Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Qui Fev 17, 2011 6:43 am
Tampão interessante, seria os quase 100 Gripens A/C suecos estocados. Poderíamos negocia-los, fazer um MLU na Embraer e entrar num programa de 5ª geração com a SAAB.
São posts assim que fazem valer apena acompanhar diariamente o FDB.orestespf escreveu:Flávio, belo post!FCarvalho escreveu:
Caro Orestes, o Brasil, como diria um brigadeiro, se quiser ser, tem de ter.
Este, no meu humilde ponto de vista, é o que está a nos fazer passar essa vergonha toda e ser motivo de chacota mundial, não só nos fóruns estrangeiros, mas também nas rodas diplomáticas.
Não há vontade politica, e nem necessidade ou interesse politico, de decidir-se nada. Agora ou depois. Seja por um ou por outro candidato. O assunto, devo confessar, e talvez não concordes comigo, é considerado, de 2a categoria, nas salas de reunião da esplanada dos ministérios.
Infelizmente a classe politica no Brasil ainda não evoluiu, no que concerne a Defesa Nacional, em maturidade, o que evoluiu em materia de gestão publica, por exemplo, no que diz respeito a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por um simples motivo: defesa não dá voto, mas o equilibrio fiscal sim.
A canhesta relação do palácio do planalto com a temática defesa, nunca passou realmente de um namorico de porta de casa. Nem se atreveu a pensar-se em casamento.
A permanencia do NJ no ministério da defesa deveu-se muito mais a pragmática cnostatação de que ele conseguiu ter autoridade e respeitabilidade sobre os militares, e consequentemente, os mantém "na linha" de subordinação que o planalto os quer.
Infelizmente, tratar sobre defesa ainda é um assunto indigestos para a maioria dos politicos do Brasil. Óbvio que isto não justifica mais que um decênio de atraso na escolha de um caça para a FAB, mas dái pode-se ver o quão ainda indigesta complicada é a relação do meio politico nacional com as fa's.
Precisamos de um caça sim. Mas antes de precisarmos de um caça, precisamos que toda essa veborragia sobre politica e estratégia nacional de defesa sejam concretizadas não somente nos meandros do poder de bsl, mas antes, na própria mentalidade da sociedade civil brasileira. O que o povo não sente necessidade de ter ( ou ser), naturalmente não será motivo de atenção da hipocrisia da nossa classe politica de plantão.
E se o povo não acredita que precisamos agora de um caça para a FAB, então pra quê pressa de decidir...
A FAB fez a sua parte através da COPAC. E diga-se, sem babação, que o fez muito bem. O problema é que a necessidade da FAB por um novo caça, jamais em tempo algum nesses 10/15 anos de FX nunca fez parte verdadeiramente da agenda politica do país.
E aí está posto esse fato. Estamos já há mais de 3700 páginas de discussão dessa novela, e voltamos praticamente ao inicio das discussões: um caça tampão para a FAB.
Dou por finda minha participação neste tópico, que muito raramente escrevo, não só pela inanição de idéias como pela extrema frustação e constatação de que um simples programa de aquisição de caças tenha virado essa panacéia, um verdadeiro samba do crioulo doido.
Pois é. A história continua a mesma. "Nunca antes na história desse país..."
Realmente, em relação a defesa do Brasil "NUNCA" é uma palavra sintomática mesmo.
Flavio
Apenas uma opinião (especulação mesmo) minha: o governo anterior assumiu como uma de suas prioridades para a política exterior a necessidade o Brasil assumir um assento permanente no CS. Percebeu-se, neste período, que não é possível tal "assento permanente" sem estar com as FFAA devidamente preparadas (não para enfrentar potências, menos ainda os EUA, mas estar com as FFAA em dia). Ganhou força o argumento que diz que FFAA modernizadas é o último argumento que a diplomacia poderia contar. O problema está em saber se esta visão, se este objetivo será mantido no atual governo.
Este papo de uma necessária aproximação com os EUA, que o caso do Irã produziu feridas, que devemos comprar alguns equipamentos militares, entre eles os caças, dos americanos, pelo menos pra mim, é balela. Este tipo de visão é estreita e só faz sentido nos quase argumentos dos que tem maior afinidade com os caças americanos (que é o que está em voga no momento) e naturalmente para aqueles que fazem parte do marketing do produto.
A questão é: este governo quer porque quer lutar para que o Brasil tenha um assento permanente no CS ou não?
Minha opinião: não!
Isto não tem relação alguma com ToTs, não tem relação alguma com preferência por caças franceses (as primárias acusações que vira e mexe surgem por aí). O tal "assento permanente" não é um desejo apenas do Brasil, nem apenas daqueles que já assumiram publicamente, este "assento" é a única coisa que realmente ainda tem importância na ONU e no cenário internacional, fora isso a ONU já não tem o papel de destaque que tinha na época da guerra fria. Só que para o Brasil conquistar o que ele julga vital (reconhecimento e importância internacional) é preciso investir, e investimento implica em gastos.
Tenho a forte sensação que este governo veio para ser o "arruma casa", tecnicismo puro, ortodoxia ao extremo, de maneira que a casa em ordem permita que novos investimentos sejam realizados lá adiante, possivelmente por alguém com perfil estadista. Se isto fizer algum sentido, então os investimentos em defesa seriam tratados apenas como gastos (no sentido mais pejorativo da expressão), implicando na desistência temporária pela luta ao "assento permanente".
Assim sendo, não importa a procedência dos caças, não importa os seus custos, não importa a quantidade, não importa a quantidade de tecnologias que se pretende obter com eles. Nada importa, a não ser o seguinte: no governo passado a interpretação era que o "assento permanente" seria viável desde que houvesse investimento expressivo nas FFAA; se isto não existir no atual governo (e deixo muito claro que não estou fazendo crítica alguma ao atual governo, apenas tentando compreender as coisas), então a luta pelo "assento permanente" passa a ser vista como gasto, e não como investimento. Parece que os tempos áureos dos economistas voltaram e os projetos de estado terão que aguardar, até porque nascemos e vivemos em berço esplêndido, além do fato do Brasil ser um país pacífico (qual o significado desta expressão? Confesso que parece ser conveniente ao momento, não há um marco regulador sobre o seu significado, usa-se ao sabor das bocas, exigentes, de plantão. Será?).
Só para deixar claro o fio da meada: todos sabem da crise econômica que se abateu sobre vários países, incluindo aí os EUA e a Inglaterra; mas alguém viu a população destes países exigir de seus governantes que retirem suas tropas do Iraque e Afeganistão, que parem de gastar em equipamentos militares para que este dinheiro seja gasto/investido nas reais necessidades de seus povos? Eu não vi... Por quê? Simples, para estes povos a prioridade é o Estado e até de suas necessidades prementes eles abrem mão. Cultura, cultura, cultura... Aqui parece não haver; nos contentemos com isso. E nem esta tecnologia, que é gratuita, nós conseguimos absorver.
Abração!!!
Acho que é só intriga do craudiu.Wardog escreveu:Ministério da Defesa: Jobim deve sair e Aldo Rebelo é o mais cotado
São iminentes a demissão do ministro Nelson Jobim (Defesa) e sua substituição pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que estabeleceu bom relacionamento com a caserna quando presidiu a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara.
Jobim tem sido aconselhado a se antecipar, deixando o cargo. Ele foi praticamente afastado das negociações, após sua posição na compra dos caças da FAB, estimada em R$ 20 bilhões, foi rejeitada pela presidenta Dilma.
Opção francesa
Nelson Jobim opinou pela compra dos aviões franceses Rafale, mas Dilma surpreendeu ao reabrir negociações com os demais países.
Nova estratégia
Dilma estabeleceu a estratégia de condicionar a compra à abertura do mercado do país fornecedor dos caças às exportações brasileiras.
Outro estilo
Jobim estava habituado a Lula, que acatava “pacotes fechados” dos seus ministros. Dilma estuda as sugestões e questiona os auxiliares.
FONTE: claudiohumberto.com.br
Eu acredito que esta estratégia que destaquei acima, esteja sendo implementada.Wardog escreveu:Ministério da Defesa: Jobim deve sair e Aldo Rebelo é o mais cotado
São iminentes a demissão do ministro Nelson Jobim (Defesa) e sua substituição pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que estabeleceu bom relacionamento com a caserna quando presidiu a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara.
Jobim tem sido aconselhado a se antecipar, deixando o cargo. Ele foi praticamente afastado das negociações, após sua posição na compra dos caças da FAB, estimada em R$ 20 bilhões, foi rejeitada pela presidenta Dilma.
Opção francesa
Nelson Jobim opinou pela compra dos aviões franceses Rafale, mas Dilma surpreendeu ao reabrir negociações com os demais países.
Nova estratégia
Dilma estabeleceu a estratégia de condicionar a compra à abertura do mercado do país fornecedor dos caças às exportações brasileiras.
Outro estilo
Jobim estava habituado a Lula, que acatava “pacotes fechados” dos seus ministros. Dilma estuda as sugestões e questiona os auxiliares.
FONTE: claudiohumberto.com.br
Prezado Orestes,orestespf escreveu:Entendo, Marcelo, mas caro é:marcelo l. escreveu: MLU de Mirage é caro, só se for com Israelenses. A questão dos tampões podem não ser 120, mas uma boa quantidade para aguentar até 2020 ou mais quando os preços do 5 geração começarem a baixar de preço. E ainda tem o agravante se confirmado que os aviões da geração do FX-2 não tem chance contra os da 5 geração não adianta colocar entre 25 a 35 bi.
O problema do F-X-2 é que demorou demais e os riscos de ter um "equipamento obsoleto" (em termos lógico) rápido ficaram altos.
a) demorar mais de uma década para programar o MLU do F-5;
b) demorar outro tanto para o MLU do A-1;
c) ter o MLU definido e não ter os caças modernizados no cronograma inicial previsto;
d) ter optado pelo M-2000 como tampão por não ter conseguido um novo caça no FX-1 e FX-1,5;
e) e por fim, o mais caro de tudo é deixar uma nação sem míseros 120-130 novos caças novos.
Sobre 2020: sim, está correto, mas isto só faz sentido se:
a) os novos caças novos do FX-2 começassem a ser entregues a partir de 2015, de forma tal que o número de horas/voo nos atuais caças fossem diminuindo progressivamente, ou seja, os novos caças seriam mais voados e os velhos poderiam chegar até 2020, quando os últimos caças do FX-2 estariam chegando;
b) diminuir drasticamente o número de horas/voo nos atuais caças, de forma que eles teriam uma sobrevida (solução mais do que paliativa, pois os primeiros F-5M não chegarão até lá, nem em sonho).
Caças do FX-2 versus 5ªG: de onde saiu este assunto, esta coisa estapafúrdia? Veja, os franceses investiram no Rafale; Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha investiram no Typhoon; a Suécia está investindo no Gripen NG; a Rússia não abriu mão de seu SU-35 BM e Mig-35; e os EUA não param de anunciar compras de F/A-18 SH. Todos estes são caças de 4ªG (alguns sem merecer este "título", mas vai lá). Além disso, não existe um caça de 5ªG disponível para ser comprado por terceiros e que já este operacional. O F-22 ainda é uma incógnita, o F-35 deve demorar bem mais (ou a marinha americana não iria comprar mais F-18), o PAK-FA ainda demora bastante também.
Procure pelo PEMAER, lá você verá que a FAB fala em um caça de 5ªG também, mas para ser adquirido a partir de 2031!!!!!!!!!!!! Dá para esperar até lá com os caças que temos? Contando a partir deste ano, um "tampão" teria que durar 20 anos na FAB!!!! Isto é ser realmente tampão?
Abração!!!
Ela sabe que ninguém vai abrir os mercados para o Brasil, se por em números o que Itamaraty quer da França é algo como um F-X-2 por ano e paraos EUA é quase metade, ainda as áreas solicitadas são onde o lobby contrário nacionalista é mais forte, nem Obama nem Sarcozy vão se suicidar politicamente para vender 36 caças.Zavva escreveu:Eu acredito que esta estratégia que destaquei acima, esteja sendo implementada.Wardog escreveu:Ministério da Defesa: Jobim deve sair e Aldo Rebelo é o mais cotado
São iminentes a demissão do ministro Nelson Jobim (Defesa) e sua substituição pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que estabeleceu bom relacionamento com a caserna quando presidiu a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara.
Jobim tem sido aconselhado a se antecipar, deixando o cargo. Ele foi praticamente afastado das negociações, após sua posição na compra dos caças da FAB, estimada em R$ 20 bilhões, foi rejeitada pela presidenta Dilma.
Opção francesa
Nelson Jobim opinou pela compra dos aviões franceses Rafale, mas Dilma surpreendeu ao reabrir negociações com os demais países.
Nova estratégia
Dilma estabeleceu a estratégia de condicionar a compra à abertura do mercado do país fornecedor dos caças às exportações brasileiras.
Outro estilo
Jobim estava habituado a Lula, que acatava “pacotes fechados” dos seus ministros. Dilma estuda as sugestões e questiona os auxiliares.
FONTE: claudiohumberto.com.br
O problema vai ser conseguir alguma coisa disso.
Não me parece que os franceses e americanos queiram abrir seus mercados e os suécos tem pouco a oferecer.
A unica coisa que poderiamos obter, a meu ver, seria a compra de ST pelos EUA.
Abs
Pode ter algum fundamento a nota do CH. Apesar de ser do PCdoB o deputado Aldo não é uma pessoa intransigente e dogmática. Ele passou por estes dias por aqui, nesta amada província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Foi recebido com festas e flores pelos agricultores, pecuaristas, vinicultores e similares. Recebeu condecorações e fartou-se de churrascadas acompanhadas pelos melhores vinhos da terra. Veio junto com a bela Manuela (rimou viram?) deputada também pelo PCdoB que o acompanhou no glorioso e vitorioso périplo. O Aldo é relator do projeto do novo código florestal a as mudanças que fez no projeto o colocou como novo herói dos agricultores, de grandes latifundiários a micro produtores, e inimigo número um dos ambientalistas.Wardog escreveu:Ministério da Defesa: Jobim deve sair e Aldo Rebelo é o mais cotado
São iminentes a demissão do ministro Nelson Jobim (Defesa) e sua substituição pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que estabeleceu bom relacionamento com a caserna quando presidiu a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara.
..............
FONTE: claudiohumberto.com.br
Eu não me referia a uma abertura ampla de mercado, mas algo de outro porte, como uma maior abertura ao etanol, ou algo menor como os ST, ou seja algo bem específico.marcelo l. escreveu:Ela sabe que ninguém vai abrir os mercados para o Brasil, se por em números o que Itamaraty quer da França é algo como um F-X-2 por ano e paraos EUA é quase metade, ainda as áreas solicitadas são onde o lobby contrário nacionalista é mais forte, nem Obama nem Sarcozy vão se suicidar politicamente para vender 36 caças.Zavva escreveu: Eu acredito que esta estratégia que destaquei acima, esteja sendo implementada.
O problema vai ser conseguir alguma coisa disso.
Não me parece que os franceses e americanos queiram abrir seus mercados e os suécos tem pouco a oferecer.
A unica coisa que poderiamos obter, a meu ver, seria a compra de ST pelos EUA.
Abs
Sobre a Suécia: a balança em toda a história medida foi deficitária para nós.