticamente não teríamos mais indústria eletroeletrônica no país", diz ele, ao destacar os baixos preços dos itens chineses, os altos custos de produção no Brasil e o câmbio valorizado dos últimos anos.

Fonte http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... =facefolha




Editado pela última vez por Bourne em Dom Jul 19, 2015 10:33 pm, em um total de 1 vez.
Avatar do usuário
Sterrius
Sênior
Sênior
Mensagens: 5140
Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
Agradeceu: 115 vezes
Agradeceram: 323 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#5640 Mensagem por Sterrius » Dom Jul 19, 2015 10:31 pm

Não sei pq mas isso me relembra a volta aos anos 80.

Aqueles pc´s da Itautec da vida que eram extremamente lerdos e inferiores ao que existia la fora.




Responder